28 de fevereiro de 2016

Domingo III da Quaresma

28 de Fevereiro de 2016

 Ele perdoa todos os teus pecados e cura as tuas enfermidades. Salva da morte a tua vida e coroa-te de graça e misericórdia. 
Salmo 102 (103)





Nesta terceira etapa da caminhada para a Páscoa somos chamados, mais uma vez, a repensar a nossa existência. O tema fundamental da liturgia de hoje é a “conversão”. Com este tema enlaça-se o da “libertação”: o Deus libertador propõe-nos a transformação em homens novos, livres da escravidão do egoísmo e do pecado, para que em nós se manifeste a vida em plenitude, a vida de Deus.

A primeira leitura fala-nos do Deus que não suporta as injustiças e as arbitrariedades e que está sempre presente naqueles que lutam pela libertação. É esse Deus libertador que exige de nós uma luta permanente contra tudo aquilo que nos escraviza e que impede a manifestação da vida plena. O chamamento de Moisés é uma iniciativa do Deus libertador, apostado em salvar o seu Povo. Deus age na história humana através de homens de coração generoso e disponível, que aceitam os seus desafios. “Eu sou (ou serei) ‘aquele que sou’ (ou que serei)”. Este nome acentua a presença contínua de Deus na vida do seu Povo, uma presença viva, ativa e dinâmica, no presente e no futuro, como libertação e salvação. No plano de Deus, aquilo que oprime e destrói os homens não tem lugar; e que sempre que alguém luta para ser livre e feliz, Deus está com essa pessoa e age nela. Na libertação do Egipto, os israelitas –e, através deles, toda a humanidade –descobriram a realidade do Deus salvador e libertador.

A segunda leitura avisa-nos que o cumprimento de ritos externos e vazios não é importante; o que é importante é a adesão verdadeira a Deus, a vontade de aceitar a sua proposta de salvação e de viver com Ele numa comunhão íntima.

O Evangelho contém um convite a uma transformação radical da existência, a uma mudança de mentalidade, a um recentrar a vida de forma que Deus e os seus valores passem a ser a nossa prioridade fundamental. Se isso não acontecer, diz Jesus, a nossa vida será cada vez mais controlada pelo egoísmo que leva à morte. A proposta principal que Jesus apresenta neste episódio chama-se “conversão” (“metanoia”). Não se trata de penitência externa, ou de um simples arrependimento dos pecados; trata-se de um convite à mudança radical, à reformulação total da vida, da mentalidade, das atitudes, de forma que Deus e os seus valores passem a estar em primeiro lugar. É este caminho a que somos chamados a percorrer neste tempo, a fim de renascermos, com Jesus, para a vida nova do Homem Novo.


Liturgia da Palavra do Domingo III da Quaresma


I Leitura Ex 3, 1-8a.13-15

«O que Se chama ‘Eu sou’ enviou-me a vós»

Continuando a apresentar, nesta subida quaresmal a caminho da Páscoa, certos momentos mais significativos da história da salvação, a primeira leitura deste domingo, em seguimento da dos domingos anteriores, dá-nos a célebre revelação de Deus a Moisés, a revelação do seu Nome, que define, tanto quanto isso é possível, Quem é Deus. Ao mesmo tempo, e na continuação dessa revelação, Deus chama Moisés e envia-o como instrumento de salvação para o seu povo escravizado no Egipto. Moisés será o chefe desse povo, o seu condutor através do deserto, e, como tal, figura de Cristo, o verdadeiro Pastor, guia e salvador do seu povo.

Salmo 102 (103)

O Senhor é clemente e cheio de compaixão

II Leitura 1 Cor 10, 1-6.10-12

A vida do povo com Moisés no deserto foi escrita para nos servir de exemplo.

É o próprio Apóstolo que nos ensina a ler o Antigo Testamento: este anuncia as realidades do Novo Testamento, e serve, ao mesmo tempo, de exemplo e de guia ao povo da Nova Aliança, que já chegou “aos últimos tempos”, os tempos do Senhor Jesus Cristo, mas que ainda peregrina no deserto deste mundo a caminho da Terra Prometida. Não venha a suceder-nos a nós o que a muitos deles aconteceu: terem ficado pelo caminho.

