Vinde,
benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado
desde a
criação do mundo.
Mt 25, 34
No 34º Domingo do Tempo
Comum, celebramos a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
As leituras deste domingo falam-nos do Reino de Deus. Apresentam-no como uma
realidade que Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na
história (através do amor) e que terá o seu tempo definitivo no mundo que há de
vir.
A primeira leitura utiliza
a imagem do Bom Pastor para apresentar Deus e para definir a sua relação com os
homens. Deus vai cuidar das suas ovelhas e interessar-se por elas. Deus, o Bom Pastor, irá
procurar cada ovelha perdida e tresmalhada, cuidar da que está ferida e doente,
vigiar a que está gorda e forte; além disso, julgará pessoalmente os conflitos
entre as mais poderosas e as mais débeis, a fim de que o direito das fracas não
seja pisado. A imagem sublinha, por um lado, a autoridade de Deus e o seu papel
na condução do seu Povo pelos caminhos da história; e sublinha, por outro lado,
a preocupação, o carinho, o cuidado, o amor de Deus pelo seu Povo.
Na segunda leitura, Paulo
lembra aos cristãos que o fim último da caminhada do crente é a participação
nesse “Reino de Deus” de vida plena, para o qual Cristo nos conduz. O Reino de
Deus será uma realidade onde o egoísmo, a injustiça, a miséria, o sofrimento, o
medo, o pecado, e até a morte (isto é, todos os inimigos da vida e do homem)
estarão definitivamente ausentes, pois terão sido vencidos por Cristo. Nesse
Reino definitivo, Deus manifestar-Se-á em tudo e atuará como Senhor de todas as
coisas.
O Evangelho apresenta-nos,
num quadro dramático, o “rei” Jesus a interpelar os seus discípulo acerca do
amor que partilharam com os irmãos, sobretudo com os pobres, os débeis, os
desprotegidos. A questão é esta: o egoísmo, o fechamento em si próprio, a
indiferença para com o irmão que sofre, não têm lugar no Reino de Deus. Quem
insistir em conduzir a sua vida por esses critérios ficará à margem do Reino.
“Estar vigilantes e preparados”) consiste, principalmente, em viver o amor e a
solidariedade para com os pobres, os pequenos, os desprotegidos, os
marginalizados.
Deus não aprova uma vida
conduzida por critérios de egoísmo, onde não há lugar para o amor a todos os
irmãos, particularmente aos mais pobres e débeis, os famintos, os abandonados,
os pequenos, os desprotegidos: todos eles são membros de Cristo e não os amar é
não amar Cristo. Deus não condena ninguém. Quem se condena ou não é o homem, na
medida em que não aceita ou aceita a vida que Deus lhe oferece.
Liturgia da Palavra do Domingo XXXIV do Tempo Comum
Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do
Universo
I Leitura Ez 34, 11-12.15-17
«Quanto
a vós, meu rebanho, hei de fazer justiça entre ovelhas e ovelhas»
A
figura do Bom Pastor, que se desenha neste oráculo dirigido contra os reis
israelitas, maus pastores, nos tempos que antecederam o Exílio, corresponde a
um título real. Cristo aplicou a Si mesmo este título de Bom Pastor. Ele veio
ao encontro do seu Povo, para cuidar dele e o conduzir à felicidade. Dizer de
Cristo que Ele é Rei é outra maneira de O designar como o Pastor do povo de
Deus.
Salmo 22
(23)
O Senhor é meu pastor: nada me faltará.
II Leitura: 1 Cor 15, 20-26.28
«Entregará o reino a Deus Pai, para que seja tudo em todos»
Ressuscitado de entre os mortos, o primeiro entre todos,
Cristo, no final dos tempos, tendo submetido a Si todas as coisas criadas,
entregará o seu reino ao Pai. E nós, que pertencemos a Cristo, ressuscitados
com Ele, também tomaremos parte no seu triunfo total e no seu reino de glória.
Aclamação ao Evangelho Mc 11, 9.10
Bendito O que vem em nome do Senhor!
Bendito o reino do nosso pai David!
