28 de fevereiro de 2016

Domingo IV do Tempo Comum

31 de Janeiro



A minha boca proclamará a vossa salvação. 

Salmo 70 (71)


O tema da liturgia deste domingo convida a refletir sobre o “caminho do profeta”: caminho de sofrimento, de solidão, de risco, mas também caminho de paz e de esperança, porque é um caminho onde Deus está. A liturgia de hoje assegura ao “profeta” que a última palavra será sempre de Deus: “não temas, porque Eu estou contigo para te salvar”.

A primeira leitura apresenta a figura do profeta Jeremias. Escolhido, consagrado e constituído profeta por Deus, Jeremias vai arrostar com todo o tipo de dificuldades; mas não desistirá de concretizar a sua missão e de tornar uma realidade viva no meio dos homens a Palavra de Deus.

A segunda leitura fala do amor –o amor desinteressado e gratuito –apresentando-o como a essência da vida cristã. É um aviso ao “profeta” no sentido de se deixar guiar pelo amor e nunca pelo próprio interesse… Só assim a sua missão fará sentido. Este amor(em grego, “agape”) -gratuito, desinteressado, sincero, fraterno, que se preocupa com o outro, que sofre pelo outro, que procura o bem do outro sem esperar nada em troca –não desaparecerá nunca, não mudará jamais. Ele é a única coisa perfeita; por isso permanecerá sempre. Desse tipo de relacionamento, nasce a Igreja –a comunidade dos que vivem o “agape”.

O Evangelho apresenta-nos o profeta Jesus, desprezado pelos habitantes de Nazaré (eles esperavam um Messias espetacular e não entenderam a proposta profética de Jesus). O episódio anuncia a rejeição de Jesus pelos judeus e o anúncio da Boa Nova a todos os que estiverem dispostos a acolhê-la –sejam pagãos ou judeus.

O programa de Jesus é a apresentação de uma proposta de libertação aos pobres, marginalizados e oprimidos. No entanto, esse “caminho” não vai ser entendido e aceite pelo povo judeu (isto é, os “da sua terra”), que estão mais interessados num Messias milagreiro e espetacular. Os “seus” rejeitarão a proposta de Jesus e tentarão eliminá-l’O (anúncio da morte na cruz); mas a liberdade de Jesus vence os inimigos (alusão à ressurreição) e a evangelização segue o seu caminho (“passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho”), até atingir os que estão verdadeiramente dispostos a acolher a salvação/libertação (alusão a Elias e Eliseu que se dirigiram aos pagãos porque o seu próprio povo não estava disponível para escutar a Palavra de Deus).


Liturgia da Palavra do Domingo IV do Tempo Comum


I Leitura Jer 1, 4-5.17-19

«Eu te constituí profeta entre as nações»

Desde o dia da sua vocação, Jeremias, que os seus compatriotas hão-de acolher tão mal, é destinado por Deus para levar a palavra divina até aos pagãos. A palavra de Deus vem ao mundo para chegar a toda a Terra; e deve partir do meio do povo que Ele mesmo acolheu, mas que tantas vezes não é o que Lhe dá melhor acolhimento.

Salmo 70 (71)

A minha boca proclamará a vossa salvação.

II Leitura 1 Cor 12, 31 –13, 13

«Agora permanecem a fé, a esperança e a caridade;
mas a maior de todas é a caridade»


No Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja, há grande diversidade de dons e graças. Depois de se referir a essa variedade, que enriquece o corpo da Igreja, o Apóstolo aponta o que é carisma de todos os cristãos e a que todos são chamados, embora cada um em grau diferente: a caridade. Esta leitura é um verdadeiro hino à caridade.

Aclamação ao Evangelho Lc 4, 18

O Senhor enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres,
a proclamar aos cativos a redenção.

Evangelho Lc 4, 21-30

Como Elias e Eliseu, Jesus não é enviado somente aos judeus

Como Jeremias, também Jesus foi mal recebido pelos seus, e, deixando Nazaré, a terra “onde Se tinha criado”, partiu para outros lugares, onde a palavra de Deus pudesse encontrar quem melhor a escutasse. Deus liga-Se a determinadas circunstâncias humanas e temporais; mas a sua Palavra vem ao mundo para ser levada até aos confins da Terra. Ela não veio para dividir, mas para unir; dividir, só a verdade do erro, o bem do mal, a luz das trevas, porque Deus é Luz.


 
Preparando a Liturgia para o Domingo V 

do Tempo Comum


Is 6, 1-2a.3-8
«Eis-me aqui: podeis enviar-me»

Salmo 137 (138)
Na presença dos Anjos, eu Vos louvarei, Senhor.

1 Cor 15, 1-11
«É assim que pregamos e foi assim que acreditastes»

Lc 5, 1-11
«Deixaram tudo e seguiram Jesus»


Palavra de Deus para a Semana de 1 a 6 de Fevereiro


1 Segunda-feira
2 Sam 15, 13-14. 30: 16, 5-13a -Salmo3-Mc 5, 1-20
Apareceu no meio de nós um grande profeta: Deus visitou o seu povo.

2 Terça-feira
Mal 3, 1-4 ou Hebr 2, 14-18 -Salmo23 (24)-Lc 2, 22-40 ou Lc 2, 22-32
Luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo.

