A liturgia deste domingo
celebra a manifestação de Jesus a todos os homens… Ele é uma “luz” que se
acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Cumprindo o
projeto libertador que o Pai nos queria oferecer, essa “luz” incarnou na nossa
história, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação,
da vida definitiva.
A primeira leitura anuncia
a chegada da luz salvadora de Deus, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à
cidade de Deus povos de todo o mundo. Nesse dia, Jerusalém vai atrair os olhares de todos
os que esperam a salvação. Atraídos pela promessa do encontro com a salvação de
Deus – convergirão para Jerusalém, inundando-a de riquezas e cantando os
louvores de Deus.
No Evangelho, vemos a
concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “magos” do oriente,
representantes de todos os povos da terra… Atentos aos sinais da chegada do
Messias, procuram-n’O com esperança até O encontrar, reconhecem n’Ele a
“salvação de Deus” e aceitam-n’O como “o Senhor”. A salvação rejeitada pelos
habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os
homens, sem exceção.
A segunda leitura apresenta o projeto salvador de Deus
como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos
numa mesma comunidade de irmãos – a comunidade de Jesus. Em Cristo, chegou a salvação definitiva para os
homens; e essa salvação não se destina exclusivamente aos judeus, mas
destina-se a todos os povos da terra, sem exceção. Agora, judeus e gentios são membros de um mesmo e
único “corpo” (o “corpo de Cristo” ou Igreja), partilham o mesmo projeto
salvador que os faz, em igualdade de circunstâncias com os judeus, “filhos de
Deus” e todos participam da promessa feita por Deus a Abraão – promessa cuja realização Cristo levou a
cabo.Liturgia do Domingo da Solenidade da Epifania do Senhor
I Leitura Is 60, 1-6
«Brilha
sobre ti a glória do Senhor»
Como
uma cidade, construída sobre um monte, atrai o olhar de todos, ao ser iluminada
pelo sol nascente, assim Jerusalém, iluminada pelo Nascimento de Jesus, atrai a
si todos os povos, mergulhados na noite do pecado.
Será,
porém, na Igreja, nova Jerusalém, que Deus reunirá todos os homens, para lhes
dar a salvação. Será n’Ela que se constituirá, definitivamente, a comunidade
dos povos. «A luz dos povos é Cristo – Mas a Sua luz resplandece no rosto da
Sua Igreja» (LG. n.° 1). Ela é, na verdade, o sinal e o instrumento de união
com Deus e de unidade de todo o género humano.
Salmo 71
(72)
Virão adorar-Vos, Senhor, todos os povos da terra.
II Leitura: Ef 3, 2-3a.5-6
Os gentios recebem a mesma herança prometida
O universalismo de Isaías era um pouco limitado; os
estrangeiros não estavam em posição de igualdade com os filhos de Israel. S.
Paulo, descrevendo o plano salvífico de Deus, proclama que todos os homens são
chamados, igualmente, a ser herdeiros da Promessa.
Como consequência deste chamamento universal para a Fé, toda
a separação, toda a discriminação, introduzidas na humanidade por culturas e
civilizações, desaparecem. Todos são chamados a formar o verdadeiro Israel e a
constituir um só Corpo – o Corpo Místico de Cristo – restabelecendo-se assim o
plano primitivo de Deus acerca da humanidade, que era um projeto de unidade e
amor.
Aclamação ao Evangelho Mt 2, 2
Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor.
Evangelho Mt 2, 1-12
«Viemos
do Oriente adorar o Rei»
Frente
ao mistério do Nascimento de Jesus, S. Mateus procura, sobretudo, contemplá-Lo
à Luz do primeiro encontro do mundo pagão com o Salvador, de que os magos são
as primícias e os representantes. Sublinhando, de modo expressivo, a universalidade
da Mensagem cristã, dirigida a todos os homens, mesmo àqueles que, segundo as
conceções estreitas do Judaísmo, viviam fora da Geografia e da História da
Salvação, o evangelista mostra como na visita dos Magos, se realizam as
profecias do A. T.
Não deixa também de o
impressionar, em contraste com o orgulho e cegueira de Herodes e dos sábios de
Israel, a boa vontade dos Magos, que, atentos aos sinais dos Tempos, se dispõem
a correr a aventura da Fé.
