30 de novembro de 2014

Domingo I do Advento

PRIMEIREAR

“O que vos digo a vós,
digo a todos: Vigiai”. (Mc. 13, 37)

Como pede o Papa, devemos ser os primeiros a “tomar a iniciativa, a ir à frente, a ir ao encontro…” (EG24)




A liturgia do primeiro Domingo do Advento convida-nos a equacionar a nossa caminhada pela história à luz da certeza de que “o Senhor vem”. Apresenta também aos crentes indicações concretas acerca da forma devem viver esse tempo de espera.
A primeira leitura é um apelo dramático a Deus que é “pai” e “redentor”, no sentido de vir mais uma vez ao encontro de Israel para o libertar do pecado e para recriar um Povo de coração novo. O profeta não tem dúvidas: a essência de Deus é amor e misericórdia; essas “qualidades” de Deus são a garantia da sua intervenção salvadora em cada passo da caminhada histórica do Povo de Deus. Deus é o “oleiro” e o seu Povo é o barro que o artista modela com amor e cuidado. A imagem leva-nos, precisamente, à criação do homem do barro da terra… O profeta quererá, dessa forma, sugerir que a intervenção salvadora de Deus no sentido de mudar o coração do seu Povo (fazendo que ele deixe os caminhos do egoísmo e da autossuficiência e volte aos caminhos de Deus e da Aliança) é uma nova criação, da qual nascerá uma humanidade nova.
A segunda leitura mostra como Deus Se faz presente na história e na vida de uma comunidade crente, através dos dons e carismas que gratuitamente derrama sobre o seu Povo. Sugere também aos crentes que se mantenham atentos e vigilantes, a fim de acolherem os dons de Deus.
O Evangelho convida os discípulos a enfrentar a história com coragem, determinação e esperança, animados pela certeza de que “o Senhor vem”. Ensina, ainda, que esse tempo de espera deve ser um tempo de “vigilância” – isto é, um tempo de compromisso ativo e efetivo com a construção do Reino. Os discípulos de Jesus não podem, portanto, cruzar os braços, à espera que o Senhor venha; eles têm uma missão – uma missão que lhes foi confiada pelo próprio Jesus e que eles devem concretizar, mesmo em condições adversas. É necessário não esquecer isto: esta espera, vivida no tempo da história, não é uma espera passiva, de quem se limita a deixar passar o tempo até que chegue um final anunciado; mas é uma espera ativa, que implica um compromisso efetivo com a construção de um mundo mais humano, mais fraterno, mais justo, mais evangélico.

Liturgia da Palavra do Domingo I do Advento


I Leitura                 Is 63, 16b-17.19b; 64, 2b-7

«Oh se rasgásseis os céus e descêsseis»

O Advento começa com um profundo suspiro de fé e de esperança dirigido ao Senhor, “nosso Pai”, “nosso Redentor”, semelhante aos que subiam da boca e do coração dos nossos antepassados na fé, os santos do Antigo Testamento, que viveram antes da vinda do Filho de Deus. Não vamos agora imaginar-nos nos tempos antes de Cristo; mas vamos criar em nós desejos profundos de que Ele, que já veio ao mundo e está no meio de nós, seja por nós reconhecido e acolhido como nosso Salvador, Ele que, de novo, há-de vir e por quem suspiramos.
                                                                       
Salmo      79 (80)
Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar,
mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos.

II Leitura:             1 Cor 1, 3-9

Esperamos a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo

O Advento começa por ser o tempo litúrgico especialmente voltado para a última vinda do Senhor. É o tempo da expectativa, vivido na esperança, aguardando a aparição gloriosa do Senhor, que virá coroar o tempo da Igreja com a glória da sua ressurreição. É, portanto, para esta Igreja tempo de vigilância, para que o Dia do Senhor a encontre irrepreensível.
                               
Aclamação ao Evangelho                   Salmo 84 (85)

Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia
e dai-nos a vossa salvação.

