25 de março de 2013

Domingo de Ramos na Paixão do Senhor


Domingo de Ramos na Paixão do Senhor
24 de março de 2013

Cristo obedeceu até à morte

e morte de cruz.

Por isso Deus O exaltou

e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes.

Filip 2,8-9

A liturgia deste último Domingo da Quaresma convida-nos a contemplar esse Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. A cruz (que a liturgia deste domingo coloca no horizonte próximo de Jesus) apresenta-nos a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.

A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra da salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com teimosa fidelidade, os projectos de Deus. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus.

A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência ao Pai e o serviço aos homens, até ao dom da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.

O Evangelho convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz revela-se o amor de Deus, esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total.

Celebrar a paixão e morte de Jesus é abismar-se na contemplação de um Deus a quem o amor tornou frágil… Por amor, Ele veio ao nosso encontro, assumiu os nossos limites, experimentou a fome, o sono, o cansaço, conheceu a mordedura das tentações, tremeu perante a morte, suou sangue antes de aceitar a vontade do Pai; e, estendido no chão, esmagado contra a terra, atraiçoado, abandonado, incompreendido, continuou a amar. Desse amor resultou vida plena, que Ele quis repartir connosco “até ao fim dos tempos”: esta é a mais espantosa história de amor que é possível contar; ela é a boa notícia que enche de alegria o coração dos crentes.

Contemplar a cruz onde se manifesta o amor e a entrega de Jesus significa assumir a mesma atitude e solidarizar-se com aqueles que são crucificados neste mundo: os que sofrem violência, os que são explorados, os que são excluídos, os que são privados de direitos e de dignidade… Significa denunciar tudo o que gera ódio, divisão, medo, em termos de estruturas, valores, práticas, ideologias. Significa evitar que os homens continuem a crucificar outros homens. Significa aprender com Jesus a entregar a vida por amor… Viver deste jeito pode conduzir à morte; mas o cristão sabe que amar como Jesus é viver a partir de um dinâmica que a morte não pode vencer: o amor gera vida nova e introduz na nossa carne os dinamismos da ressurreição.


LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR


I Leitura:               Is. 50, 4-7

«Não desviei o meu rosto dos que Me ultrajavam,

mas sei que não ficarei desiludido»


Esta leitura é um dos chamados “Cânticos do Servo do Senhor”. Este Servo revela-se plenamente em Jesus, na sua Paixão: Ele escuta a palavra do Pai e responde-lhe cheio de confiança, oferecendo-Se, em obediência total, pela salvação dos homens. Jesus, o “servo” sofredor que faz da sua vida um dom por amor, mostra aos seus seguidores o caminho: a vida, quando é posta ao serviço da libertação dos pobres e dos oprimidos, não é perdida mesmo que pareça, em termos humanos, fracassada e sem sentido.

Salmo 21 (22)

Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?

II Leitura:             Filip 2, 6-11

«Humilhou-Se a Si próprio; por isso Deus O exaltou»

Esta leitura é também um cântico, mas agora do Novo Testamento, muito provavelmente em uso nas primitivas comunidades cristãs. Nele é celebrado o Mistério Pascal: Cristo fez-Se um de nós, obedeceu aos desígnios do Pai e humilhou-Se até à morte, e foi, por isso, exaltado até à glória de “Senhor”, que é a própria glória de Deus. Paulo tem consciência de que está a pedir aos seus cristãos algo realmente difícil; mas é algo que é fundamental, à luz do exemplo de Cristo. Também a nós é pedido, nestes últimos dias antes da Páscoa, um passo em frente neste difícil caminho da humildade, do serviço, do amor            

               
Aclamação antes do Evangelho

Cristo obedeceu até à morte e morte de cruz. Por isso Deus O exaltou

e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes.

Evangelho             Lc 22, 14 – 23, 56

Com a chegada de Jesus a Jerusalém e os acontecimentos da semana santa, chegamos ao fim do “caminho” começado na Galileia. Tudo converge, no Evangelho de Lucas, para aqui, para Jerusalém: é aí que deve irromper a salvação de Deus. Em Jerusalém, Jesus vai realizar o último acto do programa enunciado em Nazaré: da sua entrega, do seu amor afirmado até à morte, vai nascer esse Reino de homens novos, livres, onde todos serão irmãos no amor; e, de Jerusalém, partirão as testemunhas de Jesus, a fim de que esse Reino se espalhe por toda a terra e seja acolhido no coração de todos os homens.

PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 25 A 30 DE MARÇO

Seg 25
Is 42, 1-7 -  Salmo 26 (27) - Jo 12, 1-11

«Deixa-a em paz:  ela tinha guardado o perfume para o dia da minha sepultura»

Ter 26
Is 49, 1-6 - Salmo 70 (71) -  Jo 13, 21-33. 36-38

«Um de vós há-de entregar-me...

Não cantará o galo, sem que Me tenhas negado três vezes»

Qua 27
Is 50, 4-9ª - Salmo 68 (69) - Mt 26, 14-25

«O Filho do homem vai partir, como está escrito.

Mas ai daquele por quem vai ser entregue!»

Qui 28
MISSA VESPERTINA DA CEIA DO SENHOR

Ex 12, 1-8. 11-14 - Salmo 115 (116) - 1 Cor 11, 23-26 - Jo 13, 1-15

«Amou-os até ao fim»

Sex 29
CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR

Is 52, 13 – 53, 12 - Sal 30 (31) - Hebr 4, 14-16 – 5, 7-9 - Jo 18, 1 – 19, 42

«Eis o Homem»

Sáb 30
VIGÍLIA PASCAL NA NOITE SANTA

Gen. 1, 1. 26-31a - Sal. 103(104) - Gén. 22, 1-2, 9a, 10-13, 15-18 - Sal. 15(16) -Ex. 14, 15 – 15, 1- Sal. Ex. 15, 1-2, 3-4, 5-6, 17-18  Is 54, 5-14 - Sal. 29(30) – Sal. Is. 12, 2-3, 4bde, 5-6 - Is. 55, 1-11 - Bar. 3, 9-15, 32 – 4, 4 - - Sal. 18(19)  - Ez. 36, 16-33  – Sal. 41(42) - Rom. 6, 3-11 - Sal. 117 (118) - Lc. 24, 1-12


PREPARANDO A LITURGIA PARA O

DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR


Act. 10, 34a, 37-43

Salmo 117 (118)

Este é o dia que o Senhor fez:   exultemos e cantemos de alegria.

 Col. 3, 1-4

 Jo 20, 1-9

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 24 DE MARÇO   (09:30h)

·         Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro; Manuel Barbosa Araújo; Manuel da Silva Pinto; Martinho da Silva Pereira; António Araújo das Lapas; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; António Pereira de Freitas e esposa; 3.º aniversário do falecimento de Ricardo Luís; 30.ª dia por Manuel Vieira Ribeiro; Emídio Ribeiro; Avós e padrinhos de Maria de Fátima


INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 31 DE MARÇO   (08:30h)

·         Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira


28 MARQuinta Feira Santa - Missa Vespertina da Ceia do Senhor Igreja, 20:30h

 29 MARSexta da Paixão do Senhor – Celebração da Paixão, Igreja, 20:30h

 30 MAR–Sábado Santo –Vigília Pascal na Noite Santa, Mosteiro de Vila Boa do  Bispo, 20:30h

 31 MAR - DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR – Igreja, 08:30h

 08 ABR – Conferência:      A Fé Professada, P. Emanuel Brandão de Sousa, Igreja Paroquial de Várzea do Douro, 21:30h



IÇAR AS VELAS DA NOSSA FÉ…NA BARCA DA IGREJA…
(DA QUARESMA À PÁSCOA)

SEMANA

TEMÁTICA

ATIVIDADE

ORAÇÃO

ATITUDE





 Semana santa



REMAR

CONTRA A

 MARÉ

Estamos em plena semana santa. Jesus é o Servo, que tem de tornar o seu rosto duro como pedra, para afogar em abundância de bem, todas as forças do mal, que contra ela avançam. “Desmedida, a revolta imensidão, transforma, dia a dia, a embarcação numa errante e alada sepultura, mas corto as ondas sem desanimar” (M. Torga). “Também Jesus sentirá medo e angústia: quando chegar a sua hora, Ele sentirá sobre si mesmo todo o peso dos pecados da humanidade, como uma onda alta que está prestes a cair sobre Ele. Esta, sim, será uma tempestade terrível, não cósmica, mas espiritual. Será o derradeiro e extremo assalto do mal contra o Filho de Deus”



Colocar ou desenhar debaixo do barco, as ondas




Colocar no círio o traço horizont. da

Cruz



oração penitencial feita pelo então Cardeal Ratzinger, na 9ª estação da Via Sacra de Sexta-Feira Santa, em Roma, poucos dias antes de ser eleito Papa


Em

anexo





Participar

nas celebra-

ções

do 

Tríduo Pascal