Aclamação ao Evangelho Mt 4, 17

Arrependei-vos, diz o Senhor; está próximo o reino dos Céus.

Evangelho Lc 13, 1-9

«Se não vos arrependerdes, morrereis do mesmo modo»

A primeira mensagem da Boa Nova que Jesus nos traz é o anúncio da aproximação do reino dos Céus, e consequentemente o convite a acolhê-lo com o coração voltado para ele e afastado do que lhe é contrário. Esta atitude é assim uma conversão, um regresso dos caminhos do pecado, uma atitude de arrependimento em relação ao passado, uma atitude penitencial. E esta atitude do coração é fundamental na Quaresma.

Preparando a Liturgia para o Domingo IV da Quaresma


Jos 5, 9a.10-12
Tendo entrado na terra prometida, o povo de Deus celebra a Páscoa.

Salmo 33 (34)
Saboreai e vede como o Senhor é bom.

2 Cor 5, 17-21
«Por Cristo, Deus reconciliou-nos consigo.»

Lc 15, 1-3.11-32
«Este teu irmão estava morto e voltou à vida.»

 
Palavra de Deus para a semana de 

29 de Fevereiro a 5 de Março


29 Segunda-feira
2 Reis 5, 1-15a -Salmo 41 (42) -Lc 4, 24-30
Eu confio no Senhor, confio na sua palavra,
porque no Senhor está a misericórdia e a redenção.

1 Terça-feira
Dan 3, 25. 34-43 -Salmo 24 (25) -Mt 18, 21-35
Convertei-vos a Mim de todo o coração, diz o Senhor;
porque sou benigno e misericordioso.

2 Quarta-feira
Deut 4, 1. 5-9 -Salmo 147 -Mt 5, 17-19
As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida:
Vós tendes palavras de vida eterna.

3 Quinta-feira
Jer 7, 23-28 -Salmo 94 (95) -Lc 11, 14-23
Convertei-vos a Mim de todo o coração, diz o Senhor;
porque sou benigno e misericordioso.

4 Sexta-feira
Os 14, 2-10 -Salmo 80 (81) -Mc 12, 28b-34
Arrependei-vos, diz o Senhor;
está próximo o reino dos Céus.

5 Sábado
Os 6, 1-6 -Salmo 50 (51) -Lc 18, 9-14
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações.



4 de Março


S. Casimiro

Filho do rei da Polónia, nasceu no ano 1458. Praticou de modo excelente as virtudes cristãs, especialmente a castidade e a bondade para com os pobres. Teve um grande zelo pela promoção da fé e uma singular devoção à Sagrada Eucaristia e a Nossa Senhora. Morreu vítima de tuberculose em 1484.

A atualidade apresenta-nos todos os dias situações de vítimas inocentes de atentados e violências por causa do ódio dos homens, de acidentes, de sofrimentos de todas as espécies. Diante de tantas situações dramáticas que atingem o ser humano, somos convidados a uma maior vigilância sobre nós mesmos. Recordar a nossa fragilidade deve levar-nos a voltar o nosso ser para Aquele que pode dar verdadeiro sentido à nossa vida. Não nos devemos desencorajar diante das nossas esterilidades (figueira estéril…), pois Deus é infinitamente paciente para connosco. Ele sabe da nossa fragilidade, conhece os nossos pecados, mas nunca deixa de ter confiança em nós, até ao fim do nosso caminho. Ele não quer punir-nos, quer fazer-nos viver!
Jesus apela à conversão. A conversão não é mortífera, ela é fonte de vida, pois faz o homem voltar-se para Deus, que quer que ele viva. O homem é como a figueira plantada no meio de uma vinha: pode ser que, durante anos, não dê frutos… mas Deus, como o vinhateiro, tem paciência e continua a esperar nele. Deus vai mesmo mais longe, dá ao homem os meios para se converter: o caminho a empreender para amar Deus e amar os seus irmãos. A paciência de Deus não é uma atitude passiva, mas uma solicitude para que o homem viva. Paciência e confiança estão ligadas: Deus crê no homem, crê que ele pode mudar a sua conduta passada, para se voltar para Aquele de quem se afastou.