Evangelho:            Mc 13, 33-37

«Vigiai, porque não sabeis quando virá o dono da casa»

A vigilância, já apontada na leitura anterior, é agora inculcada, com todo o rigor, pelo próprio Senhor Jesus. Esta vida é como longa vigília, com os seus tempos sucessivos (as quatro vigílias da noite referidas no texto) aguardando o sol nascente – Cristo – que vem do alto, como todas as manhãs recordamos na Hora de Laudes. A solenidade do Natal, a que o Advento nos conduzirá, vem, em cada ano, antecipar simbolicamente aquela vinda gloriosa do Senhor no último dia, o dia que nos introduz na “vida do mundo que há-de vir”.

“O Senhor vem”.
 A nossa caminhada humana não é um avançar sem sentido ao encontro do nada, mas uma caminhada feita na alegria ao encontro do Senhor que vem. Não se trata de uma vaga esperança, mas de uma certeza baseada na palavra infalível de Jesus. O tempo de Advento recorda-nos a realidade de um Senhor que vem ao encontro dos homens e que, no final da nossa caminhada por esta terra, nos oferecerá a vida definitiva, a felicidade sem fim.
 O tempo do Advento é, também, o tempo da espera do Senhor. O Evangelho deste domingo diz-nos como deve ser essa espera… A palavra mágica é “vigilância”: o verdadeiro discípulo deve estar sempre “vigilante”, cumprindo com coragem e determinação a missão que Deus lhe confiou. Estar “vigilante” não significa, contudo, preocupar-se em ter sempre a “alminha” limpa para que a morte não o apanhe com pecados por perdoar; mas significa viver sempre ativo, empenhado, comprometido na construção de um mundo de vida, de amor e de paz. Significa cumprir, com coerência e sem meias tintas, os compromissos assumidos no dia do batismo e ser um sinal vivo do amor e da bondade de Deus no mundo.
É dessa forma que eu tenho procurado viver?
Em concreto, estar “vigilante” significa não viver de braços cruzados, fechado num mundo de alienação e de egoísmo, deixando que sejam os outros a tomar as decisões e a escolher os valores que devem governar a humanidade; significa não me demitir das minhas responsabilidades e da missão que Deus me confiou quando me chamou à existência… Estar “vigilante” é ser uma voz ativa e questionante no meio dos homens, levando-os a confrontarem-se com os valores do Evangelho; é lutar de forma decidida e corajosa contra a mentira, o egoísmo, a injustiça, tudo aquilo que rouba a vida e a felicidade a qualquer irmão que caminhe ao meu lado…
Como me situo face a isto?               

Palavra de Deus para a semana de 1 a 6 de dezembro

1
Seg
Is 4, 2-6 Salmo 121 (122) – Ev Mt 8, 5-11
Vinde libertar-nos, Senhor, nosso Deus;
mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos.
2
Ter
Is 11, 1-10 - Salmo 71 (72) - Lc 10, 21-24
O Senhor virá com poder e majestade e iluminará os olhos dos seus fiéis. 

3
Qua
S. Francisco Xavier, presbítero, Padroeiro das Missões – MO
Is 25, 6-10a - Salmo 22 (23) - Mt 15, 29-37
O Senhor vem salvar o seu povo:
felizes os que estão preparados para ir ao seu encontro.
4
Qui
S. João Damasceno, presbítero e doutor da Igreja – MF
Is 26, 1-6 - Salmo 117 (118) - Mt 7, 21. 24-27
Procurai o Senhor, enquanto Se pode encontrar,
invocai-O, enquanto está perto.
5
Sex
S. Frutuoso, S. Martinho de Dume e S. Geraldo, bispos – MO
Is 29, 17-24 - Salmo 26 (27) - Mt 9, 27-31
O Senhor virá com poder e majestade e iluminará os olhos dos seus fiéis.
6
Sáb
S. Nicolau, bispo – MF
Is 30, 19-21. 23-26 - Salmo 146 (147) - Mt 9, 35 – 10, 1. 6-8
O Senhor é o nosso legislador, o nosso juiz, o nosso rei:
Ele próprio vem salvar-nos.

PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO II DO ADVENTO


Is 40, 1-5.9-11                     «Preparai o caminho do Senhor»

Salmo    84 (85)                   Mostrai-nos o vosso amor e dai-nos a vossa salvação.

