31 de agosto de 2014

Domingo XXII do Tempo Comum

Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo,
tome a sua cruz e siga-Me.


Mt 16, 24


A liturgia deste Domingo do Tempo Comum convida-nos a descobrir a “loucura da cruz”: o acesso a essa vida verdadeira e plena que Deus nos quer oferecer passa pelo caminho do amor e do dom da vida (cruz). Na primeira leitura, um profeta de Israel - Jeremias - descreve a sua experiência de “cruz”. Seduzido por Deus, Jeremias colocou toda a sua vida ao serviço de Deus e dos seus projetos. Nesse “caminho”, ele teve que enfrentar os poderosos e pôr em causa a lógica do mundo; por isso, conheceu o sofrimento, a solidão, a perseguição… O amor por Deus e pela sua Palavra está tão vivo no coração do profeta que é inútil resistir. A Palavra de Deus é um fogo devorador, que consome o coração do profeta e que não o deixa demitir-se da missão e esconder-se numa vida cómoda e instalada. Ao profeta resta, portanto, continuar ao serviço da Palavra, enfrentando o seu destino de solidão e de sofrimento, na esperança de, ao longo da caminhada, reencontrar esse amor de Deus que um dia o seduziu e ao qual o profeta nunca saberá renunciar. É essa a experiência de todos aqueles que acolhem a Palavra de Deus no seu coração e vivem em coerência com os valores de Deus.
                A segunda leitura convida os cristãos a oferecerem toda a sua existência de cada dia a Deus. Paulo garante que é esse o sacrifício que Deus prefere. O que é que significa oferecer a Deus toda a existência? Significa, de acordo com Paulo, não nos conformarmos com a lógica do mundo, aprendermos a discernir os planos de Deus e a viver em consequência. Na sua relação com Deus, com os outros homens e com o mundo, o cristão deve renunciar aos caminhos do egoísmo, do orgulho, da autossuficiência, da injustiça e do pecado; e deve procurar conhecer os projetos de Deus, acolhê-los no coração e viver em coerência total com as suas propostas.
 No Evangelho, Jesus avisa os discípulos de que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas passa pelo amor e pelo dom da vida. Quem quiser ser discípulo de Jesus, tem de “renunciar a si mesmo”, “tomar a cruz” e seguir Jesus no seu caminho de amor, de entrega e de dom da vida. Renunciar a si mesmo significa renunciar ao seu egoísmo e autossuficiência, para fazer da vida um dom a Deus e aos outros. O cristão não pode viver fechado em si próprio, preocupado apenas em concretizar os seus sonhos pessoais, os seus projetos de riqueza, de segurança, de bem-estar, de domínio, de êxito, de triunfo… O cristão deve fazer da sua vida um dom generoso a Deus e aos irmãos. Só assim ele poderá ser discípulo de Jesus e integrar a comunidade do Reino. A cruz é a expressão de um amor total, radical, que se dá até à morte. Significa a entrega da própria vida por amor. “Tomar a cruz” é ser capaz de gastar a vida – de forma total e completa – por amor a Deus e para que os irmãos sejam mais felizes.

Liturgia da Palavra do Domingo XXII do Tempo Comum


I Leitura                 Jer 20, 7-9

«A palavra do Senhor tornou-se para mim ocasião de insultos...»

Apesar de falar em nome de Deus ao povo de Israel, o profeta só deste recebe insultos, ameaças e perseguição. Sentiu então a tentação de abandonar essa sua missão profética, apesar de sentir o coração abrasado do zelo do Senhor. Nesta luta interior, o amor foi mais forte que o desânimo, porque mais forte que os insultos dos homens é a palavra de Deus.
                               
Salmo     62 (63)
A minha alma tem sede de Vós, meu Deus.

II Leitura:             Rom 12, 1-2

«Oferecei-vos como vítima viva»

O culto verdadeiramente cristão nasce da fé e atinge toda a vida do homem renascido em Cristo. Como Cristo, o cristão é homem novo, vive, por isso, uma vida nova; não se conforma já com este mundo, mas vive do Espírito de Deus e faz de toda a sua vida uma oferta viva, agradável a Deus.                         
               
Aclamação ao Evangelho                   Ef 1, 17-18

Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
ilumine os olhos do nosso coração,
para sabermos a que esperança fomos chamados.
               
Evangelho:                            Mt 16, 21-27

«Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo»

À vista da Paixão, anunciada por Jesus aos seus discípulos, Pedro como que tenta Jesus, dissuadindo-O de aceitar a Cruz. Jesus rejeita energicamente a sua proposta, e, pelo contrário, apresenta aos discípulos, como programa para eles, o mistério da sua própria Cruz. Quem quiser ser seu discípulo, terá, como o Mestre, de renunciar a si mesmo, tomar a sua cruz e segui-l’O. Assim ganhará a vida; doutro modo, perdê-la-ia, ainda que tivesse ganho todo o mundo.   

