10 de setembro de 2012

DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM


DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM

09 de setembro de 2012


Tudo o que faz é admirável: faz que os surdos oiçam e que os mudos falem




A liturgia do 23º Domingo do Tempo Comum fala-nos de um Deus comprometido com a vida e a felicidade do homem, continuamente apostado em renovar, em transformar, em recriar o homem, de modo a fazê-lo atingir a vida plena do Homem Novo.
Na primeira leitura, um profeta da época do exílio na Babilônia garante aos exilados, afogados na dor e no desespero, que Jahwéh está prestes a vir ao encontro do seu Povo para o libertar e para o conduzir à sua terra. Nas imagens dos cegos que voltam a contemplar a luz, dos surdos que voltam a ouvir, dos coxos que saltarão como cervos e dos mudos a cantar com alegria, o profeta representa essa vida nova, excessiva, abundante, transformadora, que Deus vai oferecer a Judá.
A segunda leitura dirige-se àqueles que acolheram a proposta de Jesus e se comprometeram a segui-l’O no caminho do amor, da partilha, da doação. Convida-os a não discriminar ou marginalizar qualquer irmão e a acolher com especial bondade os pequenos e os pobres.
No Evangelho, Jesus, cumprindo o mandato que o Pai Lhe confiou, abre os ouvidos e solta a língua de um surdo-mudo… No gesto de Jesus, revela-se esse Deus que não Se conforma quando o homem se fecha no egoísmo e na auto-suficiência, rejeitando o amor, a partilha, a comunhão. O encontro com Cristo leva o homem a sair do seu isolamento e a estabelecer laços familiares com Deus e com todos os irmãos, sem excepção.
LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM
I Leitura:                            Is 35, 4-7a
«Então se desimpedirão os ouvidos dos surdos
e a língua do mudo cantará de alegria»
O profeta anuncia a hora da libertação depois do exílio de Babilónia com imagens de curas cheias de alegria. Jesus há-de realizar à letra estas e outras imagens, mostrando assim que chegara com Ele a hora da salvação, desde longe anunciada.
               
Salmo    145
Refrão:                                Ó minha alma, louva o Senhor.
II Leitura:                            Tg 2, 1-5
«Não escolheu Deus os pobres para serem herdeiros do reino?»
Tg 2, 1-5
«Não escolheu Deus os pobres
para serem herdeiros do reino?»
Deus não faz acepção de pessoas. Assim também o cristão não a há-de fazer; pelo contrário, o amor de Deus, mostra-se mais benevolente para com os mais pobres e os mais desprezados. O cristão há-de dar maior atenção aos que dela mais precisarem.   
ALELUIA                                                            
                Jesus pregava o Evangelho do reino
e curava todas as enfermidades entre o povo.                                                
Evangelho:                         Mc 7, 31-37
«Faz que os surdos oiçam e que os mudos falem»
Aquilo que os Profetas anunciaram, veio Jesus realizá-lo, mostrando assim que, com Ele, tinham chegado os tempos tão esperados do reino de Deus, que os surdos podiam agora escutar a palavra de Deus, que os mudos podiam proclamar o louvor do Senhor, que todos os homens podiam reconhecer n’Ele o Enviado de Deus e o seu Salvador.            
PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 10  A  15  SETEMBRO
seg 10 set
1 Cor 5, 1-8 – salmo 5 – Lc 6, 6-11
“Observavam jesus para ver se Ele ia curar ao Sábado”
ter 11 set
1 Cor 6, 1-11 – Salmo 149 – Lc 6, 12-19
“Passou a noite em oração. E escolheu doze, a quem chamou apóstolos”.
quar 12 set
Santíssimo Nome da Maria   (M F)
1 Cor 7, 25-31 – Salmo448 – Lc 6, 20-26
“Bem aventurados os pobres. Ai de vós, os ricos!”
qui 13 set
São João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja   (M O)
1 Cor 8, 1b-7. 11-13 – Salmo 138 – Lc 6, 27-38
Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso.”
sex 14 set
Exaltação da santa Cruz  (F)
Nm 21, 4b-9 – salmo 77 – Fl 2, 6-11 – Jo 3, 13-17
“O Filho do homem será exaltado”
sab 15
Nossa Senhora das Dores   (M O)
Hb 5, 7-9 – Salmo 30 – Jo 19, 25-27 ou Lc 2, 33-35
“Eis o teu filho… Eis a tua mãe”
PREPARANDO A LITURGIA PARA  O PRÓXIMO DOMINGO:
Is 50, 5-9a
«Apresentei as costas àqueles que me batiam»
Salmo 114
Caminharei na terra dos vivos, na presença do Senhor
Tg 2, 14-18
«A fé sem obras está morta»
Mc 8, 27-35
«Tu és o Messias... O Filho do homem tem de sofrer muito»
INTENÇÕES LEMBRADAS NA EUCARISTIA  DE 9 DE SETEMBRO  
·         Emídio Luís; António Pinto Melo; Alexandre da Silva Azeredo; Maria Pinto da Costa e marido, de Requim; António da Silva Pinto e seus pais; António da Silva Luís; Manuel Joaquim Teixeira; Luís Vieira e Maria da Conceição Pinheiro da Silva; Helena de Jesus Martins, marido e filho; Missa da Associação por Maria Emília Leal Teixeira; José de Sousa, do Carreiro; Albano Ferraz, do Carreiro

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 16 DE SETEMBRO   (10:00h)
·         David Tendela Pereira e sua mãe; Missa de 3.º aniversário de João de Jesus Pinto; Luísa Pereira e marido, do Alto; Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim; Carlos André; Missa de 30.º dia por Rosa Pereira de Jesus; José de Azeredo e Silva; António Monteiro Teixeira
50 anos de Partilha do Dom de Deus
Ø  15 de Setembro: Atividades desportivas
Pavilhão Desportivo do CDF, 15:00h
Ø  22 de Setembro: Oração de Taizé,
por diác. José Tavares da paróquia de Espinho
Auditório do CDF, 21:00h
Somos surdos quando escutamos os gritos dos injustiçados e lavamos as nossas mãos; somos surdos quando toleramos estruturas que geram injustiça, miséria, sofrimento e morte; somos surdos quando pactuamos com valores que tornam o homem mais escravo e mais dependente; somos surdos quando encolhemos os ombros, indiferentes, face à guerra, à fome, à injustiça, à doença, ao analfabetismo; somos surdos quando temos vergonha de testemunhar os valores em que acreditamos; somos surdos quando nos demitimos das nossas responsabilidades e deixamos que sejam os outros a comprometer-se e a arriscar; somos surdos quando calamos a nossa revolta por medo, cobardia ou calculismo; somos surdos quando nos resignamos a vegetar no nosso sofá cómodo, sem nos empenharmos na construção de um mundo novo…
O encontro com Cristo tira-nos da mediocridade e desperta-nos para o compromisso, para o empenho, para o testemunho. Leva-nos a sair do nosso isolamento e a estabelecer laços familiares com Deus e com todos os nossos irmãos, sem excepção.