A liturgia deste domingo
tem como cenário de fundo o projeto salvador de Deus. No batismo de Jesus nas
margens do Jordão, revela-se o Filho amado de Deus, que veio ao mundo enviado
pelo Pai, com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projeto do
Pai, Ele fez-se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade,
libertou-nos do egoísmo e do pecado e empenhou-Se em promover-nos, para que
pudéssemos chegar à vida em plenitude.
A primeira leitura anuncia
um misterioso “Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar
um mundo de justiça e de paz sem fim… Investido do Espírito de Deus, ele
concretizará essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à
imposição, à prepotência, pois esses esquemas não são os de Deus. O “Servo” é um instrumento
através do qual Deus atua no mundo para levar a salvação aos homens: Ele é
alguém que Deus escolheu entre muitos, a quem chamou e a quem confiou uma
missão: trazer a justiça, propor a todas as nações uma nova ordem social da
qual desaparecerão as trevas que alienam e impedem de caminhar e oferecer a
todos os homens a liberdade e a paz.
A segunda leitura reafirma
que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projeto
de salvação; por isso, Ele “passou pelo mundo fazendo o bem” e libertando todos
os que eram oprimidos. Cristo veio trazer a “boa nova da paz” – salvação - a
todo o homem e mulher, sem distinção de raça, de cor, de estatuto social, que
aceita a proposta e adere a Jesus. É este o testemunho que os discípulos devem
dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.
No Evangelho, aparece-nos a
concretização da promessa profética: Jesus é o Filho/”Servo” enviado pelo Pai,
sobre quem repousa o Espírito e cuja missão é realizar a libertação dos homens.
Obedecendo ao Pai, Ele tornou-Se pessoa, identificou-Se com as fragilidades dos
homens, caminhou ao lado deles, a fim de os promover e de os levar à reconciliação
com Deus, à vida em plenitude.
Liturgia da Palavra do Domingo da Festa do Batismo do Senhor
I Leitura Is 42, 1-4.6-7
«Eis
o meu servo, enlevo da minha alma»
No
Batismo que recebeu das mãos de João, Jesus manifesta-Se como sendo Aquele que
o profeta anunciara: o Servo de Deus, que desce à água no meio dos pecadores
para inaugurar a obra da redenção que o Pai Lhe confiara, e, ao mesmo tempo, o
Filho bem amado, sobre quem repousa o Espírito de Deus, para que Ele seja
portador da Boa Nova da salvação a toda a Terra.
Salmo 28
(29)
O Senhor abençoará o seu povo na paz.
II Leitura: Actos 10, 34-38
«Deus ungiu-O com o Espírito Santo»
O Espírito Santo desceu sobre Jesus na hora do Batismo e
ungiu-O para que Ele pudesse começar o seu ministério e, por Ele, os homens
fossem também batizados não só na água, mas na água e no Espírito. A unção que
o Espírito Santo confere a Jesus na hora do seu batismo marca-O como “Messias”,
isto é, “Ungido”, ou seja “Cristo”, e, faz d’Ele a fonte da unção com que o
mesmo Espírito marcará os “cristãos”, os “ungidos”, membros de Cristo, sua
Cabeça.
Aclamação ao Evangelho Mc 9, 6
Abriram-se os céus e ouviu-se a voz do Pai:
«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O».
Evangelho Mc 1, 7-11
«Tu
és o meu Filho muito amado: em Ti pus a minha complacência»
O
Batismo de Jesus inaugura a sua vida pública. Ao fazer-Se homem, Ele tornou-Se
solidário com os homens. Por isso, não receou descer à água do Batismo no meio
dos pecadores, mas para os elevar à dignidade de filhos de Deus. Estes dois
aspetos estão bem claros no Batismo do Senhor. Jesus desce à água, o Pai
apresenta-O como seu Filho, o Céu abre-se e o Espírito Santo desce sobre Ele. A
pomba é apenas a imagem sob a qual o Espírito Se manifesta. A palavra do Pai
revela, de maneira autêntica, o mistério e a missão de Jesus. O batismo do
Senhor é uma das grandes “epifanias” ou “manifestações” de Jesus.
No episódio do
batismo, Jesus aparece como o Filho amado, que o Pai enviou ao encontro dos
homens para os libertar e para os inserir numa dinâmica de comunhão e de vida
nova. Nessa cena revela-se a preocupação de Deus e o imenso amor que Ele nos
dedica… Deus que envia o próprio Filho ao mundo, que pede a esse Filho que Se
solidarize com as dores e limitações dos homens e que, através da ação do
Filho, reconcilia os homens consigo e fá-los chegar à vida em plenitude. Aquilo
que nos é pedido é que correspondamos ao amor do Pai, acolhendo a sua oferta de
salvação e seguindo Jesus no amor, na entrega, no dom da vida. Ora, no dia do
nosso batismo, comprometemo-nos com esse projeto… Temos, depois disso, renovado
diariamente o nosso compromisso e percorrido
esse caminho que Jesus veio propor-nos?
