30 de setembro de 2012

DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM



DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM
30 de Setembro de 2012


Nisto conhecemos o amor de Deus:
Ele deu a vida por nós;
também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos.
           1 Jo 3, 16

A liturgia do 26º Domingo do Tempo Comum apresenta várias sugestões para que os crentes possam purificar a sua opção e integrar, de forma plena e total, a comunidade do Reino. Uma das sugestões mais importantes é a de que os crentes não pretendam ter o exclusivo do bem e da verdade, mas sejam capazes de reconhecer e aceitar a presença e a acção do Espírito de Deus através de tantas pessoas boas que não pertencem à instituição Igreja, mas que são sinais vivos do amor de Deus no meio do mundo.

A primeira leitura, recorrendo a um episódio da marcha do Povo de Deus pelo deserto, ensina que o Espírito de Deus sopra onde quer e sobre quem quer, sem estar limitado por regras, por interesses pessoais ou por privilégios de grupo. O verdadeiro crente é aquele que, como Moisés, reconhece a presença de Deus nos gestos proféticos que vê acontecer à sua volta.

A segunda leitura convida os crentes a não colocarem a sua confiança e a sua esperança nos bens materiais, pois eles são valores perecíveis e que não asseguram a vida plena para o homem. Mais: as injustiças cometidas por quem faz da acumulação dos bens materiais a finalidade da sua existência afastá-lo-ão da comunidade dos eleitos de Deus.

No Evangelho temos uma instrução, através da qual Jesus procura ajudar os discípulos a situarem-se na órbita do Reino. Nesse sentido, convida-os a constituírem uma comunidade que, sem arrogância, sem ciúmes, sem presunção de posse exclusiva do bem e da verdade, procura acolher, apoiar e estimular todos aqueles que actuam em favor da libertação dos irmãos; convida-os também a não excluírem da dinâmica comunitária os pequenos e os pobres; convida-os ainda a arrancarem da própria vida todos os sentimentos e atitudes que são incompatíveis com a opção pelo Reino.


LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM


I Leitura:                            Num 11, 25-29


«Estás com ciúmes por causa de mim?

Quem dera que todo o povo fosse profeta!»


Uma das grandes fraquezas humanas é o espírito de inveja e de partidarismo; e essa atitude de espírito é um dos maiores impedimentos à unidade e à colaboração. Tal atitude aparece até dentro da comunidade do povo de Deus, como se pode ver já nesta passagem do Antigo Testamento. Mas um espírito recto e humilde, como o de Moisés, saberá antes agradecer ao Senhor os dons que reconhecer nos outros, e não lhos invejar. É preciso antes compreender que o povo de Deus é todo ele animado pelo Espírito de Deus, o qual assiste a cada um em ordem à função que lhe cabe no meio desse povo.

                       

Salmo 18   

Refrão:                Os preceitos do Senhor alegram o coração                                       


II Leitura:                            Tg 5, 1-6


«As vossas riquezas estão apodrecidas»


O Apóstolo que escreveu o texto que hoje nos é proclamado pertenceu à primeira geração cristã. Por ele se vê como a fé, que inspirou, na Sagrada Escritura, páginas da mais alta mística, inspirou igualmente orientações muito práticas para a vida social, no que diz respeito ao uso dos bens temporais e à justiça para com o próximo.


ALELUIA                                               Jo 17, 17b.a


Refrão:                A vossa palavra, Senhor, é a verdade;  santificai-nos na verdade                                         

Evangelho:                         Mc 9, 38-43.45.47-48


«Quem não é contra nós é por nós.

Se a tua mão é para ti ocasião de escândalo, corta-a»


O Espírito de Deus, que encheu a terra inteira, quer atingir, pela sua acção, todos os homens. Onde quer que a sua acção se manifeste, aí está a sua presença. E os filhos da Igreja devem alegrar-se com isso, procurando sempre, à luz do Espírito, discernir o que é ou não fruto desse mesmo Espírito. É à luz do Espírito de Deus que cada qual procurará ajuizar das suas próprias atitudes, deixando para trás tudo o que for obstáculo ao reino de Deus.         


PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 01  A  06  DE OUTUBRO

seg 1 out
Santa Teresa do Menino Jesus, virgem e doutora da Igreja, padroeira das missões  (MO)

Job 1, 6-22 – Salmo 16 – Lc 9, 57-62

“Quem for o mais pequeno entre vós, esse será o maior”

Ter 2 out
Santos Anjos da Guarda  (MO)

Job 3, 1-3. 11-17. 20-23 – Salmo 87 – Lc 9, 51-56

“Tomou a decisão de se dirigir a Jerusalém”

Qua 3 out
Job 9, 1-12. 14-16 – Salmo 87 – Lc 9, 57-62

“Seguir-Te-ei para onde quer que fores”

Qui 4 out
São Francisco de Assis  (MO)

Job 19, 21-27 – Salmo 26 – Lc 10, 1-12

“A vossa paz repousará sobre eles”

Sex 5 out
Job 38, 1. 12-21; 40, 3-5 – Salmo 138 – Lc 10, 13-16

“Quem me rejeita,  rejeita Aquele que Me enviou”

Sáb 6 out
São Bruno, presbítero  (MF)

Job 42, 1-3. 5-6. 12-16 – Salmo 118 – Lc 10, 17-24

“Alegrai-vos porque os vossos nomes estão escritos nos Céus”


PREPARANDO A LITURGIA PARA  O PRÓXIMO DOMINGO:

Gen 2, 18-24

«E os dois serão uma só carne»
 
Salmo  127

O Senhor nos abençoe em toda a nossa vida.

Hebr 2, 9-11

«Aquele que santifica e os que são santificados

procedem todos de um só»

 Mc 10, 2-16
«Não separe o homem o que Deus uniu»


INTENÇÕES LEMBRADAS NA EUCARISTIA  DE 30 DE SETEMBRO

  

·         Ricardo Luís e filha; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; 30.º dia por Maria Emília Leal Teixeira

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 07 DE OUTUBRO   (09:30h)


·         João de Jesus Pinto, de Requim e sua mãe; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; António Vieira, esposa e filho; Joaquim Pinto Vieira e esposa; Maria Rosa Leal Pinheiro; Emídio Luís; António Pinto Melo; Alexandre da Silva Azeredo; Maria Pinto da Costa e marido, de Requim; António da Silva Pinto e seus pais; Manuel Joaquim Teixeira

O Evangelho deste domingo apresenta-nos um grupo de discípulos que têm dificuldade em entender que, para seguir Jesus, é preciso cortar com certos sentimentos e atitudes que são incompatíveis com a radicalidade que a opção pelo Reino exige. As dificuldades que estes discípulos apresentam não nos são estranhas: também fazem parte da nossa vida e do caminho que, dia a dia, percorremos…

                Jesus exige dos discípulos o corte radical com os valores, os sentimentos, as atitudes que são incompatíveis com a opção pelo Reino. O discípulo de Jesus nunca está acomodado, instalado, conformado; mas está sempre atento e vigilante, procurando detectar e eliminar da sua existência tudo aquilo que lhe impede o acesso à vida plena. Naturalmente, a renúncia ao egoísmo, ao comodismo, ao orgulho, aos esquemas pessoais, à vontade de poder e de domínio, ao apelo do êxito, ao aplauso das multidões, é um processo difícil e doloroso; mas é também um processo libertador e gerador de vida nova. O que é que eu necessito, prioritariamente, de “cortar” da minha vida, para me identificar mais com Jesus, para merecer integrar a comunidade do Reino, para ser mais livre e mais feliz?

O apelo de Jesus à sua comunidade no sentido de não “escandalizar” (afastar da comunidade do Reino) os pequenos, faz-nos pensar na forma como lidamos, enquanto pessoas e enquanto comunidades, com os pobres, os que falharam, os que têm atitudes moralmente reprováveis, aqueles que têm uma fé pouco consistente, aqueles que a vida marcou negativamente, aqueles que a sociedade marginaliza e rejeita… Eles encontram em nós a proposta libertadora que Cristo lhes faz, ou encontram em nós rejeição, injustiça, marginalização, mau exemplo? Quem vê o nosso testemunho tem razões para aderir a Cristo, ou para se afastar de Cristo?

22 de setembro de 2012

DOMINGO XXV DO TEMPO COMUM


DOMINGO XXV DO TEMPO COMUM
23 de Setembro de 2012

Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos





A liturgia do 25º Domingo do Comum convida os crentes a prescindir da “sabedoria do mundo” e a escolher a “sabedoria de Deus”. Só a “sabedoria de Deus” – dizem os textos bíblicos deste domingo – possibilitará ao homem o acesso à vida plena, à felicidade sem fim.

