28 de setembro de 2014

Domingo XXVI do Tempo Comum

Filho, vai hoje
Trabalhar na vinha

Mt 21, 28

A liturgia do 26º Domingo do Tempo Comum deixa claro que Deus chama todos os homens e mulheres a empenhar-se na construção desse mundo novo de justiça e de paz que Deus sonhou e que quer propor a todos os homens. Diante da proposta de Deus, nós podemos assumir duas atitudes: ou dizer “sim” a Deus e colaborar com Ele, ou escolher caminhos de egoísmo, de comodismo, de isolamento e demitirmo-nos do compromisso que Deus nos pede. A Palavra de Deus exorta-nos a um compromisso sério e coerente com Deus – um compromisso que signifique um empenho real e exigente na construção de um mundo novo, de justiça, de fraternidade, de paz.

Na primeira leitura, o profeta Ezequiel convida os israelitas exilados na Babilónia a comprometerem-se de forma séria e consequente com Deus, sem rodeios, sem evasivas, sem subterfúgios. Cada crente deve tomar consciência das consequências do seu compromisso com Deus e viver, com coerência, as implicações práticas da sua adesão a Deus e à Aliança.

A segunda leitura apresenta aos cristãos de Filipos (e aos cristãos de todos os tempos e lugares) o exemplo de Cristo: apesar de ser Filho de Deus, Cristo não afirmou com arrogância e orgulho a sua condição divina, mas assumiu a realidade da fragilidade humana, fazendo-se servidor dos homens para nos ensinar a suprema lição do amor, do serviço, da entrega total da vida por amor. Os cristãos são chamados por Deus a seguir Jesus e a viver do mesmo jeito, na entrega total ao Pai e aos seus projetos.

O Evangelho diz como se concretiza o compromisso do crente com Deus… O “sim” que Deus nos pede não é uma declaração teórica de boas intenções, sem implicações práticas; mas é um compromisso firme, coerente, sério e exigente com o Reino, com os seus valores, com o seguimento de Jesus Cristo. O verdadeiro crente não é aquele que “dá boa impressão”, que finge respeitar as regras e que tem um comportamento irrepreensível do ponto de vista das convenções sociais; mas é aquele que cumpre na realidade da vida a vontade de Deus.

Liturgia da Palavra do Domingo XXVI do Tempo Comum


I Leitura                                 Ez 18, 25-28
«Quando o pecador se afastar do mal, salvará a sua vida»

A liturgia da palavra deste domingo vai insistir na sinceridade profunda do coração e na resposta autêntica e prática que ele dá ou não à palavra de Deus. A todo o momento, logo que o homem se converter a essa palavra e por ela orientar a sua vida, logo o Senhor o acolherá. Deus não é de vinganças; é sim salvador.
                               
Salmo     24 (25)
Lembrai-Vos, Senhor, da vossa misericórdia.

II Leitura:                             Filip 2, 1-11
«Tende os mesmos sentimentos de Cristo Jesus»

Para incutir nos cristãos sentimentos de união e de perdão mútuo, S. Paulo não encontra melhor maneira do que lembrar-lhes os sentimentos de Jesus Cristo, manifestados na sua Paixão. A leitura é, na segunda parte, um verdadeiro hino pascal, talvez mesmo um hino das primeiras gerações cristãs para celebrar o mistério pascal do Senhor, incluído depois por S. Paulo nesta sua carta. É uma passagem da Sagrada Escritura que não pode ser ignorada pelo comum dos cristãos.
                               
Aclamação ao Evangelho                   Jo 10, 27
As minhas ovelhas ouvem a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
               
Evangelho:                            Mt 21, 28-32
«Arrependeu-se e foi. Os publicanos e as mulheres de má vida
irão adiante de vós para o reino de Deus»

Enquanto a palavra de Deus não descer ao coração do homem e o tocar e o converter, não são as palavras, mesmo santas, que lhe saem da boca que o fazem entrar no reino de Deus. Mas, logo que o coração estiver convertido e voltado para Deus, logo o Senhor o acolhe e o recebe como um pai. É que os caminhos de Deus não são como os dos homens.       

