25 de março de 2016

Domingo IV da Quaresma

6 de Março de 2016



“Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha!” (Lc 15, 22)



A liturgia de hoje convida-nos à descoberta do Deus do amor, empenhado em conduzir-nos a uma vida de comunhão com Ele.
A primeira leitura convida-nos à conversão, princípio de vida nova na terra da felicidade, da liberdade e da paz. Essa vida nova do homem renovado é um dom do Deus que nos ama e que nos convoca para a felicidade.A Páscoa, celebrada nessa terra livre, marca o início dessa nova etapa. Israel é, agora, um Povo novo, o Povo eleito, comprometido com Deus, definitivamente livre da escravidão, que inicia uma vida nova nessa Terra de Deus onde “corre o leite e o mel”.

 A segunda leitura convida-nos a acolher a oferta de amor que Deus nos faz através de Jesus. Só reconciliados com Deus e com os irmãos podemos ser criaturas novas, em quem se manifesta o homem Novo.“Em Cristo”, Deus ofereceu aos homens a reconciliação; aderir à proposta de Cristo é acolher a oferta de reconciliação que Deus fez. Ser cristão implica, portanto, estar reconciliado com Deus (isto é, aceitar viver com Ele uma relação autêntica de comunhão, de intimidade, de amor) e com os outros homens. Isto significa, na prática, ser uma criatura nova, um homem renovado.

 O Evangelho apresenta-nos o Deus/Pai que ama de forma gratuita, com um amor fiel e eterno, apesar das escolhas erradas e da irresponsabilidade do filho rebelde. E esse amor lá está, sempre à espera, sem condições, para acolher e abraçar o filho que decide voltar. É um amor entendido na linha da misericórdia e não na linha da justiça dos homens.

A “parábola do pai bondoso e misericordioso” pretende apresentar-nos a lógica de Deus. Deus é o Pai bondoso, que respeita absolutamente a liberdade e as decisões dos seus filhos, mesmo que eles usem essa liberdade para procurar a felicidade em caminhos errados; e, aconteça o que acontecer, continua a amar e a esperar ansiosamente o regresso dos filhos rebeldes. Quando os reencontra, acolhe-os com amor e reintegra-os na sua família. Essa é a alegria de Deus. É esse Deus de amor, de bondade, de misericórdia, que se alegra quando o filho regressa que nós, às vezes filhos rebeldes, temos a certeza de encontrar quando voltamos.A parábola pretende ser também um convite a deixarmos-nos arrastar por esta dinâmica de amor no julgamento que fazemos dos nossos irmãos. Mais do que pela “justiça”, que nos deixemos guiar pela misericórdia, na linha de Deus.


Liturgia da Palavra do Domingo IV da Quaresma



I Leitura Jos 5, 9a.10-12

Tendo entrado na terra prometida, o povo de Deus celebra a Páscoa

Mais um passo na história da salvação nos é apresentado na primeira leitura deste Quarto Domingo: depois da travessia do deserto, guiado por Moisés (domingo anterior), o povo de Deus entra na Terra Prometida e celebra a Páscoa. É também esta a perspectiva do tempo litúrgico em que nós entrámos: depois dos 40 dias do deserto quaresmal, celebraremos o mistério da Páscoa, na Terra Santa da Igreja de Cristo. O maná, a comida do deserto, cessou de cair, quando o povo de Deus chegou à Terra Prometida, e lá pôde, finalmente, alimentar-se dos frutos daquela nova Terra. Também a Igreja, depois do jejum da Quaresma, comerá da Ceia do Senhor, na Eucaristia da Páscoa. Não se trata apenas de uma comparação, mas de um mistério que todos os anos se renova no meio de nós.

Salmo 33 (34)

Saboreai e vede como o Senhor é bom. 


II Leitura 2 Cor 5, 17-21

«Por Cristo, Deus reconciliou-nos consigo»

A Páscoa celebra o mistério da aliança que Deus fez com os homens, e, porque o homem é pecador, esse mistério é também de reconciliação. Pelo sacrifício de Jesus Cristo, todos os homens são tornados nova criação, uma vez que são reconciliados com Deus, que é o Criador de todas as coisas. Este mistério de reconciliação, realizado, de uma vez para sempre, por Cristo, é-nos agora acessível através da Igreja. A nós pertence, pois, aceitá-lo e deixar-nos reconciliar, cada um de nós, com Deus, por Cristo, por meio da Igreja. O Sacramento da Penitência é o sinal sagrado desta reconciliação. Por meio dele seremos, na Páscoa, novas criaturas.


Aclamação ao Evangelho Lc 15, 18

Vou partir, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti.


Evangelho Lc 15, 1-3.11-32

«Este teu irmão estava morto e voltou à vida»

Na parábola do filho pródigo está expresso todo o itinerário do pecador, que, pela penitência, regressa à comunhão com Deus. Da morte à vida; é precisamente este o movimento de todo o Mistério Pascal. A parábola põe em relevo sobretudo o amor, paciente e sempre acolhedor, do Pai, de Deus nosso Pai. Por isso, a esta parábola melhor se poderia chamar a parábola do Pai misericordioso. 


Preparando a Liturgia para o Domingo V da Quaresma



Is 43, 16-21 
«Vou realizar uma coisa nova: matarei a sede ao meu povo»

Salmo 125 (126) 
Grandes maravilhas fez por nós o Senhor.