2 Pedro 3, 8-14                   «Esperamos os novos céus e a nova terra»

Mc 1, 1-8                              «Endireitai os caminhos do Senhor»

Intenções para a Eucaristia de 30 de novembro (10:00h)



Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido

Intenções para a Eucaristia de 6 de dezembro (18:30h)

 João de Jesus Pinto, de Requim, mãe e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Maria Rosa Leal Pinheiro; Antero Pinto; Emídio Luís, Maria da Conceição Alves e filho; António Pinto Melo; Alexandre da Silva Azeredo; Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim; Maria da Graça da Glória, marido e filho; António da Silva Luís, do Lameu


Agenda

30 nov
  • Eucaristia, igreja, 10:00h

6 dez
  • Oração Vésperas 1º Sábado, igreja 18:00h
  • Eucaristia, igreja, 18:30h

O Livro de Isaías apresenta em pano de fundo um Povo de coração endurecido, rebelde, indiferente, que há muito prescindiu de Deus e deixou de se preocupar em viver de forma coerente os compromissos assumidos no âmbito da Aliança. É um quadro que não difere significativamente daquilo que é a vida de tantos homens e mulheres dos nossos dias. O profeta convida-nos também a reconhecer que só Deus é fonte de salvação e de redenção. Nós, por nós próprios, somos incapazes de superar essa rotina de indiferença, de egoísmo, de violência, de mentira, de injustiça que tantas vezes caracteriza a nossa caminhada pela vida. Deus, o nosso “Pai” e o nosso “redentor”, é sempre fiel às suas “obrigações” de amor e de justiça e está sempre disposto a oferecer-nos, gratuita e incondicionalmente, a salvação. A nós, resta-nos acolher o dom de Deus com humildade e com um coração agradecido.
A comunidade cristã é uma realidade continuamente enriquecida pela vida de Deus. Através dos seus dons, Deus vem continuamente ao encontro dos homens e manifesta-lhes o seu amor. Os crentes devem viver numa permanente atitude de escuta e de acolhimento desses dons. Os dons de Deus destinam-se a promover a fidelidade das pessoas e das comunidades ao Evangelho, de forma a que todos nos identifiquemos cada vez mais com Cristo. O cristão tem de estar sempre vigilante e preparado para acolher o Deus que vem ao seu encontro e lhe manifesta o seu amor através dos seus dons… E tem também de estar sempre vigilante para que os dons de Deus não sejam desvirtuados e utilizados para fins egoístas.
Neste Advento, estou disposto a acolher Jesus e a abraçar as propostas que Deus, através d’Ele, me faz?

23 de novembro de 2014

Domingo XXXIV do Tempo Comum: Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado
desde a criação do mundo.

Mt 25, 34

No 34º Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. As leituras deste domingo falam-nos do Reino de Deus. Apresentam-no como uma realidade que Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na história (através do amor) e que terá o seu tempo definitivo no mundo que há de vir.
A primeira leitura utiliza a imagem do Bom Pastor para apresentar Deus e para definir a sua relação com os homens. Deus vai cuidar das suas ovelhas e interessar-se por elas. Deus, o Bom Pastor, irá procurar cada ovelha perdida e tresmalhada, cuidar da que está ferida e doente, vigiar a que está gorda e forte; além disso, julgará pessoalmente os conflitos entre as mais poderosas e as mais débeis, a fim de que o direito das fracas não seja pisado. A imagem sublinha, por um lado, a autoridade de Deus e o seu papel na condução do seu Povo pelos caminhos da história; e sublinha, por outro lado, a preocupação, o carinho, o cuidado, o amor de Deus pelo seu Povo.
Na segunda leitura, Paulo lembra aos cristãos que o fim último da caminhada do crente é a participação nesse “Reino de Deus” de vida plena, para o qual Cristo nos conduz. O Reino de Deus será uma realidade onde o egoísmo, a injustiça, a miséria, o sofrimento, o medo, o pecado, e até a morte (isto é, todos os inimigos da vida e do homem) estarão definitivamente ausentes, pois terão sido vencidos por Cristo. Nesse Reino definitivo, Deus manifestar-Se-á em tudo e atuará como Senhor de todas as coisas.
O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, o “rei” Jesus a interpelar os seus discípulo acerca do amor que partilharam com os irmãos, sobretudo com os pobres, os débeis, os desprotegidos. A questão é esta: o egoísmo, o fechamento em si próprio, a indiferença para com o irmão que sofre, não têm lugar no Reino de Deus. Quem insistir em conduzir a sua vida por esses critérios ficará à margem do Reino. “Estar vigilantes e preparados”) consiste, principalmente, em viver o amor e a solidariedade para com os pobres, os pequenos, os desprotegidos, os marginalizados.
Deus não aprova uma vida conduzida por critérios de egoísmo, onde não há lugar para o amor a todos os irmãos, particularmente aos mais pobres e débeis, os famintos, os abandonados, os pequenos, os desprotegidos: todos eles são membros de Cristo e não os amar é não amar Cristo. Deus não condena ninguém. Quem se condena ou não é o homem, na medida em que não aceita ou aceita a vida que Deus lhe oferece.