Os “magos” representam os homens de todo o mundo que vão ao
encontro de Cristo, que acolhem a proposta libertadora que Ele traz e que se
prostram diante d’Ele. É a imagem da Igreja – essa família de irmãos,
constituída por gente de muitas cores e raças, que aderem a Jesus e que O
reconhecem como o seu Senhor.
Os “magos” são apresentados como os “homens dos sinais”, que
sabem ver na “estrela” o sinal da chegada da libertação… Somos pessoas atentas
aos “sinais” – isto é, somos capazes de ler os acontecimentos da nossa história
e da nossa vida à luz de Deus? Procuramos perceber nos “sinais” que aparecem no
nosso caminho a vontade de Deus?
Os “magos” viram a “estrela”, deixaram tudo, arriscaram tudo e
vieram procurar Jesus. Somos capazes da mesma atitude de desinstalação, ou
estamos demasiado agarrados ao nosso sofá, ao nosso colchão especial, à nossa
televisão, à nossa aparelhagem, ao nosso computador? Somos capazes de deixar
tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz através dos irmãos?
Aceitar
pôr-se a caminho…
Erguer os olhos: tal é o convite que nos é feito hoje.
Uma estrela brilha sempre na noite, se nós a perscrutamos com atenção. Erguer
os olhos: descentrar-se de si mesmo, procurar ajuda da parte de qualquer outro,
de Deus. Depois de ver a estrela, aceitar pôr-se a caminho. Nos próximos dias,
esta estrela será talvez uma caminhada a empreender para sair, encontrar ajuda
ou levar ajuda a alguém, tomar uma decisão até aqui adiada…
Um convite
ao acolhimento e à abertura…
Festa da salvação para todos os povos, a Epifania
convida as comunidades cristãs ao acolhimento e à abertura.
Palavra de Deus para a semana de 5 a 10 de janeiro
5
Seg
1 Jo 3, 22
– 4, 6 - Salmo 2, 7-8. 10-11 - Mt 4,
12-17. 23-25
Jesus proclamava o Evangelho do reino
e curava todas
as doenças entre o povo.
6
Ter
1 Jo 4,
7-10 - Salmo 71 (72) - Mc 6, 34-44
O Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
a proclamar aos cativos a redenção.
7
Qua
S. Raimundo de Penaforte, presbítero – MF
1 Jo 4,
11-18 - Salmo 71 (72) - Mc 6, 45-52
Glória a Vós, Jesus Cristo, anunciado aos gentios;
glória a Vós, Jesus Cristo, acreditado no mundo.
8
Qui
1 Jo 4, 19
– 5, 4 - Salmo 71 (72) - Lc 4, 14-22a
O Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
a proclamar aos cativos a redenção.
9
Sex
1 Jo 5,
5-13 - Salmo 147 - Lc 5, 12-16
Jesus proclamava o Evangelho do reino
e curava todas as doenças entre o povo.
10
Sáb
B. Gonçalo de Amarante, presbítero – MF
1 Jo 5,
14-21 - Salmo 149 - Jo 3, 22-30
O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; para
aqueles
que habitavam na sombria região da morte uma luz se
levantou.
5
Seg
|
1 Jo 3, 22
– 4, 6 - Salmo 2, 7-8. 10-11 - Mt 4,
12-17. 23-25
Jesus proclamava o Evangelho do reino
e curava todas
as doenças entre o povo.
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6
Ter |
1 Jo 4,
7-10 - Salmo 71 (72) - Mc 6, 34-44
O Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
a proclamar aos cativos a redenção.
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7
Qua
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S. Raimundo de Penaforte, presbítero – MF
1 Jo 4,
11-18 - Salmo 71 (72) - Mc 6, 45-52
Glória a Vós, Jesus Cristo, anunciado aos gentios;
glória a Vós, Jesus Cristo, acreditado no mundo. |
8
Qui
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1 Jo 4, 19
– 5, 4 - Salmo 71 (72) - Lc 4, 14-22a
O Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
a proclamar aos cativos a redenção.
