10 de agosto de 2014

Domingo XIX do Tempo Comum

“Manda-me ir ter contigo sobre as águas”


A liturgia do 19º Domingo do Tempo Comum tem como tema fundamental a
revelação de Deus. Fala-nos de um Deus apostado em percorrer, de braço dado com os homens, os caminhos da história.

A primeira leitura convida os crentes a regressarem às origens da sua fé e do seu compromisso, a fazerem uma peregrinação ao encontro do Deus da comunhão e da Aliança. O encontro com esse Deus que Se manifesta no silêncio, na intimidade, na simplicidade, na humildade, na interioridade do coração do homem leva à ação: o encontro com Deus conduz sempre o homem a um empenho concreto e a um compromisso com o mundo.

A segunda leitura sugere que esse Deus, apostado em vir ao encontro dos homens e em revelar-lhes o seu rosto de amor e de bondade, tem uma proposta de salvação que oferece a todos. Deus é eternamente fiel às suas promessas e nunca falha. Paulo convida-nos a estarmos atentos às manifestações desse Deus e a não perdermos as oportunidades de salvação que Ele nos oferece.

O Evangelho apresenta-nos uma reflexão sobre a caminhada histórica dos discípulos, enviados à “outra margem” a propor aos homens o banquete do Reino. Nessa “viagem”, a comunidade do Reino não está sozinha, à mercê das forças da morte: em Jesus, o Deus do amor e da comunhão vem ao encontro dos discípulos, estende-lhes a mão, dá-lhes a força para vencer a adversidade, a desilusão, a hostilidade do mundo. Os discípulos são convidados a reconhecê-l’O, a acolhê-l’O e a aceitá-l’O como “o Senhor”.


“Tu és verdadeiramente o Filho de Deus”! Esta confissão reflete a fé dos verdadeiros discípulos, que veem em Jesus o Deus que vence o “mar”, o Senhor da vida e da história que acompanha a caminhada dos seus, que lhes dá a força para vencer as forças da opressão e da morte, da frustração, do desânimo, da desilusão, que lhes estende a mão quando eles estão desanimados e com medo e que não os deixa afundar.

Liturgia da Palavra do Domingo XIX do Tempo Comum


I Leitura                 1 Reis 19, 9a.11-13a

«Sai e permanece no monte à espera do Senhor»

A descoberta de Deus deixa sempre o homem penetrado de um santo temor. Quer Deus Se revele no rugido do vento, no tremor de terra e no trovão, como no Sinai, quer na brisa suave, como hoje a Elias, a sua presença há-de provocar sempre no homem o sentimento profundo que Pedro experimentou quando o Senhor lhe estendeu a mão no mar e o salvou.
               
Salmo                     Salmo 84 (85)

                Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor e dai-nos a vossa salvação.

II Leitura:             Rom 9, 1-5

«Quisera eu próprio ser separado de Cristo por amor dos meus irmãos»

A situação e o destino do povo judeu, do meio do qual veio Jesus, povo a quem Deus fez as suas promessas, é para S. Paulo motivo de grande mágoa e um mistério que não sabe explicar. Mas espera que, um dia, também eles venham a fazer parte do povo de Deus.               
               
Aclamação ao Evangelho                   Salmo 129 (130)

Eu confio no Senhor, a minha alma espera na sua palavra.


Evangelho:            Mt 14, 22-33

«Manda-me ir ter contigo sobre as águas»

A descoberta que os Apóstolos fizeram de que Jesus era o Todo-Poderoso encheu-os, a princípio, de assombro e até de medo. Mas, num segundo momento, Pedro teve o desejo de fazer a mesma experiência do Mestre: andar sobre as águas. Todavia a fé não lhe foi bastante. É assim, pouco a pouco, experiência a experiência, que a fé vai lançando raízes profundas no coração.


ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA, 15 de agosto

Nota Histórica

Ao terminar a Sua missão na terra, Maria, a Imaculada Mãe de Deus, «foi elevada em corpo e alma à glória do céu» (Pio XII), sendo assim a primeira criatura humana a alcançar a plenitude da salvação.
Esta glorificação de Maria é uma consequência natural da Sua Maternidade divina: Deus «não quis que conhecesse a corrupção do túmulo Aquela que gerou o Senhor da vida».
É também o fruto da íntima e profunda união existente entre Maria e a Sua missão e Cristo e a Sua obra salvadora. Plenamente unida a Cristo, como Sua Mãe e Sua serva humilde, associada, estreitamente a Ele, na humilhação e no sofrimento, não podia deixar de vir a participar do mistério de Cristo ressuscitado e glorificado, numa conformação levada até às últimas consequências. Por isso, Maria é «elevada ao Céu em corpo e alma e exaltada por Deus como Rainha, para assim Se conformar mais plenamente com Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte» (LG. 59).
Este privilégio, concedido à Virgem Imaculada, preservada e imune de toda a mancha da culpa original, é «Sinal» de esperança e de alegria para todo o Povo de Deus, que peregrina pela terra em luta com o pecado e a morte, no meio dos perigos e dificuldades da vida. Com efeito, a Mãe de Jesus, «glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há de consumar no século futuro» (LG. 68).
O triunfo de Maria, mãe e filha da Igreja, será o triunfo da Igreja, quando, juntamente com a Humanidade, atingir a glória plena, de que Maria goza já.
A Assunção de Maria ao Céu, em corpo e alma, é a garantia de que o homem se salvará todo: também o nosso corpo ressuscitará! A Assunção de Maria é o penhor seguro de que o homem triunfará da morte!

