bendito
o Filho Unigénito,
bendito
o Espírito Santo,
pela
sua infinita misericórdia.
ANTÍFONA DE ENTRADA
A Solenidade que hoje
celebramos não é um convite a decifrar o mistério que se esconde por detrás de
“um Deus em três pessoas”; mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que
é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar nesse
mistério de amor.
Na primeira leitura, o Deus
da comunhão e da aliança, apostado em estabelecer laços familiares com o homem,
auto apresenta-Se: é clemente e compassivo, lento para a ira e rico de
misericórdia. Deus apresenta-Se. Fundamentalmente, Ele define-Se como o Deus da
relação e da comunhão. Deixa claro que é um Deus “com coração” – e com um
coração cheio de amor, de bondade, de ternura, de misericórdia, de fidelidade.
Apesar de o seu Povo ter violado os compromissos que assumiu, Deus não só
perdoa o pecado do Povo, mas propõe o refazer da “aliança”: é que, acima de
tudo, este Deus do amor preza a comunhão com o homem: o seu objetivo é integrar
os homens na família de Deus
Na segunda leitura, Paulo
expressa – através da fórmula litúrgica “a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor
do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco” – a realidade de um
Deus que é comunhão, que é família e que pretende atrair os homens para essa
dinâmica de amor. Esta fórmula constitui uma impressionante confissão de fé no
Deus trino. Ela manifesta a fé dos crentes nesse Deus é amor e, portanto, que é
“família”, que é comunidade. Ao utilizarem esta fórmula, os crentes
reconhecem-se como membros dessa “família de Deus”; e reconhecem também que ser
“família de Deus” é fazerem todos parte de uma única família de irmãos. São,
portanto, convocados para viverem em unidade: em comunhão com Deus e em união
com todos os irmãos.
No Evangelho, João
convida-nos a contemplar um Deus cujo amor pelos homens é tão grande, a ponto
de enviar ao mundo o seu Filho único; e Jesus, o Filho, cumprindo o plano do
Pai, fez da sua vida um dom total, até à morte na cruz, a fim de oferecer aos
homens a vida definitiva. Nesta fantástica história de amor (que vai até ao dom
da vida do Filho único e amado), plasma-se a grandeza do coração de Deus.
Liturgia da Palavra da Solenidade da Santíssima Trindade
I Leitura Ex
34, 4b-6.8-9
«O
Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo»
Deus
manifesta-Se a Moisés como um Deus cheio de amor e de ternura para com o Seu
povo. Sem deixar de ser justo, antes de tudo e acima de tudo, Ele é o Deus que
ama e perdoa.
Compenetrado
desta verdade, Moisés não tem receio de interceder pelo Povo, que fora infiel à
Aliança, voltando as costa, ao Deus vivo, para se entregar aos ídolos. E Moisés
não vê frustrada a sua esperança. Deus continuará no meio do Seu povo, porque
Ele é, na verdade, Aquele que salva.
Salmo Dan 3, 52.53.54.55.56 (R. 52b)
Digno é o Senhor de louvor e de glória para sempre.
II Leitura: 2 Cor 13, 11-13
«A graça de Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do
Espírito Santo»
Ao iniciarmos as nossas assembleias litúrgicas com o voto de
S. Paulo, no final da carta aos Coríntios nós professamos a nossa fé no
mistério de um Deus em três Pessoas distintas. Nós reconhecemos que a presença
da Trindade é o que constitui a comunidade cristã. Na verdade, é pelo dom
gratuito de Jesus Cristo, pelo amor universal do Pai e pela força unitiva do
Espírito de caridade que somos congregados em assembleia, para celebrarmos a
glória de Deus.
Reunida pela acção da Santíssima Trindade, a comunidade
cristã deve empenhar-se em se assemelhar à comunidade trinitária vivendo na
busca da perfeição, na alegria e no amor mútuo que se exprime pelo ósculo da
paz.
Aclamação ao Evangelho Ap 1, 8
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, ao Deus que é,
que era e que há-de vir.
