18 de maio de 2014

Domingo V da Páscoa

Eu sou
o Caminho,
a Verdade e a Vida

Jo 14, 6



A liturgia deste domingo convida-nos a refletir sobre a Igreja – a comunidade que nasce de Jesus e cujos membros continuam o “caminho” de Jesus, dando testemunho do projeto de Deus no mundo, na entrega a Deus e no amor aos homens.
A primeira leitura apresenta-nos alguns traços que caracterizam a “família de Deus” (Igreja): uma comunidade santa, embora formada por homens pecadores; uma comunidade estruturada hierarquicamente, mas onde o serviço da autoridade é exercido no diálogo com os irmãos; é uma comunidade de servidores, que recebem dons de Deus e que põem esses dons ao serviço dos irmãos; uma comunidade animada pelo Espírito, que vive do Espírito e que recebe do Espírito a força de ser testemunha de Jesus na história.
A segunda leitura também se refere à Igreja: chama-lhe “templo espiritual”, do qual Cristo é a “pedra angular” e os cristãos “pedras vivas”. Essa Igreja é formada por um “povo sacerdotal”, cuja missão é oferecer a Deus o verdadeiro culto: uma vida vivida na obediência aos planos do Pai e no amor incondicional aos irmãos.
Os cristãos são “pedras vivas” de um “templo espiritual” do qual Cristo é a “pedra angular”. A imagem traduz a realidade de uma comunidade que se junta à volta de Cristo, que vive em união com Ele, que comunga do seu destino, que assume totalmente o seu projeto. A esta comunidade chama-se Igreja. As “pedras vivas” do Templo do Senhor formam um Povo de sacerdotes, cuja missão é viver uma vida coerente com os compromissos assumidos no dia do Batismo – isto é, viver (como Cristo) na entrega a Deus e no amor aos irmãos.
O Evangelho define a Igreja: é a comunidade dos discípulos que seguem o “caminho” de Jesus – “caminho” de obediência ao Pai e de dom da vida aos irmãos. Os que acolhem esta proposta e aceitam viver nesta dinâmica tornam-se Homens Novos, que possuem a vida em plenitude e que integram a família de Deus – a família do Pai, do Filho e do Espírito. A Igreja é essa comunidade de Homens Novos, que se identifica com Jesus que, animada pelo Espírito, segue “o caminho” de Jesus (caminho de obediência aos planos do Pai e de dom da vida aos irmãos), que procura dar testemunho de Jesus no meio dos homens. No dia do nosso batismo, fomos integrados nesta família.
Falar do “caminho” de Jesus é falar de uma vida dada a Deus e gasta em favor dos irmãos, numa doação total e radical, até à morte. Os discípulos são convidados a percorrer, com Jesus, esse mesmo “caminho”. Paradoxalmente, dessa entrega (dessa morte para si mesmo) nasce o Homem Novo, o homem na plenitude das suas possibilidades, o homem que desenvolveu até ao extremo todas as suas potencialidades.


Liturgia da Palavra do Domingo V da Páscoa


I Leitura                 Actos 6,1-7

«Escolheram sete homens cheios do Espírito Santo...»

Logo desde o princípio, os Apóstolos começaram a sentir a necessidade de chamar outras pessoas para colaborarem em diversos ministérios da comunidade cristã. O grupo dos sete, de que hoje se referem os nomes, foram dos primeiros a serem escolhidos. O seu campo de acção foi a assistência material aos mais necessitados, no caso imediato, a certo grupo de viúvas; deste modo os Apóstolos ficavam mais disponíveis para a oração e a pregação da palavra de Deus. A Igreja começava a organizar-se, conforme as necessidades o pediam.   

Salmo     32 (33)

Esperamos, Senhor, na vossa misericórdia.

II Leitura:             1 Pedro 2, 4-9

«Vós sois geração eleita, sacerdócio real»

A Igreja foi comparada pelo Senhor a um edifício. Agora, o Apóstolo desenvolve a comparação: Cristo é a Pedra, viva pela sua ressurreição e fonte de vida; os cristãos são, por sua vez, pedras vivas, vivendo da vida do Ressuscitado, que unidos a Cristo, vão formando o edifício, o templo novo, em que habita o Espírito Santo, a Igreja. Ela é a comunidade dos crentes, escolhida na continuação do povo escolhido do Antigo Testamento, comunidade sacerdotal, que há de levar aos pagãos a Boa Nova do reino de Deus, e fazer que também eles proclamem os louvores d’Aquele que os chamou das trevas para a luz do reino de Deus.

Aclamação ao Evangelho                   Jo 14, 6

Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor;
ninguém vai ao Pai senão por mim

Evangelho:            Jo 14, 1-12

«Eu sou o caminho, a verdade e a vida»

Jesus vai deixar visivelmente os seus, a quem o mundo há-de perseguir. Procura, por isso, incutir-lhes coragem e esperança. Ele parte, mas vai para o Pai. Os seus discípulos têm todos lá também o seu lugar. A Igreja seguirá o seu Senhor. Ele mesmo é o caminho, não só pelo que ensina, mas pelo que Ele mesmo é. Ele é a verdade e vida. 

