26 de outubro de 2014

Domingo XXX do Tempo Comum

Amarás
o Senhor teu Deus
e o próximo

como a ti mesmo


A liturgia do 30º domingo Comum diz-nos, de forma clara e inquestionável, que o amor está no centro da experiência cristã. O que Deus pede – ou antes, o que Deus exige – a cada crente é que deixe o seu coração ser submergido pelo amor.
A primeira leitura garante-nos que Deus não aceita a perpetuação de situações intoleráveis de injustiça, de arbitrariedade, de opressão, de desrespeito pelos direitos e pela dignidade dos mais pobres e dos mais débeis. A título de exemplo, a leitura fala da situação dos estrangeiros, dos órfãos, das viúvas e dos pobres vítimas da especulação dos usurários: qualquer injustiça ou arbitrariedade praticada contra um irmão mais pobre ou mais débil é um crime grave contra Deus, que nos afasta da comunhão com Deus e nos coloca fora da órbita da Aliança.
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de uma comunidade cristã (da cidade grega de Tessalónica) que, apesar da hostilidade e da perseguição, aprendeu a percorrer, com Cristo e com Paulo, o caminho do amor e do dom da vida; e esse percurso – cumprido na alegria e na dor – tornou-se semente de fé e de amor, que deu frutos em outras comunidades cristãs do mundo grego. Dessa experiência comum, nasceu uma imensa família de irmãos, unida à volta do Evangelho e espalhada por todo o mundo grego. A história desta longa cadeia que vai de Jesus à Igreja mostra que o Evangelho se torna um dinamismo de vida e de salvação para todos os povos quando é acolhido na alegria, apesar do sofrimento e da perseguição.
O Evangelho diz-nos, de forma clara e inquestionável, que toda a revelação de Deus se resume no amor – amor a Deus e amor aos irmãos. Os dois mandamentos não podem separar-se: “amar a Deus” é cumprir a sua vontade e estabelecer com os irmãos relações de amor, de solidariedade, de partilha, de serviço, até ao dom total da vida. Tudo o resto é explicação, desenvolvimento, aplicação à vida prática dessas duas coordenadas fundamentais da vida cristã. “Amar a Deus” é pois, na perspetiva de Jesus, estar atento aos projetos do Pai e procurar concretizar, na vida do dia a dia, os seus planos. Ora, na vida de Jesus, o cumprimento da vontade do Pai passa por fazer da vida uma entrega de amor aos irmãos, se necessário até ao dom total de si mesmo.
Assim, na perspetiva de Jesus, “amor a Deus” e “amor aos irmãos” estão intimamente associados. Não são dois mandamentos diversos, mas duas faces da mesma moeda. “Amar a Deus” é cumprir o seu projeto de amor, que se concretiza na solidariedade, na partilha, no serviço, no dom da vida aos irmãos.

Liturgia da Palavra do Domingo XXX do Tempo Comum

I Leitura                 Ex 22, 20-26

«Se fizerdes algum mal à viúva e ao órfão, inflamar-se-á a minha ira contra vós»

O amor de Deus concretiza-se logo no amor do próximo. Esta leitura assinala algumas situações particularmente exigentes, onde se há-de tornar concreto este amor do próximo. A primeira expressão do amor ao próximo é a justiça, sem a qual não há caridade. E não se perca de vista que este texto é do Antigo Testamento, ainda anterior ao próprio Evangelho.                                           
Salmo     17 (18)

Eu Vos amo, Senhor: sois a minha força.

II Leitura:             1 Tes 1, 5c-10

«Convertestes-vos dos ídolos para servir a Deus e esperar o seu Filho»

Esta leitura é como que um certificado de vida cristã, passado pelo Apóstolo à sua querida comunidade de Tessalónica, e que poderá servir de modelo e estímulo a outras Igrejas. Assim ela sirva ainda hoje para a nossa comunidade.
                               
Aclamação ao Evangelho                   Jo 14, 23

Se alguém Me ama, guardará a minha palavra, diz o Senhor;
meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada.
               
