16 de setembro de 2012

DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM


DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM

16 de setembro de 2012

 Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me



A liturgia do 24º Domingo do Tempo Comum diz-nos que o caminho da realização plena do homem passa pela obediência aos projectos de Deus e pelo dom total da vida aos irmãos. Ao contrário do que o mundo pensa, esse caminho não conduz ao fracasso, mas à vida verdadeira, à realização plena do homem.

A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar a Palavra da salvação e que, para cumprir essa missão, enfrenta a perseguição, a tortura, a morte. Contudo, o profeta está consciente de que a sua vida não foi um fracasso: quem confia no Senhor e procura viver na fidelidade ao seu projecto, triunfará sobre a perseguição e a morte. Os primeiros cristãos viram neste “servo de Jahwéh” a figura de Jesus.

A segunda leitura lembra aos crentes que o seguimento de Jesus não se concretiza com belas palavras ou com teorias muito bem elaboradas, mas com gestos concretos de amor, de partilha, de serviço, de solidariedade para com os irmãos.

No Evangelho, Jesus é apresentado como o Messias libertador, enviado ao mundo pelo Pai para oferecer aos homens o caminho da salvação e da vida plena. Cumprindo o plano do Pai, Jesus mostra aos discípulos que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas pelo amor e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo, tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.


LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM


I Leitura:                            Is 50, 5-9a

«Apresentei as costas àqueles que me batiam»


Esta leitura do Antigo Testamento fala-nos de uma personagem a que a Sagrada Escritura dá o nome de “Servo do Senhor”. Apresenta-se como alguém obediente a Deus, sujeito a muitas humilhações, mas sempre confiante no Senhor, e que, por fim, Deus exaltará na glória. É a figura típica de Jesus na sua Paixão, obediente até à morte na Cruz, exaltado na glória da Ressurreição, como o Evangelho O vai apresentar.        

               

Salmo    114

Refrão:                                                Caminharei na terra dos vivos

                            na presença do Senhor.


II Leitura:                            Tg 2, 14-18

«A fé sem obras está morta»


A pregação de S. Tiago é muito concreta. A fé vive-se na prática da vida de cada dia, sobretudo nas relações com o próximo, que hão-de ter sempre a caridade como fundamento. A fé supõe a aceitação total da palavra de Deus, no pensar, no querer, no agir. Acreditar não é apenas admitir com a inteligência a verdade que a Igreja ensina, mas viver, em toda a vida, dessa mesma verdade. Doutro modo, a fé estaria morta, e a fé é um princípio de vida.             


ALELUIA              Toda a minha glória está na cruz do Senhor,

por quem o mundo está crucificado para mim

e eu para o mundo.                                                     

               

Evangelho:                         Mc 8, 27-35

«Tu és o Messias... O Filho do homem tem de sofrer muito»


Jesus anuncia, pela primeira vez, a sua Paixão, depois de Pedro ter feito um acto de fé na sua missão de Messias. Ao ouvir falar da Paixão Pedro escandaliza-se. Não consegue ligar as ideias de Messias com a do sofrimento, muito menos com a da Morte. Não tinha ainda compreendido as palavras sobre o “Servo de Deus” sofredor de que fala a primeira leitura.


PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 17  A  22  SETEMBRO

seg 17 set
São Roberto Belarmino, bispo e doutor da Igreja  (M F)

1 Cor 11, 17-26. 33 – 39 – Lc 7, 1-10

“nem em Israel encontrei uma grande fé”

ter 18 set
1 Cor 12, 12-14. 27-31a   – Salmo 99 – Lc 7, 11-17

“Jovem, Eu te digo: levanta-te”

qua 19 set
São Januário, bispo e mártir  (M F)

1 Cor 12, 31-13, 13 – Salmo 32 – Lc 7, 31-35

“Tocámos flauta e não dançastes, entoámos cânticos de luto e não chorastes”

qui 20 set
Santos André Kim Taegon, presbítero, Paulo Chang Hasang e companheiros, mártires   (M O)

1 Cor 15, 1-11 – Salmo 117 – Lc 7, 36-50

“São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou”

sex 21 set
São Mateus, Apóstolo   (F)

Ef 4, 1-7. 11-17 – Salmo 18 A – Mt 9, 9-13

“Segue-Me: ele levantou-se e seguiu Jesus”

sáb 22 set
1 Cor 15, 35-37. 42-49 – Salmo 55 – Lc  8, 4-15

A semente que caiu em boa terra são aqueles que conservam a palavra e dão fruto pela sua perseverança”


PREPARANDO A LITURGIA PARA  O PRÓXIMO DOMINGO:


Sab 2, 12.17-20

«Condenemo-lo à morte infamante»


Salmo  53           

O Senhor sustenta a minha vida.


Tg 3, 16 – 4, 3

«O fruto da justiça semeia-se na paz

para aqueles que praticam a paz»


Mc 9, 30-37

«O Filho do homem vai ser entregue...

Quem quiser ser o primeiro será o servo de todos»


INTENÇÕES LEMBRADAS NA EUCARISTIA  DE 16 DE SETEMBRO

  

·         David Tendela Pereira e sua mãe; 3.º aniversário de João de Jesus Pinto; Luísa Pereira e marido, do Alto; Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim; Carlos André; 30.º dia por Rosa Pereira de Jesus; José de Azeredo e Silva; António Monteiro Teixeira

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 23 DE SETEMBRO   (09:30h)


·         Rosa de Jesus; Associados da Mensagem de Fátima; Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro; Manuel Barbosa Araújo; Manuel da Silva Pinto; Martinho da Silva Pereira; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. Da Piedade; em honra de Nossa Sra. Da Piedade

50 anos de Partilha do Dom de Deus

   22 de Setembro: Oração de Taizé,

por diác. José Tavares da paróquia de Espinho

Auditório do CDF, 21:00h

Quem são os verdadeiros discípulos de Jesus? Muitos de nós receberam uma catequese que insistia em ritos, em fórmulas, em práticas de piedade, em determinadas obrigações legais, mas que deixou para segundo plano o essencial: o seguimento de Jesus. A identidade cristã constrói-se à volta de Jesus e da sua proposta de vida. Que nenhum de nós tenha dúvidas: ser cristão é bem mais do que ser baptizado, ter casado na igreja, organizar a festa do santo padroeiro da paróquia, ou dar-se bem com o padre… Ser cristão é, essencialmente, seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida. O cristão é aquele que faz de Jesus a referência fundamental à volta da qual constrói toda a sua existência; e é aquele que renuncia a si mesmo e que toma a mesma cruz de Jesus.

O que é “renunciar a si mesmo”? É não deixar que o egoísmo, o orgulho, o comodismo, a auto-suficiência dominem a vida. O seguidor de Jesus não vive fechado no seu cantinho, a olhar para si mesmo, indiferente aos dramas que se passam à sua volta, insensível às necessidades dos irmãos, alheado das lutas e reivindicações dos outros homens; mas vive para Deus e na solidariedade, na partilha e no serviço aos irmãos.

O que é “tomar a cruz”? É amar até às últimas consequências, até à morte. O seguidor de Jesus é aquele que está disposto a dar a vida para que os seus irmãos sejam mais livres e mais felizes. Por isso, o cristão não tem medo de lutar contra a injustiça, a exploração, a miséria, o pecado, mesmo que isso signifique enfrentar a morte, a tortura, as represálias dos poderosos.