Filip 3, 8-14 
«Por Cristo, considerei todas as coisas como prejuízo, configurando-me à sua morte»

Jo 8, 1-11 
«Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra»


Palavra de Deus para a semana de 

7 a 12 de Março



7 Segunda-feira
Is 65, 17-21 -Salmo 29 (30) -Jo 4, 43-54
Buscai o bem e não o mal, para que vivais, e o Senhor estará convosco.

8 Terça-feira
Ez 47, 1-9. 12 -Salmo 45 (46) -Jo 5, 1-3a. 5-16
Criai em mim, Senhor, umcoração puro,
dai-me de novo a alegria da vossa salvação

9 Quarta-feira
Is 49, 8-15 -Salmo 144 (145) -Jo 5, 17-30
Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor.
Quem acredita em Mim nunca morrerá.

10 Quinta-feira
Ex 32, 7-14 -Salmo 105 (106) -Jo 5, 31-47
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito;
quem acredita n’Ele tem a vida eterna.

11 Sexta-feira
Sab 2, 1a. 12-22 -Salmo 33 (34) -Jo 7, 1-2. 10. 25-30
Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus

12 Sábado
Jer 11, 18-20 -Salmo 7 -Jo 7, 40-53
Felizes os que recebem a palavra de Deus de coração sincero e generoso
e produzem fruto pela perseverança.



7 de Março


S. Perpétua e S. Felicidade, mártires

Perpétua e Felicidade, presas em Cartago com outros jovens catecúmenos no tempo do imperador Septímio Severo: Perpétua, mulher patrícia de cerca de vinte e dois anos de idade, era mãe de uma criança de peito; Felicidade, sua escrava, estando grávida, segundo as leis devia ser conservada até dar à luz; mas, apesar das dores de parto, mostrava-se serena diante das feras. Passaram ambas do cárcere para o anfiteatro, de rosto alegre, seguras de que iam para o Céu.



8 de Março


S. João de Deus, religioso

Nasceu em Montemor-o-Novo (Portugal) no ano 1495. Depois duma vida cheia de perigos na carreira militar, o seu desejo de perfeição levou-o a ambicionar coisas maiores e entregou-se ao serviço dos enfermos. Fundou um hospital em Granada (Espanha) e associou à sua obra um grupo de companheiros que mais tarde constituíram a Ordem hospitalar de S. João de Deus. Distinguiu-se principalmente na caridade para com os pobres e os doentes. Morreu nesta cidade em 1550.



9 de Março 


S. Francisca Romana, religiosa

Nasceu em Roma no ano 1384. Casou muito nova e teve três filhos. Viveu numa época de grandes calamidades; ajudou com seus bens os pobres e dedicou-se ao serviço dos doentes. Foi admirável na sua actividade em favor dos pobres e na prática das virtudes, especialmente da humildade e da paciência. Em 1425 fundou a Congregação das Oblatas com a regra de S. Bento. Morreu em 1440.


A “parábola do pai bondoso e misericordioso” convida-nos a não nos deixarmos dominar pela lógica do que é “justo” aos olhos do mundo, mas pela “justiça de Deus”, que é misericórdia, compreensão, tolerância, amor. É num Deus que nos ama desta forma que somos chamados a confiar neste tempo de “metanoia”.


Intenções para a Eucaristia de 6 de Março (10h)


Natália Fernanda da Silva Alves e avós; 
Margarida Teixeirade Jesus, marido e filho; 
Maria Rosa Leal Pinheiro; 
Emídio luís, esposa e filho; 
António Pinto Melo;
Alexandre da Silva Azeredo; 
Aniv. falec.Conceição Rosa Antunes, marido e filho; 
José Pereira Madureira;
Fernando da Rocha Rafael; 
Maria Deolinda da Silva Pinto e marido;
7.º dia por Maria Luísa Pinto Moreira Luís; 
Joaquina da Silva Madureira (falecida na Fund.Sto. António) e marido.


Intenções para a Eucaristia de 13 de Março (10h)

Aniv. falec. Alexandre Medon e filhos António e Manuel; 
António da Silva Luís; 
Rosa de Jesus Carneiro e Martinho Pinto, de Carvalho de Vila; 
Manuel Madureira Vieira e seu pai; 
Familiares de Madalena Teixeira de Almeida e de António Casimiro Almeida; 
Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim; 
Luísa Pereira, marido e genro, do Alto; 
Manuel Duarte Moreira; 
Carlos André; 
António Luís, da Pena; 
Maria da Conceição Soares; 
Da Associação por Maria Luísa Pinto Moreira Luís.



Da Quaresma à Páscoa: 

Redescobrir e Praticar as Obras de Misericórdia Corporais


4.ª Semana 




Referências Bíblicas a partir do Lecionário Dominical C

Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa(Evangelho)


Obras de Misericórdia Corporais

Vestir os nus!

Propostas de Oração

Oração do Pai Nosso


Ser cristão é, antes de mais, aceitar a proposta de reconciliação que Deus nos faz em Jesus. Significa que Deus, apesar das nossas infidelidades, continua a propor-nos um projecto de comunhão e de amor. É “em Cristo” que somos reconciliados com Deus. Na cruz, Cristo ensinou-nos a obediência total ao Pai, a entrega confiada aos projectos do Pai e o amor total aos homens nossos irmãos. Dessa lição decisiva deve nascer o Homem Novo, o homem que vive na obediência aos projectos de Deus e no amor aos outros. A comunhão com Deus exige a reconciliação com os outros meus irmãos.