Evangelho:            Mt 22, 34-40

«Amarás o Senhor teu Deus e o próximo como a ti mesmo»


Uma pergunta frontal posta a Jesus, embora com má intenção, foi ocasião para o Senhor afirmar, de maneira solene e inequívoca, a verdadeira hierarquia dos valores à luz de Deus: o mandamento fundamental é o do amor a Deus e ao próximo. Ao ser interrogado sobre qual era o maior mandamento, Jesus acrescenta também qual é o segundo, não fosse julgar-se que, ao pretender amar-se a Deus, se poderia humilhar o próximo, como parece ter sido intenção daquele que O interrogou.

·         O que é “amar a Deus”?
De acordo com o exemplo e o testemunho de Jesus, o amor a Deus passa, antes de mais, pela escuta da sua Palavra, pelo acolhimento das suas propostas e pela obediência total aos seus projetos – para mim próprio, para a Igreja, para a minha comunidade e para o mundo. Esforço-me, verdadeiramente, por tentar escutar as propostas de Deus, mantendo um diálogo pessoal com Ele, procurando refletir e interiorizar a sua Palavra, tentando interpretar os sinais com que Ele me interpela na vida de cada dia? Tenho o coração aberto às suas propostas, ou fecho-me no meu egoísmo, nos meus preconceitos e na minha autossuficiência, procurando construir uma vida à margem de Deus ou contra Deus? Procuro ser, em nome de Deus e dos seus planos, uma testemunha profética que interpela o mundo, ou instalo-me no meu cantinho cómodo e renuncio ao compromisso com Deus e com o Reino?
·         O que é “amar os irmãos”?
De acordo com o exemplo e o testemunho de Jesus, o amor aos irmãos passa por prestar atenção a cada homem ou mulher com quem me cruzo pelos caminhos da vida (seja ele branco ou negro, rico ou pobre, nacional ou estrangeiro, amigo ou inimigo), por sentir-me solidário com as alegrias e sofrimentos de cada pessoa, por partilhar as desilusões e esperanças do meu próximo, por fazer da minha vida um dom total a todos. O mundo em que vivemos precisa de redescobrir o amor, a solidariedade, o serviço, a partilha, o dom da vida…
Na realidade, a minha vida é posta ao serviço dos meus irmãos, sem distinção de raça, de cor, de estatuto social? Os pobres, os necessitados, os marginalizados, os que alguma vez me magoaram e ofenderam, encontram em mim um irmão que os ama, sem condições?
O Evangelho deste domingo põe as coisas de forma totalmente clara: o essencial é o amor a Deus e o amor aos irmãos. Nisto se resume toda a revelação de Deus e a sua proposta de vida plena e definitiva para os homens.

Palavra de Deus para a semana de 27 de outubro a 1 de novembro


27
Seg
B. Gonçalo de Lagos, presbítero – MF
Ef 4, 32 – 5, 8 - Salmo 1 - Lc 13, 10-17
A vossa palavra, Senhor, é a verdade: consagrai-nos na verdade.
28
Ter
S. Simão e S. Judas, Apóstolos – FESTA
Ef 2, 19-22 - Salmo 18 - Lc 6, 12-19
Nós Vos louvamos, ó Deus; nós Vos bendizemos, Senhor.
O coro glorioso dos Apóstolos canta os vossos louvores.
29
Qua
Ef 6, 1-9 - Salmo 144 (145) - Lc 13, 22-30
Deus chamou-nos por meio do Evangelho,
para alcançarmos a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.
30
Qui
Ef 6, 10-20 - Salmo 143 (144) - Lc 13, 31-35
Bendito o que vem em nome do Senhor:
Paz no céu e glória nas alturas.
31
Sex
Filip 1, 1-11 - Salmo 110 (111) - Lc 14, 1-6
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
1
Sáb
TODOS OS SANTOS – SOLENIDADE
Ap 7, 2-4. 9-14 - Salmo 23 (24) - 1 Jo 3, 1-3 - Mt 5, 1-12a
Vinde a Mim, vós todos os que andais cansados e oprimidos
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.



PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XXXI DO TEMPO COMUM


Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

Job 19, 1.23-27a                 «Eu sei que o meu Redentor está vivo»

Salmo  26 (27)                     O Senhor é a minha luz e a minha salvação.

2 Cor 4, 14 – 5, 1                «As coisas visíveis são passageiras; as invisíveis são eternas»

Mt 11, 25-30                       «Vinde a Mim...Eu vos aliviarei»


Intenções para a Eucaristia de 26 de outubro (10:00h)

António da Silva Luís, do Lameu; António Pereira de Freitas e esposa; Luís Gonçalo Pinto; José da Silva Pinto; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido , de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido; Emídio Ribeiro

Intenções para a Eucaristia de 1 de novembro (19:30h)

José Vieira Bouça, pais e irmãos; Maria Rosa Bessa de Almeida, pais e irmãos; Maria da Conceição Leal Pinto; Maria da Conceição Alves; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; João de Jesus Pinto, de Requim, mãe e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Maria Rosa Leal Pinheiro; Antero Pinto

 Agenda

1 nov 
    • Oração de Vésperas  1º Sábado, igreja, 19:00h
    • TODOS OS SANTOS, Eucaristia, igreja, 19:30h
2 nov 
    • FIÉIS DEFUNTOS, Eucaristia e Visita ao Cemitério Paroquial, igreja, 10:00h


O apelo a não prejudicar nem oprimir o estrangeiro convida-nos a considerar como acolhemos esses imigrantes que cruzam as nossas fronteiras à procura de melhores condições de vida e que, além da solidão, das dificuldades linguísticas, do desenraizamento cultural, ainda são vítimas do racismo, da xenofobia, da má vontade, da exploração… O apelo a não maltratar nem a fazer qualquer mal à viúva e ao órfão convida-nos a considerar a forma como acolhemos e tratamos os nossos irmãos mais débeis, sem defesa, ou que pertencem a grupos de risco… São as crianças, exploradas, usadas, maltratadas, condenadas precocemente a uma vida de trabalho e impedidas de viver a infância; são os idosos, atirados para lares, condenados em vida a uma existência de sombras, subtraídos ao seu ambiente familiar e às suas relações sociais; são os doentes incuráveis, abandonados, condenados à solidão, que escondemos e que evitamos para não perturbar a nossa boa disposição e o mito de uma vida isenta de sofrimento e de morte… O apelo a não explorar os pobres convida-nos a considerar a situação daqueles que não têm instrução e estão condenados a uma vida de trabalho escravo, ou que têm de viver com salários de miséria, ou que são vítimas da especulação com bens essenciais, ou que são enganados e desrespeitados…
Muitas vezes entendemos a fé como um acontecimento pessoal, que diz respeito apenas a nós próprios e a Deus (“eu cá tenho a minha fé”) e que não nos compromete com os outros. Na realidade, a fé liga-nos a uma longa cadeia que vem de Jesus até nós e que inclui uma imensa família de irmãos espalhados pelo mundo inteiro.
Nenhuma comunidade cristã é uma ilha…