A celebração do
batismo do Senhor leva-nos até um Jesus que assume plenamente a sua condição de
“Filho” e que se faz obediente ao Pai, cumprindo integralmente o projeto do Pai
de dar vida ao homem. É esta mesma atitude de obediência radical, de entrega
incondicional, de confiança absoluta que eu assumo na minha relação com Deus?
O episódio do batismo
de Jesus coloca-nos frente a frente com um Deus que aceitou identificar-Se com
o homem, partilhar a sua humanidade e fragilidade, a fim de oferecer ao homem
um caminho de liberdade e de vida plena. Eu, filho deste Deus, aceito ir ao
encontro dos meus irmãos mais desfavorecidos e estender-lhes a mão?
No batismo, Jesus
tomou consciência da sua missão (essa missão que o Pai Lhe confiou), recebeu o
Espírito e partiu em viagem pelos caminhos poeirentos da Palestina, a
testemunhar o projeto libertador do Pai. Eu, que no batismo aderi a Jesus e
recebi o Espírito que me capacitou para a missão, tenho sido uma testemunha
séria e comprometida desse programa em que Jesus Se empenhou e pelo qual Ele
deu a vida?
Palavra de Deus para a semana de 12 a 17 de novembro
12
Seg
Hebr 1,
1-6 - Salmo 96 (97) - Mc 1, 14-20
Está próximo o reino de Deus;
arrependei-vos e acreditai no Evangelho
13
Ter
S. Hilário, bispo e doutor da Igreja – MF
Hebr 2,
5-12 - Salmo 8 - Mc 1, 21-28
Escutai o que diz o Senhor, não como palavra dos
homens,
mas como palavra de Deus.
14
Qua
Hebr 2,
14-18 - Salmo 104 (105) - Mc 1, 29-39
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor.
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
15
Qui
Hebr 3,
7-14 - Salmo 94 (95) (95) - Mc 1, 40-45
Jesus pregava o Evangelho do reino
e curava todas as enfermidades entre o povo.
16
Sex
Hebr 4,
1-5. 11 - Salmo 77 (78) - Mc 2, 1-12
Apareceu entre nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo.
17
Sáb
S. Antão, abade – MO
Hebr 4,
12-16 - Salmo 18 B (19) - Mc 2, 13-17
O Senhor enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres,
a proclamar aos cativos a redenção.
12
Seg
|
Hebr 1,
1-6 - Salmo 96 (97) - Mc 1, 14-20
Está próximo o reino de Deus;
arrependei-vos e acreditai no Evangelho
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13
Ter |
S. Hilário, bispo e doutor da Igreja – MF
Hebr 2,
5-12 - Salmo 8 - Mc 1, 21-28
Escutai o que diz o Senhor, não como palavra dos
homens,
mas como palavra de Deus.
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14
Qua
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Hebr 2,
14-18 - Salmo 104 (105) - Mc 1, 29-39
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor.
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
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15
Qui
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Hebr 3,
7-14 - Salmo 94 (95) (95) - Mc 1, 40-45
Jesus pregava o Evangelho do reino
e curava todas as enfermidades entre o povo.
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16
Sex
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Hebr 4,
1-5. 11 - Salmo 77 (78) - Mc 2, 1-12
Apareceu entre nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo.
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17
Sáb
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S. Antão, abade – MO
Hebr 4,
12-16 - Salmo 18 B (19) - Mc 2, 13-17
O Senhor enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres,
a proclamar aos cativos a redenção.
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PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO II DO TEMPO COMUM
1
Sam 3, 3b-10.19 «Falai, Senhor, que o vosso
servo escuta»
Salmo
39 (40) Eu venho,
Senhor, para fazer a vossa vontade.