 


Intenções para a Eucaristia de 28 de Fevereiro (10h)

30.º dia por Ana Barbosa Moreira e marido;
Familiares de Conceição Soares;
Maria Deolinda da Silva Pinto e marido;
Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros;
Manuel Alfredo da Fonseca Soares;
Fernando Pinto Melo;
Fernando Moreira Caetano;
Joaquim Moreira e esposa, do Alto;
Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova;
Joaquim Vieira e esposa, das Regadas;
Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova;
Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido;
Alexandre Luís Barros Ferraz;
30.º dia José Pereira Madureira, pais e sogro;
Aniversário natalício de Margarida Madureira de Almeida.

 
Intenções para a Eucaristia de 6 de Março (10h)

Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós;
Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho;
Maria Rosa Leal Pinheiro;
Emídio luís, esposa e filho;
António Pinto Melo;
Alexandre da Silva Azeredo.


Da Quaresma à Páscoa: 

Redescobrir e Praticar as Obras de Misericórdia Corporais



3.ª Semana



Referências Bíblicas a partir do Lecionário Dominical C

… Bebiam de um rochedo espiritual que os acompanhava, que era Cristo!... (2ª leitura)

«Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’. Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano».
(Evangelho) 

Obras de Misericórdia Corporais

Dar de beber a quem tem sede! 

Propostas de Oração

Participar na iniciativa “24 horas para Senhor” .

Domingo II da Quaresma

21 de Fevereiro de 2016


Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O.



As leituras deste domingo convidam-nos a refletir sobre a nossa “transfiguração”, a nossa conversão à vida nova de Deus; nesse sentido, são-nos apresentadas algumas pistas.

A primeira leitura apresenta-nos Abraão, o modelo do crente. Com Abraão, somos convidados a “acreditar”, isto é, a uma atitude de confiança total, de aceitação radical, de entrega plena aos desígnios desse Deus que não falha e é sempre fiel às promessas.

O Deus que se revela a Abraão é um Deus que se compromete com o homem e cujas promessas são garantidas, gratuitas e incondicionais. Diante disto, somos convidados a construir a nossa existência com serenidade e confiança, sabendo que no meio das tempestades que agitam a nossa vida Ele está lá, acompanhando-nos, amando-nos e sendo a rocha segura a que nos podemos agarrar quando tudo o resto falhou.

A segunda leitura convida-nos a renunciar a essa atitude de orgulho, de autossuficiência e de triunfalismo, resultantes do cumprimento de ritos externos; Neste tempo de transformação e renovação, somos convidados pela Palavra de Deus a ter consciência de que a nossa caminhada em direção ao Homem Novo não está concluída; a nossa transfiguração resulta de uma verdadeira conversão do coração, construída dia a dia sob o signo da cruz, isto é, do amor e da entrega da vida.

O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Filho amado do Pai, cujo êxodo (a morte na cruz) concretiza a nossa libertação. O projeto libertador de Deus em Jesus não se realiza através de esquemas de poder e de triunfo, mas através da entrega da vida e do amor que se dá até à morte. O Antigo Testamento (Lei e Profetas) e as figuras de Moisés e Elias apontam para Jesus e anunciam a salvação definitiva que, n’Ele, irá acontecer. Essa libertação definitiva dar-se-á na cruz, quando Jesus cumprir integralmente o seu destino de entrega, de dom, de amor total. É esse o “novo êxodo”, o dia da libertação definitiva do Povo de Deus.

Jesus revela-se como o Filho amado de Deus, que vai concretizar o plano salvador e libertador do Pai em favor dos homens através do dom da vida, da entrega total de Si próprio por amor. É dessa forma que se realiza a nossa passagem da escravidão do egoísmo para a liberdade do amor. É esse o caminho que nos conduz, a nós também, à transfiguração em Homens Novos. A “transfiguração” anuncia a vida nova que daí nasce, a ressurreição.