19 de outubro de 2014

Domingo XXIX do Tempo Comum


Dai a César
o que é de César
e a Deus o que é de Deus


A liturgia do 29º Domingo do Tempo Comum convida-nos a refletir acerca da forma como devemos equacionar a relação entre as realidades de Deus e as realidades do mundo. Diz-nos que Deus é a nossa prioridade e que é a Ele que devemos subordinar toda a nossa existência; mas avisa-nos também que Deus nos convoca a um compromisso efetivo com a construção do mundo.
A primeira leitura sugere que Deus é o verdadeiro Senhor da história e que é Ele quem conduz a caminhada do seu Povo rumo à felicidade e à realização plena. Os homens que atuam e intervêm na história são apenas os instrumentos de que Deus se serve para concretizar os seus projetos de salvação. Ciro aparece, claramente, como o instrumento através do qual Deus atua no mundo e na história e realiza os seus projetos de salvação e de libertação do seu Povo. É através dos homens que Deus intervém no mundo.
 A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de uma comunidade cristã que colocou Deus no centro do seu caminho e que, apesar das dificuldades, se comprometeu de forma corajosa com os valores e os esquemas de Deus. Eleita por Deus para ser sua testemunha no meio do mundo, vive ancorada numa fé activa, numa caridade esforçada e numa esperança inabalável. Diante da proposta do Evangelho, os tessalonicenses responderam generosamente, com uma fé ativa, uma caridade esforçada e uma esperança firme. A “fé ativa” traduz a realidade de uma adesão ao Evangelho que não se manifesta só em palavras, mas também em atitudes concretas de conversão e de transformação; a “caridade esforçada” dá conta de um amor que não é teórico mas é efetivo, e que se traduz em gestos de entrega, de partilha, de doação; e a “esperança firme” define essa confiança inabalável dos tessalonicenses em Deus e na vida nova que Ele reserva àqueles que O amam – confiança que, nem a hostilidade do mundo, nem as dificuldades da vida conseguem deitar por terra.
O Evangelho ensina que o homem, sem deixar de cumprir as suas obrigações com a comunidade em que está inserido, pertence a Deus e deve entregar toda a sua existência nas mãos de Deus. Na abordagem de Jesus, a questão deixa de ser uma simples discussão acerca do pagamento ou do não pagamento de um imposto, para se tornar um apelo a que o homem reconheça Deus como o seu senhor e realize a sua vocação essencial de entrega a Deus: ele foi criado por Deus, pertence a Deus e transporta consigo a imagem do seu senhor e seu criador.

Liturgia da Palavra do Domingo XXIX do Tempo Comum

I Leitura                 Is 45, 1.4-6
«Tomei Ciro pela mão direita para subjugar diante dele as nações»

O Evangelho de hoje vai afirmar a relação entre o poder temporal e o poder espiritual. Mas Deus é Senhor de todos os homens, e nada nem ninguém é autónomo em relação a Ele. Deus realiza os seus desígnios, que são sempre de salvação, através dos homens e das instituições humanas, por vezes até de maneira muito clara, como se mostra nesta leitura: o rei da Pérsia, Ciro, um pagão, é instrumento de Deus para a libertação do seu povo.
                               
Salmo     95 (96)
Aclamai a glória e o poder do Senhor.

II Leitura:             1 Tes 1, 1-5b
«Recordamos a vossa fé, caridade e esperança»

Começamos hoje a leitura da primeira epístola aos Tessalonicenses, a comunidade cristã existente na cidade de Tessalónica (ou Salónica), no norte da Grécia. Como de costume, S. Paulo começa com uma ação de graças, hoje, por verificar o progresso espiritual desses cristãos. Como podemos observar, os Apóstolos pregavam e escreviam como verdadeiros mestres e pastores, e não apenas como moralistas ou legisladores. E sempre será esta a verdadeira finalidade da pregação na Igreja: levar os seus filhos a crescerem nos caminhos do reino de Deus, o que é para ela fonte de alegria e de acção de graças.
                               
Aclamação ao Evangelho                   Filip 2, 15d.16a
Vós brilhais como estrelas no mundo,
ostentando a palavra da vida.
               
Evangelho:            Mt 22, 15-21
«Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus»

Perante o poder temporal, aqui representado por César, o imperador de Roma – que ao tempo de Jesus imperava também na Terra Santa – a atitude de Jesus é de respeito pela sua autonomia, mas reivindica, ao mesmo tempo, as exigências primordiais do serviço de Deus, às quais nada se pode antepor. E, ao mesmo tempo, denuncia a falta de sinceridade dos que O interrogavam; sem ela, ninguém se poderá dirigir a Deus.    

