28 de fevereiro de 2016

Domingo da Solenidade da Epifania do Senhor

03 de Janeiro de 2016


«Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor.» Mt 2, 2


A liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens… Ele é uma “luz” que se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Cumprindo o projeto libertador que o Pai nos queria oferecer, essa “luz” incarnou na nossa história, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida definitiva.

A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Deus, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo. Sejam quais forem as voltas que a história dá, Deus está lá, vivo e presente, acompanhando a caminhada do seu Povo e oferecendo-lhe a vida definitiva. Esta “fidelidade” de Deus aquece-nos o coração e renova-nos a esperança… Caminhamos pela vida de cabeça levantada, confiando no amor infinito de Deus e na sua vontade de salvar e libertar o homem.

No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “magos” do oriente, representantes de todos os povos da terra… Atentos aos sinais da chegada do Messias, procuram-n’O com esperança até O encontrar, reconhecem n’Ele a “salvação de Deus” e aceitam-n’O como “o Senhor”. A salvação rejeitada pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem exceção.

A segunda leitura apresenta o projeto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos – a comunidade de Jesus. A perspetiva de que Deus tem um projeto de salvação para oferecer ao seu Povo – já enunciada na primeira leitura – tem aqui novos desenvolvimentos. A primeira novidade é que Cristo é a revelação e a realização plena desse projeto. A segunda novidade é que esse projeto não se destina apenas “a Jerusalém” (ao mundo judaico), mas é para ser oferecido a todos os povos, sem exceção.

A Igreja, “corpo de Cristo”, é a comunidade daqueles que acolheram “o mistério”. Nela, brancos e negros, pobres e ricos, ucranianos ou moldavos – beneficiários todos da ação salvadora e libertadora de Deus – têm lugar em igualdade de circunstâncias.


Liturgia da Palavra do Domingo da Solenidade 

da Epifania do Senhor



I Leitura Is 60, 1-6

«Brilha sobre ti a glória do Senhor»

Como uma cidade, construída sobre um monte, atrai o olhar de todos, ao ser iluminada pelo sol nascente, assim Jerusalém, iluminada pelo Nascimento de Jesus, atrai a si todos os povos, mergulhados na noite do pecado. Será, porém, na Igreja, nova Jerusalém, que Deus reunirá todos os homens, para lhes dar a salvação. Será n’Ela que se constituirá, definitivamente, a comunidade dos povos. «A luz dos povos é Cristo – Mas a Sua luz resplandece no rosto da Sua Igreja». Ela é, na verdade, o sinal e o instrumento de união com Deus e de unidade de todo o género humano.
           
Salmo 71 (72)

Virão adorar-Vos, Senhor, todos os povos da terra.

II Leitura Ef 3, 2-3a.5-6

Os gentios recebem a mesma herança prometida.

O universalismo de Isaías era um pouco limitado; os estrangeiros não estavam em posição de igualdade com os filhos de Israel. S. Paulo, descrevendo o plano salvífico de Deus, proclama que todos os homens são chamados, igualmente, a ser herdeiros da Promessa. Como consequência deste chamamento universal para a Fé, toda a separação, toda a discriminação, introduzidas na humanidade por culturas e civilizações, desaparecem. Todos são chamados a formar o verdadeiro Israel e a constituir um só Corpo – o Corpo Místico de Cristo – restabelecendo-se assim o plano primitivo de Deus acerca da humanidade, que era um projeto de unidade e amor.
                       
Aclamação ao Evangelho Mt 2, 2

Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor.

Evangelho Mt 2, 1-12

«Viemos do Oriente adorar o Rei»

Frente ao mistério do Nascimento de Jesus, S. Mateus procura, sobretudo, contemplá-Lo à Luz do primeiro encontro do mundo pagão com o Salvador, de que os magos são as primícias e os representantes. Sublinhando, de modo expressivo, a universalidade da Mensagem cristã, dirigida a todos os homens, mesmo àqueles que, segundo as conceções estreitas do Judaísmo, viviam fora da Geografia e da História da Salvação, o evangelista mostra como na visita dos Magos, se realizam as profecias do A. T.
Não deixa também de o impressionar, em contraste com o orgulho e cegueira de Herodes e dos sábios de Israel, a boa vontade dos Magos, que, atentos aos sinais dos Tempos, se dispõem a correr a aventura da Fé.


Preparando a Liturgia para o Domingo da Festa do Batismo do Senhor


Is 42, 1-4.6-7              
«Eis o meu servo, enlevo da minha alma»  

Salmo   28 (29)                      
O Senhor abençoará o seu povo na paz.

Atos 10, 34-38                       
«Deus ungiu-O com o Espírito Santo»

Lc 3, 15-16.21-22       
«Jesus foi batizado e, enquanto orava, abriu-se o céu»

 

Palavra de Deus para a semana de 4 a 9 de Janeiro


4 Segunda-feira
1 Jo 3, 22 – 4, 6 - Salmo 2 - Mt 4, 12-17. 23-25
Jesus proclamava o Evangelho do reino e curava todas as doenças entre o povo.

5 Terça-feira
1 Jo 4, 7-10 - Salmo 71 (72) - Mc 6, 34-44
O Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
a proclamar aos cativos a redenção.

