o que é de
César
e a Deus o
que é de Deus
A liturgia do 29º Domingo
do Tempo Comum convida-nos a refletir acerca da forma como devemos equacionar a
relação entre as realidades de Deus e as realidades do mundo. Diz-nos que Deus
é a nossa prioridade e que é a Ele que devemos subordinar toda a nossa
existência; mas avisa-nos também que Deus nos convoca a um compromisso efetivo
com a construção do mundo.
A primeira leitura sugere
que Deus é o verdadeiro Senhor da história e que é Ele quem conduz a caminhada
do seu Povo rumo à felicidade e à realização plena. Os homens que atuam e
intervêm na história são apenas os instrumentos de que Deus se serve para
concretizar os seus projetos de salvação. Ciro aparece, claramente, como o instrumento
através do qual Deus atua no mundo e na história e realiza os seus projetos de
salvação e de libertação do seu Povo. É através dos homens que Deus intervém no
mundo.
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de
uma comunidade cristã que colocou Deus no centro do seu caminho e que, apesar
das dificuldades, se comprometeu de forma corajosa com os valores e os esquemas
de Deus. Eleita por Deus para ser sua testemunha no meio do mundo, vive
ancorada numa fé activa, numa caridade esforçada e numa esperança inabalável.
Diante da proposta do
Evangelho, os tessalonicenses responderam generosamente, com uma fé ativa, uma
caridade esforçada e uma esperança firme. A “fé ativa” traduz a realidade de
uma adesão ao Evangelho que não se manifesta só em palavras, mas também em
atitudes concretas de conversão e de transformação; a “caridade esforçada” dá
conta de um amor que não é teórico mas é efetivo, e que se traduz em gestos de
entrega, de partilha, de doação; e a “esperança firme” define essa confiança
inabalável dos tessalonicenses em Deus e na vida nova que Ele reserva àqueles
que O amam – confiança que, nem a hostilidade do mundo, nem as dificuldades da
vida conseguem deitar por terra.
O Evangelho ensina que o homem, sem deixar de cumprir
as suas obrigações com a comunidade em que está inserido, pertence a Deus e
deve entregar toda a sua existência nas mãos de Deus. Na abordagem de Jesus, a
questão deixa de ser uma simples discussão acerca do pagamento ou do não
pagamento de um imposto, para se tornar um apelo a que o homem reconheça Deus
como o seu senhor e realize a sua vocação essencial de entrega a Deus: ele foi
criado por Deus, pertence a Deus e transporta consigo a imagem do seu senhor e
seu criador.
Liturgia da Palavra do Domingo XXIX do Tempo Comum
I Leitura Is 45, 1.4-6
«Tomei
Ciro pela mão direita para subjugar diante dele as nações»
O
Evangelho de hoje vai afirmar a relação entre o poder temporal e o poder
espiritual. Mas Deus é Senhor de todos os homens, e nada nem ninguém é autónomo
em relação a Ele. Deus realiza os seus desígnios, que são sempre de salvação,
através dos homens e das instituições humanas, por vezes até de maneira muito
clara, como se mostra nesta leitura: o rei da Pérsia, Ciro, um pagão, é
instrumento de Deus para a libertação do seu povo.
Salmo 95
(96)
Aclamai a glória e o poder do Senhor.
II Leitura: 1 Tes 1, 1-5b
«Recordamos a vossa fé, caridade e esperança»
Começamos hoje a leitura da primeira epístola aos
Tessalonicenses, a comunidade cristã existente na cidade de Tessalónica (ou
Salónica), no norte da Grécia. Como de costume, S. Paulo começa com uma ação de
graças, hoje, por verificar o progresso espiritual desses cristãos. Como
podemos observar, os Apóstolos pregavam e escreviam como verdadeiros mestres e
pastores, e não apenas como moralistas ou legisladores. E sempre será esta a
verdadeira finalidade da pregação na Igreja: levar os seus filhos a crescerem
nos caminhos do reino de Deus, o que é para ela fonte de alegria e de acção de
graças.
