Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo
25 de
novembro de 2012
“É como dizes: sou Rei.
Para isso nasci e vim ao mundo,
a fim de dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz” Jo 18, 37.
Para isso nasci e vim ao mundo,
a fim de dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz” Jo 18, 37.
No 34º Domingo do Tempo Comum,
celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. A Palavra de
Deus que nos é proposta neste último domingo do ano litúrgico convida-nos a
tomar consciência da realeza de Jesus; deixa claro, no entanto, que essa
realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma realeza
que se concretiza de acordo com uma lógica própria, a lógica de Deus. O
Evangelho, especialmente, explica qual é a lógica da realeza de Jesus.
A primeira leitura anuncia que Deus
vai intervir no mundo, a fim de eliminar a crueza, a ambição, a violência, a
opressão que marcam a história dos reinos humanos. Através de um “filho de
homem” que vai aparecer “sobre as nuvens”, Deus vai devolver à história a sua
dimensão de “humanidade”, possibilitando que os homens sejam livres e vivam na
paz e na tranquilidade. Os cristãos verão nesse “filho de homem” vitorioso um
anúncio da realeza de Jesus.
Na segunda leitura, o autor do Livro
do Apocalipse apresenta Jesus como o Senhor do Tempo e da História, o princípio
e o fim de todas as coisas, o “príncipe dos reis da terra”, Aquele que há-de
vir “por entre as nuvens” cheio de poder, de glória e de majestade para
instaurar um reino definitivo de felicidade, de vida e de paz. É, precisamente,
a interpretação cristã dessa figura de “filho de homem” de que falava a
primeira leitura.
O Evangelho apresenta-nos, num quadro
dramático, Jesus a assumir a sua condição de rei diante de Pontius Pilatus. A
cena revela, contudo, que a realeza reivindicada por Jesus não assenta em
esquemas de ambição, de poder, de autoridade, de violência, como acontece com
os reis da terra. A missão “real” de Jesus é dar “testemunho da verdade”; e
concretiza-se no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida.
I Leitura: Dan 7, 13-14
«O seu poder é eterno»
O “Filho de homem” de que fala o profeta é a maneira de falar que Jesus depois adoptou, aplicando-a a Si mesmo. Este “Filho de homem” que recebe de Deus um reino eterno é Jesus, que, pela oblação de Si mesmo ao Pai na Cruz, mereceu a glória da ressurreição, e assim Se tornou o “Primogénito de entre os mortos”, Cabeça de toda a humanidade por Ele remida, Senhor de todo o Universo, sentado à direita do Pai.
Salmo 92
«O Príncipe dos reis da terra fez de nós um reino de sacerdotes para Deus»
O Apocalipse de S. João, escrito em tempo de perseguição, proclama, para além da opressão e da morte infligida à Igreja, o triunfo pascal de Jesus, o Crucificado, mas agora Ressuscitado. Ele é Rei e Sacerdote diante de Deus. E os membros do seu povo, que é o seu Corpo místico, são, com Ele e n’Ele, reis e sacerdotes; são um povo real e sacerdotal; assim os fez o Baptismo.
ALELUIA Mc 11, 9.10
Evangelho: Jo
18, 33b-37
«É como dizes: sou Rei»
No tribunal judaico do Sinédrio, Jesus tinha aplicado a Si o título de “Filho do homem”, referido pelo profeta Daniel na primeira leitura. Agora, no tribunal romano diante de Pilatos, confirma o título de Rei, que os seus inimigos citam contra Ele como motivo de condenação. Mas, só os que são da verdade podem compreender o que diz a sua voz
PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 26 DE NOVEMBRO A 01 DE DEZEMBRO
Seg 26 nov
Beato Tiago Alberione, presbítero
(MF)
Ap 14, 1-3. 4b-5 – Salmo 23 – Lc 21, 1-4
“Viu uma viúva muito pobre deitar
duas pequenas moedas”
Ter 27 nov
Ap 14, 14-19 – Salmo 95 – Lc 21, 5-11
“Não ficará pedra sobre pedra”
Qua 28 nov
Ap 15, 1-4 – Salmo 97 – Lc 21, 12-19
“Todos vos odiarão por causa do
meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá”
Qui 29 nov
Ap 18, 1-2. 21-23; 19, 1-3. 9ª – Salmo 99 – Lc 21, 20-28
“Jerusalém será calcada pelos
pagãos, até que aos pagãos chegue a sua hora”
Sex 30 nov
Santo André, apóstolo (F)
Rm 10, 9-18 – Salmo 18 – Mt 4, 18-22
“Eles deixaram logo as redes e seguiram Jesus”
Sáb 1 dez
Ap 22, 1-7 – Salmo 94 – Lc 21, 34-36
“Vigiai, para que possais
livrar-vos de tudo isto que está para acontecer”
PREPARANDO A LITURGIA PARA O PRÓXIMO DOMINGO:
Jer 33, 14-16
«Farei germinar para David um rebento de justiça»
Salmo 24 Para Vós, Senhor, elevo a minha alma
1 Tes 3, 12
– 4, 2
«O Senhor confirme os vossos
corações no dia de Cristo»
Lc 21, 25-28.34-36
«A vossa libertação está próxima»
INTENÇÕES LEMBRADAS NA EUCARISTIA DE 25 DE NOVEMBRO
·
Emídio Ribeiro;
Manuel Barbosa Araújo; Manuel da Silva Pinto; Martinho da Silva Pereira;
António Araújo da Lapas; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra.
da Piedade; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido,
de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de
Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira
INTENÇÕES
PARA A EUCARISTIA DE 02 DE DEZEMBRO (09:30h)
·
Emídio Ribeiro;
João de Jesus Pinto, de Requim, mãe e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e
seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; António Vieira, esposa
e filho; Joaquim Pinto Vieira e esposa; Maria Rosa Leal Pinheiro
-
30 NOV:
Conferência com D. António Couto, sala
da cultura da Casa do Povo de Vila Boa do Bispo, 21:00h
-
01 DEZ: Oração Comunitária de
Vésperas do 1º Sábado, Igreja, 20:00h
Nós, os que aderimos a Jesus e optámos por integrar a comunidade
do Reino de Deus, temos de dar testemunho da lógica de Jesus. Mesmo contra a
corrente, a nossa vida, as nossas opções, a forma de nos relacionarmos com
aqueles com quem todos os dias nos cruzamos, devem ser marcados por uma
contínua atitude de serviço humilde, de dom gratuito, de respeito, de partilha,
de amor. Como Jesus, também nós temos a missão de lutar – não com a força do
ódio e das armas, mas com a força do amor – contra todas as formas de
exploração, de injustiça, de alienação e de morte… O reconhecimento da realeza
de Cristo convida-nos a colaborar na construção de um mundo novo, do Reino de
Deus.
A forma simples e despretensiosa como
Jesus, o nosso Rei, Se apresenta, convida-nos a repensar certas atitudes,
certas formas de organização e certas estruturas que criamos… A comunidade de
Jesus (a Igreja) não pode estruturar-se e organizar-se com os mesmos critérios
dos reinos da terra… Deve interessar-se mais por dar um testemunho de amor e de
solidariedade para com os pobres e marginalizados do que em controlar as
autoridades políticas e os chefes das nações; deve preocupar-se mais com o
serviço simples e humilde aos homens do que com os títulos, as honras, os
privilégios; deve apostar mais na partilha e no dom da vida do que na posse de
bens materiais ou na eficiência das estruturas. Se a Igreja não testemunhar, no
meio dos homens, essa lógica de realeza que Jesus apresentou diante de Pontius
Pilatus, está a ser gravemente infiel à sua missão