28 de Fevereiro de 2016
Ele perdoa todos os teus pecados e
cura as tuas enfermidades. Salva da morte a tua vida e coroa-te de graça e
misericórdia.
Salmo 102 (103)
Nesta
terceira etapa da caminhada para a Páscoa somos chamados, mais uma vez, a
repensar a nossa existência. O tema fundamental da liturgia de hoje é a
“conversão”. Com este tema enlaça-se o da “libertação”: o Deus libertador
propõe-nos a transformação em homens novos, livres da escravidão do egoísmo e
do pecado, para que em nós se manifeste a vida em plenitude, a vida de Deus.
A
primeira leitura fala-nos do Deus que não suporta as injustiças e as
arbitrariedades e que está sempre presente naqueles que lutam pela libertação.
É esse Deus libertador que exige de nós uma luta permanente contra tudo aquilo
que nos escraviza e que impede a manifestação da vida plena. O chamamento de
Moisés é uma iniciativa do Deus libertador, apostado em salvar o seu Povo. Deus
age na história humana através de homens de coração generoso e disponível, que
aceitam os seus desafios. “Eu sou (ou serei) ‘aquele que sou’ (ou que serei)”.
Este nome acentua a presença contínua de Deus na vida do seu Povo, uma presença
viva, ativa e dinâmica, no presente e no futuro, como libertação e salvação. No
plano de Deus, aquilo que oprime e destrói os homens não tem lugar; e que
sempre que alguém luta para ser livre e feliz, Deus está com essa pessoa e age
nela. Na libertação do Egipto, os israelitas –e, através deles, toda a
humanidade –descobriram a realidade do Deus salvador e libertador.
A
segunda leitura avisa-nos que o cumprimento de ritos externos e vazios não é
importante; o que é importante é a adesão verdadeira a Deus, a vontade de
aceitar a sua proposta de salvação e de viver com Ele numa comunhão íntima.
O
Evangelho contém um convite a uma transformação radical da existência, a uma
mudança de mentalidade, a um recentrar a vida de forma que Deus e os seus
valores passem a ser a nossa prioridade fundamental. Se isso não acontecer, diz
Jesus, a nossa vida será cada vez mais controlada pelo egoísmo que leva à
morte. A proposta principal que Jesus apresenta neste episódio chama-se
“conversão” (“metanoia”). Não se trata de penitência externa, ou de um simples
arrependimento dos pecados; trata-se de um convite à mudança radical, à
reformulação total da vida, da mentalidade, das atitudes, de forma que Deus e
os seus valores passem a estar em primeiro lugar. É este caminho a que somos
chamados a percorrer neste tempo, a fim de renascermos, com Jesus, para a vida
nova do Homem Novo.
Liturgia da Palavra do Domingo III da Quaresma
I
Leitura Ex 3, 1-8a.13-15
«O
que Se chama ‘Eu sou’ enviou-me a vós»
Continuando
a apresentar, nesta subida quaresmal a caminho da Páscoa, certos momentos mais
significativos da história da salvação, a primeira leitura deste domingo, em
seguimento da dos domingos anteriores, dá-nos a célebre revelação de Deus a
Moisés, a revelação do seu Nome, que define, tanto quanto isso é possível, Quem
é Deus. Ao mesmo tempo, e na continuação dessa revelação, Deus chama Moisés e
envia-o como instrumento de salvação para o seu povo escravizado no Egipto.
Moisés será o chefe desse povo, o seu condutor através do deserto, e, como tal,
figura de Cristo, o verdadeiro Pastor, guia e salvador do seu povo.
Salmo
102 (103)
O
Senhor é clemente e cheio de compaixão
II
Leitura 1 Cor 10, 1-6.10-12
A
vida do povo com Moisés no deserto foi escrita para nos servir de exemplo.
É o próprio
Apóstolo que nos ensina a ler o Antigo Testamento: este anuncia as realidades
do Novo Testamento, e serve, ao mesmo tempo, de exemplo e de guia ao povo da
Nova Aliança, que já chegou “aos últimos tempos”, os tempos do Senhor Jesus
Cristo, mas que ainda peregrina no deserto deste mundo a caminho da Terra
Prometida. Não venha a suceder-nos a nós o que a muitos deles aconteceu: terem
ficado pelo caminho.
Aclamação
ao Evangelho Mt 4, 17
Arrependei-vos,
diz o Senhor; está próximo o reino dos Céus.
Evangelho
Lc 13, 1-9
«Se
não vos arrependerdes, morrereis do mesmo modo»
A primeira mensagem da Boa Nova que
Jesus nos traz é o anúncio da aproximação do reino dos Céus, e consequentemente
o convite a acolhê-lo com o coração voltado para ele e afastado do que lhe é
contrário. Esta atitude é assim uma conversão, um regresso dos caminhos do
pecado, uma atitude de arrependimento em relação ao passado, uma atitude
penitencial. E esta atitude do coração é fundamental na Quaresma.
Preparando a Liturgia para o Domingo IV da Quaresma
Jos
5, 9a.10-12
Tendo
entrado na terra prometida, o povo de Deus celebra a Páscoa.