Aclamação ao Evangelho Filip 2,
15d.16a
Vós brilhais como estrelas no mundo,
ostentando a palavra da vida.
Evangelho: Mt 22, 15-21
«Dai a César o que é de César e a Deus o que é de
Deus»
Deus nunca abandona os homens. Ele encontra sempre
formas de intervir na história e de concretizar os seus projetos de vida, de
salvação, de libertação… Talvez as intervenções de Deus nem sempre sejam
ortodoxas à luz da lógica dos homens; talvez nem sempre consigamos perceber o
verdadeiro alcance dos projetos de Deus; mas Deus lá está, como Senhor da
história, conduzindo o mundo de acordo com o projeto de vida que Ele tem para
os homens e para o mundo. Resta-nos, mesmo quando não percebemos os seus
critérios, confiarmos e entregarmo-nos nas suas mãos.
O exemplo da comunidade cristã de Tessalónica
interpela-nos e questiona-nos… É uma comunidade que abraçou com entusiasmo o
Evangelho e concretizou a proposta de Jesus na vida do dia a dia, através de
uma fé ativa, de um amor esforçado e de uma esperança firme. Nós, seguidores de
Jesus, depois de muitos anos de catequese e de compromisso com Jesus, como
vivemos o nosso compromisso cristão: com um entusiasmo sempre renovado e sempre
coerente, ou com o desleixo e a indiferença de quem não se quer comprometer? A
nossa fé leva-nos a um efetivo compromisso com a transformação da nossa vida,
da nossa família, da nossa comunidade ou do mundo que nos rodeia? O nosso amor
traduz-se em atitudes concretas de partilha, de doação, de solidariedade, de
luta contra tudo o que oprime os pequenos, os débeis, os marginalizados? A
nossa esperança mantém-nos serenos e confiantes, de olhos postos nesse futuro
novo que Deus nos reserva, apesar das vicissitudes, das dificuldades, das
incompreensões que dia a dia temos de enfrentar?
Palavra de Deus para a semana de 20 a 25 de outubro
20
Seg
Ef 2, 1-10
- Salmo 99 (100) - Lc 12. 13-21
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.
21
Ter
Ef 2,
12-22 - Salmo 84 (85) - Lc 12, 35-38
Vigiai e orai em todo o tempo, para vos apresentardes
sem temor
diante do Filho do homem.
22
Qua
S. João Paulo II
Ef 3, 2-12
- Salmo Is 12, 2. 3 e 4bcd. 5-6 - Lc 12, 39-48
Vigiai e estai preparados,
porque na hora em que não pensais virá o Filho do homem.
23
Qui
S. João de Capistrano, presbítero – MF
Ef 3,
14-21 - Salmo 32 (33) - Lc 12, 49-53
Considero todas as coisas como prejuízo,
para ganhar a Cristo e n’Ele me encontrar.
24
Sex
S. António Maria Claret, bispo – MF
Ef 4, 1-6
- Salmo 23 (24) - Lc 12, 54-59
«Se sabeis discernir o aspecto da terra e do céu,
porque não sabeis discernir o tempo presente?
25
Sáb
Ef 4, 7-16
- Salmo 121 (122) - Lc 13, 1-9
Eu não quero a morte do pecador, diz o Senhor,
mas que se converta e viva.
20
Seg
|
Ef 2, 1-10
- Salmo 99 (100) - Lc 12. 13-21
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.
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21
Ter |
Ef 2,
12-22 - Salmo 84 (85) - Lc 12, 35-38
Vigiai e orai em todo o tempo, para vos apresentardes
sem temor
diante do Filho do homem.
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22
Qua
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S. João Paulo II
Ef 3, 2-12
- Salmo Is 12, 2. 3 e 4bcd. 5-6 - Lc 12, 39-48
Vigiai e estai preparados,
porque na hora em que não pensais virá o Filho do homem.