 Liturgia da Palavra do Domingo II da Quaresma


I Leitura Gen 15, 5-12.17-18

Deus estabelece a aliança com Abraão

Toda a história da salvação, desde o princípio até ao fim dos tempos, não é outra coisa senão o estabelecimento de uma aliança entre Deus e os homens, aliança que é oferta gratuita de Deus e que há-de ser aceitação humilde e agradecida da parte do homem. Mas há momentos mais significativos no estabelecimento desta aliança. Um deles, que é o seu ponto de partida mais explícito, é o da Aliança com Abraão, o crente por excelência, que, pela fé, se entrega totalmente à palavra de Deus. Nesta leitura, a aliança é significada por meio de um antigo rito: os animais oferecidos e esquartejados são o gesto do homem e o fogo que passa pelo meio deles é sinal da presença de Deus. Assim, de aliança em aliança, nos encaminhamos para a celebração da nova e eterna aliança na Páscoa do Senhor.

Salmo 26 (27)

O Senhor é a minha luz e a minha salvação.

II Leitura Filip 3, 17 –4,1

Cristo nos transformará à imagem do seu corpo glorioso.

Cristo glorioso é o termo de toda a história humana, o objeto da esperança de toda a nossa vida e a meta para onde se orienta o nosso itinerário quaresmal. Ao tempo da ascese difícil e dolorosa na subida, que acompanha a vida que vivemos neste corpo mortal, responde a vida gloriosa, que já se manifesta no Corpo do Senhor transfigurado. Mas o caminho e a porta da glória passa pela Cruz.

Aclamação ao Evangelho

No meio da nuvem luminosa, ouviu-se a voz do Pai:
«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O».

Evangelho Lc 9, 28b-36

«Enquanto orava, alterou-se o aspeto do seu rosto»

A Transfiguração aparece todos os anos no Segundo Domingo da Quaresma, como anúncio da Ressurreição, de modo que, ao longo deste tempo de preparação pascal, estejamos bem conscientes de que o termo, para onde caminhamos, é Jesus ressuscitado. A Transfiguração, lida neste Domingo depois do Domingo da Tentação, faz com ela uma espécie de preâmbulo, antes de chegarmos à parte central da Quaresma. Mortificação e glorificação, tentação e glória, morte e ressurreição, são de facto, a síntese do mistério pascal que vamos celebrar.


Preparando a Liturgia para o Domingo III da Quaresma


Ex 3, 1-8a.13-15
«O que Se chama ‘Eu sou’ enviou-me a vós»

Salmo 102 (103)
O Senhor é clemente e cheio de compaixão.

1 Cor 10, 1-6.10-12
A vida do povo com Moisés no deserto foi escrita para nos servir de exemplo

Lc 13, 1-9
«Se não vos arrependerdes, morrereis do mesmo modo»


Palavra de Deus para a semana de 22 a 27 de Fevereiro


22 Segunda-feira
1 Pedro 5, 1-4 -Salmo 22 (23) -Mt 16, 13-19
Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

23 Terça-feira
Is 1, 10. 16-20 -Salmo49 (50)-Mt 23, 1-12
Deixai todos os vossos pecados, diz o Senhor;
criai um coração novo e um espírito novo.

24 Quarta-feira
Jer 18, 18-20 -Salmo 30 (31) -Mt 20, 17-28
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor. Quem Me segue terá a luz da vida.

25 Quinta-feira
Jer 17, 5-10 -Salmo 1 -Lc 16, 19-31
Bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus com coração nobre
e generoso e produzem fruto pela perseverança.

26 Sexta-feira
Gen 37, 3-4. 12-13a. 17b-28 -Salmo 104 (105) -Mt 21, 33-43. 45-46
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito;
quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
  
27 Sábado
Miq 7, 14-15. 18-20 -Salmo 102 (103) -Lc 15, 1-3. 11-32
Vou partir, vou ter com meu pai e dizer-lhe:
Pai, pequei contra o Céu e contra ti.


