25 de fevereiro de 2013

Domingo II da Quaresma


Domingo II da Quaresma

No meio da nuvem luminosa, ouviu-se a voz do Pai:
«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O».
As leituras deste domingo convidam-nos a reflectir sobre a nossa “transfiguração”, a nossa conversão à vida nova de Deus; nesse sentido, são-nos apresentadas algumas pistas.
                A primeira leitura apresenta-nos Abraão, o modelo do crente. Com Abraão, somos convidados a “acreditar”, isto é, a uma atitude de confiança total, de aceitação radical, de entrega plena aos desígnios desse Deus que não falha e é sempre fiel às promessas.
 A segunda leitura convida-nos a renunciar a essa atitude de orgulho, de auto-suficiência e de triunfalismo, resultantes do cumprimento de ritos externos; a nossa transfiguração resulta de uma verdadeira conversão do coração, construída dia a dia sob o signo da cruz, isto é, do amor e da entrega da vida.
 O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Filho amado do Pai, cujo êxodo (a morte na cruz) concretiza a nossa libertação. O projecto libertador de Deus em Jesus não se realiza através de esquemas de poder e de triunfo, mas através da entrega da vida e do amor que se dá até à morte. É esse o caminho que nos conduz, a nós também, à transfiguração em Homens Novos.
“… a Quaresma, com as indicações que dá tradicionalmente para a vida cristã, convida-nos precisamente a alimentar a fé, com uma escuta mais atenta e prolongada da Palavra de Deus e a participação nos Sacramentos e, ao mesmo tempo, a crescer na caridade, no amor a Deus e ao próximo, nomeadamente através do jejum, da penitência e da esmola
(Bento XVI, Mensagem para a Quaresma, 2013
LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO II DA QUARESMA
 I Leitura:               Gen 15, 5-12.17-18
Deus estabelece a aliança com Abraão
 Toda a história da salvação, desde o princípio até ao fim dos tempos, não é outra coisa senão o estabelecimento de uma aliança entre Deus e os homens, aliança que é oferta gratuita de Deus e que há-de ser aceitação humilde e agradecida da parte do homem. Mas há momentos mais significativos no estabelecimento desta aliança. Um deles, que é o seu ponto de partida mais explícito, é o da Aliança com Abraão, o crente por excelência, que, pela fé, se entrega totalmente à palavra de Deus. Nesta leitura, a aliança é significada por meio de um antigo rito: os animais oferecidos e esquartejados são o gesto do homem e o fogo que passa pelo meio deles é sinal da presença de Deus. Assim, de aliança em aliança, nos encaminhamos para a celebração da nova e eterna aliança na Páscoa do Senhor.
 Salmo 26
O Senhor é a minha luz e a minha salvação
 II Leitura:             Filip 3, 17 – 4,1
Cristo nos transformará à imagem do seu corpo glorioso
 Cristo glorioso é o termo de toda a história humana, o objecto da esperança de toda a nossa vida e a meta para onde se orienta o nosso itinerário quaresmal. Ao tempo da ascese difícil e dolorosa na subida, que acompanha a vida que vivemos neste corpo mortal, responde a vida gloriosa, que já se manifesta no Corpo do Senhor transfigurado. Mas o caminho e a porta da glória passa pela Cruz.
Aclamação antes do Evangelho       
No meio da nuvem luminosa, ouviu-se a voz do Pai:
«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O».
Evangelho             Lc 9, 28b-36
Enquanto orava, alterou-se o aspecto do seu rosto
 A Transfiguração aparece todos os anos no Segundo Domingo da Quaresma, como anúncio da Ressurreição, de modo que, ao longo deste tempo de preparação pascal, estejamos bem conscientes de que o termo, para onde caminhamos, é Jesus ressuscitado. A Transfiguração, lida neste Domingo depois do Domingo da Tentação, faz com ela uma espécie de preâmbulo, antes de chegarmos à parte central da Quaresma. Mortificação e glorificação, tentação e glória, morte e ressurreição, são de facto, a síntese do mistério pascal que vamos celebrar.


PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 25 FEVEREIRO A 02 MARÇO
 SEG 25
1 Dan 9, 4b-10 - Salmo 78 - Lc 6, 36-38
«Perdoai e sereis perdoados»
TER 26
Is 1, 10. 16-20 - Salmo 49 - Mt 23, 1-12
«Dizem e não fazem»
 QUA 27
Jer 18, 18-20 - Salmo 30 - Mt 20, 17-28
«Condená-l’O-ão à morte»
QUI 28
Jer 17, 5-10 - Salmo 1 - Lc 16, 19-31
«Recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males.
Agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado
SEX 01
Gen 37, 3-4. 12-13a. 17b-28 - Salmo 104 - Mt 21, 33-43. 45-46
«Este é o herdeiro; vamos matá-lo»
SAB 02
Miq 7, 14-15. 18-20 - Salmo 102 - Lc 15, 1-3. 11-32
«O teu irmão estava morto e voltou à vida»
PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO III DA QUARESMA
Ex 3, 1-8a.13-15
«O que Se chama ‘Eu sou’ enviou-me a vós»
Salmo 102
O Senhor é clemente e cheio de compaixão
Cor 10, 1-6.10-12
A vida do povo com Moisés no deserto foi escrita para nos servir de exemplo
Lc 13, 1-9
«Se não vos arrependerdes, morrereis do mesmo modo»
INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 24 DE FEVEREIRO   (09:30h)
·         Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro; Manuel Barbosa Araújo; Manuel da Silva Pinto; Martinho da Silva Pereira; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; António Pereira de Freitas e esposa; Emídio Ribeiro; da Associação por João Ferreira; Luís Barbosa; Pais e irmã de António de Araújo Pinto
INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 03 DE MARÇO   (09:30h)
·         Joaquim Pinto Vieira e esposa; 30.º dia por Maria Júlia Araújo e família; João de Jesus Pinto, mãe e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Maria Rosa Leal Pinheiro; Emídio Luís; António Pinto Melo; António Silva Luís, do Lameu; José Ferreira Aguiar
 24  FEV  -  Via Sacra, Igreja, 15:00h
 02 MAR – Oração de Vésperas, Igreja, 20:00h
 09 MAR - Jornadas Vicariais da Fé     Alpendorada, 15:00h
                                                                   Avessadas, 21:00h
10 MAR  - Jornadas Vicariais da Fé     Fornos, 15:30h      
IÇAR AS VELAS DA NOSSA FÉ…NA BARCA DA IGREJA…
(DA QUARESMA À PÁSCOA)

SEMANA

TEMÁTICA

ATIVIDADE

ORAÇÃO

ATITUDE





Transfi

guração

 

a

meta



RUMO


AO


 CAIS


DE


CHEGADA

A segunda semana coloca-nos perante a meta de todo o caminho quaresmal: a transfiguração, como experiência de transformação e antecipação da ressurreição. É preciso divisar a meta. São Paulo exorta-nos a pôr olhos na esperança da pátria futura. E Abraão, na 1ª leitura, é desafiado a olhar o céu e as estrelas. Para conhecer o rumo e chegar à meta, precisamos de percorrer o caminho certo. A nossa Carta de marear é a palavra da Escritura que nos orienta, como bússola. Precisamos de ler e de escutar esta Palavra na voz do Filho: «Escutai-O» (cf. Evangelho).


COLOCAR O CÍRIO

NO BARCO


Início do desenho do logotipo da Barca no círio


Desenhar retângulo, letras e números




“Este é o meu Filho: escutai-O” (Evangelho).


Deixar-se guiar pelo evangelho do dia.


Tomar a Palavra, como uma bússola


“Subir ao monte da oração, trazendo o amor e a força que daí derivam, para servir os nossos irmãos e irmãs com o próprio amor de Deus” (MQ2013,n.3).


Maior atenção e serviço às pessoas que vivem debaixo do mesmo teto.



18 de fevereiro de 2013

Domingo I da Quaresma


Domingo I da Quaresma


“… a Quaresma, com as indicações que dá tradicionalmente para a vida cristã, convida-nos precisamente a alimentar a fé, com uma escuta mais atenta e prolongada da Palavra de Deus e a participação nos Sacramentos e, ao mesmo tempo, a crescer na caridade, no amor a Deus e ao próximo, nomeadamente através do jejum, da penitência e da esmola

(Bento XVI, Mensagem para a Quaresma, 2013).