Um compromisso com Deus é algo que nos implica profundamente e que devemos sentir pessoalmente, sem rodeios, sem evasivas, sem subterfúgios. No nosso tempo – no tempo da cultura do plástico, do “light”, do efémero – há alguma tendência a não assumir responsabilidades, a não absolutizar os compromissos: “o que é verdade hoje, é mentira amanhã”. Mas, com Deus, não há meias tintas: ou se assume, ou não se assume.
O profeta Ezequiel convida-nos a assumir, com verdade e coerência, a nossa responsabilidade pelos nossos gestos de egoísmo e de autossuficiência em relação a Deus e em relação aos irmãos.
Os valores que marcaram a existência de Cristo continuam a não ser demasiado apreciados em muitos dos nossos ambientes contemporâneos. De acordo com os critérios que presidem ao nosso mundo, os grandes “ganhadores” não são os que põem a sua vida ao serviço dos outros, com humildade e simplicidade, mas são os que enfrentam o mundo com agressividade, com autossuficiência e fazem por ser os melhores, mesmo que isso signifique não olhar a meios para passar à frente dos outros. Como pode um cristão (obrigado a viver inserido neste mundo e a ser competitivo) conviver com estes valores?
Paulo tem consciência de que está a pedir aos seus cristãos algo realmente difícil; mas é algo que é fundamental, à luz do exemplo de Cristo.
Também a nós é pedido um passo em frente neste difícil caminho da humildade, do serviço, do amor: será possível que, também aqui, sejamos as testemunhas da lógica de Deus?

Palavra de Deus para a semana de 29 de setembro  a 4 de outubro


29
Seg
S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, Arcanjos – FESTA
Dan 7, 9-10. 13-14 ou Ap 12, 7-12a - Salmo 137 (138) - Jo 1, 47-51      
Bendizei o Senhor todos os seus exércitos,
poderosos executores da sua vontade.
30
Ter
S. Jerónimo, presbítero e doutor da Igreja – MO
Job 3, 1-3. 11-17. 20-2 -  Salmo 87 (88) - Lc 9, 51-56
O Filho do homem veio para servir e dar a vida pela redenção dos homens.
1
Qua
S. Teresa do Menino Jesus, virgem e doutora da Igreja – MO
Job 9, 1-12. 14-16 - Salmo 87 (88) - Lc 9, 57-62
Considero todas as coisas como prejuízo,
para ganhar a Cristo e n’Ele me encontrar.
2
Qui
Santos Anjos da Guarda – MO
Job 19, 21-27 - Salmo 26 (27) - Mt 18, 1-5. 10
Está próximo o reino de Deus: arrependei-vos e acreditai no Evangelho.
3
Sex
Job 38, 1. 12-21; 40, 3-5 - Salmo 138 (139) - Lc 10, 13-16
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações.
4
Sáb
S. Francisco de Assis – MO
Job 42, 1-3.5-6.12-16 (hebr. 1-3.5-6.12-17) - Salmo 118 (119) - Lc 10, 17-24
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino.



PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XXVII DO TEMPO COMUM


Is 5, 1-7                                 «A vinha do Senhor do Universo é a casa de Israel»

Salmo     79 (80)                  A vinha do Senhor é a casa de Israel.