Evangelho: Mt
25, 31-46
«Sentar-Se-á no seu trono glorioso e separará uns dos
outros»
Quem é que a nossa sociedade considera uma “pessoa de sucesso”?
Qual o perfil
do homem “importante”? Quais são os padrões usados pela nossa cultura para
aferir a realização ou a não realização de alguém? No geral, o “homem de
sucesso”, que todos reconhecem como importante e realizado, é aquele que tem
dinheiro suficiente para concretizar todos os sonhos e fantasias, que tem poder
suficiente para ser temido, que tem êxito suficiente para juntar à sua volta
multidões de aduladores, que tem fama suficiente para ser invejado, que tem
talento suficiente para ser admirado, que tem a pouca vergonha suficiente para
dizer ou fazer o que lhe apetece, que tem a vaidade suficiente para se
apresentar aos outros como modelo de vida… No entanto, de acordo com a parábola
que o Evangelho propõe, o critério fundamental usado por Jesus para definir
quem é uma “pessoa de sucesso” é a capacidade de amar o irmão, sobretudo o mais
pobre e desprotegido.
O amor ao
irmão é, portanto, uma condição essencial para fazer parte do Reino. Nós
cristãos, cidadãos do Reino, temos consciência disso e sentimo-nos responsáveis
por todos os irmãos que sofrem? Os que não têm trabalho, nem pão, nem casa,
podem contar com a nossa solidariedade ativa? Os imigrantes, perdidos numa
realidade cultural e social estranha, vítimas de injustiças e violências,
condenados a um trabalho escravo e que, tantas vezes, não respeita a sua
dignidade, podem contar com a nossa solidariedade ativa? Os pobres, vítimas de
injustiças, que nem sequer têm a possibilidade de recorrer aos tribunais para
que lhes seja feita justiça, podem contar com a nossa solidariedade ativa? Os
que sobrevivem com pensões de miséria, sem possibilidades de comprar os
medicamentos necessários para aliviar os seus padecimentos, podem contar com a
nossa solidariedade ativa? Os que estão sozinhos, abandonados por todos, sem
amor nem amizade, podem contar com a nossa solidariedade ativa? Os que estão
presos a um leito de hospital ou a uma cela de prisão, marginalizados e
condenados em vida, podem contar com a nossa solidariedade ativa? Palavra de Deus para a semana de 24 a 29 de novembro
24
Seg
SS. André Dung-Lac, presbítero, e Companheiros,
mártires – MO
Ap 14,
1-3. 4b-5 - Salmo23 (24) - Lc 21, 1-4
Vigiai e estai preparados, para vos apresentardes
sem temor diante do Filho do homem.
25
Ter
S. Catarina Alexandrina, virgem e mártir – MF
Ap 14,
14-19 - Salmo 95 (96) - Lc 21, 5-11
Sê fiel até à morte, diz o Senhor, e dar-te-ei a coroa
da vida.
26
Qua
Ap 15, 1-4
- Salmo 97 (98) - Lc 21, 12-19
Sê fiel até à morte, diz o Senhor, e dar-te-ei a coroa
da vida.
27
Qui
Ap 18,
1-2. 21-23; 19, 1-3. 9a - Salmo 99 (100) - Lc 21, 20-28
Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa
libertação está próxima.
28
Sex
Ap 20,
1-4. 11 – 21, 2 - Salmo 83 (84) - Lc 21, 29-33
Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa
libertação está próxima.
29
Sáb
Ap 22, 1-7
- Salmo 94 (95) - Lc 21, 34-36
«Vigiai, para que possais livrar-vos de tudo isto que
está para acontecer»
24
Seg
|
SS. André Dung-Lac, presbítero, e Companheiros,
mártires – MO
Ap 14,
1-3. 4b-5 - Salmo23 (24) - Lc 21, 1-4
Vigiai e estai preparados, para vos apresentardes
sem temor diante do Filho do homem.
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25
Ter |
S. Catarina Alexandrina, virgem e mártir – MF
Ap 14,
14-19 - Salmo 95 (96) - Lc 21, 5-11
Sê fiel até à morte, diz o Senhor, e dar-te-ei a coroa
da vida.
