24 de março de 2016

Oração em Comunidade Vésperas I do Domingo IV do Tempo Comum


6 de Março de 2016




V. Deus, vinde em nosso auxílio.
R. Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen.


Hino


Crescem nas asperezas do caminho
Pequenas flores brancas de esperança;
Não podem os espinhos afogá-las,
Pois foi o amor quem as chamou à vida.

À semente do bem e da verdade
Mistura-se a cizânia do inimigo.
Estende-nos, Senhor, a tua mão,
Salva do mal os corações feridos.

O mundo inteiro pede a Deus justiça
Do fundo abismo de ódio e desespero;
E ouvimos Raquel, inconsolável,
Chorar os sonhos mortos de seus filhos.

Quando virá o luminoso dia
Em que, livres da morte e do pecado,
Cantemos a alegria que nos trouxe
A força do teu braço levantado?

Escuta a nossa voz, Trindade santa,
E faz que a penitência quaresmal
Confirme a nossa fé e nos conduza
Ao encontro de Cristo glorioso.

Salmonia


Ant. 1 Vamos com alegria para a casa do Senhor.


Salmo 

121 (122) Chegada a Jerusalém

Vós aproximastes-vos do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste (Hebr 12, 22).

Alegrei-me quando me disseram: *
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos *
às tuas portas, Jerusalém.

Jerusalém, Cidade bemedificada,*
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos, *
as tribos do Senhor,
segundo o costume de Israel, *
para celebrar o nome do Senhor;
ali estão os tribunais da justiça, *
os tribunais da casa de David.

Pedi a paz para Jerusalém: *
vivam seguros quantos te amam.
Haja paz dentro dos teus muros, *
tranquilidade em teus palácios.

Por amor de meus irmãos e amigos, *
pedirei a paz para ti.
Por amor da casa do Senhor nosso Deus, *
pedirei para ti todos os bens.

Ant. 1 Vamos com alegria para a casa do Senhor.

Ant. 2 Desperta, tu que dormes, levanta-te do meio
dos mortos e brilhará sobre ti a luz de Cristo.


Salmo 

129 (130) De profundis

Ele salvará o povo dos seus pecados (Mt 1, 21).
Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor, *
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam os vossos ouvidos atentos *
à voz da minha súplica.

Se tiverdes em conta as nossas faltas, *
Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão, *
para serdes temido com reverência.

Eu confio no Senhor,*
A minha alma confia na sua palavra.
A minha alma espera pelo Senhor, *
mais do que as sentinelas pela aurora.
Mais do que as sentinelas pela aurora, *
Israel espera pelo Senhor,
porque no Senhor está a misericórdia *
e com Ele abundante redenção.

Ele há-de libertar Israel *
de todas as suas faltas.

Ant. 2 Desperta, tu que dormes, levanta-te do meio
dos mortos e brilhará sobre ti a luz de Cristo.

Ant. 3 Pela grande caridade com que nos amou, estando nós ainda mortos
por causa dos nossos pecados, Deus restituiu-nos à vida com Cristo.


Cântico 


Fl 2,6-11 Cristo, o Servo de Deus

Cristo Jesus que era de condição divina,*
não se valeu da Sua igualdade com Deus,
mas aniquilou-se a si próprio.

Assumindo a condição de servo,*
tornou-se semelhante aos homens.

Aparecendo como homem, humilhou-se ainda mais,*
obedecendo até à morte e morte de cruz.

Por isso, Deus o exaltou *
e lhe deu o nome que está a cima de todos os nomes,

para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem;*
no céu, na terra e nos abismos,

e toda língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor,*
para glória de Deus Pai.

Ant. 3 Pela grande caridade com que nos amou, estando nós ainda mortos
por causa dos nossos pecados, Deus restituiu-nos à vida com Cristo.



Leitura breve 


2 Cor 6, 1-4a

Nós vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão. Porque Ele diz: «No tempo favorável Eu te escutei, no dia da salvação Eu te ajudei ». Eis o tempo favorável, eis os dias da salvação. Não dêmos escândalo a ninguém, para que o nosso ministério não seja desacreditado, mas mostrem-nos em tudo como ministros de Deus.

Responsório breve


V. Tende compaixão de nós, Senhor,
porque somos pecadores.

R. Tende compaixão de nós, Senhor,
porque somos pecadores.

V. Cristo, ouvi as súplicas dos que Vos imploram.

R. Porque somos pecadores.

V. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

R. Tende compaixão de nós, Senhor, porque somos pecadores.


Cântico Evangélico 


Magnificat Lc 1,46-55

Ant. Em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo
e deu-nos a palavra da reconciliação.

A minha alma glorifica ao Senhor *
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.

Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: *
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.

Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: *
Santo é o seu nome.

A sua misericórdia se estende de geração em geração *
sobre aqueles que O temem.

Manifestou o poder do seu braço*
e dispersou os soberbos.

Derrubou os poderosos de seus tronos *
e exaltou os humildes.

Aos famintos encheu de bens *
e aos ricos despediu de mãos vazias.

Acolheu a Israel, seu servo, *
lembrado da sua misericórdia,

como tinha prometido a nossos pais, *
a Abraão e à sua descendência para sempre.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,*
como era no princípio, agora e sempre. Amen.

Ant. Em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo
e deu-nos a palavra da reconciliação.

 


Preces



Glorifiquemos a Deus, cuja providência vela por todos os homens, e invoquemo-l’O dizendo:

Salvai, Senhor, o vosso povo.

Senhor, fonte de todo o bem e origem da verdade, enchei com os vossos dons o Colégio Episcopal e conservai os fiéis, a ele confiados, na doutrina dos Apóstolos.

Aumentai o espírito de caridade entre todos aqueles que comungam o mesmo Pão da vida,
para que se fortaleça a unidade de todos os fiéis no mesmo Corpo de Cristo, vosso Filho.

Libertai-nos da condição decadente do homem, envelhecido pelo pecado,
e revesti-nos do homem novo, à imagem de Cristo, vosso Filho.

Concedei aos fiéis um sincero espírito de penitência, para alcançarem o perdão de seus pecados
e participarem nos méritos infinitos de Jesus Cristo, Redentor da humanidade.

Dai a paz aos nossos irmãos defuntos, para que Vos louvem eternamente no Céu,
onde também nós esperamos bendizer-Vos com eles por toda a eternidade.


Pai Nosso…

Oração


Deus de misericórdia, que, pelo vosso Filho, realizais admiravelmente a reconciliação do género humano, concedei ao povo cristão fé viva e espírito generoso, a fim de caminhar alegremente para as próximas solenidades pascais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, que é deus convosco, na unidade do Espírito Santo, Amén


«Este teu irmão estava morto e voltou à vida»

Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola:
«Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa.

Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’. Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».


Lc 15, 1-3.11-32