Filip 4, 6-9                            «Ponde isto em prática e o Deus da paz estará convosco»

Mt 21, 33-43                       «Arrendará a vinha a outros vinhateiros»


Intenções para a Eucaristia de 28 de setembro (10:00h)

Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto

Intenções para a Eucaristia de 4 de outubro (19:30h)



Aniv. Nat. Maria Conceição Soares; João de Jesus Pinto, de Requim, Mãe e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Antero Pinto; Maria Rosa Leal Pinheiro; Emídio Luís, Maria da Conceição Alves e filho; António Pinto Melo; Alexandre da Silva Azeredo

Agenda

4 out
    •  Oração de Vésperas 1º Sábado, igreja, 19:00h
    • Eucaristia, igreja, 19:30h
11 out
    • Eucaristia, igreja, 18:30h

A parábola dos dois filhos chamados para trabalhar “na vinha” do pai sugere que, na perspetiva de Deus, todos os seus filhos são iguais e têm a mesma responsabilidade na construção do Reino. Deus tem um projeto para o mundo e quer ver todos os seus filhos – sem distinção de raça, de cor, de estatuto social, de formação intelectual – implicados na concretização desse projeto. Ninguém está dispensado de colaborar com Deus na construção de um mundo mais humano, mais justo, mais verdadeiro, mais fraterno.   Tenho consciência de que também eu sou chamado a trabalhar na vinha de Deus?  
Diante do chamamento de Deus, há dois tipos de resposta… Há aqueles que escutam o chamamento de Deus, mas não são capazes de vencer o imobilismo, a preguiça, o comodismo, o egoísmo, a autossuficiência e não vão trabalhar para a vinha (mesmo que tenham dito “sim” a Deus e tenham sido batizados); e há aqueles que acolhem o chamamento de Deus e que lhe respondem de forma generosa. De que lado estou eu? Estou disposto a comprometer-me com Deus, a aceitar os seus desafios, a empenhar-me na construção de um mundo mais bonito e mais feliz, ou prefiro demitir-me das minhas responsabilidades e renunciar a ter um papel ativo no projeto criador e salvador que Deus tem para os homens e para o mundo? 
O que é que significa, exatamente, dizer “sim” a Deus? É ser batizado ou crismado? É casar na igreja? É ir todos os dias à missa? Atenção: na parábola apresentada por Jesus, não chega dizer um “sim” inicial a Deus; mas é preciso que esse “sim” inicial se confirme, depois, num verdadeiro empenho na “vinha” do Senhor. Ou seja: não bastam palavras e declarações de boas intenções; é preciso viver, dia a dia, os valores do Evangelho, seguir Jesus nesse caminho de amor e de entrega que Ele percorreu, construir, com gestos concretos, um mundo de justiça, de bondade, de solidariedade, de perdão, de paz. Como me situo face a isto: sou um cristão “de registo”, que tem o nome nos livros da paróquia, ou sou um cristão “de facto”, que dia a dia procura acolher a novidade de Deus, perceber os seus desafios, responder aos seus apelos e colaborar com Ele na construção de uma nova terra, de justiça, de paz, de fraternidade, de felicidade para todos os homens?

21 de setembro de 2014

Domingo XXV do Tempo Comum

O Senhor está perto de quantos O invocam

Salmo 144 (145)

A liturgia do 25º Domingo do Tempo Comum convida-nos a descobrir um Deus cujos caminhos e cujos pensamentos estão acima dos caminhos e dos pensamentos dos homens, quanto o céu está acima da terra. Sugere-nos, em consequência, a renúncia aos esquemas do mundo e a conversão aos esquemas de Deus.
A primeira leitura pede aos crentes que voltem para Deus. “Voltar para Deus” é um movimento que exige uma transformação radical do homem, de forma a que os seus pensamentos e ações reflitam a lógica, as perspetivas e os valores de Deus. O homem tem sempre tendência a construir um deus à sua imagem, um deus previsível e domesticado que funcione de acordo com a lógica e a mentalidade do homem. No entanto, Deus não pode ser reduzido aos nossos esquemas humanos: os seus pensamentos não são os pensamentos do homem, as suas reações não são as reações do homem, os seus caminhos não são os caminhos do homem. “Converter-se” é, a este nível, aprender que Deus não é redutível às nossas lógicas e esquemas humanos; e é aprender que Deus tem os seus próprios caminhos, diferentes dos nossos… “Converter-se” é, a este nível, prescindir das nossas certezas, preconceitos e autossuficiências, confiar em Deus e na bondade dos caminhos através dos quais ele conduz a história da salvação.
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de um cristão (Paulo) que abraçou, de forma exemplar, a lógica de Deus. Renunciou aos interesses pessoais e aos esquemas de egoísmo e de comodismo, e colocou no centro da sua existência Cristo, os seus valores, o seu projeto. Para Paulo, Cristo é que é a autêntica vida. Ele é a razão de ser e de viver do apóstolo. Na perspetiva de Paulo, a morte seria bem vinda, não como libertação das dificuldades e das dores que se experimentam na vida terrena, mas como caminho direto para o encontro definitivo, imediato, sem intermediários, com Cristo. Paulo não se importaria nada de morrer a curto prazo, porque isso significaria a comunhão total com Cristo.
O Evangelho diz-nos que Deus chama à salvação todos os homens, sem considerar a antiguidade na fé, os créditos, as qualidades ou os comportamentos anteriormente assumidos. A Deus interessa apenas a forma como se acolhe o seu convite. Pede-nos uma transformação da nossa mentalidade, de forma a que a nossa relação com Deus não seja marcada pelo interesse, mas pelo amor e pela gratuidade.

