10 de novembro de 2012

DOMINGO XXXII DO TEMPO COMUM


DOMINGO XXXII DO TEMPO COMUM

11 de novembro de 2012


A liturgia do 32º Domingo do Tempo Comum fala-nos do verdadeiro culto, do culto que devemos prestar a Deus. A Deus não interessam grandes manifestações religiosas ou ritos externos mais ou menos sumptuosos, mas uma atitude permanente de entrega nas suas mãos, de disponibilidade para os seus projectos, de acolhimento generoso dos seus desafios, de generosidade para doarmos a nossa vida em benefício dos nossos irmãos.

A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de uma mulher pobre de Sarepta, que, apesar da sua pobreza e necessidade, está disponível para acolher os apelos, os desafios e os dons de Deus. A história dessa viúva que reparte com o profeta os poucos alimentos que tem, garante-nos que a generosidade, a partilha e a solidariedade não empobrecem, mas são geradoras de vida e de vida em abundância.

A segunda leitura oferece-nos o exemplo de Cristo, o sumo-sacerdote que entregou a sua vida em favor dos homens. Ele mostrou-nos, com o seu sacrifício, qual é o dom perfeito que Deus quer e que espera de cada um dos seus filhos. Mais do que dinheiro ou outros bens materiais, Deus espera de nós o dom da nossa vida, ao serviço desse projecto de salvação que Ele tem para os homens e para o mundo.

O Evangelho diz, através do exemplo de outra mulher pobre, de outra viúva, qual é o verdadeiro culto que Deus quer dos seus filhos: que eles sejam capazes de Lhe oferecer tudo, numa completa doação, numa pobreza humilde e generosa (que é sempre fecunda), num despojamento de si que brota de um amor sem limites e sem condições. Só os pobres, isto é, aqueles que não têm o coração cheio de si próprios, são capazes de oferecer a Deus o culto verdadeiro que Ele espera.


LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO XXXII DO TEMPO COMUM


I Leitura:                            1 Reis 17, 10-16

«Do seu punhado de farinha, a viúva fez um pãozinho

e trouxe-o a Elias»


Frequentes vezes, a palavra de Deus apresenta o contraste entre a opulência e a pobreza, entre a ostentação e a simplicidade, para nos fazer compreender que os humildes e os simples, que a Sagrada Escritura chama “os pobres”, têm o primeiro lugar aos olhos de Deus. Nesta leitura, vemos como foi uma pobre viúva que soube acolher o profeta de Deus, e como por isso foi recompensada com dons abundantes.

               

Salmo  145


Refrão:                Ó minha alma, louva o Senhor


II Leitura:                            Hebr 9, 24-28

«Cristo ofereceu-Se uma só vez


O sacrifício de Cristo, oferecido por Ele sobre a Cruz, é o momento culminante de toda a vida de Jesus e até da história de toda a humanidade. Oferecendo-Se em sacrifício ao Pai, Ele abriu o caminho para junto de Deus, primeiro para Ele mesmo, como homem que também era, e, em Si e consigo, para todos os que a Ele se entregam e Lhe obedecem, como Ele obedeceu ao Pai. Em Cristo todos podem encontrar o caminho e a porta para Deus.   


ALELUIA                                             Mt 5, 3


Refrão:                                Bem-aventurados os pobres em espírito,

porque deles é o reino dos Céus


Evangelho:                         Mc 12, 38-44

«Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros»


Como a viúva de que falava a primeira leitura também esta outra viúva a que se refere agora o Evangelho amou mais a palavra de Deus do que os seus poucos bens, que eram, na verdade os únicos e bem pequenos. Mas, por isso mesmo, a sua acção foi de maior alcance e mais meritória do que as grandes dádivas dos que muito possuíam. Gesto bem pequeno, portador de uma grande lição, porque inspirado por um grande amor.               


PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 12 A 17 DE  NOVEMBRO


Seg, 12 nov

São Josafat, bispo e mártir  (MO)

Tt, 1, 1-9 – Salmo 23 – Lc 17, 1-6

“Se sete vezes vier ter contigo e te disser: «Estou arrependido», tu lhe perdoarás”


Ter, 13 nov

Tt 2, 1-8. 11-14 – Salmo 36 – Lc 17, 7-10

“Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer”


Qua, 14 nov

Tt 3, 1-7 – Salmo 22 – Lc 17, 11-19

“Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro”


Qui, 15 nov

Santo Alberto Magno, bispo e doutor da Igreja  (MF)

Fm 7-20 – Salmo 145 – Lc 17, 20-25

“O Reino de Deus está no meio d vós”


Sex, 16 nov

Santa Margarida da escócia e Santa Gertrudes, virgem  (MF)

2Jo 4-9 – Salmo 118 – Lc 17, 26-37

“No dia em que Se manifestar o Filho do homem”


Sáb, 17 nov

Santa Isabel da Hungria, religiosa

3 jo, 5-8 – Salmo 111 – Lc 18, 1-8

“Deus fará justiça aos Seus eleitos, que por Ele clamam”


PREPARANDO A LITURGIA PARA O PRÓXIMO DOMINGO:


Dan 12, 1-3

«Nesse tempo virá a salvação para o teu povo»


Salmo 15             Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio


Hebr 10, 11-14.18

«Por uma única oblação,tornou perfeitos para sempre os que foram santificados»


Mc 13, 24-32

«Reunirá os seus eleitos dos quatro pontos cardeais»

INTENÇÕES LEMBRADAS NA EUCARISTIA  DE 10 DE NOVEMBRO

·         Pais e irmão de José Barreto; António Silva Luís; Alexandre da Silva Azeredo; Maria Pinto da Costa e marido, de Requim; António da Silva Pinto e seus pais; Manuel Joaquim Teixeira; Helena de Jesus Martins, marido e filho; Luísa Pereira e marido, do Alto; Albano Ferraz, do Carreiro; António Soares Moura; José Ferreira Aguiar

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 18 DE NOVEMBRO   (09:30h)

·         Rosa de Jesus; Associados da Mensagem de Fátima; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; David Tendela Pereira e sua mãe; Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim; Carlos André; José de Azeredo e Silva; António Monteiro Teixeira; Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro


11 a 18  NOV: - Semana dos Seminários:

         “Sacerdote: irmão na fé e servidor da fé dos irmãos”

15 NOV:                - Recepção do Concílio do Sínodo da Nova Evangelização, por Aura Miguel, Associação Católica do Porto, rua Passos Manuel, 54, Porto, 21.30h

               

O que Deus pede é que sejamos capazes de Lhe oferecer tudo, que aceitemos despojar-nos das nossas certezas, das nossas manifestações de orgulho e de vaidade, dos nossos projectos pessoais e preconceitos, a fim de nos entregarmos confiadamente nas suas mãos, com total confiança, numa completa doação, numa pobreza humilde e fecunda, num amor sem limites e sem condições. Esse é o verdadeiro culto, que nos aproxima de Deus e que nos torna membros da família de Deus. O verdadeiro crente é aquele que não guarda nada para si, mas que, dia a dia, no silêncio e na simplicidade dos gestos mais banais, aceita sair do seu egoísmo e da sua auto-suficiência e colocar a totalidade da sua existência nas mãos de Deus.

Só quem não vive para as riquezas, só quem não tem o coração obcecado com a posse dos bens: do dinheiro, da conta bancária, do orgulho, da auto-suficiência, da vontade de triunfar a todo o custo, do desejo de poder e de autoridade, do desejo de ser aplaudido e admirado é capaz de estar disponível para acolher os desafios de Deus e para aceitar, com humildade e simplicidade, os valores do Reino. Esses são os preferidos de Deus. O exemplo desta mulher garante-nos que só quem é “pobre” – isto é, quem não tem o coração demasiado cheio de si próprio – é capaz de viver para Deus e de acolher os desafios e os valores do Reino.

Somos convidados a subir, descendo; a vender o nosso eu indispensável, adquirindo em troca a nossa inutilidade.