A primeira leitura avisa os crentes de que escolher a “sabedoria de Deus” provocará o ódio do mundo. Contudo, o sofrimento não pode desanimar os que escolhem a “sabedoria de Deus”: a perseguição é a consequência natural da sua coerência de vida.

A segunda leitura exorta os crentes a viverem de acordo com a “sabedoria de Deus”, pois só ela pode conduzir o homem ao encontro da vida plena. Ao contrário, uma vida conduzida segundo os critérios da “sabedoria do mundo” irá gerar violência, divisões, conflitos, infelicidade, morte.

O Evangelho apresenta-nos uma história de confronto entre a “sabedoria de Deus” e a “sabedoria do mundo”. Jesus, imbuído da lógica de Deus, está disposto a aceitar o projecto do Pai e a fazer da sua vida um dom de amor aos homens; os discípulos, imbuídos da lógica do mundo, não têm dificuldade em entender essa opção e em comprometer-se com esse projecto. Jesus avisa-os, contudo, de que só há lugar na comunidade cristã para quem escuta os desafios de Deus e aceita fazer da vida um serviço aos irmãos, particularmente aos humildes, aos pequenos, aos pobres.


LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO XXV DO TEMPO COMUM


I Leitura: Sab 2, 12.17-20

«Condenemo-lo à morte infamante»


Esta leitura descreve, em primeiro lugar, a atitude dos judeus influenciados pelas civilizações dos outros povos que lhes iam fazendo perder a fé na lei de Deus, transmitida pelos seus antepassados. Esses pagãos experimentam-nos, perseguindo-os e maltratando-os. O mistério da Cruz virá demonstrar que os sofrimentos dos homens, assumidos por Jesus, não serão uma derrota que põe fim a tudo, mas caminho de libertação e glória, porque Deus está com o justo. O justo por excelência é Jesus Cristo.       
           
Salmo 53   

Refrão:                                                O Senhor sustenta a minha vida.
II Leitura:                            Tg 3, 16 – 4, 3

«O fruto da justiça semeia-se na paz
para aqueles que praticam a paz»
A má convivência entre os homens procede sempre da atitude interior, egoísta, menos recta, viciada, própria de uma natureza deixada a si mesma, onde a sabedoria de Deus não lançou a sua luz e a sua paz. Porque a natureza não pode dar esta sabedoria, é necessário pedi-la a Deus, que a dará abundantemente a quem Lha pedir.  
ALELUIA                                             Deus chamou-nos por meio do Evangelho, para alcançarmos a glória  de Nosso Senhor Jesus Cristo
                                                              

Evangelho:                         Mc 9, 30-37

«O Filho do homem vai ser entregue...
Quem quiser ser o primeiro será o servo de todos»
A leitura da hoje continua a do domingo anterior: Jesus quer fazer compreender aos seus o sentido da sua Paixão e o sentido da vida cristã em geral, que não é a procura de grandezas, mas o serviço de Deus e dos homens segundo os caminhos de Deus: os da humildade e simplicidade.     

PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 24  A  29  SETEMBRO

Seg 24 set
Pr 3, 27-34 – Salmo 14 – Lc 8, 16-18
“ A lâmpada coloca-se num candelabro para que os que entram vejam a luz” 

Ter 25 set
Pr 21, 1-6. 10-13 – Salmo 118 – LC 8, 19-21
“Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” 

Qua 26 set
São Cosme e São Damião, mártires  (M F)
Pr 30, 5-9 – Salmo 118 – Lc 9, 1-6
“Enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos”

Qui 27 set
São Vicente de Paulo, presbítero  (M O)
Ecl 3, 1-11 – Salmo 89 – Lc 9, 7-9
“A João mandei-o eu decapitar. Mas quem é este homem, de quem oiço tais coisas?”