Liturgia da Palavra do Domingo XXV do Tempo Comum


I Leitura                 Is 55, 6-9
«Os meus pensamentos não são os vossos»

O Evangelho vai apresentar-nos uma parábola, na qual se vê a liberdade e o amor com que Deus trata os homens, mesmo sem eles saberem, por vezes, apreciar essa bondade. Nesta leitura, o profeta vai-nos já prevenindo de que os caminhos de Deus não são como os dos homens, que têm dificuldade em compreender que o amor é mais generoso do que aquilo a que, por vezes, chamamos justiça.
               
Salmo                     144 (145)
O Senhor está perto de quantos O invocam.

II Leitura:             Filip 1, 20c-24.27a
«Para mim, viver é Cristo»

S. Paulo escreve estas palavras na prisão. Nelas mostra que todo o seu ideal é apenas servir a Cristo. Viver ou morrer é para ele coisa secundária; interessa-lhe, sim, estar sempre unido a Cristo. Ele é a sua vida. A própria morte o conduzirá ainda à união a Cristo: por isso, ela é para ele um lucro. Assim ele deseja que todos os cristãos vivam com ideal semelhante ao seu.

Aclamação ao Evangelho                   Atos 16, 14b
Abri, Senhor, os nossos corações,
para aceitarmos a palavra do vosso Filho.

Evangelho:            Mt 20, 1-16a
«Serão maus os teus olhos porque eu sou bom?»

Esta parábola quer fazer-nos compreender que Deus é bom, e que a todos os homens que se disponham a servi-l’O Ele oferece a entrada no seu reino. Segundo o primeiro sentido da parábola, os operários da primeira hora foram os judeus; os outros, são os que, ao longo dos tempos, vão entrando na Igreja de Deus. A todos o Senhor abre as portas da salvação, porque, se para uns Se mostrou bondoso desde a primeira hora, para todos os outros Ele reserva os mesmos dons. Não há, pois, lugar para invejas, onde tudo é puro dom gratuito de Deus.

