10 de janeiro de 2016

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

22 de Novembro



No 34º Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. A Palavra de Deus que nos é proposta neste último domingo do ano litúrgico convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus; deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma realeza que se concretiza de acordo com uma lógica própria, a lógica de Deus. O Evangelho, especialmente, explica qual é a lógica da realeza de Jesus.

A primeira leitura anuncia que Deus vai intervir no mundo, a fim de eliminar a crueza, a ambição, a violência, a opressão que marcam a história dos reinos humanos. O anúncio de um “filho de homem” que virá “sobre as nuvens” para instaurar um reino que “não será destruído” leva-nos a Jesus. Ele veio ao encontro dos homens para lhes propor uma nova ordem, em que os pobres, os débeis, os fracos, os marginalizados, aqueles que não podem fazer ouvir a sua voz nos grandes areópagos internacionais não mais serão humilhados e espezinhados. Jesus introduziu na história uma nova lógica, substituindo a lógica do orgulho e do egoísmo, por uma lógica de amor, de serviço, de doação.

Na segunda leitura, o autor do Livro do Apocalipse apresenta Jesus como o Senhor do Tempo e da História, o princípio e o fim de todas as coisas, o “príncipe dos reis da terra”, Aquele que há de vir “por entre as nuvens” cheio de poder, de glória e de majestade para instaurar um reino definitivo de felicidade, de vida e de paz. É, precisamente, a interpretação cristã dessa figura de “filho de homem” de que falava a primeira leitura.

O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, Jesus a assumir a sua condição de rei diante de Pontius Pilatus. A cena revela, contudo, que a realeza reivindicada por Jesus não assenta em esquemas de ambição, de poder, de autoridade, de violência, como acontece com os reis da terra. A missão “real” de Jesus é dar “testemunho da verdade”; e concretiza-se no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida.

A “realeza” de Jesus concretiza-se, por um lado, na luta contra o egoísmo e o pecado que escravizam o homem e que o impedem de ser livre e feliz; por outro lado, a realeza de Jesus consuma-se na proposição de uma vida feita amor e entrega a Deus e aos irmãos. Esta meta não se alcança através de uma lógica de poder e de força (que só multiplicam as cadeia de mentira, de injustiça, de violência); mas alcança-se através do amor, da partilha, do serviço simples e humilde em favor dos irmãos. É esse “reino” que Jesus veio propor; é a esse “reino” que Ele preside.


Liturgia da Palavra da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

I Leitura Dan 7, 13-14

«O seu poder é eterno»

O “Filho de homem” de que fala o profeta é a maneira de falar que Jesus depois adotou, aplicando-a a Si mesmo. Este “Filho de homem” que recebe de Deus um reino eterno é Jesus, que, pela oblação de Si mesmo ao Pai na Cruz, mereceu a glória da ressurreição, e assim Se tornou o “Primogénito de entre os mortos”, Cabeça de toda a humanidade por Ele remida, Senhor de todo o Universo, sentado à direita do Pai.  
                              

Salmo 92 (93)
O Senhor é rei num trono de luz..

II Leitura Ap 1, 5-8

«O Príncipe dos reis da terra
fez de nós um reino de sacerdotes para Deus»

O Apocalipse de S. João, escrito em tempo de perseguição, proclama, para além da opressão e da morte infligida à Igreja, o triunfo pascal de Jesus, o Crucificado, mas agora Ressuscitado. Ele é Rei e Sacerdote diante de Deus. E os membros do seu povo, que é o seu Corpo místico, são, com Ele e n’Ele, reis e sacerdotes; são um povo real e sacerdotal; assim os fez o Batismo.

Aclamação ao Evangelho             
Mc 11, 9.10

Bendito o que vem em nome do Senhor,
bendito o reino do nosso pai David.

Evangelho                            
Jo 18, 33b-37

«É como dizes: sou Rei»

No tribunal judaico do Sinédrio, Jesus tinha aplicado a Si o título de “Filho do homem”, referido pelo profeta Daniel na primeira leitura. Agora, no tribunal romano diante de Pilatos, confirma o título de Rei, que os seus inimigos citam contra Ele como motivo de condenação. Mas, só os que são da verdade podem compreender o que diz a sua voz.


Preparando a liturgia para o domingo I do Advento


Jer 33, 14-16                       
«Farei germinar para David um rebento de justiça»

Salmo 24 (25)                    
Para Vós, Senhor, elevo a minha alma.

1 Tes 3, 12 – 4, 2                
«O Senhor confirme os vossos corações no dia de Cristo»

Lc 21, 25-28.34-36           
«A vossa libertação está próxima»


Palavra de Deus para a semana de 23 a 28 de Novembro

23 Segunda 
Dan 1, 1-6. 8-20 - Salmo Dan 3, 52. 53 e 54. 55 e 56 - Lc 21, 1-4
Vigiai e estai preparados,                                                                                                 
para vos apresentardes sem temor diante do Filho do homem.

24 Terça 
Dan 2, 31-45 - Salmo Dan 3, 57. 58. 59. 60. 61 - Lc 21, 5-11                                              
Sê fiel até à morte, diz o Senhor, e dar-te-ei a coroa da vida.

25 Quarta 
Dan 5, 1-6. 13-14. 16-17. 23-28 - Salmo Dan 3,62-67- Lc 21, 12-19                                   
Sê fiel até à morte, diz o Senhor, e dar-te-ei a coroa da vida.

