2 de janeiro de 2013

Sagrada Família de Jesus, Maria e José


Sagrada Família de Jesus, Maria e José
30 de dezembro de 2012

Porque Me procuráveis?

Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?   Lc 2, 49




O Natal do Senhor põe diante do nosso olhar contemplativo uma família humilde e bela: Jesus, Maria e José, mas traz também consigo uma forte sensibilidade familiar, tornando-se o tempo forte da reunião festiva das nossas famílias. Estes dois acertos são importantes para se compreender a razão pela qual, no Domingo dentro da Oitava do Natal, a Igreja celebra a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José.
O Evangelho põe no nosso coração o último episódio do Evangelho da Infância de S. Lucas, conhecido por “Encontro de Jesus no Templo”. Na verdade, o texto refere, logo a abrir, que os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém pela Festa da Páscoa, certamente envoltos na intensa alegria com que os Judeus piedosos acorriam ao Templo do Senhor nas três Festas de Peregrinação: Páscoa, Semanas e Tendas, cantando: “Que alegria quando me disseram: vamos para a Casa do Senhor”. Eram oito dias de alegria filial e fraternal, uma vez que, na Casa do Senhor, todos eram filhos e irmãos.

O Antigo Testamento traz-nos hoje um extracto sapiencial retirado do Livro de Bem-Sirá e que nos convida ao amor dedicado aos nossos pais sempre, para que o Senhor ponha sobre nós o Seu olhar de bondade.

O Salmo 128 é a música suave que canta uma família feliz e nos mostra a fonte dessa felicidade: a bênção paternal do Senhor.

O Apóstolo Paulo, na Carta aos Colossenses, exorta esposos, pais e filhos ao amor mútuo, mostrando ainda de que sentimentos nos devemos vestir por dentro e de que música devemos encher o nosso coração. Salta à vista que a humildade, a mansidão, a longanimidade, o amor, o perdão são vestidos importantes para a festa, mas não se compram nem vendem por aí em nenhum pronto-a-vestir. Nesta época de bastante consumismo, convém que nunca nos esqueçamos de Deus, pois é Ele que veste carinhosamente o coração dos Seus filhos.


D. António Couto, Estação de Natal

LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO DA SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ

I Leitura:             Sir 3, 3-7.14-17a (gr. 2-6.12-14)

«Aquele que teme a Deus honra os seus pais»
A palavra de Deus faz o elogio da vida familiar. O Filho de Deus, ao fazer-Se homem, quis nascer e viver numa família humana. Foi ela a primeira família cristã, modelo, a seu modo, de todas as demais. O amor de Deus em todos os membros de uma família é condição fundamental para o crescimento, em paz, de todos os que nela nascem e vivem, como no quadro que o sábio nos apresenta nesta leitura.


Salmo  127
Ditosos os que temem o Senhor,  ditosos os que seguem os seus caminhos

II Leitura:            Col 3, 12-21

A vida doméstica no Senhor.
Desde o princípio que os cristãos compreenderam que a sua fé se deve manifestar em toda a sua vida e muito particularmente na vida de família; esta pode ter sempre diante dos olhos a Sagrada Família de Nazaré, que constituiu a melhor experiência do que devem ser as nossas famílias.
           
ALELUIA              Col 3, 15a.16a

Reine em vossos corações a paz de Cristo,  habite em vós a sua palavra

Evangelho          Lc 2, 41-52


Jesus é encontrado por seus pais no meio dos doutores
Um dos poucos episódios que os Evangelhos nos contam da vida da Sagrada Família de Nazaré mostra-nos a orientação profunda de Jesus para o Pai celeste e a descoberta progressiva que Maria e José iam fazendo da pessoa e do mistério de Jesus. Assim há-de ser o progresso contínuo da vida da família cristã, vivida ela também sempre em relação a Jesus.

PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 31 DEZ A 5 JAN
Seg 31
São Silvestre I, Papa  (MF)
1Jo 2, 18-21 – Salmo 95 – Jo 1, 1-18
“O Verbo fez-se carne”

Ter 1 
Santa Maria, Mãe de Deus  (S)
Nm 6, 22-27 – Salmo 66 – Gl 4, 4-7 – Lc 2, 16-21
“Encontraram Maria, José e o Menino. E, depois de oito dias, deram-Lhe o nome de Jesus”.

Qua 2
São Basílio magno e São Gregório Nazianzeno, bispos e doutores da Igreja  (MO)
1 Jo 2, 22-28 – Salmo 97 – Jo 1, 19-28
“Ele vem depois de mim”

Qui 3
Santíssimo Nome de Jesus  (MF)
1Jo 2, 29-3,6 – Salmo 97 – Jo 1, 29-34
“Eis o Cordeiro de Deus”

Sex 4
1Jo 3, 7-10 – Salmo 97 – Jo 1, 35-42
“Encontrámos o Messias”

Sáb 5
1Jo 3, 11-21 – Salmo 99 – Jo 1, 43-51
“Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel”


PREPARANDO A LITURGIA PARA O PRÓXIMO DOMINGO:

Is 60, 1-6

«Brilha sobre ti a glória do Senhor»

Salmo 71

 «Virão adorar-Vos, Senhor, todos os povos da terra»

Ef 3, 2-3a.5-6

«Os gentios recebem a mesma herança prometida»
Mt 2, 1-12

«Viemos do Oriente adorar o Rei»



INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 30 DE DEZEMBRO   (10:00h)

·         António Pinto, da Sra. da Piedade; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; António da Silva Luís, do Lameu

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 01 DE JANEIRO   (10:00h)

·         Desidério Luís;

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 06 DE JANEIRO   (10:00h)

·       Maria da Conceição Leal Pinto; Manuel Luís Moreira, de Lage do Monte; João de Jesus Pinto, de Requim, mãe e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós, Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Maria Rosa Leal Pinheiro, Emídio Luís; António Pinto Melo; Alexandre da Silva Azeredo; António da Silva Pinto e seus pais; António da Silva Luís, do Lameu

5 JAN – Oração de Vésperas 1º sábado, Igreja, 20:00h

           - Reunião das Vicentinas, Residência Paroquial, 20:30h

7 a 10 JAN - Jornadas de Teologia: O Ano da Fé nos 50 Anos do Concílio, Universidade Católica Portuguesa, Porto

      A paz não é um sonho, nem uma utopia; a paz é possível. Os nossos olhos devem ver em profundidade, sob a superfície das aparências e dos fenómenos, para vislumbrar uma realidade positiva que existe nos corações, pois cada homem é criado à imagem de Deus e chamado a crescer contribuindo para a edificação dum mundo novo. Na realidade, através da encarnação do Filho e da redenção por Ele operada, o próprio Deus entrou na história e fez surgir uma nova criação e uma nova aliança entre Deus e o homem oferecendo-nos a possibilidade de ter um coração novo e um espírito novo.

      Por isso mesmo, a Igreja está convencida de que urge um novo anúncio de Jesus Cristo, primeiro e principal fator do desenvolvimento integral dos povos e também da paz. Na realidade, Jesus é a nossa paz, a nossa justiça, a nossa reconciliação O obreiro da paz, segundo a bem-aventurança de Jesus, é aquele que procura o bem do outro, o bem pleno da alma e do corpo, no tempo presente e na eternidade.

      A partir deste ensinamento, pode-se deduzir que cada pessoa e cada comunidade religiosa, civil, educativa e cultural é chamada a trabalhar pela paz. Esta consiste, principalmente, na realização do bem comum das várias sociedades, primárias e intermédias, nacionais, internacionais e a mundial. Por isso mesmo, pode-se supor que os caminhos para a implementação do bem comum sejam também os caminhos que temos de seguir para se obter a paz.