O Reino de Deus (esse mundo novo de salvação e de vida plena) é para todos sem exceção. Para Deus não há marginalizados, excluídos, indignos, desclassificados… Para Deus, há homens e mulheres – todos seus filhos, independentemente da cor da pele, da nacionalidade, da classe social – a quem Ele ama, a quem Ele quer oferecer a salvação e a quem Ele convida para trabalhar na sua vinha. A única coisa verdadeiramente decisiva é se os interpelados aceitam ou não trabalhar na vinha de Deus. Fazer parte da Igreja de Jesus é fazer uma experiência radical de comunhão universal.
Todos têm lugar na Igreja de Jesus… Mas todos terão a mesma dignidade e importância? Jesus garante que sim. Não há trabalhadores mais importantes do que os outros, não há trabalhadores de primeira e de segunda classe. O que há é homens e mulheres que aceitaram o convite do Senhor – tarde ou cedo, não interessa – e foram trabalhar para a sua vinha.
Deus não faz negócio com os homens: Ele não precisa da mercadoria que temos para Lhe oferecer. O Deus que Jesus anuncia é o Pai que quer ver os seus filhos livres e felizes e que, por isso, derrama o seu amor, de forma gratuita e incondicional, sobre todos eles. Entender que Deus não é um negociante, mas um Pai cheio de amor pelos seus filhos, significa também renunciar a uma lógica interesseira no nosso relacionamento com ele. O cristão não faz as coisas por interesse, ou de olhos postos numa recompensa (o céu, a “sorte” na vida, a eliminação da doença, o adivinhar a chave da lotaria), mas porque está convicto de que esse comportamento que Deus lhe propõe é o caminho para a verdadeira vida. Quem segue o caminho certo, é feliz, encontra a paz e a serenidade e colhe, logo aí, a sua recompensa.
O nosso Deus é o Deus que oferece gratuitamente a salvação a todos os seus filhos, independentemente da sua antiguidade, créditos, qualidades, ou comportamentos. Os membros da comunidade do Reino não devem, por isso, fazer o bem em vista de uma determinada recompensa, mas para encontrarem a felicidade, a vida verdadeira e eterna.

Palavra de Deus para a semana de 22 a 27 de setembro  


22
Seg
Prov 3, 27-34 - Salmo 14 (15) - Lc 8, 16-18
Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus.
23
Ter
S. Pio de Pietrelcina, presbítero – MF
Prov 21, 1-6. 10-13 - Salmo 118 (119) - Lc 8, 19-21
Felizes os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática.
24
Qua
Prov 30, 5-9 - Salmo 118 (119) - Lc 9, 1-6
Está próximo o reino de Deus: arrependei-vos e acreditai no Evangelho.
25
Qui
Co 1, 2-11 - Salmo 89 (90) - Lc 9, 7-9
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor;
ninguém vai ao Pai senão por Mim.
26
Sex
S. Cosme e S. Damião, mártires – MF
Co 3, 1-11 - Salmo 14- Lc 9, 18-22
O Filho do homem veio para servir e dar a vida pela redenção dos homens.
27
Sáb
S. Vicente de Paulo, presbítero – MO
Co 11, 9 – 12, 8 - Salmo 89 (90) - Lc 9, 43b-45
Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho.



PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM


Ez 18, 25-28                         «Quando o pecador se afastar do mal, salvará a sua vida»

Salmo     24 (25)                  Lembrai-Vos, Senhor, da vossa misericórdia.

Filip 2, 1-11                          «Tende os mesmos sentimentos de Cristo Jesus»

Mt 21, 28-32                       «Arrependeu-se e foi. Os publicanos e as mulheres de má vida
irão adiante de vós para o reino de Deus»

Intenções para a Eucaristia de 21 de setembro (10:00h)

Maria da Conceição Moreira, de Vila; Manuel da Silva Pinto; Manuel Pinto da Costa; José da Silva Pinto; António Pereira de Freitas e esposa; António Carneiro Silva e sogro; Associados da Mensagem de Fátima; José Gomes Araújo; Emídio Ribeiro; Associados da Mensagem de Fátima




Intenções para a Eucaristia de 28 de setembro (10:00h)

Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto

Agenda

28 set
    • Eucaristia, igreja, 10:00h 



O homem só poderá converter-se a Deus e abraçar os seus esquemas e valores, se se mantiver em comunhão com Ele. É na escuta e na reflexão da Palavra de Deus, na oração frequente, na atitude de disponibilidade para acolher a vida de Deus, na entrega confiada nas mãos de Deus, que o crente descobrirá os valores de Deus e os assumirá. Aos poucos, a ação de Deus irá transformando a mentalidade desse crente, de forma a que ele viva e testemunhe Deus e as suas propostas para os homens.
A conversão é um processo nunca acabado. Todos os dias o crente terá de optar entre os valores de Deus e os valores do mundo, entre conduzir a sua vida de acordo com a lógica de Deus ou de acordo com a lógica dos homens. Por isso, o verdadeiro crente nunca cruza os braços, instalado em certezas definitivas ou em conquistas absolutas, mas esforça-se por viver cada instante em fidelidade dinâmica a Deus e às suas propostas.