Liturgia da Palavra do Domingo XXXIV do Tempo Comum

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

I Leitura                 Ez 34, 11-12.15-17

«Quanto a vós, meu rebanho, hei de fazer justiça entre ovelhas e ovelhas»

A figura do Bom Pastor, que se desenha neste oráculo dirigido contra os reis israelitas, maus pastores, nos tempos que antecederam o Exílio, corresponde a um título real. Cristo aplicou a Si mesmo este título de Bom Pastor. Ele veio ao encontro do seu Povo, para cuidar dele e o conduzir à felicidade. Dizer de Cristo que Ele é Rei é outra maneira de O designar como o Pastor do povo de Deus.

                                                                       
Salmo     22 (23)
O Senhor é meu pastor: nada me faltará.


II Leitura:             1 Cor 15, 20-26.28

«Entregará o reino a Deus Pai, para que seja tudo em todos»

Ressuscitado de entre os mortos, o primeiro entre todos, Cristo, no final dos tempos, tendo submetido a Si todas as coisas criadas, entregará o seu reino ao Pai. E nós, que pertencemos a Cristo, ressuscitados com Ele, também tomaremos parte no seu triunfo total e no seu reino de glória.  
                               
Aclamação ao Evangelho                                   Mc 11, 9.10

Bendito O que vem em nome do Senhor!
Bendito o reino do nosso pai David!

               
Evangelho:            Mt 25, 31-46

«Sentar-Se-á no seu trono glorioso e separará uns dos outros»

Jesus retoma nesta leitura a mesma imagem atribuída a Deus na primeira leitura, a imagem do pastor. O julgamento que se propõe fazer será a libertação final de todos os que foram salvos pelo seu Sangue derramado na Cruz, para com Ele se sentarem no seu trono glorioso, se, neste mundo, tiverem seguido os passos do seu Pastor. Esta leitura é assim um anúncio e um convite.

Quem é que a nossa sociedade considera uma “pessoa de sucesso”?
 Qual o perfil do homem “importante”? Quais são os padrões usados pela nossa cultura para aferir a realização ou a não realização de alguém? No geral, o “homem de sucesso”, que todos reconhecem como importante e realizado, é aquele que tem dinheiro suficiente para concretizar todos os sonhos e fantasias, que tem poder suficiente para ser temido, que tem êxito suficiente para juntar à sua volta multidões de aduladores, que tem fama suficiente para ser invejado, que tem talento suficiente para ser admirado, que tem a pouca vergonha suficiente para dizer ou fazer o que lhe apetece, que tem a vaidade suficiente para se apresentar aos outros como modelo de vida… No entanto, de acordo com a parábola que o Evangelho propõe, o critério fundamental usado por Jesus para definir quem é uma “pessoa de sucesso” é a capacidade de amar o irmão, sobretudo o mais pobre e desprotegido. 
O amor ao irmão é, portanto, uma condição essencial para fazer parte do Reino. Nós cristãos, cidadãos do Reino, temos consciência disso e sentimo-nos responsáveis por todos os irmãos que sofrem? Os que não têm trabalho, nem pão, nem casa, podem contar com a nossa solidariedade ativa? Os imigrantes, perdidos numa realidade cultural e social estranha, vítimas de injustiças e violências, condenados a um trabalho escravo e que, tantas vezes, não respeita a sua dignidade, podem contar com a nossa solidariedade ativa? Os pobres, vítimas de injustiças, que nem sequer têm a possibilidade de recorrer aos tribunais para que lhes seja feita justiça, podem contar com a nossa solidariedade ativa? Os que sobrevivem com pensões de miséria, sem possibilidades de comprar os medicamentos necessários para aliviar os seus padecimentos, podem contar com a nossa solidariedade ativa? Os que estão sozinhos, abandonados por todos, sem amor nem amizade, podem contar com a nossa solidariedade ativa? Os que estão presos a um leito de hospital ou a uma cela de prisão, marginalizados e condenados em vida, podem contar com a nossa solidariedade ativa?                                                       

