7 de Fevereiro de 2016
Vinde comigo, diz o Senhor, e farei de vós pescadores de homens. Deixaram tudo e seguiram Jesus.
A
liturgia deste domingo leva-nos a refletir sobre a nossa vocação: somos todos
chamados por Deus e d’Ele recebemos uma missão para o mundo.
Na
primeira leitura, encontramos a descrição plástica do chamamento de um profeta
–Isaías. De uma forma simples e questionadora, apresenta-se o modelo de um
homem que é sensível aos apelos de Deus e que tem a coragem de aceitar ser
enviado. Isaías aceita o envio, ainda antes de saber, em concreto, qual é a
missão. É o exemplo de quem arrisca tudo e se dispõe, de forma absoluta, para o
serviço de Deus. No entanto, é difícil arriscar tudo, sem cálculos nem
garantias: é o pôr em causa os nossos projetos e esquemas para confiar apenas
em Deus, de forma que Ele possa fazer de nós o que quiser.
A
segunda leitura propõe-nos refletir sobre a ressurreição: trata-se de uma
realidade que deve dar forma à vida do discípulo e levá-lo a enfrentar sem medo
as forças da injustiça e da morte. Com a sua ação libertadora – que continua a
acção de Jesus e que renova os homens e o mundo –o discípulo sabe que está a
dar testemunho da ressurreição de Cristo.
No
Evangelho, Lucas apresenta um grupo de discípulos que partilharam a barca com
Jesus, que acolheram as propostas de Jesus, que souberam reconhecê-l’O como seu
“Senhor”, que aceitaram o convite para ser “pescadores de homens” e que
deixaram tudo para seguir Jesus… Neste quadro, reconhecemos o caminho que os
cristãos são chamados a percorrer.
Ser
cristão é, em primeiro lugar, estar com Jesus “no mesmo barco”. É desse barco
(a comunidade cristã), que a Palavra de Jesus se dirige ao mundo, propondo a
todos a libertação.
Ser
cristão é, em segundo lugar, escutar a proposta de Jesus, fazer o que Ele diz,
cumprir as suas indicações, lançar as redes ao mar.
Ser
cristão é, em terceiro lugar, reconhecer Jesus como “o Senhor”: é o que faz
Pedro, ao perceber como a proposta de Jesus gera vida e fecundidade para todos.
Ser
cristão é, em quarto lugar, aceitar a missão que Jesus propõe: ser pescador de
homens-salvar o homem de morrer afogado no mar da opressão, do egoísmo, do
sofrimento, do medo.
Ser cristão é, finalmente, deixar
tudo e seguir Jesus.
Liturgia da Palavra do Domingo V do Tempo
Comum
I
Leitura Is 6, 1-2a.3-8
«Eis-me
aqui: podeis enviar-me»
Esta
leitura apresenta a vocação de Isaías e a sua missão, para introduzir a missão
dos Apóstolos, de que falará o Evangelho. A vocação e a missão vêm de Deus, são
dom seu. Em presença de tais dons, ao homem compete simplesmente responder e
deixar-se enviar, porque a obra a que é enviado é toda de Deus. Foi por isso
que o profeta começou por sentir-se envolvido em sinais da presença e da
santidade de Deus. E ao reconhecer que Deus o chamava, respondeu a esse
chamamento e deixou-se enviar para a missão a que Deus o destinava.
Salmo
137 (138)
Na
presença dos Anjos, eu Vos louvarei, Senhor.
II
Leitura 1 Cor 15, 1-11
«É
assim que pregamos e foi assim que acreditastes»
Os
cristãos de Corinto, cidade grega de ambiente pagão, deviam sentir a atitude
negativa dos grupos no meio dos quais viviam, em relação à ressurreição dos
mortos, que até os próprios Judeus só lentamente foram admitindo. Para os
cristãos, a morte e a ressurreição de Cristo constitui a base e o fundamento da
sua fé. Ao afirmar o mistério pascal de Cristo, S. Paulo apresenta o núcleo
central da profissão de fé da Igreja, o “Credo”.
Aclamação
ao Evangelho Mt 4, 19
Vinde
comigo, diz o Senhor, e farei de vós pescadores de homens.
Evangelho Lc
5, 1-11
«Deixaram
tudo e seguiram Jesus»
A
disponibilidade verificada no profeta Isaías, vemo-la agora nos Apóstolos. É o
Senhor que os envia, mas eles, por seu lado, deixam-se enviar. A obra de Deus
está também nas mãos dos homens, porque Deus os quer associar a Si na obra de
salvação. É, no fundo, a lei que nasce do mistério da Encarnação: Deus no homem
e o homem em Deus. E a única atitude possível para o homem a quem Deus chama e
envia é responder como Isaías: “Eis-me aqui”, e como Pedro: “Já que o dizes,
lançarei as redes”.
Preparando a
Liturgia para o Domingo I da Quaresma
Deut
26, 4-10
A
profissão de fé do povo eleito.
Salmo
90 (91)
Estai
comigo, Senhor, no meio da adversidade.
Rom
10, 8-13
Profissão
de fé dos que creem em Cristo.
Lc 4, 1-13
Esteve no deserto, conduzido pelo
Espírito, e foi tentado.
Palavra de Deus para a semana de 8 a 13 de
Fevereiro
Palavra de Deus para a semana de 8 a 13 de Fevereiro
8 Segunda-feira
1
Re 8, 1-7. 9-13 -Salmo131 (132)-Mc 6, 53-56
Jesus
proclamava o Evangelho do reino
e
curava todas as doenças entre o povo.