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9
Sex
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1 Jo 5,
5-13 - Salmo 147 - Lc 5, 12-16
Jesus proclamava o Evangelho do reino
e curava todas as doenças entre o povo.
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10
Sáb
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B. Gonçalo de Amarante, presbítero – MF
1 Jo 5,
14-21 - Salmo 149 - Jo 3, 22-30
O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; para
aqueles
que habitavam na sombria região da morte uma luz se
levantou.
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PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO DA FESTA DO BATISMO DO SENHOR
Is
42, 1-4.6-7 «Eis o meu
servo, enlevo da minha alma»
Salmo
28 (29) O Senhor
abençoará o seu povo na paz.
Atos
10, 34-38 «Deus ungiu-O
com o Espírito Santo»
Mc
1, 7-11 «Tu és o meu
Filho muito amado: em Ti pus a minha complacência»
Intenções para a Eucaristia de 3 de janeiro (18:30h)
João de Jesus Pinto, de Requim, mãe e sogros;
Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus,
marido e filho; Antero Pinto; Maria Rosa Leal Pinheiro; Maria da Graça da
Glória, marido e filho; Emídio Luís, Maria da Conceição Alves e filho; António
Pinto Melo; Maria da Conceição Leal Pinto; António Soares de Moura e pais de
Maria Elisa; Aniversário falecimento de José de Araújo; António Antunes, esposa
e filho
Intenções para a Eucaristia de 11 de janeiro (10:00h)
Aniversário falecimento de António Pereira, pais e
sogros; Manuel Luís Moreira, de Lage do Monte; Missa da Associação por Fernando
Pinto Melo e Alexandre Joaquim Soares; Rosa de Jesus Carneiro e Martinho Pinto,
de Carvalho de Vila; Alexandre da Silva Azeredo; António da Silva Luís, do
Lameu; António Pereira da Silva Guimarães; Familiares de Madalena Teixeira de
Almeida e de António Casimiro Almeida; Luísa Pereira e marido, do Alto; Albino
Teixeira Pinto e esposa, de Requim
Agenda
10 jan
- Reinício da catequese infantil, 14:30h, e juvenil, 16:30h
11 jan
- Festa do Batismo do Senhor - Eucaristia, igreja, 10:00h
10 jan
- Reinício da catequese infantil, 14:30h, e juvenil, 16:30h
11 jan
- Festa do Batismo do Senhor - Eucaristia, igreja, 10:00h
Sejam
quais forem as voltas que a história dá, Deus está lá, vivo e presente,
acompanhando a caminhada do seu Povo e oferecendo-lhe a vida definitiva. Esta
“fidelidade” de Deus aquece-nos o coração e renova-nos a esperança… Caminhamos
pela vida de cabeça levantada, confiando no amor infinito de Deus e na sua
vontade de salvar e libertar o homem. O
projeto de libertação que Jesus veio apresentar aos homens será a luz que vence
as trevas do pecado e da opressão e que dá ao mundo um rosto mais brilhante de
vida e de esperança. Esta Jerusalém nova, que já “não necessita de sol nem de
lua para a iluminar, porque é iluminada pela glória de Deus”, é a Igreja – a
comunidade dos que aderiram a Jesus e acolheram a luz salvadora que Ele veio
trazer.
Deus
tem um projeto de salvação para oferecer ao seu Povo e Cristo é a revelação e a
realização plena desse projeto de salvação que não se destina apenas “a
Jerusalém” (ao mundo judaico), mas é para ser oferecido a todos os povos, sem
exceção.
A
Igreja, “corpo de Cristo”, é a comunidade daqueles que acolheram “o mistério”.
Nela, brancos e negros, pobres e ricos, ucranianos ou moldavos – beneficiários
todos da ação salvadora e libertadora de Deus – têm lugar em igualdade de
circunstâncias.
Destinatários,
todos, do mistério, somos “filhos de Deus” e irmãos uns dos outros. Essa
fraternidade implica o amor sem limites, a partilha, a solidariedade…
Sentimo-nos solidários com todos os irmãos que partilham connosco esta vasta casa
que é o mundo? Sentimo-nos responsáveis pela sorte de todos os nossos irmãos,
mesmo aqueles que estão separados de nós pela geografia, pela diversidade de
culturas e de raças?