21 Fevereiro

S. Pedro Damião, bispo e doutor da igreja

Nasceu em Ravena no ano 1007. Terminados os estudos, dedicou-se ao ensino, mas depressa os abandonou para se fazer eremita em Fonte Avelana. Eleito prior do mosteiro, dedicou-se incansavelmente a fomentar a vida religiosa, não só ali mas também noutras regiões da Itália. Numa época muito difícil, foi bom colaborador dos papas na promoção da reforma da Igreja, ajudando-os com a sua atividade e os seus escritos e com o desempenho de embaixadas. Foi nomeado cardeal e bispo de Óstia pelo papa Estêvão IX. Logo a seguir ao seu falecimento, em 1072, começou a ser venerado como santo.


22 Fevereiro


Cadeira de S. Pedro, apóstolo

A festa da Cadeira de São Pedro era já celebrada neste dia em Roma no século IV, para significar a unidade da Igreja, fundada sobre o Príncipe dos Apóstolos.


23 Fevereiro


S. Policarpo, bispo e mártir

Policarpo foi discípulo dos Apóstolos e bispo de Esmirna, e deu hospedagem a Inácio de Antioquia; partiu para Roma a fim de tratar com o papa Aniceto a questão da festa da Páscoa. Sofreu o martírio cerca do ano 155, queimado vivo no estádio da cidade.


«Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O»

Eis a Quaresma, a ocasião para recuperar energias. Como? Trata-se de ir às fontes, às raízes, aos fundamentos! Esta fonte é Jesus Cristo. “Escutai-O”, diz a voz que se faz ouvir das nuvens: vinde beber a sua Palavra!
O tempo da Quaresma é-nos oferecido, precisamente, como uma ocasião para nos colocarmos mais na escuta da Palavra de Deus que Se fez carne. Oxalá possamos aproveitar para aprofundar o nosso silêncio interior, tornando-nos mais atentos ao que Jesus nos quer dizer, a cada um e a cada uma de entre nós e à nossa comunidade.

 
Intenções para a Eucaristia de 21 de Fevereiro (10h)

António Pereira de Freitas e esposa;
Joaquina da Silva Madureira (falecida na Fundação Sto. António) e marido;
José Gomes de Araújo;
Emídio Ribeiro;
Maria da Conceição Moreira, de Vila;
Manuel Pinto da Costa;
Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade;
Manuel Duarte Moreira.

 
Intenções para a Eucaristia de 28 de Fevereiro (10h)

30º dia por Ana Barbosa Moreira e marido;
Familiares de Conceição Soares;
Maria Deolinda da Silva Pinto e marido;
Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros;
Manuel Alfredo da Fonseca Soares;
Fernando Pinto Melo;
Fernando Moreira Caetano;
Joaquim Moreira e esposa, do Alto;
Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova;
Joaquim Vieira e esposa, das Regadas;
Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova;
Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido;
Alexandre Luís Barros Ferraz.

Da Quaresma à Páscoa: 

Redescobrir e Praticar as Obras de Misericórdia Corporais



2.ª Semana



Referências Bíblicas a partir do Lecionário Dominical C

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, João e Tiago e subiu ao monte, para orar. Enquanto orava, alterou-se o aspeto do seu rosto e as suas vestes ficaram de uma brancura refulgente. Dois homens falavam com Ele: eram Moisés e Elias, que, tendo aparecido em glória, falavam da morte de Jesus, que ia consumar-se em Jerusalém. Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele.
Quando estes se iam afastando, Pedro disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Não sabia o que estava a dizer. Enquanto assim falava, veio uma nuvem que os cobriu com a sua sombra; e eles ficaram cheios de medo, ao entrarem na nuvem. Da nuvem saiu uma voz, que dizia: «Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O». Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou sozinho.
Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, a ninguém contaram nada do que tinham visto.

Obras de Misericórdia Corporais

Dar pousada aos peregrinos!

Propostas de Oração

Oração ao Anjo da Guarda
Santo Anjo do Senhor meu zeloso guardador já que a ti me confiou a piedade.
Divina: hoje e sempre me governa, rege, guarda e ilumina. Ámen!