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26
Qua
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Ap 15, 1-4
- Salmo 97 (98) - Lc 21, 12-19
Sê fiel até à morte, diz o Senhor, e dar-te-ei a coroa
da vida.
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27
Qui
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Ap 18,
1-2. 21-23; 19, 1-3. 9a - Salmo 99 (100) - Lc 21, 20-28
Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa
libertação está próxima.
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28
Sex
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Ap 20,
1-4. 11 – 21, 2 - Salmo 83 (84) - Lc 21, 29-33
Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa
libertação está próxima.
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29
Sáb
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Ap 22, 1-7
- Salmo 94 (95) - Lc 21, 34-36
«Vigiai, para que possais livrar-vos de tudo isto que
está para acontecer» |
PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO I DO ADVENTO
Is
63, 16b-17.19b; 64, 2b-7 «Oh se
rasgásseis os céus e descêsseis»
Salmo
79
(80) Senhor nosso
Deus, fazei-nos voltar,
mostrai-nos o
vosso rosto e seremos salvos.
1
Cor 1, 3-9 Esperamos a
manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo
Intenções para a Eucaristia de 23 de novembro (10:00h)
Emídio Ribeiro; António Pereira de Freitas e esposa; José Gomes de Araújo; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; Maria da Conceição Moreira, de Vila; Manuel da Silva Pinto e seus familiares; Manuel Pinto da Costa; José Pinto Silva; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade
Intenções para a Eucaristia de 30 de novembro (10:00h)
Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo
da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e
marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz
Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar
Pinto e marido
Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo
da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e
marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz
Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar
Pinto e marido
Agenda
23 nov
- Eucaristia, igreja, 10:00h
30 nov
- Eucaristia, igreja, 10:00h
A imagem bíblica do Bom Pastor é uma imagem privilegiada para
apresentar Deus e para definir a sua relação com os homens. Sublinha a sua
autoridade e o seu papel na condução do seu Povo pelos caminhos da história;
mas, sobretudo, sublinha a preocupação, o carinho, o cuidado, o amor de Deus
pelo seu Povo. Na nossa cultura urbana, já
nem todos entendem a figura do “pastor”; mas todos são convidados a entregar-se
nas mãos de Deus, a confiar totalmente n’Ele, a deixar-se conduzir por Ele, a
fazer a experiência do seu amor e da sua bondade. É uma experiência tranquilizante
e libertadora, que nos traz serenidade e paz. Também aqui, a questão não é se Deus é ou não “pastor” (Ele é sempre
“pastor”!); mas é se estamos ou não dispostos a segui-l’O, a deixar-nos
conduzir por Ele, a confiar n’Ele para atravessar vales sombrios, a deixar-nos
levar ao colo por Ele para que os nossos pés não se firam nas pedras do
caminho.
Às vezes, fugindo de Deus, agarramo-nos a outros “pastores” e
fazemos deles a nossa referência, o nosso líder, o nosso ídolo. O que é que nos
conduz e condiciona as nossas opções?
A nossa vida presente não é um drama absurdo, sem sentido e
sem finalidade; é uma caminhada tranquila, confiante – ainda quando feita no
sofrimento e na dor – em direção a esse desabrochar pleno, a essa vida total
que Deus nos reserva. Como é que aí chegamos? Paulo responde: identificando-nos
com Cristo.
A ressurreição de Cristo é o “selo de garantia” de Deus para
uma vida oferecida ao projeto do Reino… Demonstra que uma vida vivida na escuta
atenta dos projetos do Pai e no amor e no serviço aos homens conduz à vida
plena; demonstra que uma vida gasta na luta contra o egoísmo, a opressão e o
pecado conduz à vida definitiva; demonstra que uma vida gasta ao serviço da
construção do Reino conduz à vida verdadeira… Se a nossa vida for gasta do
mesmo jeito, seguiremos Cristo na ressurreição, atingiremos a vida nova do
Homem Novo e estaremos para sempre com Ele nesse Reino livre do sofrimento, do
pecado e da morte que Deus reserva para os seus filhos.