Deus nunca abandona os homens. Ele encontra sempre formas de intervir na história e de concretizar os seus projetos de vida, de salvação, de libertação… Talvez as intervenções de Deus nem sempre sejam ortodoxas à luz da lógica dos homens; talvez nem sempre consigamos perceber o verdadeiro alcance dos projetos de Deus; mas Deus lá está, como Senhor da história, conduzindo o mundo de acordo com o projeto de vida que Ele tem para os homens e para o mundo. Resta-nos, mesmo quando não percebemos os seus critérios, confiarmos e entregarmo-nos nas suas mãos.
O exemplo da comunidade cristã de Tessalónica interpela-nos e questiona-nos… É uma comunidade que abraçou com entusiasmo o Evangelho e concretizou a proposta de Jesus na vida do dia a dia, através de uma fé ativa, de um amor esforçado e de uma esperança firme. Nós, seguidores de Jesus, depois de muitos anos de catequese e de compromisso com Jesus, como vivemos o nosso compromisso cristão: com um entusiasmo sempre renovado e sempre coerente, ou com o desleixo e a indiferença de quem não se quer comprometer? A nossa fé leva-nos a um efetivo compromisso com a transformação da nossa vida, da nossa família, da nossa comunidade ou do mundo que nos rodeia? O nosso amor traduz-se em atitudes concretas de partilha, de doação, de solidariedade, de luta contra tudo o que oprime os pequenos, os débeis, os marginalizados? A nossa esperança mantém-nos serenos e confiantes, de olhos postos nesse futuro novo que Deus nos reserva, apesar das vicissitudes, das dificuldades, das incompreensões que dia a dia temos de enfrentar?       

Palavra de Deus para a semana de 20 a 25 de outubro


20
Seg
Ef 2, 1-10 - Salmo 99 (100) -  Lc 12. 13-21   
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.
21
Ter
Ef 2, 12-22 - Salmo 84 (85) - Lc 12, 35-38
Vigiai e orai em todo o tempo, para vos apresentardes
 sem temor diante do Filho do homem.
22
Qua
S. João Paulo II
Ef 3, 2-12 - Salmo Is 12, 2. 3 e 4bcd. 5-6 - Lc 12, 39-48
Vigiai e estai preparados,
porque na hora em que não pensais  virá o Filho do homem.
23
Qui
S. João de Capistrano, presbítero – MF
Ef 3, 14-21 - Salmo 32 (33) - Lc 12, 49-53
Considero todas as coisas como prejuízo,
para ganhar a Cristo e n’Ele me encontrar.
24
Sex
S. António Maria Claret, bispo – MF
Ef 4, 1-6 - Salmo 23 (24) - Lc 12, 54-59
«Se sabeis discernir o aspecto da terra e do céu,
porque não sabeis discernir o tempo presente?
25
Sáb
Ef 4, 7-16 - Salmo 121 (122) - Lc 13, 1-9
Eu não quero a morte do pecador, diz o Senhor,
mas que se converta e viva.



PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XXX DO TEMPO COMUM


Ex 22, 20-26         «Se fizerdes algum mal à viúva e ao órfão,
inflamar-se-á a minha ira contra vós»

Salmo  17 (18)     Eu Vos amo, Senhor: sois a minha força.

Tes 1, 5c-10          «Convertestes-vos dos ídolos para servir a Deus e esperar o seu Filho»

Mt 22, 34-40        «Amarás o Senhor teu Deus e o próximo como a ti mesmo»

Intenções para a Eucaristia de 18 de outubro (18:00h)


Manuel Duarte Moreira; Albino Vieira, de Carvalho de Vila; 2.º Aniv. Falecimento de José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; Maria da Conceição Soares; Maria da Conceição Moreira, de Vila; José de Azeredo e Silva; Manuel da Silva Pinto; Associados da Mensagem de Fátima


Intenções para a Eucaristia de 26 de outubro (10:00h)

António da Silva Luís, do Lameu; António Pereira de Freitas e esposa; Luís Gonçalo Pinto; José da Silva Pinto; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido , de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido; Emídio Ribeiro

