DOMINGO XXV
DO TEMPO COMUM
23 de Setembro
de 2012
Quem quiser
ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos
A liturgia do 25º Domingo do Comum convida os crentes
a prescindir da “sabedoria do mundo” e a escolher a “sabedoria de Deus”. Só a
“sabedoria de Deus” – dizem os textos bíblicos deste domingo – possibilitará ao
homem o acesso à vida plena, à felicidade sem fim.
A primeira leitura avisa os crentes de que escolher a
“sabedoria de Deus” provocará o ódio do mundo. Contudo, o sofrimento não pode
desanimar os que escolhem a “sabedoria de Deus”: a perseguição é a consequência
natural da sua coerência de vida.
A segunda leitura exorta os crentes a viverem de
acordo com a “sabedoria de Deus”, pois só ela pode conduzir o homem ao encontro
da vida plena. Ao contrário, uma vida conduzida segundo os critérios da
“sabedoria do mundo” irá gerar violência, divisões, conflitos, infelicidade,
morte.
O Evangelho apresenta-nos uma história de confronto
entre a “sabedoria de Deus” e a “sabedoria do mundo”. Jesus, imbuído da lógica
de Deus, está disposto a aceitar o projecto do Pai e a fazer da sua vida um dom
de amor aos homens; os discípulos, imbuídos da lógica do mundo, não têm
dificuldade em entender essa opção e em comprometer-se com esse projecto. Jesus
avisa-os, contudo, de que só há lugar na comunidade cristã para quem escuta os
desafios de Deus e aceita fazer da vida um serviço aos irmãos, particularmente
aos humildes, aos pequenos, aos pobres.
LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO XXV DO TEMPO COMUM
I Leitura: Sab 2, 12.17-20
«Condenemo-lo
à morte infamante»
Esta leitura descreve, em primeiro lugar, a atitude
dos judeus influenciados pelas civilizações dos outros povos que lhes iam
fazendo perder a fé na lei de Deus, transmitida pelos seus antepassados. Esses
pagãos experimentam-nos, perseguindo-os e maltratando-os. O mistério da Cruz
virá demonstrar que os sofrimentos dos homens, assumidos por Jesus, não serão
uma derrota que põe fim a tudo, mas caminho de libertação e glória, porque Deus
está com o justo. O justo por excelência é Jesus Cristo.
Salmo 53
Refrão: O Senhor sustenta a minha vida.
II Leitura:
Tg 3, 16 – 4, 3
«O
fruto da justiça semeia-se na paz
para
aqueles que praticam a paz»
A má convivência entre
os homens procede sempre da atitude interior, egoísta, menos recta, viciada,
própria de uma natureza deixada a si mesma, onde a sabedoria de Deus não lançou
a sua luz e a sua paz. Porque a natureza não pode dar esta sabedoria, é
necessário pedi-la a Deus, que a dará abundantemente a quem Lha pedir.
ALELUIA Deus chamou-nos por meio do
Evangelho, para alcançarmos a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo
Evangelho: Mc 9, 30-37
«O
Filho do homem vai ser entregue...
Quem
quiser ser o primeiro será o servo de todos»
A leitura da hoje
continua a do domingo anterior: Jesus quer fazer compreender aos seus o sentido
da sua Paixão e o sentido da vida cristã em geral, que não é a procura de
grandezas, mas o serviço de Deus e dos homens segundo os caminhos de Deus: os
da humildade e simplicidade.
PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 24 A 29 SETEMBRO
Seg 24 set
Pr 3, 27-34 – Salmo 14 – Lc 8, 16-18
“ A lâmpada coloca-se num
candelabro para que os que entram vejam a luz”
Ter 25 set
Pr 21, 1-6. 10-13 – Salmo 118 – LC 8, 19-21
“Minha mãe e meus irmãos são
aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”
Qua 26 set
São Cosme e São Damião, mártires (M F)
São Cosme e São Damião, mártires (M F)
Pr 30, 5-9 – Salmo 118 – Lc 9, 1-6
“Enviou-os a proclamar o Reino de
Deus e a curar os enfermos”
Qui 27 set
São Vicente de Paulo, presbítero (M O)
São Vicente de Paulo, presbítero (M O)
Ecl 3, 1-11 – Salmo 89 – Lc 9, 7-9
“A João mandei-o eu decapitar. Mas
quem é este homem, de quem oiço tais coisas?”
São Venceslau, mártir; São Lourenço Ruiz, e companheiros, mártires (M F)
Ecl 3, 1-11 – Salmo 143 – Lc 9, 18-22
“Eis o Messias de Deus. O Filho
do homem tem de sofrer muito”
Sáb 29 set
Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael (F)
Dn 7, 9-10. 13-14 ou Ap 12, 7-12a
- Salmo 137 – Jo 1, 47-51
“Vereis o céu aberto e os Anjos
de deus subindo e descendo sobre o Filho do homem”
PREPARANDO A LITURGIA PARA O
PRÓXIMO DOMINGO:
Num
11, 25-29
«Estás com ciúmes por causa de mim?
Quem dera que todo o povo fosse profeta!»
Salmo 18
Os preceitos do Senhor alegram o coração.
Tg
5, 1-6
«As vossas riquezas estão apodrecidas»
Mc 9, 38-43.45.47-48
«Quem não é contra nós é por nós.
Se a tua mão é para ti ocasião de escândalo, corta-a»
INTENÇÕES LEMBRADAS NA EUCARISTIA DE 23 DE SETEMBRO
· Rosa de Jesus; Associados da Mensagem de Fátima; Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro; Manuel Barbosa Araújo; Manuel da Silva Pinto; Martinho da Silva Pereira; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. Da Piedade; em honra de Nossa Sra. Da Piedade; José Gomes de Araújo; António José Lino; Manuel Duarte Moreira; Emídio Ribeiro
INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA DE 30 DE SETEMBRO (09:30h)
· Ricardo Luís e filha; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; 30.º dia por Maria Emília Leal Teixeira
O Evangelho de hoje convida-nos a repensar a nossa
forma de nos situarmos, quer na sociedade, quer dentro da própria comunidade
cristã.
Na nossa sociedade, os primeiros são os que têm
dinheiro, os que têm poder, os que freqentam as festas badaladas nas revistas
da sociedade, os que vestem segundo as exigências da moda, os que têm sucesso
profissional, os que sabem colar-se aos valores politicamente correctos… E na
comunidade cristã? Quem são os primeiros? As palavras de Jesus não deixam
qualquer dúvida: “quem quiser ser o primeiro, será o último de todos e o servo
de todos”. Na comunidade cristã, a única grandeza é a grandeza de quem, com
humildade e simplicidade, faz da própria vida um serviço aos irmãos. Na
comunidade cristã não há donos, nem grupos privilegiados, nem pessoas mais
importantes do que as outras, nem distinções baseadas no dinheiro, na beleza,
na cultura, na posição social… Na comunidade cristã há irmãos iguais, a quem a
comunidade confia serviços diversos em vista do bem de todos. Aquilo que nos
deve mover é a vontade de servir, de partilhar com os irmãos os dons que Deus
nos concedeu.
A atitude de
serviço que Jesus pede aos seus discípulos deve manifestar-se, de forma
especial, no acolhimento dos pobres, dos débeis, dos humildes, dos
marginalizados, dos sem direitos, daqueles que não nos trazem o reconhecimento
público, daqueles que não podem retribuir-nos… Seremos capazes de acolher e de
amar os que levam uma vida pouco exemplar, os marginalizados, os estrangeiros,
os doentes incuráveis, os idosos, os difíceis, os que ninguém quer e ninguém
ama?
Pároco: 963330564
Diácono Permanente: 962613363