Diante de Cristo, todos os interesses pessoais e materiais de Paulo passam a um plano absolutamente secundário. O apóstolo vive de Cristo e para Cristo; nada mais lhe interessa. Paulo aparece, neste aspeto, como o perfeito modelo do cristão: para os batizados, Cristo deveria ser o centro de todas as referências e interesses, a “pedra angular” à volta da qual se constrói a existência cristã.
Que significa Cristo para mim? Ele é a referência fundamental à volta da qual tudo se articula, ou é apenas mais um entre muitos interesses a partir dos quais eu vou construindo a minha vida? Quando tenho de optar, para que lado cai a minha escolha: para o lado de Cristo, ou para o lado dos meus interesses pessoais? 

14 de setembro de 2014

Domingo XXIV do Tempo Comum

Nós Vos adoramos e bendizemos,
Senhor Jesus Cristo,
que pela vossa
 santa cruz

remistes o mundo.

A liturgia deste dia, Festa da Exaltação da Santa Cruz, convida-nos a contemplar a cruz de Jesus. Ela é a expressão suprema do amor de um Deus que veio ao nosso encontro, que aceitou partilhar a nossa humanidade, que quis fazer-se servo dos homens, que se deixou matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. Oferecendo a sua vida na cruz, em dom de amor, Jesus indicou-nos o caminho para chegar à vida plena.
A primeira leitura fala-nos de um Deus que nunca abandona o seu Povo em caminhada e que está sempre lá, ajudando-o a perceber o sem sentido das suas opções erradas e convidando-o continuamente a nunca parar nessa busca da vida e da verdadeira liberdade. A serpente de bronze levantada sobre um poste, através da qual Deus dá vida ao seu Povo e o protege das forças destruidoras que ele enfrenta ao longo da sua peregrinação pelo deserto, traduz a vontade de Deus em dar vida ao homem; e é, por outro lado, um símbolo dessa força salvífica que se derrama da cruz de Cristo - o homem levantado ao alto para dar vida a todo o mundo.
Na segunda leitura, Paulo apresenta aos crentes de Filipos uma leitura da incarnação de Cristo. Jesus, o Filho amado de Deus, prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher o caminho da obediência ao Pai e do serviço aos homens, até ao dom da vida. A cruz é a expressão máxima desse caminho e dessa opção. É esse mesmo caminho de vida que os crentes de todas as épocas e lugares são convidados a acolher e a percorrer.
No Evangelho, João recorda-nos que Deus nos amou de tal forma, que enviou o seu Filho único ao nosso encontro para nos oferecer a vida eterna. Convida-nos a olhar para a cruz de Jesus, a aprender com ele a lição do amor total, a percorrer com ele o caminho da entrega e do dom da vida. É esse o caminho da salvação, da vida plena e definitiva. Jesus, o "Filho único" de Deus, veio ao mundo para cumprir os planos do Pai em favor dos homens. Para isso, incarnou na nossa história humana, correu o risco de assumir a nossa fragilidade, partilhou a nossa humanidade; e, como consequência de uma vida gasta a lutar contra as forças das trevas e da morte que escravizam os homens, foi preso, torturado e morto numa cruz.  A cruz é o último ato de uma vida vivida no amor, na doação, na entrega. A cruz é, portanto, a expressão suprema do amor de Deus pelos homens. Ela dá-nos a dimensão do incomensurável amor de Deus por essa humanidade a quem ele quer oferecer a salvação


Liturgia da Palavra do Domingo XXIV do Tempo Comum


I Leitura                 Num 21, 4b-9
«Quem era mordido olhava para a serpente de bronze e ficava curado»