3 Quarta-feira
2 Sam 24, 2. 8b-17 -Salmo31 (32)-Mc 6, 1-6
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me

4 Quinta-feira
1 Reis 2, 1-4. 10-12 –Salmo1 Cr29, 10-11ab. 11c-12ab. 12c-13 -Mc 6, 7-13
Está próximo o reino de Deus: arrependei-vos e acreditai no Evangelho

5 Sexta-feira
Sir 47, 2-13 (gr. 2-11) -Salmo17 (18)-Mc 6, 14-29
Felizes os que recebem a palavra de Deus de coração sincero e generoso
E produzem fruto pela perseverança.

6 Sábado
1 Reis 3, 4-13 -Salmo118 (119)-Mc 6, 30-34
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me


31 Janeiro


S. João Bosco, presbítero

Nasceu em 1815 perto de Castelnuovo na diocese de Turim. Sofreu muitas privações nos primeiros anos. Ordenado sacerdote, consagrou todas as suas energias à educação da juventude e com esse fim fundou várias obras, sobretudo a Sociedade de S. Francisco de Sales (Salesianos). Escreveu também vários opúsculos de cultura religiosa. Morreu em 1888.


3 Fevereiro


S. Brás, bispo e mártir – MF

São Brás, bispo e mártir, que padeceu pela fé cristã em Sebaste, na antiga Arménia, hoje Sivas, na Turquia, sob o mandato do imperador Licínio.



S. Anscário, bispo – MF

Santo Óscar (ou Anscário), bispo de Hamburgo e depois também de Bremen, na Saxónia, atualmente na Alemanha, que, tendo sido monge de Corbie, foi legado do papa Gregório IV nas missões de toda a Escandinávia; anunciou o Evangelho a multidões de pessoas e estabeleceu a Igreja de Cristo na Dinamarca e na Suécia, superando com grande fortaleza de ânimo numerosas dificuldades, até que, em Bremen, descansou dos seus trabalhos.



4 Fevereiro


S. João de Brito, presbítero e mártir

Nasceu em Lisboa no dia 1 de Março de 1647, de família nobre. Depois de uma piedosa adolescência, entrou na Companhia de Jesus e, ordenado sacerdote, embarcou para as missões da Índia, onde trabalhou no meio de grandes sofrimentos e perseguições, mas também com grande fruto apostólico. Foi de lá enviado à Europa como Procurador das Missões e de novo partiu para a Índia; no dia 4 de Fevereiro de 1693 alcançou a glória do martírio.



5 Fevereiro


Santa Águeda, virgem e mártir

Sofreu o martírio em Catânia (Sicília), provavelmente na perseguição de Décio. O seu culto propagou-se desde a antiguidade por toda a Igreja e o seu nome foi inserido no Cânon Romano.



2 Fevereiro


Apresentação do Senhor

Quarenta dias após o nascimento de Jesus, em obediência à lei de Moisés (Ex. 13, 11-13), Maria leva o Menino ao templo, a fim de ser oferecido ao Senhor. Toda a oferta implica uma renúncia. Por isso, a Apresentação do Senhor não é um mistério gozoso, mas doloroso. Começa, nesse dia, o mistério de sofrimento, que atingirá o seu ponto culminante no Calvário, quando Jesus, que não foi «poupado» pelo Pai, oferecer o Seu Sangue como sinal da nova e definitiva Aliança. Ao oferecer Jesus, Maria oferece-Se também com Ele. Durante toda a vida de Jesus, estará sempre ao lado do Filho, dando a Sua colaboração para a obra da Redenção. O gesto de Maria, que «oferece», traduz-se em gesto litúrgico, quando ao celebrarmos a Eucaristia, oferecemos «os frutos da terra e do trabalho do homem», símbolo da nossa vida.
Antes da Missa, está prevista no Missal a procissão das velas, acesas em honra de Cristo que vem como luz das nações, e ao encontro de quem a Igreja caminha guiada já por essa mesma luz.

 


Intenções para a Eucaristia de 31 de Janeiro (10h)

Alexandre Joaquim Soares;
Fernando Moreira Caetano;
Joaquim Moreira e esposa, do Alto;
Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova;
Joaquim Vieira e esposa, das Regadas;
Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova;
Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido;
Alexandre Luís Barros Ferraz e seu pai;
António Soares Pinheiro;
Missa de Ação de Graças;
Maria Adelaide Pinto Melo, pais e sogros;
Fernando da Rocha Rafael;
José Vieira Bouça e Maria Rosa Bessa de Almeida;
Pai e padrinhos de Olinda das Lapas;
7º Dia de José Pereira de Madureira e Ana Barbosa Moreira.

 
Intenções para a Eucaristia de 7 de Fevereiro (10h)

Aniversário natalício de Palmira Pereira de Jesus, marido e filha;
Ana de Jesus Bernardo;
Pedro Soares;
Albano Ferraz, do Carreiro, e filho Alexandre;
João de Jesus Pinto de Requim, mãe e sogros;
Natália Fernanda da Silva Alves, e seus avós;
Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho;
Maria Rosa Leal Pinheiro;
Emídio Luís, esposa e filho;
António Pinto Melo;
Alexandre da Silva Azeredo;
António da Silva Luís, do Lameu.


O profeta é o homem que vive de olhos postos em Deus e de olhos postos no mundo. Vivendo em comunhão com Deus e intuindo o projeto que Ele tem para o mundo, e confrontando esse projeto com a realidade humana, é aí que ele intervém, em nome de Deus, para denunciar, para avisar, para corrigir.
No Batismo, fomos ungidos como profetas, à imagem de Cristo.
Estamos conscientes dessa vocação a que Deus a todos nos convocou?