Toda a Quaresma, que se inicia, a partir das «cinzas», quer levar-nos a «reacender» a chama da nossa fé, que simbolicamente exprimimos, na Liturgia, com o acender e reacender das velas, a partir da grande coluna de fogo, que é o círio pascal. Com esse gesto, queremos firmar e afirmar, avivar e renovar a nossa profissão da nossa fé e as nossas promessas batismais.
Portanto, falamos aqui de “içar as velas”, tendo em vista esse gesto litúrgico, que marca precisamente a liturgia da luz e a liturgia batismal na noite de Páscoa, para a qual tende, aliás, todo o caminho quaresmal. E falamos de “içar as velas”, pensando nas «velas» da grande “barca” da Igreja, que, avança, pelo mar da história, graças ao sopro e ao fogo do Espírito Santo, que a impele. Isso mesmo nos é sugerido no logotipo do ano da fé, cuja riqueza simbólica importa explorar.
O lema e o tema, de cada semana, são inspirados na liturgia da palavra de cada domingo e apresentados em linguagem “de marinheiro”.
Estamos, na prática, a apontar para dois grandes símbolos, a trabalhar neste Ano da Fé: a barca e o círio pascal.
Proporemos que se redescubram algumas fórmulas de orações comuns, que propiciem “aquele encontro com Deus, em Cristo, que suscita em nós o seu amor e nos abre o íntimo aos outros”
A Mensagem do Santo Padre para a Quaresma de 2013, articula, sob muitíssimos aspetos, a relação entre fé e caridade, na convicção expressa de que “crer no amor suscita caridade”. Por isso mesmo, esta “caridade” não se esgota na prática da “esmola” ou da “partilha”. Esta também se manifesta, por exemplo, no anúncio do evangelho, no serviço da Palavra no cultivo e na vivência da amizade com Cristo, no esforço por caminhar na verdade, na prática do perdão acolhido na fé e oferecido aos outros.
Da Quaresma à Páscoa, queremos construir a barca e introduzir o círio pascal familiar, que dentro dela, funciona como uma espécie de mastro. Este círio deverá ser decorado, semana a semana, gravando (pintando) nele os diversos componentes do logotipo do ano da fé: o quadrado que serve de moldura, a barca, o mastro, o trigrama, o círculo solar que sugere a eucaristia. Estará pronto, para ser aceso, como  vela içada, na Vigília pascal, e/ou colocado em casa, como grande luzeiro, na receção à Visita Pascal.

LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO I DA QUARESMA

I Leitura:               Deut 26, 4-10
A profissão de fé do povo eleito

Através da oferta dos primeiros frutos da terra, o Povo eleito reconhece que tudo vem de Deus: a terra que cultiva, assim como a energia para a cultivar. Com este gesto, o homem vencia a tentação de se encerrar no mundo material, afirmando o primado do espiritual: «nem só de pão vive o homem».
Mas este gesto tem uma dimensão religiosa mais profunda. Na verdade, a oferta das primícias a Deus, por intermédio do sacerdote, era acompanhada duma autêntica profissão de fé, em que se recapitulavam os acontecimentos mais importantes da História da Salvação.

Salmo  90
Estai comigo, Senhor, no meio da adversidade

II Leitura:             Rom 10, 8-13
Profissão de fé dos que crêem em Cristo

 A fé do Povo Eleito baseava-se em factos concretos, pelos quais Deus manifestava o Seu amor e a Sua fidelidade.
A fé cristã consiste na adesão a uma pessoa, Jesus Cristo, Ressuscitado, e, por isso, Senhor. Com efeito, todas as maravilhosas intervenções salvíficas de Deus têm o seu ponto culminante no Mistério Pascal de Cristo. A fé é crer em Alguém e não em alguma coisa.
Só esta fé em Cristo Ressuscitado, proclamada com alegria e vivida até às últimas consequências, nos dá a salvação.             

Aclamação antes do Evangelho                        Mt 4, 4b

Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai.
Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus
Evangelho             Lc 4, 1-13
Esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado

 A tentação no Deserto não foi um acontecimento isolado. Foi o começo duma luta contra o «príncipe deste mundo», que se prolongará por toda a vida, atingindo o auge com a Morte em Jerusalém.
Como a de Jesus, a vida do cristão conhece também a prova da tentação. O Baptismo, que nos faz filhos de Deus, não nos introduz num estado de segurança. É antes o começo de dura caminhada, no decorrer da qual a nossa fidelidade a Deus é, muitas vezes, posta à prova.
Em todas as circunstâncias, porém, o cristão poderá ser invencível. Cristo Ressuscitado, que venceu, definitivamente, o mal, ficou na Eucaristia, para nos comunicar esse poder.


PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 18 A 23 DE FEVEREIRO
SEG 18
São Teotónio, presbítero  (MF)
Lev 19, 1-2. 11-18 -  Salmo 18 B - Mt 25, 31-46
«O que fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a     Mim o fizestes»
TER 19
Is 55, 10-11; Salmo 33 - Mt 6, 7-15
«Orai assim»
QUA 20
Beatos Franciso e Jacinta Marto  (M)
Jonas 3, 1-10; Sal 50  - Lc 11, 29-32
«Nenhum sinal será dado a esta geração, senão o sinal de Jonas»

QUI 21 
São Pedro Damião, bispo e doutor da Igreja  (M)
Est 4, 17. – Salmo 137 - Mt 7, 7-12
«Quem pede recebe»

SEX 22 
Cadeira de S. Pedro, Apóstolo  (F)
1 Pedro 5, 1-4 – Salmo 22 - Mt 16, 13-19
«Quem pede recebe»

SAB 23 
São Policarpo, bispo e mártir  (M)
Deut 26, 16-19 - Salmo 118 -  Ev Mt 5, 43-48
«Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito»


PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO II DA QUARESMA

Gen 15, 5-12.17-18
Deus estabelece a aliança com Abraão

Salmo 26
O Senhor é a minha luz e a minha salvação

 Filip 3, 17 – 4,1
Cristo nos transformará à imagem do seu corpo glorioso

 Lc 9, 28b-36
Enquanto orava, alterou-se o aspecto do seu rosto


INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 17 DE FEVEREIRO   (09:30h)

António José Lino; Maria da Conceição da Silva, da Quinta; da Associação por Maria Júlia; Rosa Pereira de Jesus; Carlos André; José de Azeredo e Silva; António Monteiro Teixeira; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; António da Silva Luís, do Lameu; Associados  Mensagem de Fátima; José Maria Gomes de Araújo; Manuel Luís e Zilai da Conceição Araújo; António Moreira e Júlia da Conceição; José Araújo; 7.º dia por João Ferreira; 7.º dia por Maria Luísa Cunha


INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 24 DE FEVEREIRO   (09:30h)

Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro; Manuel Barbosa Araújo; Manuel da Silva Pinto; Martinho da Silva Pereira; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; António Pereira de Freitas e esposa; Emídio Ribeiro; da Associação por João Ferreira


17  FEV  -  Via Sacra, Igreja, 15:00h                               

                - Adoração ao Santíssimo Sacramento, no fim da Via Sacra

                - Quaresma: “um tempo precioso, para reavivar a fé em Jesus Cristo”
                                                                                                (Bento XVI, Mensagem para a Quaresma 2013)



IÇAR AS VELAS DA NOSSA FÉ…NA BARCA DA IGREJA…

(DA QUARESMA À PÁSCOA)


SEMANA

TEMÁTICA

ATIVIDADE

ORAÇÃO

ATITUDE




tentações


 ponto

de partida:



DIZER


ADEUS


AO


CAIS

A primeira semana coloca-nos no ponto de partida. Iniciámos uma viagem, “impelidos pelo sopro do Espírito Santo” (cf. Evº). A 1ª leitura lembra-nos que “o Senhor nos fez sair do Egipto”, que nos “fez atravessar o Mar”. E o próprio Jesus, também “se retirou das margens” para mergulhar no oceano infinito do amor do Pai. O desafio desta semana é “dizer adeus ao cais”, para iniciar a grande viagem da fé.






CONSTRUIR


O


BARCO


Na 1ª leitura temos o credo histórico de Israel. São Paulo fala-nos em professar a fé com o coração e com a boca:


 Rezar diariamente

o Credo

Quem vai para o mar, avia-se em terra. Criar condições para partir.


Que coisas tenho de largar?


Renúncia ao pecado


Renúncia aos bens

11 de fevereiro de 2013

Domingo V do Tempo Comum


Domingo V do Tempo Comum

Faz-te ao largo
                                                    Lc 5, 4


A liturgia deste domingo leva-nos a reflectir sobre a nossa vocação: somos todos chamados por Deus e d’Ele recebemos uma missão para o mundo.