Domingo I da Quaresma

14 de Fevereiro de 2016


Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto.

Lc 4, 8



No início da Quaresma, a Palavra de Deus apela a repensar as nossas opções de vida e a tomar consciência dessas “tentações” que nos impedem de renascer para a vida nova, para a vida de Deus.

A primeira leitura convida-nos a eliminar os falsos deuses em quem às vezes apostamos tudo e a fazer de Deus a nossa referência fundamental. Alerta-nos, na mesma lógica, contra a tentação do orgulho e da autossuficiência, que nos levam a caminhos de egoísmo e de desumanidade, de desgraça e de morte. Uma das tentações frequentes na vida do homem moderno é colocar a sua vida, a sua esperança e a sua segurança nas mãos dos falsos deuses: o dinheiro, o poder, o êxito social ou profissional, a ciência ou a técnica, os partidos, os líderes e as ideologias ocupam com frequência nas nossas vidas o lugar de Deus. Tudo o que recebemos é de Deus e não nosso. Somos apenas administradores dos dons que Deus colocou à disposição de todos os homens. A nossa relação com os bens – mesmo os mais fundamentais –não pode, pois, ser uma relação fechada e egoísta: tudo pertence a Deus, o Pai de todos os homens e deve, portanto, ser partilhado.

A segunda leitura convida-nos a prescindir de uma atitude arrogante e autossuficiente em relação à salvação que Deus nos oferece: a salvação não é uma conquista nossa, mas um dom gratuito de Deus. É preciso, pois, “converter-se” a Jesus, isto é, reconhecê-l’O como o “Senhor” e acolher no coração a salvação que, em Jesus, Deus nos propõe. Os orgulhosos e autossuficientes correspondem aos “ricos” das bem-aventuranças: são os que estão instalados nas suas certezas, no seu comodismo, no seu egoísmo e não estão disponíveis para se deixar desafiar por Deus e para acolhera novidade e o amor de Deus.

O Evangelho apresenta-nos uma catequese sobre as opções de Jesus. Lucas sugere que Jesus recusou radicalmente um caminho de materialismo, de poder, de êxito fácil, pois o plano de Deus não passava pelo egoísmo, mas pela partilha; não passava pelo autoritarismo, mas pelo serviço; não passava por manifestações espetaculares que impressionam as massas, mas por uma proposta de vida plena, apresentada com simplicidade e amor. É claro que é esse caminho que é sugerido aos que seguem Jesus. Frente a frente estão, hoje, a lógica de Deus e a lógica dos homens. A catequese que o Evangelho nos apresenta neste primeiro Domingo da Quaresma ensina que Jesus pautou cada uma das suas escolhas pela lógica de Deus. E nós, cristãos, seguidores de Jesus? É essa a nossa lógica, também?



Liturgua da Palavra do Domingo I da Quaresma


I Leitura Deut 26, 4-10

A profissão de fé do povo eleito

Através da oferta dos primeiros frutos da terra, o Povo eleito reconhece que tudo vem de Deus: a terra que cultiva, assim como a energia para a cultivar. Com este gesto, o homem vencia a tentação de se encerrar no mundo material, afirmando o primado do espiritual: «nem só de pão vive o homem». Mas este gesto tem uma dimensão religiosa mais profunda. Na verdade, a oferta das primícias a Deus, por intermédio do sacerdote, era acompanhada duma autêntica profissão de fé, em que se recapitulavam os acontecimentos mais importantes da História da Salvação.

Salmo 90 (91)

Estai comigo, Senhor, no meio da adversidade.

II Leitura Rom 10, 8-13

Profissão de fé dos que creem em Cristo

A fé do Povo Eleito baseava-se em factos concretos, pelos quais Deus manifestava o Seu amor e a Sua fidelidade. A fé cristã consiste na adesão a uma pessoa, Jesus Cristo, Ressuscitado, e, por isso, Senhor. Com efeito, todas as maravilhosas intervenções salvíficas de Deus têm o seu ponto culminante no Mistério Pascal de Cristo.
Deste modo, «a fé é crer em Alguém e não em alguma coisa, o que significa abrir um crédito, que me põe à disposição do Único, em quem creio» (Gabriel Marcel).
Só esta fé em Cristo Ressuscitado, proclamada com alegria e vivida até às últimas consequências, nos dá a salvação.