Sex 28 set
São Venceslau, mártir; São Lourenço Ruiz, e companheiros, mártires  (M F)
Ecl 3, 1-11 – Salmo 143 – Lc 9, 18-22
“Eis o Messias de Deus. O Filho do homem tem de sofrer muito” 

Sáb 29 set
Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael  (F)
Dn 7, 9-10. 13-14 ou Ap 12, 7-12a   - Salmo 137 – Jo 1, 47-51
“Vereis o céu aberto e os Anjos de deus subindo e descendo sobre o Filho do homem”

PREPARANDO A LITURGIA PARA  O PRÓXIMO DOMINGO:

Num 11, 25-29
«Estás com ciúmes por causa de mim?
Quem dera que todo o povo fosse profeta!»
Salmo  18
Os preceitos do Senhor alegram o coração.
Tg 5, 1-6
«As vossas riquezas estão apodrecidas»
Mc 9, 38-43.45.47-48
«Quem não é contra nós é por nós.
Se a tua mão é para ti ocasião de escândalo, corta-a»
INTENÇÕES LEMBRADAS NA EUCARISTIA  DE 23 DE SETEMBRO
  
·         Rosa de Jesus; Associados da Mensagem de Fátima; Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro; Manuel Barbosa Araújo; Manuel da Silva Pinto; Martinho da Silva Pereira; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. Da Piedade; em honra de Nossa Sra. Da Piedade; José Gomes de Araújo; António José Lino; Manuel Duarte Moreira; Emídio Ribeiro

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 30 DE SETEMBRO   (09:30h)

·         Ricardo Luís e filha; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova;  30.º dia por Maria Emília Leal Teixeira
O Evangelho de hoje convida-nos a repensar a nossa forma de nos situarmos, quer na sociedade, quer dentro da própria comunidade cristã.
Na nossa sociedade, os primeiros são os que têm dinheiro, os que têm poder, os que freqentam as festas badaladas nas revistas da sociedade, os que vestem segundo as exigências da moda, os que têm sucesso profissional, os que sabem colar-se aos valores politicamente correctos… E na comunidade cristã? Quem são os primeiros? As palavras de Jesus não deixam qualquer dúvida: “quem quiser ser o primeiro, será o último de todos e o servo de todos”. Na comunidade cristã, a única grandeza é a grandeza de quem, com humildade e simplicidade, faz da própria vida um serviço aos irmãos. Na comunidade cristã não há donos, nem grupos privilegiados, nem pessoas mais importantes do que as outras, nem distinções baseadas no dinheiro, na beleza, na cultura, na posição social… Na comunidade cristã há irmãos iguais, a quem a comunidade confia serviços diversos em vista do bem de todos. Aquilo que nos deve mover é a vontade de servir, de partilhar com os irmãos os dons que Deus nos concedeu.
 A atitude de serviço que Jesus pede aos seus discípulos deve manifestar-se, de forma especial, no acolhimento dos pobres, dos débeis, dos humildes, dos marginalizados, dos sem direitos, daqueles que não nos trazem o reconhecimento público, daqueles que não podem retribuir-nos… Seremos capazes de acolher e de amar os que levam uma vida pouco exemplar, os marginalizados, os estrangeiros, os doentes incuráveis, os idosos, os difíceis, os que ninguém quer e ninguém ama?
Pároco: 963330564      
Diácono Permanente: 962613363

16 de setembro de 2012

DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM


DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM

16 de setembro de 2012

 Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me



A liturgia do 24º Domingo do Tempo Comum diz-nos que o caminho da realização plena do homem passa pela obediência aos projectos de Deus e pelo dom total da vida aos irmãos. Ao contrário do que o mundo pensa, esse caminho não conduz ao fracasso, mas à vida verdadeira, à realização plena do homem.

A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar a Palavra da salvação e que, para cumprir essa missão, enfrenta a perseguição, a tortura, a morte. Contudo, o profeta está consciente de que a sua vida não foi um fracasso: quem confia no Senhor e procura viver na fidelidade ao seu projecto, triunfará sobre a perseguição e a morte. Os primeiros cristãos viram neste “servo de Jahwéh” a figura de Jesus.

A segunda leitura lembra aos crentes que o seguimento de Jesus não se concretiza com belas palavras ou com teorias muito bem elaboradas, mas com gestos concretos de amor, de partilha, de serviço, de solidariedade para com os irmãos.

No Evangelho, Jesus é apresentado como o Messias libertador, enviado ao mundo pelo Pai para oferecer aos homens o caminho da salvação e da vida plena. Cumprindo o plano do Pai, Jesus mostra aos discípulos que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas pelo amor e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo, tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.


LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM


I Leitura:                            Is 50, 5-9a

«Apresentei as costas àqueles que me batiam»


Esta leitura do Antigo Testamento fala-nos de uma personagem a que a Sagrada Escritura dá o nome de “Servo do Senhor”. Apresenta-se como alguém obediente a Deus, sujeito a muitas humilhações, mas sempre confiante no Senhor, e que, por fim, Deus exaltará na glória. É a figura típica de Jesus na sua Paixão, obediente até à morte na Cruz, exaltado na glória da Ressurreição, como o Evangelho O vai apresentar.        

               

Salmo    114

Refrão:                                                Caminharei na terra dos vivos

                            na presença do Senhor.


II Leitura:                            Tg 2, 14-18

«A fé sem obras está morta»


A pregação de S. Tiago é muito concreta. A fé vive-se na prática da vida de cada dia, sobretudo nas relações com o próximo, que hão-de ter sempre a caridade como fundamento. A fé supõe a aceitação total da palavra de Deus, no pensar, no querer, no agir. Acreditar não é apenas admitir com a inteligência a verdade que a Igreja ensina, mas viver, em toda a vida, dessa mesma verdade. Doutro modo, a fé estaria morta, e a fé é um princípio de vida.             


ALELUIA              Toda a minha glória está na cruz do Senhor,

por quem o mundo está crucificado para mim

e eu para o mundo.                                                     

               

Evangelho:                         Mc 8, 27-35

«Tu és o Messias... O Filho do homem tem de sofrer muito»


Jesus anuncia, pela primeira vez, a sua Paixão, depois de Pedro ter feito um acto de fé na sua missão de Messias. Ao ouvir falar da Paixão Pedro escandaliza-se. Não consegue ligar as ideias de Messias com a do sofrimento, muito menos com a da Morte. Não tinha ainda compreendido as palavras sobre o “Servo de Deus” sofredor de que fala a primeira leitura.


PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 17  A  22  SETEMBRO

seg 17 set
São Roberto Belarmino, bispo e doutor da Igreja  (M F)

1 Cor 11, 17-26. 33 – 39 – Lc 7, 1-10

“nem em Israel encontrei uma grande fé”

ter 18 set
1 Cor 12, 12-14. 27-31a   – Salmo 99 – Lc 7, 11-17

“Jovem, Eu te digo: levanta-te”

qua 19 set
São Januário, bispo e mártir  (M F)

1 Cor 12, 31-13, 13 – Salmo 32 – Lc 7, 31-35

“Tocámos flauta e não dançastes, entoámos cânticos de luto e não chorastes”

qui 20 set
Santos André Kim Taegon, presbítero, Paulo Chang Hasang e companheiros, mártires   (M O)

1 Cor 15, 1-11 – Salmo 117 – Lc 7, 36-50

“São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou”

sex 21 set
São Mateus, Apóstolo   (F)

Ef 4, 1-7. 11-17 – Salmo 18 A – Mt 9, 9-13

“Segue-Me: ele levantou-se e seguiu Jesus”

sáb 22 set
1 Cor 15, 35-37. 42-49 – Salmo 55 – Lc  8, 4-15

A semente que caiu em boa terra são aqueles que conservam a palavra e dão fruto pela sua perseverança”


PREPARANDO A LITURGIA PARA  O PRÓXIMO DOMINGO:


Sab 2, 12.17-20

«Condenemo-lo à morte infamante»


Salmo  53           

O Senhor sustenta a minha vida.


Tg 3, 16 – 4, 3

«O fruto da justiça semeia-se na paz

para aqueles que praticam a paz»


Mc 9, 30-37

«O Filho do homem vai ser entregue...

Quem quiser ser o primeiro será o servo de todos»


INTENÇÕES LEMBRADAS NA EUCARISTIA  DE 16 DE SETEMBRO

  

·         David Tendela Pereira e sua mãe; 3.º aniversário de João de Jesus Pinto; Luísa Pereira e marido, do Alto; Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim; Carlos André; 30.º dia por Rosa Pereira de Jesus; José de Azeredo e Silva; António Monteiro Teixeira

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 23 DE SETEMBRO   (09:30h)


·         Rosa de Jesus; Associados da Mensagem de Fátima; Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro; Manuel Barbosa Araújo; Manuel da Silva Pinto; Martinho da Silva Pereira; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. Da Piedade; em honra de Nossa Sra. Da Piedade

