31 de Janeiro
A minha boca proclamará a vossa salvação.
Salmo 70 (71)
O tema da liturgia deste domingo convida a
refletir sobre o “caminho do profeta”: caminho de sofrimento, de solidão, de
risco, mas também caminho de paz e de esperança, porque é um caminho onde Deus
está. A liturgia de hoje assegura ao “profeta” que a última palavra será sempre
de Deus: “não temas, porque Eu estou contigo para te salvar”.
A
primeira leitura apresenta a figura do profeta Jeremias. Escolhido, consagrado
e constituído profeta por Deus, Jeremias vai arrostar com todo o tipo de
dificuldades; mas não desistirá de concretizar a sua missão e de tornar uma
realidade viva no meio dos homens a Palavra de Deus.
A
segunda leitura fala do amor –o amor desinteressado e gratuito –apresentando-o
como a essência da vida cristã. É um aviso ao “profeta” no sentido de se deixar
guiar pelo amor e nunca pelo próprio interesse… Só assim a sua missão fará
sentido. Este amor(em grego, “agape”) -gratuito, desinteressado, sincero,
fraterno, que se preocupa com o outro, que sofre pelo outro, que procura o bem
do outro sem esperar nada em troca –não desaparecerá nunca, não mudará jamais.
Ele é a única coisa perfeita; por isso permanecerá sempre. Desse tipo de
relacionamento, nasce a Igreja –a comunidade dos que vivem o “agape”.
O
Evangelho apresenta-nos o profeta Jesus, desprezado pelos habitantes de Nazaré
(eles esperavam um Messias espetacular e não entenderam a proposta profética de
Jesus). O episódio anuncia a rejeição de Jesus pelos judeus e o anúncio da Boa
Nova a todos os que estiverem dispostos a acolhê-la –sejam pagãos ou judeus.
O programa
de Jesus é a apresentação de uma proposta de libertação aos pobres,
marginalizados e oprimidos. No entanto, esse “caminho” não vai ser entendido e
aceite pelo povo judeu (isto é, os “da sua terra”), que estão mais interessados
num Messias milagreiro e espetacular. Os “seus” rejeitarão a proposta de Jesus
e tentarão eliminá-l’O (anúncio da morte na cruz); mas a liberdade de Jesus
vence os inimigos (alusão à ressurreição) e a evangelização segue o seu caminho
(“passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho”), até atingir os que estão
verdadeiramente dispostos a acolher a salvação/libertação (alusão a Elias e
Eliseu que se dirigiram aos pagãos porque o seu próprio povo não estava
disponível para escutar a Palavra de Deus).
Liturgia da Palavra do Domingo IV do Tempo
Comum
I
Leitura Jer 1, 4-5.17-19
«Eu
te constituí profeta entre as nações»
Desde
o dia da sua vocação, Jeremias, que os seus compatriotas hão-de acolher tão
mal, é destinado por Deus para levar a palavra divina até aos pagãos. A palavra
de Deus vem ao mundo para chegar a toda a Terra; e deve partir do meio do povo
que Ele mesmo acolheu, mas que tantas vezes não é o que Lhe dá melhor
acolhimento.
Salmo
70 (71)
A
minha boca proclamará a vossa salvação.
II
Leitura 1 Cor 12, 31 –13, 13
«Agora
permanecem a fé, a esperança e a caridade;
mas
a maior de todas é a caridade»
No
Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja, há grande diversidade de dons e
graças. Depois de se referir a essa variedade, que enriquece o corpo da Igreja,
o Apóstolo aponta o que é carisma de todos os cristãos e a que todos são
chamados, embora cada um em grau diferente: a caridade. Esta leitura é um
verdadeiro hino à caridade.
Aclamação
ao Evangelho Lc 4, 18
O
Senhor enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres,
a
proclamar aos cativos a redenção.
Evangelho
Lc 4, 21-30
Como
Elias e Eliseu, Jesus não é enviado somente aos judeus
Como
Jeremias, também Jesus foi mal recebido pelos seus, e, deixando Nazaré, a terra
“onde Se tinha criado”, partiu para outros lugares, onde a palavra de Deus
pudesse encontrar quem melhor a escutasse. Deus liga-Se a determinadas
circunstâncias humanas e temporais; mas a sua Palavra vem ao mundo para ser
levada até aos confins da Terra. Ela não veio para dividir, mas para unir;
dividir, só a verdade do erro, o bem do mal, a luz das trevas, porque Deus é
Luz.
Preparando a Liturgia
para o Domingo V
do Tempo Comum
Is
6, 1-2a.3-8
«Eis-me
aqui: podeis enviar-me»
Salmo
137 (138)
Na
presença dos Anjos, eu Vos louvarei, Senhor.
1
Cor 15, 1-11
«É
assim que pregamos e foi assim que acreditastes»
Lc 5,
1-11
«Deixaram
tudo e seguiram Jesus»
Palavra de Deus para a Semana de 1 a 6 de Fevereiro
1 Segunda-feira
2 Sam 15, 13-14. 30: 16, 5-13a -Salmo3-Mc 5, 1-20
Apareceu no meio de nós um grande profeta: Deus visitou o seu
povo.
2 Terça-feira
Mal 3, 1-4 ou Hebr 2, 14-18 -Salmo23 (24)-Lc 2, 22-40 ou Lc
2, 22-32
Luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo.