Agenda

19 out
    •  Adoração ao Santíssimo Sacramento, igreja, 15:00h
 25 out 
    • Catequese Infantil, residência paroquial, 14:30h
    •  Catequese Adolescentes, residência paroquial, 16:00h
26 out  
    • Eucaristia, igreja, 10:00h
1 nov
    • Oração de Vésperas  1º Sábado, igreja, 19:00h
    • TODOS OS SANTOS, Eucaristia, igreja, 19:30h
2 nov 
    • FIÉIS DEFUNTOS, Eucaristia e Visita ao Cemitério Paroquial, igreja, 10:00h


O homem e a mulher foram criados à imagem de Deus. Eles não são, portanto, objetos que podem ser usados, explorados e alienados, mas seres revestidos de uma suprema dignidade, de uma dignidade divina. Apesar da Declaração Universal dos Direitos do Homem e de uma infinidade de organizações e de associações destinadas a proteger e a assegurar os direitos, liberdades e garantias, há milhões de homens, mulheres e crianças que continuam, todos os dias, a ser maltratados, humilhados, explorados, desprezados, diminuídos na sua dignidade. Destruir a imagem de Deus que existe em cada criança, mulher ou homem, é um grave crime contra Deus. Nós, os cristãos, não podemos permitir que tal aconteça. Devemos sentir-nos responsáveis sempre que algum irmão ou irmã, em qualquer canto do mundo, é privado dos seus direitos e da sua dignidade; e temos o dever grave de lutar, de forma objetiva, contra todos os sistemas que, na Igreja ou na sociedade, atentem contra a vida e a dignidade de qualquer pessoa.

Para o cristão, Deus é a referência fundamental e está sempre em primeiro lugar; mas isso não significa que o cristão viva à margem do mundo e se demita das suas responsabilidades na construção do mundo. O cristão deve ser um cidadão exemplar, que cumpre as suas responsabilidades e que colabora ativamente na construção da sociedade humana. Ele respeita as leis e cumpre pontualmente as suas obrigações tributárias, com coerência e lealdade. Não foge aos impostos, não aceita esquemas de corrução, não infringe as regras legalmente definidas. Vive de olhos postos em Deus; mas não se escusa a lutar por um mundo melhor e por uma sociedade mais justa e mais fraterna. «Dar a Deus o que é de Deus» é dizer também a outros a felicidade que nos é dada pelo Altíssimo!

12 de outubro de 2014

Domingo XXVIII do Tempo Comum

O Senhor
 preparará um banquete

e enxugará as lágrimas de todas as faces


A liturgia do 28º Domingo do Tempo Comum utiliza a imagem do “banquete” para descrever esse mundo de felicidade, de amor e de alegria sem fim que Deus quer oferecer a todos os seus filhos.

 Na primeira leitura, Isaías anuncia o “banquete” que um dia Deus, na sua própria casa, vai oferecer a todos os Povos. Trata-se, portanto, de uma iniciativa de Deus no sentido de estabelecer laços “de família” com a humanidade inteira. Acolher o convite de Deus e participar nesse “banquete” é aceitar viver em comunhão com Deus. Dessa comunhão resultará, para o homem, a felicidade total, a vida em abundância.

Na segunda leitura, Paulo apresenta-nos um exemplo concreto de uma comunidade que aceitou o convite do Senhor e vive na dinâmica do Reino: a comunidade cristã de Filipos. É uma comunidade generosa e solidária, verdadeiramente empenhada na vivência do amor e em testemunhar o Evangelho diante de todos os homens. A comunidade de Filipos constitui, verdadeiramente, um exemplo que as comunidades do Reino devem ter presente.

 O Evangelho sugere que é preciso “agarrar” o convite de Deus. Os interesses e as conquistas deste mundo não podem distrair-nos dos desafios de Deus. A opção que fizemos no dia do nosso baptismo não é “conversa fiada”; mas é um compromisso sério, que deve ser vivido de forma coerente. Quem foi baptizado e aderiu ao “banquete” do Reino, mas recusou o traje do amor, da partilha, do serviço, da misericórdia, do dom da vida e continua vestido de egoísmo, de arrogância, de orgulho, de injustiça, não pode participar na festa do encontro e da comunhão com Deus. Deus chamou todos os homens e mulheres para participarem no “banquete”; mas só serão admitidos aqueles que responderem ao convite e mudarem completamente a sua vida.