50 anos de Partilha do Dom de Deus

   22 de Setembro: Oração de Taizé,

por diác. José Tavares da paróquia de Espinho

Auditório do CDF, 21:00h

Quem são os verdadeiros discípulos de Jesus? Muitos de nós receberam uma catequese que insistia em ritos, em fórmulas, em práticas de piedade, em determinadas obrigações legais, mas que deixou para segundo plano o essencial: o seguimento de Jesus. A identidade cristã constrói-se à volta de Jesus e da sua proposta de vida. Que nenhum de nós tenha dúvidas: ser cristão é bem mais do que ser baptizado, ter casado na igreja, organizar a festa do santo padroeiro da paróquia, ou dar-se bem com o padre… Ser cristão é, essencialmente, seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida. O cristão é aquele que faz de Jesus a referência fundamental à volta da qual constrói toda a sua existência; e é aquele que renuncia a si mesmo e que toma a mesma cruz de Jesus.

O que é “renunciar a si mesmo”? É não deixar que o egoísmo, o orgulho, o comodismo, a auto-suficiência dominem a vida. O seguidor de Jesus não vive fechado no seu cantinho, a olhar para si mesmo, indiferente aos dramas que se passam à sua volta, insensível às necessidades dos irmãos, alheado das lutas e reivindicações dos outros homens; mas vive para Deus e na solidariedade, na partilha e no serviço aos irmãos.

O que é “tomar a cruz”? É amar até às últimas consequências, até à morte. O seguidor de Jesus é aquele que está disposto a dar a vida para que os seus irmãos sejam mais livres e mais felizes. Por isso, o cristão não tem medo de lutar contra a injustiça, a exploração, a miséria, o pecado, mesmo que isso signifique enfrentar a morte, a tortura, as represálias dos poderosos.

10 de setembro de 2012

DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM


DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM

09 de setembro de 2012


Tudo o que faz é admirável: faz que os surdos oiçam e que os mudos falem




A liturgia do 23º Domingo do Tempo Comum fala-nos de um Deus comprometido com a vida e a felicidade do homem, continuamente apostado em renovar, em transformar, em recriar o homem, de modo a fazê-lo atingir a vida plena do Homem Novo.
Na primeira leitura, um profeta da época do exílio na Babilônia garante aos exilados, afogados na dor e no desespero, que Jahwéh está prestes a vir ao encontro do seu Povo para o libertar e para o conduzir à sua terra. Nas imagens dos cegos que voltam a contemplar a luz, dos surdos que voltam a ouvir, dos coxos que saltarão como cervos e dos mudos a cantar com alegria, o profeta representa essa vida nova, excessiva, abundante, transformadora, que Deus vai oferecer a Judá.
A segunda leitura dirige-se àqueles que acolheram a proposta de Jesus e se comprometeram a segui-l’O no caminho do amor, da partilha, da doação. Convida-os a não discriminar ou marginalizar qualquer irmão e a acolher com especial bondade os pequenos e os pobres.
No Evangelho, Jesus, cumprindo o mandato que o Pai Lhe confiou, abre os ouvidos e solta a língua de um surdo-mudo… No gesto de Jesus, revela-se esse Deus que não Se conforma quando o homem se fecha no egoísmo e na auto-suficiência, rejeitando o amor, a partilha, a comunhão. O encontro com Cristo leva o homem a sair do seu isolamento e a estabelecer laços familiares com Deus e com todos os irmãos, sem excepção.
LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM
I Leitura:                            Is 35, 4-7a
«Então se desimpedirão os ouvidos dos surdos
e a língua do mudo cantará de alegria»
O profeta anuncia a hora da libertação depois do exílio de Babilónia com imagens de curas cheias de alegria. Jesus há-de realizar à letra estas e outras imagens, mostrando assim que chegara com Ele a hora da salvação, desde longe anunciada.
               