26 Quinta 
Dan 6, 12-28 – Sal - Dan 3, 68.69. 70. 71. 72. 73. 74 - Lc 21, 20-28                                    
Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.

27 Sexta 
Dan 7, 2-14 - Salmo Dan 3, 75. 76. 77. 78. 79. 80. 81- Lc 21, 29-33
«Quando virdes acontecer estas coisas,                                                                            
sabei que está próximo o reino de Deus»

28 Sábado
Dan 7, 15-27 - Salmo Dan 3, 82. 83. 84. 85. 86. 87 - Lc 21, 34-36                                     
«Vigiai e orai em todo o tempo, 
para vos apresentardes sem temor diante do Filho do homem,»

                                                                                       

22  novembro
    
S. Cecília, virgem e mártir


O culto de S. Cecília, que deu o nome a uma basílica construída em Roma no século V, difundiu-se amplamente a partir da narração do seu martírio em que ela é exaltada como exemplo perfeitíssimo de mulher cristã, que abraçou a virgindade e sofreu o martírio por amor de Cristo.



23  novembro 
   
S. Clemente I, papa e mártir


Clemente foi o terceiro sucessor de Pedro no governo da Igreja de Roma, no final do século I. Escreveu uma importante carta aos Coríntios para restabelecer entre eles a paz e a concórdia.


S. Columbano, abade


Nasceu na Irlanda na primeira metade do século VI e estudou ciências sagradas e profanas. Tendo abraçado a vida monástica, partiu para França, onde fundou muitos mosteiros que governou com austera disciplina. Obrigado a exilar-se, foi para Itália, onde fundou o mosteiro de Bobbio. Depois de ter dedicado tão intensa atividade para promover a vida cristã e religiosa do seu tempo, morreu no ano 615.


24 novembro 
   
SS. André Dung-Lac, presbítero, e Companheiros, mártires


Nas regiões do Extremo Oriente, antigamente chamadas Tonquim, Annam e Cochinchina, agora integradas na república do Vietnam, foi anunciado o Evangelho desde o séc. XVI, por intermédio de numerosos missionários, que ali fizeram florescer uma fervorosa cristandade. Entre os séculos XVII e XIX, frequentes perseguições se levantaram contra os cristãos, apenas intercaladas por breves períodos de paz e tolerância, e uma incalculável multidão de mártires deu o supremo testemunho da fé com o derramamento do seu sangue com os mais diversos géneros de suplícios.
Entre eles contam se os 117 mártires – 21 missionários europeus e 96 vietnamitas (37 sacerdotes e 59 leigos) – que foram canonizados por João Paulo II a 19 de Julho de 1988.
              


Intenções para a Eucaristia de 29 de Novembro (10h)

António José Lino;
Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros;
Manuel Alfredo da Fonseca Soares;
Alexandre Joaquim Soares;
Fernando Pinto Melo;
Fernando Moreira Caetano;
Joaquim Moreira e esposa, do Alto;
Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova;
Joaquim Vieira e esposa, das Regadas;
Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova;
Maria Emília Leal Teixeira;
Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido;
Alexandre Luís Barros Ferraz


      Caminhada de Advento – Natal – 2015/2016               

Há mais alegria em dar (-se)! (At 20,35)   

Felizes os misericordiosos! (Mt 5,7)


29 NOV – DOMINGO I ADVENTO

Eucaristia - Festa do Acolhimento (1º ano), igreja, 10h

Ao celebrarmos a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, somos convidados, antes de mais, a descobrir e interiorizar esta realidade: Jesus, o nosso rei, é princípio e fim da história humana, está presente em cada passo da caminhada dos homens e conduz a humanidade ao encontro da verdadeira vida. Os inícios do séc. XXI estão marcados por uma profunda crise de liderança a nível mundial. Os líderes das nações são, frequentemente, homens com uma visão muito limitada do mundo, que não se preocupam com o bem da humanidade e que conduzem as suas políticas de acordo com lógicas de ambição pessoal ou de interesses particulares. Esta constatação não deve, no entanto, lançar-nos no desânimo: nós sabemos que Cristo é o nosso rei, que Ele preside à história e que, apesar das falhas dos homens, continua a caminhar connosco e a apontar-nos os caminhos da salvação e da vida.

Jesus, o nosso rei, apresenta-Se aos homens sem qualquer ambição de poder ou de riqueza. Diante dos homens, Ele apresenta-se só, indefeso, prisioneiro, armado apenas com a força do amor e da verdade. Não impõe nada; só propõe aos homens que acolham no seu coração uma lógica de amor, de serviço, de obediência a Deus e aos seus projetos, de dom da vida, de solidariedade com os pobres e marginalizados, de perdão e tolerância. É com estas “armas” que Ele vai combater o egoísmo, a autossuficiência, a injustiça, a exploração, tudo o que gera sofrimento e morte. É uma lógica desconcertante e incompreensível, à luz dos critérios que o mundo avaliza e enaltece.

Como Jesus, a nossa vida, as nossas opções, a forma de nos relacionarmos com aqueles com quem todos os dias nos cruzamos, devem ser marcados por uma contínua atitude de serviço humilde, de dom gratuito, de respeito, de partilha, de amor. Como Jesus, também nós temos a missão de lutar – não com a força do ódio e das armas, mas com a força do amor – contra todas as formas de exploração, de injustiça, de alienação e de morte… O reconhecimento da realeza de Cristo convida-nos a colaborar na construção de um mundo novo, do Reino de Deus.