6 de Março de 2016
V. Deus, vinde em nosso
auxílio.
R. Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e
sempre. Ámen.
Hino
Crescem nas asperezas do
caminho
Pequenas flores brancas de
esperança;
Não podem os espinhos
afogá-las,
Pois foi o amor quem as chamou
à vida.
À semente do bem e da verdade
Mistura-se a cizânia do
inimigo.
Estende-nos, Senhor, a tua mão,
Salva do mal os corações
feridos.
O mundo inteiro pede a Deus
justiça
Do fundo abismo de ódio e
desespero;
E ouvimos Raquel, inconsolável,
Chorar os sonhos mortos de seus
filhos.
Quando virá o luminoso dia
Em que, livres da morte e do
pecado,
Cantemos a alegria que nos
trouxe
A força do teu braço levantado?
Escuta a nossa voz, Trindade
santa,
E faz que a penitência
quaresmal
Confirme a nossa fé e nos
conduza
Ao encontro de Cristo glorioso.
Salmonia
Ant. 1 Vamos com alegria para a casa do Senhor.
Salmo
121 (122) Chegada a Jerusalém
Vós aproximastes-vos do
monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste (Hebr 12, 22).
Alegrei-me quando me disseram:
*
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos *
às tuas portas, Jerusalém.
Jerusalém, Cidade
bemedificada,*
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos, *
as tribos do Senhor,
segundo o costume de Israel, *
para celebrar o nome do Senhor;
ali estão os tribunais da
justiça, *
os tribunais da casa de David.
Pedi a paz para Jerusalém: *
vivam seguros quantos te amam.
Haja paz dentro dos teus muros,
*
tranquilidade em teus palácios.
Por amor de meus irmãos e
amigos, *
pedirei a paz para ti.
Por amor da casa do Senhor
nosso Deus, *
pedirei para ti todos os bens.
Ant. 1 – Vamos com alegria para a casa do Senhor.
Ant. 2 Desperta, tu que
dormes, levanta-te do meio
dos mortos e brilhará sobre ti
a luz de Cristo.
Salmo
129 (130) De profundis
Ele salvará
o povo dos seus pecados (Mt
1, 21).
Do profundo
abismo chamo por Vós, Senhor, *
Senhor,
escutai a minha voz.
Estejam os
vossos ouvidos atentos *
à voz da minha
súplica.
Se tiverdes em
conta as nossas faltas, *
Senhor, quem
poderá salvar-se?
Mas em Vós
está o perdão, *
para serdes
temido com reverência.
Eu confio no
Senhor,*
A minha alma
confia na sua palavra.
A minha alma
espera pelo Senhor, *
mais do que as
sentinelas pela aurora.
Mais do que as
sentinelas pela aurora, *
Israel espera
pelo Senhor,
porque no Senhor
está a misericórdia *
e com Ele
abundante redenção.
Ele há-de
libertar Israel *
de todas as
suas faltas.
Ant. 2
Desperta, tu que dormes, levanta-te do meio
dos mortos
e brilhará sobre ti a luz de Cristo.
Ant. 3 Pela
grande caridade com que nos amou, estando nós ainda mortos
por causa
dos nossos pecados, Deus restituiu-nos à vida com Cristo.
Cântico
Fl
2,6-11 Cristo, o Servo de Deus
Cristo Jesus
que era de condição divina,*
não se valeu
da Sua igualdade com Deus,
mas
aniquilou-se a si próprio.
Assumindo a
condição de servo,*
tornou-se
semelhante aos homens.
Aparecendo
como homem, humilhou-se ainda mais,*
obedecendo até
à morte e morte de cruz.
Por isso, Deus
o exaltou *
e lhe deu o
nome que está a cima de todos os nomes,
para que ao nome
de Jesus todos se ajoelhem;*
no céu, na
terra e nos abismos,
e toda língua
proclame que Jesus Cristo é o Senhor,*
para glória de
Deus Pai.
Ant. 3 Pela
grande caridade com que nos amou, estando nós ainda mortos
por causa
dos nossos pecados, Deus restituiu-nos à vida com Cristo.
Leitura
breve
2 Cor 6, 1-4a
Nós vos
exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão. Porque Ele diz: «No tempo
favorável Eu te escutei, no dia da salvação Eu te ajudei ». Eis o tempo
favorável, eis os dias da salvação. Não dêmos escândalo a ninguém, para que o
nosso ministério não seja desacreditado, mas mostrem-nos em tudo como
ministros de Deus.
Responsório breve
V. Tende compaixão de nós, Senhor,
porque somos pecadores.
R. Tende compaixão de nós, Senhor,
porque somos pecadores.
V. Cristo, ouvi as súplicas dos
que Vos imploram.
R. Porque somos pecadores.
V. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Tende compaixão de nós,
Senhor, porque somos pecadores.
Cântico Evangélico
Magnificat Lc
1,46-55
Ant. Em Cristo, Deus
reconciliou o mundo consigo
e deu-nos a palavra da
reconciliação.
A minha alma glorifica ao
Senhor *
e o meu espírito se alegra em
Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade
da sua serva: *
de hoje em diante me chamarão
bem-aventurada todas as gerações.
Todo-Poderoso fez em mim
maravilhas: *
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende
de geração em geração *
sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu
braço*
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus
tronos *
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens *
e aos ricos despediu de mãos
vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, *
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos
pais, *
a Abraão e à sua descendência
para sempre.
Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo,*
como era no princípio, agora e
sempre. Amen.
Ant. Em Cristo, Deus
reconciliou o mundo consigo
e deu-nos a palavra da
reconciliação.
Preces
Glorifiquemos a Deus, cuja
providência vela por todos os homens, e invoquemo-l’O dizendo:
Salvai, Senhor, o vosso
povo.
Senhor, fonte de todo o bem e
origem da verdade, enchei com os vossos dons o Colégio Episcopal e conservai os fiéis, a ele
confiados, na doutrina dos Apóstolos.
Aumentai o espírito de caridade
entre todos aqueles que comungam o mesmo Pão da vida,
para que se fortaleça a unidade
de todos os fiéis no mesmo Corpo de Cristo, vosso Filho.
Libertai-nos da condição
decadente do homem, envelhecido pelo pecado,
e revesti-nos do homem novo, à
imagem de Cristo, vosso Filho.
Concedei aos fiéis um sincero
espírito de penitência, para alcançarem o perdão de seus pecados
e participarem nos méritos
infinitos de Jesus Cristo, Redentor da humanidade.
Dai a paz aos nossos irmãos
defuntos, para que Vos louvem eternamente no Céu,
onde também nós esperamos
bendizer-Vos com eles por toda a eternidade.
Pai Nosso…
Oração
Deus de misericórdia, que, pelo
vosso Filho, realizais admiravelmente a reconciliação do género humano,
concedei ao povo cristão fé viva e espírito generoso, a fim de caminhar
alegremente para as próximas solenidades pascais. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, que é deus convosco, na unidade do Espírito Santo, Amén
«Este teu irmão estava morto e voltou à vida»
Naquele tempo, os publicanos
e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e
os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e
come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola:
«Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai
repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando
todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto
possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela
região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes
daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava
ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em
abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e
dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu
filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. Pôs-se a caminho e foi ter
com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e
correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho:
‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.
Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha.
Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o.
Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida,
estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa.
Ora o filho mais velho
estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as
danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo
respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo,
porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então
o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos
que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um
cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse
teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o
vitelo gordo’. Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é
meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão
estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».
Lc 15, 1-3.11-32