Quem vem
a Mim
nunca
mais terá fome,
quem crê
em Mim
nunca
mais terá sede
Jo
6, 35
A liturgia do 18º Domingo do
Tempo Comum apresenta-nos o convite que Deus nos faz para nos sentarmos à mesa
que Ele próprio preparou, e onde nos oferece gratuitamente o alimento que sacia
a nossa fome de vida, de felicidade, de eternidade.
Na primeira leitura, Deus
convida o seu Povo a deixar a terra da escravidão e a dirigir-se ao encontro da
terra da liberdade – a Jerusalém nova da justiça, do amor e da paz. Aí, Deus
saciará definitivamente a fome do seu Povo e oferecer-lhe-á gratuitamente a
vida em abundância, a felicidade sem fim. Deus não fica, nunca, indiferente à
sorte dos seus filhos; mas está continuamente atento às suas necessidades, à
sua fome de vida, à sua sede de felicidade. À mesa desse banquete onde Deus os
reúne, encontram o alimento que os sacia, a mão que os apoia, a palavra que
lhes dá ânimo, o coração que os ama.
A segunda leitura é um hino
ao amor de Deus pelos homens. É esse amor – do qual nenhum poder hostil nos
pode afastar – que explica porque é que Deus enviou ao mundo o seu próprio
Filho, a fim de nos convidar para o banquete da vida eterna. Deus ama-nos com
um amor profundo, total, radical, que nada nem ninguém consegue apagar ou
eliminar. Esse amor veio ao nosso encontro em Jesus Cristo, atingiu a nossa
existência e transformou-a, capacitando-nos para caminharmos ao encontro da
vida eterna. Nos momentos de crise, de desilusão, de perseguição, de orfandade,
quando parece que o mundo está todo contra nós e que não entende a nossa luta e
o nosso compromisso, a Palavra de Deus grita: “não tenhais medo; Deus ama-vos”.
O Evangelho apresenta-nos
Jesus, o novo Moisés, cuja missão é realizar a libertação do seu Povo. O
deserto é o tempo e o espaço do encontro com Deus. Tudo é um dom de Deus, que o
Povo deve acolher com o coração agradecido. O deserto é ainda o lugar e o tempo
da partilha, da igualdade, em que cada membro do Povo conta com a solidariedade
do resto da comunidade, onde não há egoísmo, injustiça, prepotência,
açambarcamento dos bens que pertencem a todos, e em que todos dão as mãos para
superar as dificuldades da caminhada (no deserto, quem é egoísta, auto
suficiente e não aceita contar com os outros, está condenado à morte). É esta
experiência que Jesus vai convidar os discípulos a fazer: no contexto de uma
refeição, Jesus mostra aos seus discípulos que é preciso acolher o pão que Deus
oferece e reparti-lo com todos os homens. É dessa forma que os membros da
comunidade do Reino fugirão da escravidão do egoísmo e alcançarão a liberdade
do amor.
Liturgia da Palavra do Domingo XVIII do Tempo Comum
I Leitura Is
55, 1-3
«Vinde
e comei»
O
alimento e a bebida, com que se sustenta a nossa vida, são para nós coisas tão
fundamentais que Deus se serve delas para nos fazer sentir a fome e a sede
d’Ele. Mais do que o pão para o corpo, temos necessidade do alimento do
espírito. Deus oferece-no-lo de maneira gratuita e quase nos obriga a
aceitá-lo, para que se torne cada vez mais forte e segura a aliança connosco.
Salmo 144
(145)
Abris, Senhor, as vossas mãos e saciais a nossa fome.
II Leitura: Rom 8, 35.37-39
«Nenhuma criatura poderá separar-nos do amor de Deus,
que se manifestou em Jesus Cristo»
Depois de ter apresentado, nos domingos anteriores, a
verdadeira situação do homem que vive animado pelo espírito de Cristo, S. Paulo
termina hoje este capítulo com um hino ao amor de Deus manifestado em Jesus
Cristo, amor que em nós provoca uma resposta de amor, que nada poderá vencer.