       Na primeira leitura, encontramos a descrição plástica do chamamento de um profeta – Isaías. De uma forma simples e questionadora, apresenta-se o modelo de um homem que é sensível aos apelos de Deus e que tem a coragem de aceitar ser enviado. Isaías deixa claro que a sua vocação é obra do Deus majestoso e santo, que se manifestou a Isaías e que o convocou para o seu serviço. Isaías oferece-se sem saber ainda qual a missão que lhe vai ser confiada; manifesta, dessa forma, a sua disponibilidade absoluta para o serviço de Deus.

      A segunda leitura propõe-nos reflectir sobre a ressurreição: trata-se de uma realidade que deve dar forma à vida do discípulo e levá-lo a enfrentar sem medo as forças da injustiça e da morte. Com a sua acção libertadora – que continua a acção de Jesus e que renova os homens e o mundo – o discípulo sabe que está a dar testemunho da ressurreição de Cristo que é um facto real, mas ao mesmo tempo algo que a ciência histórica não pode demonstrar, porque corresponde a uma experiência de fé. O que, historicamente, podemos comprovar, é a incrível transformação dos discípulos que, de homens cheios de medo, de frustração e de cobardia, se converteram em arautos destemidos de Jesus, vivo e ressuscitado. A ressurreição é um facto que ocorreu, mas que continua a ocorrer; continua a ter a eficácia primitiva, continua a ser capaz de converter em homens novos, a quantos aceitam Jesus pela fé.

       No Evangelho, Lucas apresenta um grupo de discípulos que partilharam a barca com Jesus, que acolheram as propostas de Jesus, que souberam reconhecê-l’O como seu “Senhor”, que aceitaram o convite para ser “pescadores de homens” e que deixaram tudo para seguir Jesus… De pescador de peixes Pedro torna-se pescador de homens, torna-se um homem cheio de confiança. Deixando tudo, como Tiago e João, segue Jesus! Neste quadro, reconhecemos o caminho que os cristãos são chamados a percorrer.

Dehonianos



LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO V DO TEMPO COMUM
I Leitura:               Is 6, 1-2a.3-8
“Eis-me aqui: podeis enviar-me”
Esta leitura apresenta a vocação de Isaías e a sua missão, para introduzir a missão dos Apóstolos, de que falará o Evangelho. A vocação e a missão vêm de Deus, são dom seu. Em presença de tais dons, ao homem compete simplesmente responder e deixar-se enviar, porque a obra a que é enviado é toda de Deus. Foi por isso que o profeta começou por sentir-se envolvido em sinais da presença e da santidade de Deus. E ao reconhecer que Deus o chamava, respondeu a esse chamamento e deixou-se enviar para a missão a que Deus o destinava.
Salmo  137
Na presença dos Anjos, eu Vos louvarei, Senhor
II Leitura:             1 Cor 15, 1-11
“É assim que pregamos e foi assim que acreditastes”
 Os cristãos de Corinto, cidade grega de ambiente pagão, deviam sentir a atitude negativa dos grupos no meio dos quais viviam, em relação à ressurreição dos mortos, que até os próprios Judeus só lentamente foram admitindo. Para os cristãos, a morte e a ressurreição de Cristo constitui a base e o fundamento da sua fé. Ao afirmar o mistério pascal de Cristo, S. Paulo apresenta o núcleo central da profissão de fé da Igreja, o “Credo”.
ALELUIA                Mt 4, 19
Vinde comigo, diz o Senhor, e farei de vós pescadores de homens
Evangelho             Lc 5, 1-11
“Deixaram tudo e seguiram Jesus”
 A disponibilidade verificada no profeta Isaías, vemo-la agora nos Apóstolos. É o Senhor que os envia, mas eles, por seu lado, deixam-se enviar. A obra de Deus está também nas mãos dos homens, porque Deus os quer associar a Si na obra de salvação. É, no fundo, a lei que nasce do mistério da Encarnação: Deus no homem e o homem em Deus. E a única atitude possível para o homem a quem Deus chama e envia é responder como Isaías: “Eis-me aqui”, e como Pedro: “Já que o dizes, lançarei as redes".



PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 11 A 16 DE FEVEREIRO

SEG 11 
Nossa Senhora de Lurdes   (MF)
1 Gen 1, 1-19 – Salmo 103 - Mc 6, 53-56
“Todos os que O tocavam ficavam curados”
TER 12
Gen 1, 20 – 2, 4a, Salmo 8 - Mc 7, 1-13
“Deixais o mandamento de Deus para vos prenderdes à tradição dos homens”
QUA 13
Quarta feira de Cinzas
Joel 2, 12-18 – Salmo 50 - Cor 5, 20 — 6, 2-Mt 6, 1-6.16-18
“Teu Pai, que vê no segredo, te dará a recompensa”

QUI 14
S. Cirilo, monge, e S. Metódio, bispo, Padroeiros da Europa  (F)
Actos 13, 46-49 – Salmo 116 - Lc 10, 1-9
“Ide e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’”

SEX 15
Sexta feira depois das Cinzas
Is 58, 1-9a – Salmo 50 - Mt 9, 14-15
“Quando o esposo lhes for tirado, jejuarão”

SAB 16
Sábado depois das Cinzas
Is 58, 9b-14 – Salmo 85 - Lc 5, 27-32
“Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores, para que se arrependam”

PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO I DA QUARESMA

Deut 26, 4-10
A profissão de fé do povo eleito

Salmo 90
Estai comigo, Senhor, no meio da adversidade

Rom 10, 8-13
Profissão de fé dos que crêem em Cristo

 Lc 4, 1-13
«Esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado»

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 10 DE FEVEREIRO   (09:30h)

Alexandre da Silva Azeredo; António da Silva Luís, do Lameu; José de Araújo; Manuel Joaquim Teixeira; Albano Ferraz, do Carreiro; Luísa Pereira e marido, do Alto; José Ferreira Aguiar; Pais e familiares de Maria de Fátima; de 30.º dia por Manuel Paulo Mesquita da Silva; de 7.º dia por Maria Júlia; Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim; Mário Armindo Soares e Eva Monteiro Lima; Alexandre Joaquim Correia e Hugo Lima

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 17 DE FEVEREIRO   (09:30h)

António José Lino; Maria da Conceição da Silva, da Quinta; da Associação por Maria Júlia; Rosa Pereira de Jesus; Carlos André; José de Azeredo e Silva; António Monteiro Teixeira; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; António da Silva Luís, do Lameu

    13 FEV    - Quarta Feira de Cinzas, Eucaristia, 20:30h

   14 FEV   - Conferência: Como é que o Sínodo refletiu sobre o Ano da Fé?,                        
                    D. Manuel Clemente, Associação Católica do Porto, 21:30h
   17  FEV  -  Via Sacra, Igreja, 15:00h 
                  - Adoração ao Santíssimo Sacramento, no fim da Via Sacra


O que é ser cristão? Como se segue Jesus? O que é que implica seguir Jesus?
Ser cristão é, em primeiro lugar, estar com Jesus “no mesmo barco”. É desse barco (a comunidade cristã), que a Palavra de Jesus se dirige ao mundo, propondo a todos a libertação (“pôs-Se a ensinar, da barca, a multidão”).
Ser cristão é, em segundo lugar, escutar a proposta de Jesus, fazer o que Ele diz, cumprir as suas indicações, lançar as redes ao mar. Às vezes, as propostas de Jesus podem parecer ilógicas, incoerentes, ridículas; mas é preciso confiar incondicionalmente, entregar-se nas mãos d’Ele e cumprir à risca as suas indicações (“porque Tu o dizes, lançarei as redes”)
Ser cristão é,em terceiro lugar, reconhecer Jesus como “o Senhor”: é o que faz Pedro, ao perceber como a proposta de Jesus gera vida e fecundidade para todos. O título “Senhor” (em grego, “kyrios”) é o título que a comunidade cristã primitiva dá a Jesus ressuscitado, reconhecendo n’Ele o “Senhor” que preside ao mundo e à história.
Ser cristão é, em quarto lugar, aceitar a missão que Jesus propõe: ser pescador de homens. Para entendermos o verdadeiro significado da expressão, temos de recordar o que significava o “mar” no ideário judaico: era o lugar dos monstros, onde residiam os espíritos e as forças demoníacas que procuravam roubar a vida e a felicidade do homem. Dizer que os seus discípulos vão ser “pescadores de homens” significa que a missão do cristão é continuar a obra libertadora de Jesus em favor do homem, procurando libertar o homem de tudo aquilo que lhe rouba a vida e a felicidade. Trata-se de salvar o homem de morrer afogado no mar da opressão, do egoísmo, do sofrimento, do medo – as forças demoníacas que impedem a felicidade do homem.
 Ser cristão é, finalmente, deixar tudo e seguir Jesus.                                                                                                                                                Dehonianos