Quem são os verdadeiros discípulos de Jesus?
Muitos de nós receberam uma catequese que insistia em ritos, em fórmulas, em práticas de piedade, em determinadas obrigações legais, mas que deixou para segundo plano o essencial: o seguimento de Jesus. A identidade cristã constrói-se à volta de Jesus e da sua proposta de vida. Que nenhum de nós tenha dúvidas: ser cristão é bem mais do que ser batizado. Ser cristão é, essencialmente, seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida. O cristão é aquele que faz de Jesus a referência fundamental à volta da qual constrói toda a sua existência; e é aquele que renuncia a si mesmo e que toma a mesma cruz de Jesus.

O que é “renunciar a si mesmo”?
É não deixar que o egoísmo, o orgulho, o comodismo, a autossuficiência dominem a vida. O seguidor de Jesus não vive fechado no seu cantinho, a olhar para si mesmo, indiferente aos dramas que se passam à sua volta, insensível às necessidades dos irmãos, alheado das lutas e reivindicações dos outros homens; mas vive para Deus e na solidariedade, na partilha e no serviço aos irmãos.

O que é “tomar a cruz”?
É amar até às últimas consequências, até à morte. O seguidor de Jesus é aquele que está disposto a dar a vida para que os seus irmãos sejam mais livres e mais felizes. Por isso, o cristão não tem medo de lutar contra a injustiça, a exploração, a miséria, o pecado, mesmo que isso signifique enfrentar a morte, a tortura, as represálias dos poderosos.        

Palavra de Deus para a semana de 1 a 6 de setembro  


1
Seg
1 Cor 2, 1-5 - Salmo 118 (119) - Lc 4, 16-30
O Espírito do Senhor está sobre Mim:
Ele me enviou a anunciar a boa nova aos pobres.
2
Ter
1 Cor 2, 10b-16 - Salmo 144 (145) - Lc 4, 31-37
Apareceu no meio de nós um grande profeta: Deus visitou o seu povo.
3
Qua
S. Gregório Magno, papa e doutor da Igreja – MO
1 Cor 3, 1-9 - Salmo 32 (33) - Lc 4, 38-44
O Senhor enviou-Me para anunciar a boa nova aos pobres
e proclamar aos cativos a redenção.
4
Qui
S. Agostinho, bispo e doutor da Igreja – MO
1 Cor 1, 1-9 - Salmo 144 (145) - Mt 24, 42-51
Vigiai e estai preparados,
porque na hora em que não pensais virá o Filho do homem.
5
Sex
1 Cor 4, 1-5  Salmo 36 (37)- Lc 5, 33-39
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor; quem Me segue terá a luz da vida.
6
Sáb
1 Cor 4, 6b-15 - Salmo 144 (145) - Lc 6, 1-5
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor;
ninguém vai ao Pai senão por Mim.


PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM


Ez 33, 7-9              «Se não falares ao ímpio, pedir-te-ei contas do seu sangue»

Salmo     94 (95)   Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações.

Rom 13, 8-10       «A caridade é o pleno cumprimento da lei»

Mt 18, 15-20        «Se te escutar, terás ganho o teu irmão»

Intenções para a Eucaristia de 30 de agosto (19:30h)


·         Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido; José Ferreira Aguiar; José Pinto Marques; Maria da Conceição Alves; Pais e familiares de Maria José Luís do Lameu

Intenções para a Eucaristia de 7 de setembro (10:00h)

·         1.º Aniv. Falec. de Antero Pinto; 30.º dia por Rosa de Jesus Carneiro; Martinho Pinto; João de Jesus Pinto de Requim, mãe e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós, Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Maria Rosa Leal Pinheiro; Maria da Graça da Glória, marido e filho; Emídio Luís, Maria da Conceição Alves e filho; António Pinto Melo; Alexandre da Silva Azeredo; Missa de Ação de Graças

Agenda



6 set
    • Oração de Vésperas 1º Sábado, igreja, 19:00h 

7 set
    • Eucaristia, igreja, 10:00h


Quem são os verdadeiros discípulos de Jesus?
Muitos de nós receberam uma catequese que insistia em ritos, em fórmulas, em práticas de piedade, em determinadas obrigações legais, mas que deixou para segundo plano o essencial: o seguimento de Jesus. A identidade cristã constrói-se à volta de Jesus e da sua proposta de vida. Que nenhum de nós tenha dúvidas: ser cristão é bem mais do que ser batizado. Ser cristão é, essencialmente, seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida. O cristão é aquele que faz de Jesus a referência fundamental à volta da qual constrói toda a sua existência; e é aquele que renuncia a si mesmo e que toma a mesma cruz de Jesus.
 
O que é “renunciar a si mesmo”?
É não deixar que o egoísmo, o orgulho, o comodismo, a autossuficiência dominem a vida. O seguidor de Jesus não vive fechado no seu cantinho, a olhar para si mesmo, indiferente aos dramas que se passam à sua volta, insensível às necessidades dos irmãos, alheado das lutas e reivindicações dos outros homens; mas vive para Deus e na solidariedade, na partilha e no serviço aos irmãos.
 
O que é “tomar a cruz”?
É amar até às últimas consequências, até à morte. O seguidor de Jesus é aquele que está disposto a dar a vida para que os seus irmãos sejam mais livres e mais felizes. Por isso, o cristão não tem medo de lutar contra a injustiça, a exploração, a miséria, o pecado, mesmo que isso signifique enfrentar a morte, a tortura, as represálias dos poderosos.