Salmo
33 (34)
Saboreai
e vede como o Senhor é bom.
2
Cor 5, 17-21
«Por
Cristo, Deus reconciliou-nos consigo.»
Lc 15, 1-3.11-32
«Este teu irmão estava morto e voltou
à vida.»
Palavra de Deus para a semana
de
29 de Fevereiro a 5 de Março
29 Segunda-feira
2 Reis 5, 1-15a -Salmo 41 (42) -Lc 4, 24-30
Eu confio no Senhor, confio na sua palavra,
porque no Senhor está a misericórdia e a redenção.
1 Terça-feira
Dan 3, 25. 34-43 -Salmo 24 (25) -Mt 18, 21-35
Convertei-vos a Mim de todo o coração, diz o Senhor;
porque sou benigno e misericordioso.
2 Quarta-feira
Deut 4, 1. 5-9 -Salmo 147 -Mt 5, 17-19
As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida:
Vós tendes palavras de vida eterna.
3 Quinta-feira
Jer 7, 23-28 -Salmo 94 (95) -Lc 11, 14-23
Convertei-vos a Mim de todo o coração, diz o Senhor;
porque sou benigno e misericordioso.
4 Sexta-feira
Os 14, 2-10 -Salmo 80 (81) -Mc 12, 28b-34
Arrependei-vos, diz o Senhor;
está próximo o reino dos Céus.
5 Sábado
Os 6, 1-6 -Salmo 50 (51) -Lc 18, 9-14
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos
corações.
4 de Março
S. Casimiro
Filho do rei
da Polónia, nasceu no ano 1458. Praticou de modo excelente as virtudes cristãs,
especialmente a castidade e a bondade para com os pobres. Teve um grande zelo
pela promoção da fé e uma singular devoção à Sagrada Eucaristia e a Nossa
Senhora. Morreu vítima de tuberculose em 1484.
A
atualidade apresenta-nos todos os dias situações de vítimas inocentes de
atentados e violências por causa do ódio dos homens, de acidentes, de
sofrimentos de todas as espécies. Diante de tantas situações dramáticas que
atingem o ser humano, somos convidados a uma maior vigilância sobre nós mesmos.
Recordar a nossa fragilidade deve levar-nos a voltar o nosso ser para Aquele
que pode dar verdadeiro sentido à nossa vida. Não nos devemos desencorajar
diante das nossas esterilidades (figueira estéril…), pois Deus é infinitamente
paciente para connosco. Ele sabe da nossa fragilidade, conhece os nossos
pecados, mas nunca deixa de ter confiança em nós, até ao fim do nosso caminho.
Ele não quer punir-nos, quer fazer-nos viver!
Jesus
apela à conversão. A conversão não é mortífera, ela é fonte de vida, pois faz o
homem voltar-se para Deus, que quer que ele viva. O homem é como a figueira
plantada no meio de uma vinha: pode ser que, durante anos, não dê frutos… mas
Deus, como o vinhateiro, tem paciência e continua a esperar nele. Deus vai
mesmo mais longe, dá ao homem os meios para se converter: o caminho a
empreender para amar Deus e amar os seus irmãos. A paciência de Deus não é uma
atitude passiva, mas uma solicitude para que o homem viva. Paciência e confiança
estão ligadas: Deus crê no homem, crê que ele pode mudar a sua conduta passada,
para se voltar para Aquele de quem se afastou.
Intenções
para a Eucaristia de 28 de Fevereiro (10h)
30.º
dia por Ana Barbosa Moreira e marido;
Familiares
de Conceição Soares;
Maria
Deolinda da Silva Pinto e marido;
Manuel
Vieira Ribeiro, pais e sogros;
Manuel
Alfredo da Fonseca Soares;
Fernando
Pinto Melo;
Fernando
Moreira Caetano;
Joaquim
Moreira e esposa, do Alto;
Maria
Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova;
Joaquim
Vieira e esposa, das Regadas;
Gualter
Ferraz Pinto, de Vila Nova;
Maria
da Conceição Aguiar Pinto e marido;
Alexandre
Luís Barros Ferraz;
30.º
dia José Pereira Madureira, pais e sogro;
Aniversário
natalício de Margarida Madureira de Almeida.
Intenções
para a Eucaristia de 6 de Março (10h)
Natália Fernanda da Silva Alves e seus
avós;
Margarida Teixeira de Jesus, marido e
filho;
Maria Rosa Leal Pinheiro;
Emídio luís, esposa e filho;
António Pinto Melo;
Alexandre da Silva Azeredo.
Da Quaresma à Páscoa:
Redescobrir e Praticar as Obras de Misericórdia Corporais
3.ª Semana
Referências Bíblicas a partir do Lecionário Dominical C
… Bebiam de um rochedo
espiritual que os acompanhava, que era Cristo!... (2ª leitura)
… «Certo homem tinha uma
figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas
não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar
frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há de estar ela
a ocupar inutilmente a terra?’. Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor,
deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe
adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo
ano». …
(Evangelho)
Obras de Misericórdia Corporais
Dar de beber a quem tem sede!
Propostas de Oração
Participar na iniciativa “24 horas para o Senhor” .