Liturgia da Palavra do Domingo XXVIII do Tempo Comum

I Leitura                 Is 25, 6-10a

«O Senhor preparará um banquete e enxugará as lágrimas de todas as faces»

O banquete é, com frequência, na Sagrada Escritura, figura da reunião dos homens no reino de Deus. Assim como também hoje se lê em Isaías, aí o banquete é o lugar de encontro de todos os povos, todos eles chamados à comunhão na montanha onde o Senhor habita, o Monte Sião, figura da Igreja de Cristo.          
               
Salmo     22 (23)

Habitarei para sempre na casa do Senhor.

II Leitura:             Filip 4, 12-14.19-20

«Tudo posso n’Aquele que me conforta»

A experiência da prisão serviu a São Paulo para ele sentir mais profundamente que Cristo era tudo na vida; e por isso, ao mesmo tempo que agradece aos destinatários da sua carta o que eles lhe tinham enviado, afirma que em Cristo encontra toda a sua força e confiança.            
                               
Aclamação ao Evangelho                   Ef 1, 17-18

Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo ilumine os olhos do nosso coração,
para sabermos a que esperança fomos chamados.
               
Evangelho:                            Mt 22, 1-14

«Convidai para as bodas todos os que encontrardes»

Uma vez mais, a parábola do banquete serve para simbolizar o reino de Deus. Jesus anuncia aos seus ouvintes que o Evangelho, por eles rejeitado, vai ser anunciado a outros, e, destes, muitos o hão-de aceitar. Não é já a raça de Abraão segundo a carne que há-de encher a sala do banquete, mas todos aqueles que, pela fé, se hão-de tornar filhos de Abraão. A todos os povos se abrem as portas do reino dos Céus.

A imagem do “banquete” para o qual Deus convida “todos os povos” aponta para essa realidade de comunhão, de festa, de amor, de felicidade que Deus, insistentemente nos oferece. Nunca será de mais recordar isto: Deus tem um projecto de vida, que quer oferecer a todos os homens, sem excepção. Não somos “filhos de um deus menor”, pobre humanidade abandonada à sua sorte, perdida num universo hostil e condenada ao nada; somos pessoas a quem Deus ama, a quem Ele convida para integrar a sua família e a quem Ele oferece a vida plena e definitiva. A consciência desta realidade deve iluminar a nossa existência e encher de serenidade, de esperança e de confiança a nossa caminhada nesta terra. A nossa finitude, as nossas limitações, os nossos medos e misérias não são a última palavra da nossa existência; mas caminhamos todos ao encontro da festa definitiva que Deus prepara para todos os que aceitam o seu dom.
Ao homem basta-lhe aceitar o convite de Deus para ter acesso a essa festa de vida eterna. Aceitar o convite de Deus significa renunciar ao egoísmo, ao orgulho e à auto-suficiência e conduzir a existência de acordo com os valores de Deus; aceitar o convite de Deus implica dar prioridade ao amor, testemunhar os valores do Reino e construir, já aqui, uma nova terra de justiça, de solidariedade, de partilha, de amor.
 No dia do nosso Baptismo, aceitamos o convite de Deus e comprometemo-nos com Ele…  A nossa vida tem sido coerente com essa opção?

Palavra de Deus para a semana de 13 a 18 de outubro

13
Seg
Gal 4, 22-24. 26-27. 31 – 5, 1 - Salmo 112 (113) - Lc 11, 29-32
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações.
14
Ter
S. Calisto I, papa e mártir – MF
Gal 5, 1-6 - Salmo 118 (119) - Lc 11, 37-41
A palavra de Deus é viva e eficaz,
conhece os pensamentos e intenções do coração.
15
Qua
S. Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja – MO
Gal 5, 18-25 - Salmo 1 - Lc 11, 42-46
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
16
Qui
S. Hedwiges, religiosa – MF        S. Margarida Maria Alacoque, virgem – MF
Ef 1, 1-10 - Salmo 97 (98) - Lc 11, 47-54
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor:
ninguém vai ao Pai senão por Mim
17
Sex
S. Inácio de Antioquia, bispo e mártir – MO
Ef 1, 11-14 - Salmo 32 (33) - Lc 12, 1-7
Desça sobre nós a vossa bondade, porque em Vós esperamos, Senhor.
18
Sáb
S. Lucas, Evangelista – FESTA
2 Tim 4, 9-17b - Salmo 144 - Lc 10, 1-9.
Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça.



PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XXIX DO TEMPO COMUM


Is 45, 1.4-6           «Tomei Ciro pela mão direita para subjugar diante dele as nações»

Salmo 95 (96)      Aclamai a glória e o poder do Senhor.

1 Tes 1, 1-5b        «Recordamos a vossa fé, caridade e esperança»

Mt 22, 15-21        «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus»

Intenções para a Eucaristia de 11 de outubro (18:00h)


António da Silva Luís, do Lameu; António Pereira da Silva Guimarães; Luísa Pereira e marido, do Alto; Familiares de António Casimiro Almeida e de Madalena Teixeira de Almeida; Carlos André; Antero Madureira; José Gomes de Araújo; Rosa de Jesus Carneiro e Martinho Pinto, de Vila

Intenções para a Eucaristia de 18 de outubro (18:00h)


Manuel Duarte Moreira; Albino Vieira, de Carvalho de Vila; 2.º Aniv. Falecimento de José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; Maria da Conceição Soares; Maria da Conceição Moreira, de Vila; José de Azeredo e Silva; Manuel da Silva Pinto; Associados da Mensagem de Fátima

Agenda

18 out

    •  Início da Catequese Infantil e da Adolescência, igreja, 17:30h
    •  Eucaristia, igreja, 18:00h
 19 out
    • Adoração ao Santíssimo Sacramento, igreja, 15:00h 

Os convidados que não aceitaram o convite representam aqueles que estão demasiado preocupados a dirigir uma empresa de sucesso, ou a escalar a vida a pulso, ou a conquistar os seus cinco minutos de fama, ou a impor aos outros os seus próprios esquemas e projectos, ou a explorar o bem estar que o dinheiro lhes conquistou e não têm tempo para os desafios de Deus. Vivemos obcecados com o imediato, o politicamente correcto, o palpável, o material, e prescindimos dos valores eternos, duradouros, exigentes, que exigem o dom da própria vida. A questão é: onde é que está a verdadeira felicidade? Nos valores do Reino, ou nesses valores efémeros que nos absorvem e nos dominam?
Os convidados que não aceitaram o convite representam também aqueles que estão instalados na sua auto-suficiência, nas suas certezas, seguranças e preconceitos e não têm o coração aberto e disponível para as propostas de Deus. Trata-se, muitas vezes, de pessoas sérias e boas, que se empenham seriamente na comunidade cristã… Mas “nunca se enganam e raramente têm dúvidas”; sabem tudo sobre Deus, já construíram um deus à medida dos seus interesses, desejos e projetos e não se deixam questionar nem interpelar.
Os convidados que aceitaram o convite representam todos aqueles que, apesar dos seus limites e do seu pecado, têm o coração disponível para Deus e para os desafios que Ele faz. Percebem os limites da sua miséria e finitude e estão permanentemente à espera que Deus lhes ofereça a salvação. São humildes, pobres, simples, confiam em Deus e na salvação que Ele quer oferecer a cada homem e a cada mulher e estão dispostos a acolher os desafios de Deus.

A parábola do homem que não vestiu o traje apropriado convida-nos a considerar que a salvação não é uma conquista, feita de uma vez por todas, mas um SIM a Deus sempre renovado, e que implica um compromisso real, sério e exigente com os valores de Deus. Implica uma opção coerente, contínua, diária com a opção que eu fiz no Baptismo… Não é um compromisso de “meias tintas”, de tentativas falhadas, de “tanto se me dá como se me deu”; mas é um compromisso sério e coerente com essa vida nova que Jesus me apresentou.