3 Quarta-feira
2 Sam 24, 2. 8b-17 -Salmo31 (32)-Mc 6, 1-6
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me
4 Quinta-feira
1 Reis 2, 1-4. 10-12 –Salmo1 Cr29, 10-11ab. 11c-12ab. 12c-13
-Mc 6, 7-13
Está próximo o reino de Deus: arrependei-vos e acreditai no
Evangelho
5 Sexta-feira
Sir 47, 2-13 (gr. 2-11) -Salmo17 (18)-Mc 6, 14-29
Felizes os que recebem a palavra de Deus de coração sincero e
generoso
E produzem fruto pela perseverança.
6 Sábado
1 Reis 3, 4-13 -Salmo118 (119)-Mc 6, 30-34
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me
S. João Bosco, presbítero
Nasceu
em 1815 perto de Castelnuovo na diocese de Turim. Sofreu muitas privações nos
primeiros anos. Ordenado sacerdote, consagrou todas as suas energias à educação
da juventude e com esse fim fundou várias obras, sobretudo a Sociedade de S.
Francisco de Sales (Salesianos). Escreveu também vários opúsculos de cultura
religiosa. Morreu em 1888.
3
Fevereiro
S. Brás, bispo e mártir – MF
São
Brás, bispo e mártir, que padeceu pela fé cristã em Sebaste, na antiga Arménia,
hoje Sivas, na Turquia, sob o mandato do imperador Licínio.
S. Anscário, bispo – MF
Santo
Óscar (ou Anscário), bispo de Hamburgo e depois também de Bremen, na Saxónia,
atualmente na Alemanha, que, tendo sido monge de Corbie, foi legado do papa
Gregório IV nas missões de toda a Escandinávia; anunciou o Evangelho a
multidões de pessoas e estabeleceu a Igreja de Cristo na Dinamarca e na Suécia,
superando com grande fortaleza de ânimo numerosas dificuldades, até que, em
Bremen, descansou dos seus trabalhos.
4
Fevereiro
S. João de Brito, presbítero e mártir
Nasceu
em Lisboa no dia 1 de Março de 1647, de família nobre. Depois de uma piedosa
adolescência, entrou na Companhia de Jesus e, ordenado sacerdote, embarcou para
as missões da Índia, onde trabalhou no meio de grandes sofrimentos e
perseguições, mas também com grande fruto apostólico. Foi de lá enviado à
Europa como Procurador das Missões e de novo partiu para a Índia; no dia 4 de
Fevereiro de 1693 alcançou a glória do martírio.
5
Fevereiro
Santa Águeda, virgem e mártir
Sofreu o
martírio em Catânia (Sicília), provavelmente na perseguição de Décio. O seu
culto propagou-se desde a antiguidade por toda a Igreja e o seu nome foi
inserido no Cânon Romano.
2
Fevereiro
Apresentação do Senhor
Quarenta
dias após o nascimento de Jesus, em obediência à lei de Moisés (Ex. 13, 11-13),
Maria leva o Menino ao templo, a fim de ser oferecido ao Senhor. Toda a oferta
implica uma renúncia. Por isso, a Apresentação do Senhor não é um mistério
gozoso, mas doloroso. Começa, nesse dia, o mistério de sofrimento, que atingirá
o seu ponto culminante no Calvário, quando Jesus, que não foi «poupado» pelo
Pai, oferecer o Seu Sangue como sinal da nova e definitiva Aliança. Ao oferecer
Jesus, Maria oferece-Se também com Ele. Durante toda a vida de Jesus, estará
sempre ao lado do Filho, dando a Sua colaboração para a obra da Redenção. O
gesto de Maria, que «oferece», traduz-se em gesto litúrgico, quando ao
celebrarmos a Eucaristia, oferecemos «os frutos da terra e do trabalho do
homem», símbolo da nossa vida.
Antes
da Missa, está prevista no Missal a procissão das velas, acesas em honra de
Cristo que vem como luz das nações, e ao encontro de quem a Igreja caminha
guiada já por essa mesma luz.
Intenções
para a Eucaristia de 31 de Janeiro (10h)
Alexandre
Joaquim Soares;
Fernando
Moreira Caetano;
Joaquim
Moreira e esposa, do Alto;
Maria
Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova;
Joaquim
Vieira e esposa, das Regadas;
Gualter
Ferraz Pinto, de Vila Nova;
Maria
da Conceição Aguiar Pinto e marido;
Alexandre
Luís Barros Ferraz e seu pai;
António
Soares Pinheiro;
Missa
de Ação de Graças;
Maria
Adelaide Pinto Melo, pais e sogros;
Fernando
da Rocha Rafael;
José
Vieira Bouça e Maria Rosa Bessa de Almeida;
Pai
e padrinhos de Olinda das Lapas;
7º
Dia de José Pereira de Madureira e Ana Barbosa Moreira.
Intenções
para a Eucaristia de 7 de Fevereiro (10h)
Aniversário
natalício de Palmira Pereira de Jesus, marido e filha;
Ana
de Jesus Bernardo;
Pedro
Soares;
Albano
Ferraz, do Carreiro, e filho Alexandre;
João
de Jesus Pinto de Requim, mãe e sogros;
Natália
Fernanda da Silva Alves, e seus avós;
Margarida
Teixeira de Jesus, marido e filho;
Maria
Rosa Leal Pinheiro;
Emídio
Luís, esposa e filho;
António
Pinto Melo;
Alexandre
da Silva Azeredo;
António
da Silva Luís, do Lameu.
O
profeta é o homem que vive de olhos postos em Deus e de olhos postos no mundo.
Vivendo em comunhão com Deus e intuindo o projeto que Ele tem para o mundo, e
confrontando esse projeto com a realidade humana, é aí que ele intervém, em
nome de Deus, para denunciar, para avisar, para corrigir.
No
Batismo, fomos ungidos como profetas, à imagem de Cristo.
Estamos
conscientes dessa vocação a que Deus a todos nos convocou?