Palavra de Deus para a semana de 24 a 29 de novembro


24
Seg
SS. André Dung-Lac, presbítero, e Companheiros, mártires – MO
Ap 14, 1-3. 4b-5 - Salmo23 (24) - Lc 21, 1-4
Vigiai e estai preparados, para vos apresentardes
sem temor diante do Filho do homem.
25
Ter
S. Catarina Alexandrina, virgem e mártir – MF
Ap 14, 14-19 - Salmo 95 (96) - Lc 21, 5-11
Sê fiel até à morte, diz o Senhor, e dar-te-ei a coroa da vida.
26
Qua
Ap 15, 1-4 - Salmo 97 (98) - Lc 21, 12-19
Sê fiel até à morte, diz o Senhor, e dar-te-ei a coroa da vida.
27
Qui
Ap 18, 1-2. 21-23; 19, 1-3. 9a - Salmo 99 (100) - Lc 21, 20-28
Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.
28
Sex
Ap 20, 1-4. 11 – 21, 2 - Salmo 83 (84) - Lc 21, 29-33
Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.
29
Sáb
Ap 22, 1-7 - Salmo 94 (95) - Lc 21, 34-36
«Vigiai, para que possais livrar-vos de tudo isto que está para acontecer»

PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO I DO ADVENTO


Is 63, 16b-17.19b; 64, 2b-7             «Oh se rasgásseis os céus e descêsseis»

Salmo   79 (80)                                    Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar,
mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos.

1 Cor 1, 3-9                                          Esperamos a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo

Mc 13, 33-37                                       «Vigiai, porque não sabeis quando virá o dono da casa»

Intenções para a Eucaristia de 23 de novembro (10:00h)

Emídio Ribeiro; António Pereira de Freitas e esposa; José Gomes de Araújo; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; Maria da Conceição Moreira, de Vila; Manuel da Silva Pinto e seus familiares; Manuel Pinto da Costa; José Pinto Silva; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade

Intenções para a Eucaristia de 30 de novembro (10:00h)



Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido

Agenda

23 nov
  • Eucaristia, igreja, 10:00h
30 nov
  • Eucaristia, igreja, 10:00h

A imagem bíblica do Bom Pastor é uma imagem privilegiada para apresentar Deus e para definir a sua relação com os homens. Sublinha a sua autoridade e o seu papel na condução do seu Povo pelos caminhos da história; mas, sobretudo, sublinha a preocupação, o carinho, o cuidado, o amor de Deus pelo seu Povo. Na nossa cultura urbana, já nem todos entendem a figura do “pastor”; mas todos são convidados a entregar-se nas mãos de Deus, a confiar totalmente n’Ele, a deixar-se conduzir por Ele, a fazer a experiência do seu amor e da sua bondade. É uma experiência tranquilizante e libertadora, que nos traz serenidade e paz. Também aqui, a questão não é se Deus é ou não “pastor” (Ele é sempre “pastor”!); mas é se estamos ou não dispostos a segui-l’O, a deixar-nos conduzir por Ele, a confiar n’Ele para atravessar vales sombrios, a deixar-nos levar ao colo por Ele para que os nossos pés não se firam nas pedras do caminho.
Às vezes, fugindo de Deus, agarramo-nos a outros “pastores” e fazemos deles a nossa referência, o nosso líder, o nosso ídolo. O que é que nos conduz e condiciona as nossas opções?
A nossa vida presente não é um drama absurdo, sem sentido e sem finalidade; é uma caminhada tranquila, confiante – ainda quando feita no sofrimento e na dor – em direção a esse desabrochar pleno, a essa vida total que Deus nos reserva. Como é que aí chegamos? Paulo responde: identificando-nos com Cristo.
A ressurreição de Cristo é o “selo de garantia” de Deus para uma vida oferecida ao projeto do Reino… Demonstra que uma vida vivida na escuta atenta dos projetos do Pai e no amor e no serviço aos homens conduz à vida plena; demonstra que uma vida gasta na luta contra o egoísmo, a opressão e o pecado conduz à vida definitiva; demonstra que uma vida gasta ao serviço da construção do Reino conduz à vida verdadeira… Se a nossa vida for gasta do mesmo jeito, seguiremos Cristo na ressurreição, atingiremos a vida nova do Homem Novo e estaremos para sempre com Ele nesse Reino livre do sofrimento, do pecado e da morte que Deus reserva para os seus filhos.

16 de novembro de 2014

Domingo XXXIII do Tempo Comum

Permanecei em Mim
e Eu permanecerei em vós,
diz o Senhor.
Quem permanece em Mim
dá fruto abundante.

        Jo 15,4a.5b



A liturgia do 33º Domingo do Tempo Comum recorda a cada cristão a grave responsabilidade de ser, no tempo histórico em que vivemos, testemunha consciente, ativa e comprometida desse projeto de salvação/libertação que Deus Pai tem para os homens.
A primeira leitura apresenta, na figura da mulher virtuosa, alguns dos valores que asseguram a felicidade, o êxito, a realização. O “sábio” autor do texto propõe, sobretudo, os valores do trabalho, do compromisso, da generosidade, do “temor de Deus”. Mais do que uma mulher virtuosa ideal, o “sábio” autor do texto que nos é proposto exalta todos aqueles – mulheres e homens – que conduzem a sua vida de acordo com os valores do trabalho, do empenho, do compromisso, da generosidade, do “temor de Deus”. São estes valores, na opinião do autor, que nos asseguram uma vida feliz, tranquila e próspera. Numa época em que a cultura do “deixa andar”, da desresponsabilização, do egoísmo se afirma cada vez mais, este texto constitui uma poderosa interpelação… Na verdade, por que caminhos é que chegamos à vida e à felicidade?
Na segunda leitura, Paulo deixa claro que o importante não é saber quando virá o Senhor pela segunda vez; mas é estar atento e vigilante, vivendo de acordo com os ensinamentos de Jesus, testemunhando os seus projetos, empenhando-se ativamente na construção do Reino.
O Evangelho apresenta-nos dois exemplos opostos de como esperar e preparar a última vinda de Jesus. Louva o discípulo que se empenha em fazer frutificar os “bens” que Deus lhe confia; e condena o discípulo que se instala no medo e na apatia e não põe a render os “bens” que Deus lhe entrega.
Nós, os cristãos, somos agora no mundo as testemunhas de Cristo e do projeto de salvação/libertação que o Pai tem para os homens. É com o nosso coração que Jesus continua a amar os publicanos e os pecadores do nosso tempo; é com as nossas palavras que Jesus continua a consolar os que estão tristes e desanimados; é com os nossos braços abertos que Jesus continua a acolher os imigrantes que fogem da miséria e da degradação; é com as nossas mãos que Jesus continua a quebrar as cadeias que prendem os escravizados e oprimidos; é com os nossos pés que Jesus continua a ir ao encontro de cada irmão que está sozinho e abandonado; é com a nossa solidariedade que Jesus continua a alimentar as multidões famintas do mundo e a dar medicamentos e cultura àqueles que nada têm…

Liturgia da Palavra do Domingo XXXIII do Tempo Comum

I Leitura                 Prov 31, 10-13.19-20.30-31

«Põe mãos ao trabalho alegremente»

Esta leitura é um poema em louvor da mulher valorosa. Com o exemplo da mulher forte, a “mulher de valor”, a liturgia de hoje quer apresentar-nos uma lição de fidelidade ao longo de toda a vida. A Igreja é esta mulher de valor, fiel e laboriosa, à espera do seu Senhor; e, na Igreja, cada um de nós, os seus filhos, o há-de ser também.
                                                                       
Salmo     127

Ditoso o que segue o caminho do Senhor.