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23
Qui
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S. João de Capistrano, presbítero – MF
Ef 3,
14-21 - Salmo 32 (33) - Lc 12, 49-53
Considero todas as coisas como prejuízo,
para ganhar a Cristo e n’Ele me encontrar.
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24
Sex
|
S. António Maria Claret, bispo – MF
Ef 4, 1-6
- Salmo 23 (24) - Lc 12, 54-59
«Se sabeis discernir o aspecto da terra e do céu,
porque não sabeis discernir o tempo presente?
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25
Sáb
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Ef 4, 7-16
- Salmo 121 (122) - Lc 13, 1-9
Eu não quero a morte do pecador, diz o Senhor,
mas que se converta e viva.
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PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XXX DO TEMPO COMUM
Ex
22, 20-26 «Se fizerdes
algum mal à viúva e ao órfão,
inflamar-se-á
a minha ira contra vós»
Salmo
17 (18)
Eu
Vos amo, Senhor: sois a minha força.
Tes
1, 5c-10 «Convertestes-vos
dos ídolos para servir a Deus e esperar o seu Filho»
Mt
22, 34-40 «Amarás o
Senhor teu Deus e o próximo como a ti mesmo»
Intenções para a Eucaristia de 18 de outubro (18:00h)
Manuel Duarte Moreira; Albino Vieira, de Carvalho de Vila; 2.º Aniv. Falecimento de José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; Maria da Conceição Soares; Maria da Conceição Moreira, de Vila; José de Azeredo e Silva; Manuel da Silva Pinto; Associados da Mensagem de Fátima
Manuel Duarte Moreira; Albino Vieira, de Carvalho de Vila; 2.º Aniv. Falecimento de José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; Maria da Conceição Soares; Maria da Conceição Moreira, de Vila; José de Azeredo e Silva; Manuel da Silva Pinto; Associados da Mensagem de Fátima
Intenções para a Eucaristia de 26 de outubro (10:00h)
António da Silva
Luís, do Lameu; António Pereira de Freitas e esposa; Luís Gonçalo Pinto; José
da Silva Pinto; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da
Piedade; Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo da Fonseca
Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido , de
Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila
Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido;
Emídio Ribeiro
António da Silva
Luís, do Lameu; António Pereira de Freitas e esposa; Luís Gonçalo Pinto; José
da Silva Pinto; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da
Piedade; Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo da Fonseca
Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido , de
Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila
Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido;
Emídio Ribeiro
Agenda
19 out
- Adoração ao Santíssimo Sacramento, igreja, 15:00h
- Catequese Infantil, residência paroquial, 14:30h
- Catequese Adolescentes, residência paroquial, 16:00h
- Eucaristia, igreja, 10:00h
- Oração de Vésperas 1º Sábado, igreja, 19:00h
- TODOS OS SANTOS, Eucaristia, igreja, 19:30h
- FIÉIS DEFUNTOS, Eucaristia e Visita ao Cemitério Paroquial, igreja, 10:00h
O homem e a mulher foram criados à imagem de Deus.
Eles não são, portanto, objetos que podem ser usados, explorados e alienados,
mas seres revestidos de uma suprema dignidade, de uma dignidade divina. Apesar
da Declaração Universal dos Direitos do Homem e de uma infinidade de
organizações e de associações destinadas a proteger e a assegurar os direitos,
liberdades e garantias, há milhões de homens, mulheres e crianças que
continuam, todos os dias, a ser maltratados, humilhados, explorados,
desprezados, diminuídos na sua dignidade. Destruir a imagem de Deus que existe
em cada criança, mulher ou homem, é um grave crime contra Deus. Nós, os
cristãos, não podemos permitir que tal aconteça. Devemos sentir-nos
responsáveis sempre que algum irmão ou irmã, em qualquer canto do mundo, é
privado dos seus direitos e da sua dignidade; e temos o dever grave de lutar,
de forma objetiva, contra todos os sistemas que, na Igreja ou na sociedade,
atentem contra a vida e a dignidade de qualquer pessoa.