V Domingo da Páscoa:        Cultivar o TEMOR DE DEUS para crescer na TEMPERANÇA e na JUSTIÇA

Leitura Bíblica (Jo 14, 1-4): Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida
«Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus; crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, como teria dito Eu que vos vou preparar um lugar? E quando Eu tiver ido e vos tiver preparado lugar, virei novamente e hei de levar-vos para junto de mim, a fim de que, onde Eu estou, vós estejais também. E, para onde Eu vou, vós sabeis o caminho».

Breve reflexão: Jesus Ressuscitado dirige hoje uma palavra de consolo a cada um dos membros da sua Igreja. A nós promete a sua presença e aponta o caminho a seguir. Falar do “caminho” de Jesus é falar de uma vida dada a Deus e gasta em favor dos irmãos, numa doação total e radical, até à morte. Do mesmo modo que os discípulos são convidados a percorrer, com Jesus, esse mesmo “caminho” também a nós nos é dirigido esse mesmo convite. É esse “caminho” que eu tenho vindo a percorrer? A minha vida tem sido uma entrega a Deus e doação aos meus irmãos? Jesus é o caminho, a verdade e a vida, como me posiciono diante desta certeza e realidade? (…).

Oração
Senhor Jesus, Tu que és o Caminho, a Verdade e a Vida, suscita em mim o dom do TEMOR DE DEUS, para que pela ação iluminadora do Espírito Santo, consciente da minha fragilidade e fraqueza, diante da Tua grandeza, eu deseje experimentar de modo constante e permanente a minha conversão. Senhor, Tu vens até mim e trazes-me a TEMPERANÇA e a JUSTIÇA. Contagia-me com tais virtudes e ajuda-me a perceber que sem Ti nada faz sentido porque bem-aventurados são os “pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”.

Proposta de actividade: Elabora o teu livro dos dons e das virtudes e frutos do Espírito. Procura por palavras tuas escrever o que é para ti o Temor de Deus, a Temperança e a Justiça.

Dom do Espírito Santo: TEMOR DE DEUS

Palavra de Deus para a semana de 19 a 24 de maio  


19
Seg
Act 14, 5-18 - Salmo 113 B (114) - Jo 14, 21-26
O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas
e vos recordará tudo o que Eu vos disse
24
Ter
S. Bernardino de Sena, presbítero – MF
Act 14, 19-28 - Salmo 144 (145) - Jo 14, 27-31a
Cristo tinha de sofrer e ressuscitar dos mortos
para entrar na sua glória
25
Qua
Act 15, 1-6 - Salmo 121 (122) - Jo 15, 1-8.
Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós, diz o Senhor.
Quem permanece em Mim dá fruto abundante.
26
Qui
S. Rita de Cássia, religiosa – MF
Act 15, 7-21 - Salmo 95 (96) - Jo 15, 9-11
As minhas ovelhas ouvem a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
27
Sex
Act 15, 22-31 - Salmo 56 (57) - Jo 15, 12-17
Eu chamo-vos amigos, diz o Senhor,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai.
28
Sáb
Act 16, 1-10 - Salmo 99 (100) - Jo 15, 18-21
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus.

PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO VI DA PÁSCOA


Actos 8, 5-8.14-17         

    «Impunham as mãos sobre eles e eles recebiam o Espírito Santo»

Salmo 65 (66)     

  A terra inteira aclame o Senhor.

1 Pe 4, 13-16      

   «Felizes de vós, se sois ultrajados pelo nome de Cristo»

Jo 14, 15-21         

  «Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor»

Intenções para a Eucaristia de 18 de maio (10:00h)

Associados da Mensagem de Fátima; José Maria Gomes de Araújo; José de Azeredo e Silva; Maria da Conceição Moreira, de Vila; Joaquim Ferreira Aguiar e filho, José Ferreira Aguiar; Manuel de Araújo Barbosa; Manuel da Silva Pinto; Américo Alves Luís; Manuel Duarte Moreira.

Intenções para a Eucaristia de 25 de maio (10:00h)

António Pereira de Freitas e esposa; António Carneiro Silva e sogro; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; 30.º dia por José da Silva Pinto; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Manuel Vieira Ribeiro; Manuel Alfredo da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido; Emídio Ribeiro.

Agenda

1 a 31 maio
    • Meditação do Rosário, Igreja, 20:30h

18 maio 
    • Adoração ao Santíssimo Sacramento, igreja, 20:00h

25 maio 
    • Eucaristia, igreja, 10:00h



Dar um passo…

Alguém dizia, durante uma homilia: “a fé começa pelos pés!” De facto, a fé é uma resposta e uma caminhada.
Foi a aventura destes onze homens reunidos numa sala, em Jerusalém. Estavam cheios de medo, mas lançaram-se, algum tempo mais tarde, pelas ruas da Palestina e para além disso. Sentiram-se possuídos pelo Espírito recebido no Pentecostes. 
É a aventura das crianças que, nestes dias, vão começar a comungar: são convidadas ao Banquete do Senhor, vão responder a este convite. 
É a aventura dos jovens que, por ocasião da sua profissão de fé, decidiram dar um passo para Deus, ousando dizer: “Creio!”. 
É a aventura dos jovens que, em certo período do ano, vão ser confirmados, um passo que lhes faz pedir a ajuda do Espírito. 
Somos todos convidados a dar um passo, para o Senhor e para os nossos irmãos. Sim, sejamos cristãos a caminho.