Evangelho: Jo
3, 16-18
«Deus
enviou o seu Filho ao mundo, para que o mundo seja salvo por Ele»
O
mistério da Santíssima Trindade é um mistério de amor: amor de um Deus que se
revela aos homens e, num gesto de infinita bondade, lhes dá o Seu Filho, o
Qual, encarnando e entregando-Se, totalmente, aos homens até à morte de Cruz
(Filip. 2, 8), veio não para julgá-los, mas para salvá-los.
Perante este amor de Deus,
o homem só pode ter uma atitude: aceitar Jesus Cristo como seu Salvador deixar-se
penetrar pelo Seu amor e iluminar pela Sua verdade, que é o Seu Evangelho de
amor. Recusar Jesus Cristo é recusar a salvação. Deus não condena ninguém. Cada
um de nós, com a sua aceitação ou recusa de Cristo, é que decide acerca do seu
juízo final.
A fé de todos os cristãos assenta na
Trindade. Os cristãos são batizados
«em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo». O mistério da Santíssima
Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em
si mesmo. É, portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé e a luz que
os ilumina. É o ensinamento mais fundamental e essencial na «hierarquia das verdades
da fé». «Toda a história da salvação não é senão a história do caminho e dos
meios pelos quais o Deus verdadeiro e único, Pai, Filho e Espírito Santo, Se
revela, reconcilia consigo e Se une aos homens que se afastam do pecado»
A Trindade é una. Nós não confessamos três deuses, mas um só Deus em
três pessoas: «a Trindade consubstancial». As pessoas divinas não dividem entre
Si a divindade única: cada uma delas é Deus por inteiro: «O Pai é aquilo mesmo
que o Filho, o Filho aquilo mesmo que o Pai, o Pai e o Filho aquilo mesmo que o
Espírito Santo, ou seja, um único Deus por natureza». «Cada uma das três
pessoas é esta realidade, quer dizer, a substância, a essência ou a natureza
divina».
As pessoas divinas são realmente
distintas entre Si. «Deus é um só,
mas não solitário». «Pai», «Filho», «Espírito Santo» não são meros nomes que
designam modalidades do ser divino, porque são realmente distintos entre Si.
«Aquele que é o Filho não é o Pai e Aquele que é o Pai não é o Filho, nem o
Espírito Santo é Aquele que é o Pai ou o Filho». São distintos entre Si pelas
suas relações de origem: «O Pai gera, o Filho é gerado, o Espírito Santo
procede». A unidade divina é trina.
As pessoas divinas são relativas umas às
outras. Uma vez que não divide a
unidade divina, a distinção real das pessoas entre Si reside unicamente nas
relações que as referenciam umas às outras: «Nos nomes relativos das pessoas, o
Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Espírito Santo a ambos. Quando
falamos destas três pessoas, considerando as relações respetivas, cremos, todavia,
numa só natureza ou substância». Com efeito, «n'Eles tudo é um, onde não há a
oposição da relação». «Por causa desta unidade, o Pai está todo no Filho e todo
no Espírito Santo: o Filho está todo no Pai e todo no Espírito Santo: o
Espírito Santo está todo no Pai e todo no Filho».
Palavra de Deus para a semana de 16 a 21 de junho
16
Seg
1 Reis 21,
1-16- Salmo 5 - Mt 5, 38-42
A vossa palavra, Senhor, é farol para os meus passos
e luz para os meus caminhos.
17
Ter
1 Reis 21,
17-29 - Salmo 50 - Mt 5, 43-48
Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor:
amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.
18
Qua
2 Reis 2,
1. 6-14 - Salmo 30 - Mt 6, 1-6. 16-18
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra;
meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada
19
Qui
S. Romualdo, abade – MF
Sir 48,
1-15 (gr. 1-14) - Salmo 96 - Mt 6, 7-15
Recebestes o Espírito de adopção filial;
nele clamamos: «Abba, ó Pai»
20
Sex
B. Sancha e B. Mafalda, virgens, e B. Teresa,
religiosa – MF
2 Reis 11,
1-4. 9-18. 20 - Salmo 131- Mt 6, 19-23
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus
21
Sáb
S. Luís Gonzaga, religioso – MO
2 Cr 24,
17-25 - Salmo 88 (89) - Mt 6, 24-34
Jesus Cristo, sendo rico, fez-Se pobre,
para nos enriquecer na sua pobreza
16
Seg
|
1 Reis 21,
1-16- Salmo 5 - Mt 5, 38-42
A vossa palavra, Senhor, é farol para os meus passos
e luz para os meus caminhos.