Aclamação ao Evangelho Mt 4, 4b
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
Evangelho: Mt 14, 13-21
«Todos comeram e ficaram saciados»
Palavra de Deus para a semana de 4 a 9 de agosto
4
Seg
S. João Maria Vianney, presbítero – MO
Jer 28,
1-17 - Salmo 118 (119) - Mt 14, 22-36
O Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
e aos cativos a redenção.
5
Ter
Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior – MF
Jer 30,
1-2. 12-15. 18-22 - Salmo 101 (102) - Mt 15, 1-2. 10-14
Mestre, Vós sois o Filho de Deus, Vós sois o Rei de
Israel.
6
Qua
Transfiguração do Senhor – FESTA
Dan 7, 9-10. 13-14 ou 2 Pedro 1,
16-19 - Salmo 96 (97) - Mt 17, 1-9
Este é o meu Filho muito amado,
no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O.
7
Qui
SS. Sisto II, papa, e Companheiros, mártires – MF
S. Caetano, presbítero – MF
Jer 31,
31-34 - Salmo 50 (51) - Mt 16, 13-23
Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha
Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
8
Sex
S. Domingos, presbítero – MO
Naum 2, 1.
3; 3, 1-3. 6-7 - Salmo Deut 32, 41 - Mt 16, 24-28
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da
justiça,
porque deles é o reino dos Céus.
9
Sáb
S. Teresa Benedita da Cruz, virgem e mártir,
Padroeira da Europa – FESTA
Os 2, 16b.
21-22 - Salmo 44 (45) - Mt 25,1-13
Vem, esposa de Cristo, recebe a coroa de glória,
que o Senhor te preparou para sempre.
4
Seg
|
S. João Maria Vianney, presbítero – MO
Jer 28,
1-17 - Salmo 118 (119) - Mt 14, 22-36
O Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
e aos cativos a redenção.
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5
Ter |
Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior – MF
Jer 30,
1-2. 12-15. 18-22 - Salmo 101 (102) - Mt 15, 1-2. 10-14
Mestre, Vós sois o Filho de Deus, Vós sois o Rei de
Israel.
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6
Qua
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Transfiguração do Senhor – FESTA
Dan 7, 9-10. 13-14 ou 2 Pedro 1,
16-19 - Salmo 96 (97) - Mt 17, 1-9
Este é o meu Filho muito amado,
no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O.
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7
Qui
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SS. Sisto II, papa, e Companheiros, mártires – MF
S. Caetano, presbítero – MF
Jer 31,
31-34 - Salmo 50 (51) - Mt 16, 13-23
Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha
Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
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8
Sex
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S. Domingos, presbítero – MO
Naum 2, 1.
3; 3, 1-3. 6-7 - Salmo Deut 32, 41 - Mt 16, 24-28
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da
justiça,
porque deles é o reino dos Céus.
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9
Sáb
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S. Teresa Benedita da Cruz, virgem e mártir,
Padroeira da Europa – FESTA
Os 2, 16b.
21-22 - Salmo 44 (45) - Mt 25,1-13
Vem, esposa de Cristo, recebe a coroa de glória,
que o Senhor te preparou para sempre.
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PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XIX DO TEMPO COMUM
1
Reis 19, 9a.11-13a «Sai e
permanece no monte à espera do Senhor»
Salmo
84 (85) Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor e dai-nos a vossa
salvação.