Aclamação ao Evangelho Mt 4, 4b

Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.

Evangelho Lc 4, 1-13

«Esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado»

A tentação no Deserto não foi um acontecimento isolado. Foi o começo duma luta contra o «príncipe deste mundo», que se prolongará por toda a vida, atingindo o auge com a Morte em Jerusalém. Como a de Jesus, a vida do cristão conhece também a prova da tentação. O Batismo, que nos faz filhos de Deus, não nos introduz num estado de segurança. É antes o começo de dura caminhada, no decorrer da qual a nossa fidelidade a Deus é, muitas vezes, posta à prova.
Em todas as circunstâncias, porém, o cristão poderá ser invencível. Cristo Ressuscitado, que venceu, definitivamente, o mal, ficou na Eucaristia, para nos comunicar esse poder.

 
Preparando a Liturgia para o Domingo II da Quaresma


Gen 15, 5-12.17-18
Deus estabelece a aliança com Abraão.

Salmo 26 (27)
O Senhor é a minha luz e a minha salvação.

Filip 3, 17 – 4,1
Cristo nos transformará à imagem do seu corpo glorioso.

Lc 9, 28b-36
Enquanto orava, alterou-se o aspeto do seu rosto.


 Palavra de Deus para a semana de 15 a 20 de Fevereiro


15 Segunda-feira
Lev 19, 1-2. 11-18 -Salmo 18 B (19) -Mt 25, 31-46
Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.

16 Terça-feira
Is 55, 10-11 -Salmo 33 (34) -Mt 6, 7-15
Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.

17 Quarta-feira
Jonas 3, 1-10 -Salmo 50 (51) -Lc 11, 29-32
Convertei-vos a Mim de todo o coração, diz o Senhor;
porque sou benigno e misericordioso.

18 Quinta-feira
Est 4, 17 -Salmo 137 (138) -Mt 7, 7-12
Criai em mim, Senhor, um coração puro, dai-me de novo a alegria da salvação.

19 Sexta-feira
Ez 18, 21-28 -Salmo 129 (130) -Mt 5, 20-26
Deixai todos os vossos pecados, diz o Senhor;
criai um coração novo e um espírito novo.

20 Sábado
Deut 26, 16-19 -Salmo 118 (119) -Mt 5, 43-48
Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.


14 Fevereiro



S. Cirilo, monge, e S. Metódio, bispo

Cirilo, natural de Salónica, recebeu uma excelente formação em Constantinopla. Juntamente com seu irmão, Metódio, dirigiu-se para a Morávia, a pregar a fé católica. Ambos prepararam os textos litúrgicos em língua eslava, escritos com letras que depois se chamaram «cirílicas». Chamados a Roma, ali morreu Cirilo a 14 de Fevereiro de 869. Metódio foi então ordenado bispo e partiu para a Panónia onde exerceu intensa atividade evangelizadora. Morreu no dia 6 de Abril de 885 em Velehrad (Morávia).


17 Fevereiro



Os Sete Santos Fundadores da Ordem dos Servos de Maria (Servistas)

Os sete santos fundadores nasceram em Florença. Abraçaram primeiramente a vida eremítica no Monte Senário, dedicados em especial à veneração e culto da Virgem Maria. Depois consagraram-se à pregação por toda a Toscana e fundaram a Ordem dos Servos de Maria (Servitas), que foi aprovada pela Sé Apostólica em 1304. Celebra-se hoje a sua memória, porque, segundo se diz, morreu neste dia S. Aleixo, um dos sete, no ano 1310.