II Leitura:                             1 Tes 5, 1-6

«Para que o dia do Senhor não vos surpreenda como um ladrão»

A palavra de Deus exige dos cristãos a mesma fidelidade de que já falava a leitura anterior ao querer preparar-nos para o dia da vinda do Senhor, dia que virá como o ladrão, sem se fazer anunciar. Mas a certeza da sua vinda não nos pode deixar adormecidos na escuridão da nossa noite. Somos filhos da luz e do dia; havemos de viver despertos e vigilantes, “enquanto esperamos a vinda gloriosa de Jesus Cristo nosso Salvador”.     
                               
Aclamação ao Evangelho                   Jo 15, 4a.5b

Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós, diz o Senhor.
Quem permanece em Mim dá fruto abundante.

               
Evangelho:                            Mt 25, 14-30

«Foste fiel em coisas pequenas: vem tomar parte na alegria do teu Senhor»

A leitura contínua do Evangelho de S. Mateus ao longo de todo o ano vai deixar-nos hoje em frente do Senhor que regressa para coroar os servos que O esperaram na fidelidade, fazendo render os dons que Ele lhes confiou para que os administrassem como fiéis servidores. São dons que, de uma maneira ou outra, vêm sempre de Deus, mas que são dados aos homens para que eles os utilizem para bem dos próprios homens. Assim Deus será glorificado e o seu reino transformará o mundo.             
                
O servo que escondeu os “bens” que o Senhor lhe confiou mostra como não devemos proceder, enquanto caminhamos pelo mundo à espera da segunda vinda de Jesus. Esse servo contentou-se com o que já tinha e não teve a ousadia de querer mais; entregou-se sem luta, deixou-se dominar pelo comodismo e pela apatia… Não lutou, não se esforçou, não arriscou, não ganhou. Todos os dias há cristãos que desistem por medo e cobardia e se demitem do seu papel na construção de um mundo melhor. Limitam-se a cumprir as regras, ou a refugiar-se no seu cantinho cómodo, sem força, sem vontade, sem coragem de ir mais além. Não falham, não cometem “pecados graves”, não fazem mal a ninguém, não correm riscos; limitam-se a repetir sempre os mesmos gestos, sem inovar, sem purificar, sem nada transformar; não fazem, nem deixam fazer e limitam-se a criticar asperamente aqueles que se esforçam por mudar as coisas… Não põem a render os “bens” que Deus lhes confiou e deixam-nos secar sem dar frutos.    
Os dois “servos” da parábola que, talvez correndo riscos, fizeram frutificar os “bens” que o “senhor” lhes deixou, mostram como devemos proceder, enquanto caminhamos pelo mundo à espera da segunda vinda de Jesus. Eles tiveram a ousadia de não se contentar com o que já tinham; não se deixaram dominar pelo comodismo e pela apatia… Lutaram, esforçaram-se, arriscaram, ganharam.
Todos os dias, há cristãos que têm a coragem de arriscar. Não aceitam a injustiça e lutam contra ela; não pactuam com o egoísmo, o orgulho, a prepotência e propõem, em troca, os valores do Evangelho; não aceitam que os grandes e poderosos decidam os destinos do mundo e têm a coragem de lutar objetivamente contra os projetos desumanos que desfeiam esta terra.
Nós, cristãos, membros do “corpo de Cristo”, que nos identificamos com Cristo, temos a responsabilidade de O testemunhar e de deixar que, através de nós, Ele continue a amar os homens e as mulheres que caminham ao nosso lado pelos caminhos do mundo.