9 Terça-feira
1
Reis 8, 22-23. 27-30 -Salmo 83 (84) -Mc 7, 1-13
Inclinai
o meucoração para as vossas ordens
e
dai-me a graça de cumprir a vossa lei.
10 Quarta-feira
Joel
2, 12-18 -Salmo50 (51)-2 Cor 5, 20 –6, 2 -Mt 6, 1-6. 16-18
Se
hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações.
11 Quinta-feira
Deut
30, 15-20 -Salmo 1 -Lc 9, 22-25
Arrependei-vos,
diz o Senhor; está próximo o reino dos Céus.
12 Sexta-feira
Is
58, 1-9ª -Salmo 50 (51) -Mt 9, 14-15
Buscai
o bem e não o mal, para que vivais, e o Senhor estará convosco.
13 Sábado
Is
58, 9b-14 -Salmo 85 (86) -Lc 5, 27-32
Eu não quero a morte do pecador, diz
o Senhor, mas que se converta e viva.
7
Fevereiro
As Cinco Chagas do Senhor
O
culto das Cinco Chagas do Senhor, isto é, as feridas que Cristo recebeu na cruz
e manifestou aos Apóstolos depois da ressurreição, foi sempre uma devoção muito
viva entre os portugueses, desde os começos da nacionalidade. São disso
testemunho a literatura religiosa e a onomástica referente a pessoas e
instituições. Os Lusíadas sintetizam (I, 7) o simbolismo que tradicionalmente
relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de Cristo. Assim, os
Romanos Pontífices, a partir de Bento XIV, concederam para Portugal uma festa
particular, que ultimamente veio a ser fixada neste dia.
8
Fevereiro
S. Jerónimo Emiliano
Nasceu
em Veneza no ano 1486. Seguiu a carreira militar, que mais tarde abandonou para
se dedicar ao serviço dos pobres, depois de ter distribuído entre eles o que
possuía. Fundou a Ordem dos Clérigos Regulares de Somasca, destinada a socorrer
as crianças órfãs e os pobres. Morreu em Somasca (Bérgamo), no ano 1537.
Santa Josefina Bakhita, virgem
Natural
da região de Darfur, no Sudão, foi raptada ainda criança e, vendida várias
vezes nos mercados africanos de escravos, suportou as asperezas cruéis da
escravidão. Finalmente liberta, tornou-se cristã e religiosa em Veneza, com as
Filhas da Caridade, e passou o resto da sua vida em Cristo, prestando auxílio a
toda a gente, em Schio, cidade da província de Vicenza, na Itália.
10
Fevereiro
S. Escolástica, virgem
Irmã de S.
Bento nasceu em Núrsia (Úmbria) cerca do ano 480. Consagrou-se a Deus, como seu
irmão, e seguiu-o para Cassino, onde morreu aproximadamente em 547.
Intenções
para a Eucaristia de 7 de Fevereiro (10h)
Aniversário
natalício de Ricardo Luís, esposa e filha;
Ana
de Jesus Bernardo;
Pedro
Soares;
Albano
Ferraz, do Carreiro, e filho Alexandre;
João de Jesus Pinto de Requim, mãe e sogros;
Natália
Fernanda da Silva Alves, e seus avós;
Margarida
Teixeira de Jesus, marido e filho;
Maria
Rosa Leal Pinheiro;
Emídio
Luís, esposa e filho;
António
Pinto Melo;
Alexandre
da Silva Azeredo;
António
da Silva Luís, do Lameu;
Joaquina
da Silva Madureira (fal. Na Fundação Sto. António) e marido;
António
Antunes esposa e filho;
Antero
Pinto e filho;
Missa
da Associação por José Pereira de Madureira e por Ana Barbosa Moreira.
Intenções
para a Eucaristia de 14 de Fevereiro (10h)
Maria Deolinda da Silva Pinto;
António Pereira da Silva Magalhães;
Albano Ferraz e filho Alexandre;
Pai e avós de José Araújo, das Lapas;
Rosa de Jesus Carneiro e Martinho Pinto,
de Carvalho de Vila;
Manuel Madureira Vieira e pai;
Familiares de Madalena Teixeira de
Almeida e de António Casimiro Almeida;
Albino Teixeira Pinto e esposa, de
Requim;
Luísa Pereira, marido e genro, do Alto;
Carlos André; António Luís, da Pena;
Maria da Conceição Soares;
José Azeredo e Silva.
Este
é o tempo favorável, este é o dia da salvação (2 Cor 6, 2).
Ao
entrarmos no tempo santo da Quaresma,
Devemos
ter a coragem de atravessar a poeira dos caminhos
Intransitivos
do nosso coração,
Isto
é, de limpar as mentiras, ódios, raivas, violências, banalidades,
Que
tantas vezes preenchem os nossos dias.
A
Quaresma é tempo de nos expormos
Ao
vendaval criador e purificador do Espírito,
Sem
termos a pretensão de o querer transformar em ar condicionado.
Toma
em tuas mãos, Senhor,
A
nossa terra ardida.
Beija-a.
Sopra
nela outra vez o teu alento,
A
tua aragem,
E
veremos nela outra vez impressa a tua imagem.
Tu
sabes bem, Senhor, que somos frágeis.
Mas
contigo por perto,
Seremos
fortes e ágeis,
Capazes
de abrir estradas no deserto,
A céu aberto.
D. António Couto