18 Fevereiro



S. Teotónio, presbítero

Nasceu em Ganfei (Valença do Minho) no ano 1082 e foi educado piedosamente desde a infância. Quando D. Crescónio, seu tio, foi nomeado bispo de Coimbra, levou-o consigo para esta cidade e confiou ao arcediago D. Telo a sua formação nas disciplinas eclesiásticas. Depois de ordenado sacerdote, foi nomeado prior da Igreja da Sé de Viseu. Fez duas peregrinações à Terra Santa. No regresso da segunda peregrinação, insistentemente convidado por D. Telo e outros dez homens de grande virtude, fundou com eles o mosteiro da Santa Cruz em Coimbra, de que foi membro eminente e muito admirado, nomeadamente por S. Bernardo de Claraval. Teve também papel importante em algumas conjunturas da pátria. Morreu em 1162.


20 Fevereiro



BB. Francisco e Jacinta Marto

Francisco Marto nasceu em Aljustrel, Fátima, no dia 11 de Junho de 1908, e sua irmã Jacinta Marto nasceu na mesma localidade, no dia 11 de Março de 1910. Na sua humilde família aprenderam a conhecer e louvar a Deus e a Virgem Maria. Em 1916 viram três vezes um Anjo e em 1917 seis vezes a Santíssima Virgem que os exortavam a rezar e a fazer penitência pela remissão dos pecados, para obter a conversão dos pecadores e a paz para o mundo. Ambos quiseram imediatamente responder com todas as suas forças a estas exortações. Inflamados cada vez mais no amor a Deus e às almas, tinham uma só aspiração: rezar e sofrer de acordo com os pedidos do Anjo e da Virgem Maria. Francisco faleceu no dia 4 de Abril de 1919 e Jacinta no dia 20 de Fevereiro de 1920. O papa João Paulo II deslocou-se a Fátima no dia 13 de Maio de 2000 para beatificar as duas primeiras crianças não mártires.




Intenções para a Eucaristia de 14 de Fevereiro (10h)

Maria Deolinda da Silva Pinto;
António Pereira da Silva Magalhães;
Albano Ferraz e filho Alexandre;
Pai e avós de José Araújo, das Lapas;
Rosa de Jesus Carneiro e Martinho Pinto, de Carvalho de Vila;
Manuel Madureira Vieira e pai;
Familiares de Madalena Teixeira de Almeida e de António Casimiro Almeida;
Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim;
Luísa Pereira, marido e genro, do Alto;
Carlos André; António Luís, da Pena;
Maria da Conceição Soares;
José Azeredo e Silva.

Intenções para a Eucaristia de 21 de Fevereiro (10h)

António Pereira de Freitas e esposa;
Joaquina da Silva Madureira (falecida na Fundação Sto. António) e marido;
José Gomes de Araújo;
Emídio Ribeiro;
Maria da Conceição Moreira, de Vila;
Manuel Pinto da Costa;
Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade.

Da Quaresma à Páscoa: Redescobrir e Praticar as Obras de Misericórdia Corporais

1.ª Semana



Referências Bíblicas a partir do Lecionário Dominical C

Durante quarenta dias, Jesus esteve no deserto e, passado esse tempo, sentiu fome. O Diabo disse-lhe: «Se és Filho de Deus, manda a esta pedra que se transforme em pão». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem».

«Eu Te darei todo este poder e a glória destes reinos, porque me foram confiados e os dou a quem eu quiser. Se Te prostrares diante de mim, tudo será teu». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto’».

«Se és Filho de Deus, atira-Te daqui abaixo, porque está escrito: ‘Ele dará ordens aos seus Anjos a teu respeito, para que Te guardem’; e ainda: ‘Na palma das mãos te levarão, para que não tropeces em alguma pedra’». Jesus respondeu-lhe: «Está mandado: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’.

Obras de Misericórdia Corporais
Dar de comer a quem tem fome!

Propostas de Oração

Antes das refeições:
Abençoai, Senhor, os alimentos que vamos tomar; que eles renovem as nossas forças para melhor Vos servir e amar. E que a vossa bondade nos leve a dar pão a quem tem fome.

Depois das refeições:

Nós Vos damos graças, Senhor, pelos vossos benefícios, a Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.