1
Cor 6, 13c-15a.17-20 «Os vossos
corpos são membros de Cristo»
Jo
1, 35-42 «Foram ver
onde morava e ficaram com Ele»
Intenções para a Eucaristia de 11 de janeiro (10:00h)
Aniversário falecimento de António Pereira, pais e
sogros; Manuel Luís Moreira, de Lage do Monte; Missa da Associação por Fernando
Pinto Melo e Alexandre Joaquim Soares; Rosa de Jesus Carneiro e Martinho Pinto,
de Carvalho de Vila; Alexandre da Silva Azeredo; António da Silva Luís, do Lameu;
António Pereira da Silva Guimarães; Familiares de Madalena Teixeira de Almeida
e de António Casimiro Almeida; Luísa Pereira e marido, do Alto; Albino Teixeira
Pinto e esposa, de Requim; Deolinda Sousa Vieira e marido; de 7.º dia por
Palmira Pereira de Jesus
Intenções para a Eucaristia de 18 de janeiro (10:00h)
Menino
Carlos André; Maria da Conceição Soares; José de Azeredo e Silva; José Ferreira
Aguiar e Joaquim Ferreira; Maria da Conceição Moreira, de Vila; Alexandre
Joaquim Soares; Manuel Duarte Moreira; da Associação por Palmira Pereira de
Jesus
Agenda
18 jan
- Domingo II Tempo Comum - Eucaristia, igreja, 10h
- Adoração ao Santíssimo Sacramento, igreja, 15:00h
O
“Servo” de que fala Isaías é esse “eleito de Deus”, que recebeu a plenitude do
Espírito, que veio ao encontro dos homens com a missão de trazer a justiça e a
paz definitivas, que sofreu e morreu para ser fiel a essa missão que o Pai lhe
confiou. A história do “Servo” mostra-nos, desde já, que Deus atua através de
instrumentos a quem Ele confia a transformação do mundo e a libertação dos
homens. Tenho consciência de que cada batizado é um instrumento de Deus na
renovação e transformação do mundo? Estou disposto a corresponder ao chamamento
de Deus e a assumir os meus compromissos quanto a esta questão, ou prefiro
fechar-me no meu canto e demitir-me da minha responsabilidade profética? Convém não
esquecer que a missão profética só faz
sentido à luz de Deus e que tudo parte da iniciativa de Deus: é Ele que
escolhe, que chama, que envia e que capacita para a missão… Aquilo que eu faço,
por mais válido que seja, não é obra minha, mas sim de Deus; o meu êxito na
missão não resulta das minhas qualidades, mas da iniciativa de Deus que age em
mim e através de mim.
Jesus
de Nazaré “passou pelo mundo fazendo o bem e curando todos os que eram
oprimidos pelo demónio”. Nos seus gestos de bondade, de misericórdia, de
perdão, de solidariedade, de amor, os homens encontraram o projeto libertador
de Deus em ação… Nós, cristãos, comprometidos com Cristo e com a sua missão
desde o nosso batismo, testemunhamos, em gestos concretos, a bondade, a
misericórdia, o perdão e o amor de Deus pelos homens? Empenhamo-nos em libertar
todos os que são oprimidos pelo demónio do egoísmo, da injustiça, da
exploração, da solidão, da doença, do analfabetismo, do sofrimento?
18 jan
- Domingo II Tempo Comum - Eucaristia, igreja, 10h
- Adoração ao Santíssimo Sacramento, igreja, 15:00h
O
“Servo” de que fala Isaías é esse “eleito de Deus”, que recebeu a plenitude do
Espírito, que veio ao encontro dos homens com a missão de trazer a justiça e a
paz definitivas, que sofreu e morreu para ser fiel a essa missão que o Pai lhe
confiou. A história do “Servo” mostra-nos, desde já, que Deus atua através de
instrumentos a quem Ele confia a transformação do mundo e a libertação dos
homens. Tenho consciência de que cada batizado é um instrumento de Deus na
renovação e transformação do mundo? Estou disposto a corresponder ao chamamento
de Deus e a assumir os meus compromissos quanto a esta questão, ou prefiro
fechar-me no meu canto e demitir-me da minha responsabilidade profética? Convém não
esquecer que a missão profética só faz
sentido à luz de Deus e que tudo parte da iniciativa de Deus: é Ele que
escolhe, que chama, que envia e que capacita para a missão… Aquilo que eu faço,
por mais válido que seja, não é obra minha, mas sim de Deus; o meu êxito na
missão não resulta das minhas qualidades, mas da iniciativa de Deus que age em
mim e através de mim.
Jesus
de Nazaré “passou pelo mundo fazendo o bem e curando todos os que eram
oprimidos pelo demónio”. Nos seus gestos de bondade, de misericórdia, de
perdão, de solidariedade, de amor, os homens encontraram o projeto libertador
de Deus em ação… Nós, cristãos, comprometidos com Cristo e com a sua missão
desde o nosso batismo, testemunhamos, em gestos concretos, a bondade, a
misericórdia, o perdão e o amor de Deus pelos homens? Empenhamo-nos em libertar
todos os que são oprimidos pelo demónio do egoísmo, da injustiça, da
exploração, da solidão, da doença, do analfabetismo, do sofrimento?