O Povo, em marcha pelo deserto, cansado da longa marcha e enfastiado com um alimento sempre igual (o maná), expressou o seu desagrado contra Deus e contra Moisés; e Deus, como castigo, suscitou serpentes venenosas que mordiam os revoltosos e castigavam com a morte a rebelião do Povo... Arrependidos, os israelitas reconheceram o seu pecado e pediram a Deus que os perdoasse... Deus ordenou, então, a Moisés que construísse uma serpente de bronze e a colocasse num poste; quem, depois de mordido, olhasse para essa serpente, seria salvo.      

Salmo     77 (78)
Não esqueçais as obras do Senhor.

II Leitura:             Filip 2, 6-11
«Humilhou-Se a Si próprio; por isso Deus O exaltou»

Cristo Jesus - nomeado no princípio, no meio e no fim - constitui o motivo do hino que define o "despojamento" ("kenosis") de Cristo: ele não afirmou com arrogância e orgulho a sua condição divina, mas aceitou fazer-se homem, assumindo com humildade a condição humana, para servir, para dar a vida, para revelar totalmente aos homens o ser e o amor do Pai. Não deixou de ser Deus; mas aceitou descer até aos homens, fazer-se servidor dos homens, para garantir vida nova para os homens. Esse "abaixamento" assumiu mesmo foros de escândalo: Jesus aceitou uma morte infamante - a morte de cruz - para nos ensinar a suprema lição do serviço, do amor radical, da entrega total da vida.

Aclamação ao Evangelho  
Nós Vos adoramos e bendizemos, Senhor Jesus Cristo,
que pela vossa santa cruz remistes o mundo.
               
Evangelho:            Jo 3, 13-17
«O Filho do homem será exaltado»

A cruz é o passo necessário para chegar à exaltação, à vida definitiva. É aí que Jesus manifesta o seu amor e que indica aos homens o caminho que eles devem percorrer para alcançar a salvação, a vida plena.
Aos homens é sugerido que acreditem no "Filho do Homem" levantado na cruz, para que não pereçam mas tenham a vida eterna. "Acreditar" no "Filho do Homem", significa aderir a ele e à sua proposta de vida; significa aprender a lição do amor e fazer, como Jesus, dom total da própria vida a Deus e aos irmãos. É dessa forma que se chega à "vida eterna".

O Evangelho deste Domingo convida-nos a contemplar, com João, esta incrível história de amor e a espantar- nos com o peso que nós - seres limitados e finitos, pequenos grãos de pó na imensidão das galáxias - adquirimos nos esquemas, nos projetos e no coração de Deus.

O amor de Deus traduz-se na oferta ao homem de vida plena e definitiva. É uma oferta gratuita, incondicional, absoluta, válida para sempre e que não discrimina ninguém. Aos homens - dotados de liberdade e de capacidade de opção - compete decidir se aceitam ou se rejeitam o dom de Deus. Às vezes, os homens acusam Deus pelas guerras, pelas injustiças, pelas arbitrariedades que trazem sofrimento e morte que pintam as paredes do mundo com a cor do desespero... O nosso texto, contudo, é claro: Deus ama o homem e oferece-lhe a vida. O sofrimento e a morte não vêm de Deus, mas são o resultado das escolhas erradas feitas pelo homem que se obstina na autossuficiência e que prescinde dos dons de Deus.

Neste texto, João define claramente o caminho que todo o homem deve seguir para chegar à vida eterna: trata-se de "acreditar" em Jesus. "Acreditar" em Jesus, não é uma mera adesão intelectual ou teórica a certas verdades da fé; mas é escutar Jesus, acolher a sua mensagem e os seus valores, segui-lo nesse difícil caminho do amor e da entrega ao Pai e aos irmãos. Passa pelo ser capaz de ultrapassar a indiferença, o comodismo, os projetos pessoais e pelo empenho em concretizar, no dia a dia da vida, os apelos e os desafios de Deus; passa por despir o egoísmo, o orgulho, a autossuficiência, os preconceitos, para realizar gestos concretos de dom, de entrega, de serviço que tragam alegria, vida e esperança aos irmãos que caminham lado a lado connosco. A liturgia da Festa da Exaltação da Santa Cruz convida-nos a percorrer, com Jesus, esse caminho de amor, de dom, de entrega total que ele percorreu.