Rom
9, 1-5 «Quisera eu
próprio ser separado de Cristo
por amor dos
meus irmãos»
Mt
14, 22-33 «Manda-me ir
ter contigo sobre as águas»
Deus preocupa-se sempre em oferecer a todos os homens
a vida em abundância. Ele convida todos os homens para o “banquete” do Reino…
Aos desclassificados e proscritos que vivem à margem da vida e da história, aos
que têm fome de amor e de justiça, aos que vivem atolados no desespero, aos que
têm permanentemente os olhos toldados por lágrimas de tristeza, aos que o mundo
condena e marginaliza, aos que não têm pão na mesa nem paz no coração, Deus
diz: “quero oferecer-te essa plenitude de vida que os homens teus irmãos te
negam. Tu também estás convidado para a mesa do Reino”.
A nossa responsabilidade de seguidores de Jesus
compromete-nos com a “fome” do mundo. Nenhum cristão pode dizer que não tem
culpa pelo facto de 80 por cento da humanidade ser obrigada a viver com 20 por
cento dos recursos disponíveis… Nenhum cristão pode “lavar as mãos” quando se
gastam em armas e extravagâncias recursos que deviam estar ao serviço da saúde,
da educação, da habitação, da construção de redes de saneamento básico… Nenhum
cristão pode dormir tranquilo quando tantos homens e mulheres, depois de uma
vida de trabalho, recebem pensões miseráveis que mal dão para pagar os
medicamentos. Nós temos responsabilidades na forma como o mundo se constrói…
Os bens que Deus colocou à disposição dos seus filhos
não podem ser açambarcados por alguns; pertencem a todos os homens e devem ser
postos ao serviço de todos. É preciso quebrar a lógica egoísta do lucro e substitui-la pela lógica do dom, da
partilha, do amor. Sem isto, nenhuma mudança social criará, de verdade, um
mundo mais justo e mais fraterno.
Intenções para a Eucaristia de 3 de agosto (10:00h)
João de Jesus Pinto, mãe e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Antero Pinto; Maria Rosa Leal Pinheiro; Maria da Graça da Glória, marido e filho; Emídio Luís, esposa e filho; António Pinto Melo; António Soares PinheiroIntenções para a Eucaristia de 10 de agosto (11:00h)
Ação de Graças a S. Paio; Manuel Vieira Ribeiro; Alexandre da Silva Azeredo; António da Silva Luís, do Lameu; Familiares de Madalena Teixeira de Almeida e António Casimiro Almeida; António Pereira da Silva Guimarães; Luísa Pereira e marido, do AltoCastelinho Jovem - Visita da Nossa Senhora da Natividade do Castelinho:
- 3 de agosto, 21.00h - Reflexão: “Maria, modelo no que ela foi”
- 4 de agosto, 21.00h -Terço Mariano dinamizado pelas Vicentinas e Mov. M. Fátima
- 5 de agosto, 21.00h - Terço Mariano dinamizado pelos Acólitos e Zeladoras
- 6 de agosto,21.00h - Terço Mariano dinamizado pelos Leitores
- 7 de agosto, 21.00h - Terço Mariano dinamizado pelo Grupo Coral
- 8 de agosto, 21.00h - Procissão de Velas, Despedida
10 ago – Eucaristia, igreja, 11:00h
A
narração do Evangelho que hoje nos é proposta tem um inegável contexto
eucarístico (as palavras “ergueu os olhos ao céu e recitou a bênção, partiu os
pães e deu-os aos discípulos” levam-nos à fórmula que usamos sempre que
celebrámos a Eucaristia).
Na
verdade, sentar-se à mesa com Jesus e receber o pão que Ele oferece
(Eucaristia) é comprometer-se com a dinâmica do Reino e é assumir a lógica da
partilha, do amor, do serviço. Celebrar a Eucaristia obriga-nos a lutar contra
as desigualdades, os sistemas de exploração, os esquemas de açambarcamento dos
bens, os esbanjamentos, a procura de bens supérfluos…
Quando
celebramos a Eucaristia e nos comprometemos com uma lógica de partilha e de
dom, estamos a tornar Jesus presente no mundo e a fazer com que o Reino seja
uma realidade viva na história dos homens.