6 Quarta-feira
1 Jo 4, 11-18 - Salmo 71 (72) - Mc 6, 45-52
Glória a Vós, Jesus Cristo, anunciado aos gentios;
glória a Vós, Jesus Cristo, acreditado no mundo.

7 Quinta-feira
1 Jo 4, 19 – 5, 4 - Salmo 71 (72) - Ev Lc 4, 14-22a
O Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
a proclamar aos cativos a redenção.

8 Sexta-feira 
1 Jo 5, 5-13 - Salmo 147 - Lc 5, 12-16
Jesus proclamava o Evangelho do reino e curava todas as doenças entre o povo.

9 Sábado
1 Jo 5, 14-21 - Salmo 149 - Jo 3, 22-30
O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz;
para aqueles que habitavam na sombria região da morte uma luz se levantou.

Caminhada de Advento – Natal – 2015-2016



        Há mais alegria em dar (-se)!  (At 20,35)    
Felizes os misericordiosos! (Mt 5,7)


Epifania

“Entraram na casa, viram o Menino com Maria, Sua Mãe, e, prostrando-se diante d’Ele, adoraram-n’O” (Mt 2,11)!

Presença

Dar o Menino Jesus a beijar.

Cuida!

- Ir ao encontro de alguém
com quem nunca se teve coragem de dialogar.
- Sair da “zona de conforto” e tornar-se presente daquele que, aparentemente, é mais frágil.
- Rezar pelos irmãos perseguidos, refugiados, impedidos de adorar o Deus Menino em paz.



… A Luz nova que no céu desponta e o Rebento tenro que entre nós germina apontam e são figura do Messias. Esta estrela que arde nos olhos e no coração dos Magos está, portanto, longe de ser uma história infantil. Orienta os passos dos Magos e, neles, os de toda humanidade para a verdadeira ESTRELA que desponta e para o REBENTO que germina, que é o MENINO. E os Magos e, com eles, a inteira humanidade orientam para aquele MENINO toda a sua vida, que é o que significa o verbo «ADORAR». Esta «adoração» pessoal é o verdadeiro presente a oferecer ao MENINO. … 
D. António Couto



7 janeiro               

     
S. Raimundo de Penhaforte, presbítero

Nasceu pelo ano 1175 perto de Barcelona. Foi cónego da Igreja de Barcelona, entrou depois na Ordem dos Pregadores e colaborou com S. Pedro Nolasco na fundação da Ordem de Nossa Senhora das Mercês para a Redenção dos Cativos. Por ordem do Papa Gregório IX, editou a coleção das «Decretais». Eleito Geral da Ordem, governou-a com sabedoria e prudência. Entre os seus escritos, destaca-se a «Summa Casuum» para a administração reta e proveitosa do sacramento da Penitência. Morreu em 1275.



Intenções para a Eucaristia de 3 de Janeiro (10h)

Belmiro da Silva e Sousa, pais, sogros e neto; 
João de Jesus Pinto, de Requim, mãe e sogros; 
Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; 
Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; 
Maria Rosa Leal Pinheiro; 
Antero Pinto e filho; 
António Antunes, esposa e filho; 
Joaquina da Silva Madureira (falecida na Fundação Sto. António) e marido.

Intenções para a Eucaristia de 10 de Janeiro (10h)

         António Pereira, pais e sogros; 
         Aniversário falecimento de Deolinda de Sousa Vieira e marido; 
         Aniversário falecimento José Araújo; 
         Emídio Luís, esposa e filho; 
         António Pinto Melo; 
         Ricardo Luís, Palmira Pereira de Jesus e filha; 
         Alexandre da Silva Azeredo; 
         António da Silva Luís, do Lameu; 
         Rosa de Jesus Carneiro e Martinho Pinto, de Carvalho de Vila; 
         Manuel Madureira Vieira e pai; 
         Familiares de Madalena Teixeira de Almeida e de António Casimiro Almeida; 
         Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim; 
         Maria da Conceição Leal Pinto.



Diante de Jesus, o libertador enviado por Deus, os “magos”, Herodes, os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo assumem atitudes diversas, que vão desde a adoração (os “magos”), até à rejeição total (Herodes), passando pela indiferença (os sacerdotes e os escribas: nenhum deles se preocupou em ir ao encontro desse Messias que eles conheciam bem dos textos sagrados). Identificamo-nos com algum destes grupos?

Os “magos” são apresentados como os “homens dos sinais”, que sabem ver na “estrela” o sinal da chegada da libertação…
Somos pessoas atentas aos “sinais” – isto é, somos capazes de ler os acontecimentos da nossa história e da nossa vida à luz de Deus?
Procuramos perceber nos “sinais” que aparecem no nosso caminho a vontade de Deus?

Os “magos”: viram a “estrela”, deixaram tudo, arriscaram tudo e vieram procurar Jesus.
Somos capazes da mesma atitude de desinstalação, ou estamos demasiado agarrados ao nosso sofá, ao nosso colchão especial, à nossa televisão, à nossa aparelhagem, ao nosso computador?
Somos capazes de deixar tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz através dos irmãos?

Os “magos” representam os homens de todo o mundo que vão ao encontro de Cristo, que acolhem a proposta libertadora que Ele traz e que se prostram diante d’Ele. É a imagem da Igreja – essa família de irmãos, constituída por gente de muitas cores e raças, que aderem a Jesus e que O reconhecem como o seu Senhor.