Palavra de Deus para a semana de 15 a 20 de setembro  


15
Seg
Nossa Senhora das Dores – MO
1 Cor 11, 17-26. 33 - Salmo 39 (40), 7-8a. 8b-9. 10. 17
ou Hebr 5, 7-9 - Salmo 30 (31) - Jo 19, 25-27 ou Lc 2, 33-35
Bendita seja a Virgem Maria, que, sem passar pela morte,
mereceu a palma do martírio, ao pé da cruz do Senhor.
16
Ter
S. Pedro Claver, presbítero – MF
1 Cor 6, 1-11 -  Salmo 149 - Lc 6, 12-19
Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça, diz o Senhor.
17
Qua
S. Roberto Belarmino, bispo e doutor da Igreja – MF
1 Cor 12, 31 – 13, 13 - Salmo 32 (33) - Lc 7, 31-35
As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida:
Vós tendes palavras de vida eterna.
18
Qui
1 Cor 15, 1-11 - Salmo 117 (118), - Lc 7, 36-50
Vinde a Mim, vós todos que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.
19
Sex
Santíssimo Nome de Maria – MF
1 Cor 9, 16-19. 22b-27 - Salmo 83 (84), - Lc 6, 39-42
A vossa palavra, Senhor, é a verdade: consagrai-nos na verdade.
20
Sáb
S. João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja – MO
1 Cor 10, 14-22 - Salmo 115 (116) - Lc 6, 43-49
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra, diz o Senhor;
meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada



PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XXV DO TEMPO COMUM


Is 55, 6-9                              «Os meus pensamentos não são os vossos»

Salmo     144 (145)              O Senhor está perto de quantos O invocam.

Filip 1, 20c-24.27a              «Para mim, viver é Cristo»

Mt 20, 1-16a                        «Serão maus os teus olhos porque eu sou bom?»

Intenções para a Eucaristia de 14 de setembro (10:00h)

·         José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; Familiares de Madalena Teixeira de Almeida e de António Casimiro Almeida; Luísa Pereira e marido, do Alto; António Pereira da Silva Guimarães; Carlos André; Maria da Conceição Soares; José de Azeredo e Silva


Intenções para a Eucaristia de 21 de setembro (10:00h)

Maria da Conceição Moreira, de Vila; Manuel da Silva Pinto; Manuel Pinto da Costa; José da Silva Pinto; António Pereira de Freitas e esposa; António Carneiro Silva e sogro; Associados da Mensagem de Fátima; José Gomes Araújo; Emídio Ribeiro; Associados da Mensagem de Fátima

Agenda


21 set
    • Eucaristia, igreja, 10:00h 
    • Adoração Santíssimo Sacramento, igreja, 15:00h


EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

14  Setembro
                 
Foi na Cruz que Jesus Cristo ofereceu ao Pai o Seu Sacrifício, em expiação dos pecados de todos os homens. Por isso, é justo que veneremos o sinal e o instrumento da nossa libertação.

Objeto de desprezo, patíbulo de infâmia, até ao momento em que Jesus «obediente até à morte» nela foi suspenso, a Cruz tornou-se, desde então, motivo de glória, pólo de atração para todos os homens.

Ao celebrarmos esta festa, nós queremos proclamar que é da cruz, «sinal do amor universal de Deus, fonte de toda a graça» (N.A., 4) que deriva toda a vida de Igreja. Queremos também manifestar o nosso desejo de colaborar com Cristo na salvação dos homens, aceitando a Cruz, que a carne e o mundo fizeram pesar sobre nós (G.S. 38).