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17
Ter |
1 Reis 21,
17-29 - Salmo 50 - Mt 5, 43-48
Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor:
amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.
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18
Qua
|
2 Reis 2,
1. 6-14 - Salmo 30 - Mt 6, 1-6. 16-18
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra;
meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada
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19
Qui
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S. Romualdo, abade – MF
Sir 48,
1-15 (gr. 1-14) - Salmo 96 - Mt 6, 7-15
Recebestes o Espírito de adopção filial;
nele clamamos: «Abba, ó Pai»
|
20
Sex
|
B. Sancha e B. Mafalda, virgens, e B. Teresa,
religiosa – MF
2 Reis 11,
1-4. 9-18. 20 - Salmo 131- Mt 6, 19-23
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus
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21
Sáb
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S. Luís Gonzaga, religioso – MO
2 Cr 24,
17-25 - Salmo 88 (89) - Mt 6, 24-34
Jesus Cristo, sendo rico, fez-Se pobre,
para nos enriquecer na sua pobreza
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PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XII DO TEMPO COMUM
SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO
Deut
8, 2-3.14b-16ª
«Deu-te o
alimento, que nem tu nem os teus pais tinham conhecido»
Salmo
147
Jerusalém, louva
o teu Senhor
1
Cor 10, 16-17
«Há
um só pão, formamos um só corpo»
Jo
6, 51-58
«A minha carne é verdadeira comida, o meu
sangue é verdadeira bebida»
Intenções para a Eucaristia de 15 de junho (10:00h)
Associados da
Mensagem de Fátima; António da Silva Luís, do Lameu; Maria da Conceição Leal
Pinto; Elvira Oliveira Vales; António Pereira da Silva Guimarães; Luísa Pereira
e marido, do Alto; Carlos André; José de Azeredo e Silva; Maria da Conceição
Soares; Manuel Duarte Moreira; José de Araújo; Maria Pereira de Madureira e
marido, do Entroncamento; Pais de Celeste, de Requim
Intenções para a Eucaristia de 22 de junho (10:00h)
António Pereira de Freitas e esposa; Emídio Ribeiro; Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro; Manuel de Araújo Barbosa; Manuel da Silva Pinto; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; José da Silva Pinto; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade
Agenda
22 jun
Deus é sempre, para o homem, o mistério que a “nuvem”
esconde e revela: detetamos a sua presença, mas sem O ver; percebemos a sua
proximidade, sem conseguirmos definir os contornos do seu rosto. A ânsia do
homem em penetrar o mistério de Deus leva-o, com frequência, a inventar rostos
de Deus; mas, muitas vezes, esses rostos são apenas a projeção dos sonhos, dos
anseios, das necessidades e até dos defeitos dos homens e têm pouco a ver com a
realidade de Deus. Para entrarmos no mistério de Deus, é preciso estabelecermos
com Ele uma relação de proximidade, de comunhão, de intimidade que nos leve ao
encontro da sua voz, dos seus valores, dos seus desafios (“subir ao monte”).
João é o evangelista abismado na contemplação do amor
de um Deus que não hesitou em enviar ao mundo o seu Filho, o seu único Filho,
para apresentar aos homens uma proposta de felicidade plena, de vida
definitiva; e Jesus, o Filho, cumprindo o mandato do Pai, fez da sua vida um
dom, até à morte na cruz, para mostrar aos homens o “caminho” da vida eterna… O
amor de Deus traduz-se na oferta ao homem de vida plena e definitiva. É uma
oferta gratuita, incondicional, absoluta, válida para sempre.
No dia em
que celebramos a Solenidade da Santíssima Trindade, somos convidados a
contemplar, com João, esta incrível história de amor e a espantar-nos com o
peso que nós – seres limitados e finitos, pequenos grãos de pó na imensidão das
galáxias – adquirimos nos esquemas, nos projetos e no coração de Deus.