Palavra de Deus para a semana de 17 a 22 de novembro


17
Seg
S. Isabel da Hungria, religiosa – MO
Ap 1, 1-4; 2, 1-5a - Salmo 1 - Lc 18, 35-43
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor; quem Me segue terá a luz da vida.
18
Ter
Dedicação das Basílicas de S. Pedro e de S. Paulo, Apóstolos – MF
Ap 3, 1-6. 14-22 - Salmo 14 (15) - Lc 19, 1-10
Deus amou-nos e enviou o seu Filho,
como vítima de expiação pelos nossos pecados.
19
Qua
Ap 4, 1-11 - Salmo 150 - Lc 19, 11-28
Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça, diz o Senhor.
20
Qui
Ap 5, 1-10 - Salmo 149 - Lc 19, 41-44
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações.
21
Sex
Apresentação de Nossa Senhora – MO
Ap 10, 8-11 - Salmo 118 (119) - Lc 19, 45-48
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
22
Sáb
S. Cecília, virgem e mártir – MO
Ap 11, 4-12; Sal 143 (144) - Lc 20, 27-40
Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho.


PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XXXIV DO TEMPO COMUM

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO - SOLENIDADE


Ez 34, 11-12.15-17             «Quanto a vós, meu rebanho,
hei-de fazer justiça entre ovelhas e ovelhas»

Salmo   22 (23)                    O Senhor é meu pastor: nada me faltará.

1 Cor 15, 20-26.28             «Entregará o reino a Deus Pai, para que seja tudo em todos»

Mt 25, 31-46                       «Sentar-Se-á no seu trono glorioso e separará uns dos outros»


Intenções para a Eucaristia de 16 de novembro (10:00h)

Menino José Carlos e seus familiares; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; António Pereira da Silva Guimarães; Luísa Pereira e marido, do Alto; Maria da Conceição Soares; Carlos André; José de Azeredo e Silva; Associados da Mensagem de Fátima; Aniversário natalício de António Soares de Moura

Intenções para a Eucaristia de 23 de novembro (10:00h)

Emídio Ribeiro; António Pereira de Freitas e esposa; José Gomes de Araújo; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; Maria da Conceição Moreira, de Vila; Manuel da Silva Pinto e seus familiares; Manuel Pinto da Costa; José Pinto Silva; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade

Agenda

16 nov 
    • Eucaristia, igreja, 10:00h
    • Adoração ao Santíssimo, igreja, 15:00h
23 nov
    • Eucaristia, igreja, 10:00h

A questão fundamental que os cristãos devem pôr, a propósito da segunda vinda do Senhor, não é a questão da data, mas é a questão de como esperar e preparar esse momento. Paulo deixa claro que o que é preciso é estar vigilante.

 “Estar vigilante” não significa ficar a olhar para o céu à espera do Senhor, esquecendo e negligenciando as questões do mundo e os problemas dos homens; mas significa viver, no dia a dia, de acordo com os ensinamentos de Jesus, empenhando-se na transformação do mundo e na construção do Reino.

A certeza da segunda vinda do Senhor dá aos crentes uma perspetiva diferente da vida, do seu sentido e da sua finalidade… Para os não crentes, a vida encerra-se dentro dos limites estreitos deste mundo e, por isso, só interessam os valores deste mundo; para os crentes, a verdadeira vida, a vida em plenitude, está para além dos horizontes da história e, por isso, é preciso viver de acordo com os valores eternos, os valores de Deus. Assim, na perspetiva dos crentes, não são os valores efémeros, os valores deste mundo (o dinheiro, o poder, os êxitos humanos) que devem constituir a prioridade e que devem dominar a existência, mas sim os valores de Deus. Quais são os valores que eu considero prioritários e que condicionam as minhas opções?

A certeza da segunda vinda do Senhor aponta também no sentido da esperança. Os cristãos esperam, em serena expectativa, a salvação que já receberam antecipadamente com a morte de Cristo, mas que irá consumar-se no “dia do Senhor”. Os crentes são, pois, homens e mulheres de esperança, abertos ao futuro – um futuro a conquistar, já nesta terra, com fé e com amor, mas sobretudo um futuro a esperar, como dom de Deus.