Palavra de Deus para a semana de 11 a 16 de agosto  


11
Seg
S. Clara, virgem – MO
Ez 1, 2-5. 24-28c - Salmo 148 - Mt 17, 22-27
Deus chamou-nos por meio do Evangelho,
para tomar parte na glória de Nosso Senhor Jesus Cristo
12
Ter
S. Joana Francisca de Chantal, religiosa – MF
Ez 2, 8 – 3, 4 - Salmo 118 (119) - Mt 18, 1-5. 10. 12-14
Tomai o meu jugo sobre vós, diz o Senhor,
e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração.
13
Qua
S. Ponciano, papa, e S. Hipólito, presbítero, mártires – MF
Ez 9, 1-7; 10, 18-22 - Salmo 112 (113) - Mt 18, 15-20
Em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo
e confiou-nos a palavra da reconciliação
14
Qui
S. Maximiliano Maria Kolbe, presbítero e mártir – MO
Ez 12, 1-12 - Salmo 77 (78) - Mt 18, 21 – 19, 1
Fazei brilhar sobre mim a vossa face
e dai-me a conhecer os vossos decretos.
15
Sex
ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA – SOLENIDADE
Ap 11, 19a; 12, 1-6a. 10ab - Salmo 44 (45) - 1 Cor 15, 20-27 - Lc 1, 39-56
Felizes os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática.
16
Sáb
S. Estêvão da Hungria – MF
Ez 18, 1-10. 13b. 30-32 - Salmo 50 (51) - Mt 19, 13-15
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino.

PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XX DO TEMPO COMUM


Is 56, 1.6-7                           «Conduzirei os filhos dos estrangeiros ao meu santo monte»

Salmo     66 (67)                  Louvado sejais, Senhor, pelos povos de toda a terra.

Rom 11, 13-15.29-32        «Os dons e o chamamento de Deus para com Israel
são irrevogáveis»

Mt 15, 21-28                       «Mulher, é grande a tua fé»


Intenções para a Eucaristia de 10 de agosto (11:00h)

Ação de Graças a S. Paio; Manuel Vieira Ribeiro; Alexandre da Silva Azeredo; António da Silva Luís, do Lameu; Familiares de Madalena Isabel e António Casimiro Almeida; António Pereira da Silva Guimarães; Luísa Pereira e marido, do Alto; Manuel Joaquim Teixeira e familiares

Intenções para a Eucaristia de 14 de agosto (19:30h)

Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim; Maria da Conceição Soares; Carlos André; José de Azeredo e Silva; Aniversário Falecimento de Manuel Duarte Moreira

Intenções para a Eucaristia de 17 de agosto (10:00h)

Benilde Delfina da Luz Pinto; Pais de António da Luz Pinto; Joaquim Pinto Vieira e esposa; António da Silva Luís, do Lameu; José Ferreira Aguiar; Associados da Mensagem de Fátima; Maria da Conceição Moreira, de Vila; almas do Purgatório

Agenda


14 ago
    • Assunção da Virgem Santa Maria (Vésperas) - Eucaristia, igreja, 19:30h
17 ago
    • Eucaristia, igreja, 10:00h 
    • Adoração ao Santíssimo Sacramento, igreja, 15:00h


A caminhada histórica dos discípulos e o seu testemunho do banquete do Reino não é um caminho fácil, feito no meio de aclamações das multidões e dos aplausos unânimes dos homens. A comunidade (o “barco”) dos discípulos tem de abrir caminho através de um mar de dificuldades, continuamente batido pela hostilidade dos adversários do Reino e pela recusa do mundo em acolher os projectos de Jesus. Todos os dias o mundo nos mostra – com um sorriso irónico – que os valores em que acreditamos e que procuramos testemunhar estão ultrapassados. Todos os dias o mundo insiste em provar-nos – às vezes com agressividade, outras vezes com comiseração – que só seremos competitivos e vencedores quando usarmos as armas da arrogância, do poder, do orgulho, da prepotência, da ganância…
Jesus diz aos discípulos, tantas vezes desanimados e assustados: “tende confiança. Sou Eu. Não temais”. Os discípulos sabem, assim, que não há qualquer razão para se deixarem afundar no desespero e na desilusão. Mesmo quando a sua fé vacila, eles sabem que a mão de Jesus está lá, estendida, para que eles não sejam submergidos pelas forças do egoísmo, da injustiça, da morte. Nada nem ninguém poderá roubar a vida àqueles que lutam para instaurar o Reino. Jesus, vivo e ressuscitado, não deixa nunca que sejamos vencidos.