Salmo    145
Refrão:                                Ó minha alma, louva o Senhor.
II Leitura:                            Tg 2, 1-5
«Não escolheu Deus os pobres para serem herdeiros do reino?»
Tg 2, 1-5
«Não escolheu Deus os pobres
para serem herdeiros do reino?»
Deus não faz acepção de pessoas. Assim também o cristão não a há-de fazer; pelo contrário, o amor de Deus, mostra-se mais benevolente para com os mais pobres e os mais desprezados. O cristão há-de dar maior atenção aos que dela mais precisarem.   
ALELUIA                                                            
                Jesus pregava o Evangelho do reino
e curava todas as enfermidades entre o povo.                                                
Evangelho:                         Mc 7, 31-37
«Faz que os surdos oiçam e que os mudos falem»
Aquilo que os Profetas anunciaram, veio Jesus realizá-lo, mostrando assim que, com Ele, tinham chegado os tempos tão esperados do reino de Deus, que os surdos podiam agora escutar a palavra de Deus, que os mudos podiam proclamar o louvor do Senhor, que todos os homens podiam reconhecer n’Ele o Enviado de Deus e o seu Salvador.            
PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 10  A  15  SETEMBRO
seg 10 set
1 Cor 5, 1-8 – salmo 5 – Lc 6, 6-11
“Observavam jesus para ver se Ele ia curar ao Sábado”
ter 11 set
1 Cor 6, 1-11 – Salmo 149 – Lc 6, 12-19
“Passou a noite em oração. E escolheu doze, a quem chamou apóstolos”.
quar 12 set
Santíssimo Nome da Maria   (M F)
1 Cor 7, 25-31 – Salmo448 – Lc 6, 20-26
“Bem aventurados os pobres. Ai de vós, os ricos!”
qui 13 set
São João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja   (M O)
1 Cor 8, 1b-7. 11-13 – Salmo 138 – Lc 6, 27-38
Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso.”
sex 14 set
Exaltação da santa Cruz  (F)
Nm 21, 4b-9 – salmo 77 – Fl 2, 6-11 – Jo 3, 13-17
“O Filho do homem será exaltado”
sab 15
Nossa Senhora das Dores   (M O)
Hb 5, 7-9 – Salmo 30 – Jo 19, 25-27 ou Lc 2, 33-35
“Eis o teu filho… Eis a tua mãe”
PREPARANDO A LITURGIA PARA  O PRÓXIMO DOMINGO:
Is 50, 5-9a
«Apresentei as costas àqueles que me batiam»
Salmo 114
Caminharei na terra dos vivos, na presença do Senhor
Tg 2, 14-18
«A fé sem obras está morta»
Mc 8, 27-35
«Tu és o Messias... O Filho do homem tem de sofrer muito»
INTENÇÕES LEMBRADAS NA EUCARISTIA  DE 9 DE SETEMBRO  
·         Emídio Luís; António Pinto Melo; Alexandre da Silva Azeredo; Maria Pinto da Costa e marido, de Requim; António da Silva Pinto e seus pais; António da Silva Luís; Manuel Joaquim Teixeira; Luís Vieira e Maria da Conceição Pinheiro da Silva; Helena de Jesus Martins, marido e filho; Missa da Associação por Maria Emília Leal Teixeira; José de Sousa, do Carreiro; Albano Ferraz, do Carreiro

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 16 DE SETEMBRO   (10:00h)
·         David Tendela Pereira e sua mãe; Missa de 3.º aniversário de João de Jesus Pinto; Luísa Pereira e marido, do Alto; Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim; Carlos André; Missa de 30.º dia por Rosa Pereira de Jesus; José de Azeredo e Silva; António Monteiro Teixeira
50 anos de Partilha do Dom de Deus
Ø  15 de Setembro: Atividades desportivas
Pavilhão Desportivo do CDF, 15:00h
Ø  22 de Setembro: Oração de Taizé,
por diác. José Tavares da paróquia de Espinho
Auditório do CDF, 21:00h
Somos surdos quando escutamos os gritos dos injustiçados e lavamos as nossas mãos; somos surdos quando toleramos estruturas que geram injustiça, miséria, sofrimento e morte; somos surdos quando pactuamos com valores que tornam o homem mais escravo e mais dependente; somos surdos quando encolhemos os ombros, indiferentes, face à guerra, à fome, à injustiça, à doença, ao analfabetismo; somos surdos quando temos vergonha de testemunhar os valores em que acreditamos; somos surdos quando nos demitimos das nossas responsabilidades e deixamos que sejam os outros a comprometer-se e a arriscar; somos surdos quando calamos a nossa revolta por medo, cobardia ou calculismo; somos surdos quando nos resignamos a vegetar no nosso sofá cómodo, sem nos empenharmos na construção de um mundo novo…
O encontro com Cristo tira-nos da mediocridade e desperta-nos para o compromisso, para o empenho, para o testemunho. Leva-nos a sair do nosso isolamento e a estabelecer laços familiares com Deus e com todos os nossos irmãos, sem excepção.