24 de de Janeiro
«O Senhor enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres, a proclamar aos cativos a redenção.» Lc 4, 18
A liturgia deste domingo coloca no centro da
nossa reflexão a Palavra de Deus: ela é, verdadeiramente, o centro à volta do
qual se constrói a experiência cristã. Essa Palavra não é uma doutrina
abstrata, para deleite dos intelectuais; mas é, primordialmente, um anúncio
libertador que Deus dirige a todos os homens e que incarna em Jesus e nos
cristãos.
Na primeira leitura,
exemplifica-se como a Palavra deve estar no centro da vida comunitária e como
ela, uma vez proclamada, é geradora de alegria e de festa. A Palavra de Deus
dirige-se a todos sem exceção, a todos interpela e questiona. Odia “consagrado
ao Senhor” é um dia de alegria e de festa para a comunidade que se deixa
interpelar pela Palavra, que confronta a sua vida com a Palavra proclamada e
que sente, na sequência, a urgência da conversão.
A segunda leitura apresenta a
comunidade gerada e alimentada pela Palavra libertadora de Deus: é uma família
de irmãos, onde os dons de Deus são repartidos e postos ao serviço do bem
comum, numa verdadeira comunhão e solidariedade. O corpo de Cristo é,
verdadeiramente, a comunidade que nasce da Palavra e que se alimenta da
Palavra.
No Evangelho, apresenta-se
Cristo como a Palavra que se faz pessoa no meio dos homens, a fim de levar a
libertação e a esperança às vítimas da opressão, do sofrimento e da miséria.
Sugere-se, também, que a comunidade de Jesus é a comunidade que anuncia ao
mundo essa Palavra libertadora.
Jesus manifesta de forma bem
nítida a consciência de que foi investido do Espírito de Deus e enviado para
pôr cobro a tudo o que rouba a vida e a dignidade do homem.
O projeto libertador de Deus
em favor dos homens prisioneiros do egoísmo, da injustiça e do pecado começa a
cumprir-se na ação de Jesus: “cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da
Escritura que acabais de ouvir”. Lucas vai descrever a actividade de Jesus
na Galileia como o anúncio de uma “boa notícia” dirigida preferencialmente aos
pobres e marginalizados, anunciando-lhes que chegou o fim de todas as
escravidões e o tempo novo da vida e da liberdade para todos.
Lucas anuncia, também, o caminho futuro da Igreja. A comunidade cristã
toma consciência de que a sua missão é a mesma de Cristo e consiste em levar a
“boa notícia” da libertação aos mais pobres, débeis e marginalizados do mundo.
Ungida pelo Espírito para levar a cabo esta missão, a Igreja cumpre o
seguimento de Jesus.
Liturgia da Palavra do Domingo III do Tempo Comum
I Leitura Ne
8, 2-4a.5-6.8-10
«Liam o Livro
da Lei e explicavam o seu sentido»
A proclamação da palavra de
Deus, que Jesus faz na sinagoga de Nazaré, como será ouvir na leitura do
Evangelho de hoje, aparece já no Antigo Testamento, cinco séculos antes de
Cristo, como se vê por esta leitura. Podemos observar o cuidado na proclamação,
a atenção na assembleia e como já então o povo aclamava a palavra escutada, tal
como a celebração litúrgica actual continua a prever. É com esta leitura e o
salmo que se lhe segue que se inaugura a “mesa da palavra”, o ambão, no dia da
Dedicação de uma nova igreja.
Salmo 18 B
(19)
As
vossas palavras, Senhor, são espírito e As vossas palavras, Senhor, são
espírito e vida.
II Leitura 1
Cor 12, 12-30
«Vós sois
corpo de Cristo e seus membros, cada um na sua parte»
Com esta comparação do corpo,
S. Paulo quer fazer-nos compreender que, na Igreja, há muitos campos de ação,
diferentes uns dos outros, mas que isso não deve ser causa de divisão, mas, ao
contrário, de unidade, porque todos esses serviços são fruto do mesmo e único
Espírito.
Aclamação ao
Evangelho Lc 4, 18
O Senhor
enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres, a proclamar aos cativos a redenção.
Evangelho Lc
1, 1-4; 4, 14-21
«Cumpriu-se hoje esta passagem da
Escritura»
Esta leitura
começa com a introdução em que o evangelista expõe o método que seguiu para se
informar sobre o Evangelho que vai escrever, e faz a dedicatória do mesmo a um
tal Teófilo, nome que significa “Amigo de Deus”. Depois, começa a sua narração,
referindo o princípio do ministério público de Jesus. A cena passa-se na
sinagoga de Nazaré, numa celebração de Sábado. É digno de nota este facto:
Jesus inicia o seu ministério numa celebração, e nela Se apresenta como sendo
Aquele a quem a leitura se refere. De facto, o Senhor é Aquele a quem toda a
Sagrada Escritura se refere e Aquele que, em cada celebração litúrgica, é
significado e tornado presente pela própria celebração, pois que “é Ele quem
fala quando na Igreja se leem as Sagradas escrituras” (Concílio SC 7).
Preparando a Liturgia para o Domingo IV
do Tempo Comum
Jer 1,
4-5.17-19
«Eu te
constituí profeta entre as nações»
Salmo 70 (71)
A minha boca
proclamará a vossa salvação.
Cor 12, 31 –
13, 13
«Agora
permanecem a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade»
Lc 4, 21-30
Como Elias e Eliseu, Jesus não é
enviado somente aos judeus
Palavra de Deus para a semana de 25 a 30 de Janeiro
25
Segunda-feira
Act 22, 3-16 ou Act 9, 1-22
-Salmo116 -Mc 16, 15-18
Eu vos
escolhi do mundo, para que vades e deis fruto
E o vosso
fruto permaneça, diz o Senhor.
25
Terça-feira
2 Tim 1, 1-8 ou Tit 1, 1-5
-Salmo 95-Mc 3, 31-35 ou Lc 10, 1-9
Bendito
sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
Porque
revelastes aos pequeninos os mistérios do reino.
26
Quarta-feira
2 Sam 7, 4-17 -Salmo 88 (89)
-Mc 4, 1-20
A semente é a
palavra de Deus e o semeador é Cristo:
Quem O
encontra permanece para sempre.
27
Quinta-feira
2 Sam 7, 18-19. 24-29 -Salmo
131 (132) -Mc 4, 21-25
A vossa
palavra, Senhor, é farol para os meus passos
E luz para os
meus caminhos.
29
Sexta-feira
2 Sam 11, 1-4a. 5-10a. 13-17
-Salmo 50 (51) -Mc 4, 26-34
Bendito
sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
Porque
revelastes aos pequeninos os mistérios do reino.
30
Sábado
2 Sam 12, 1-7a. 10-17 -Salmo
50 (51) -Mc 4, 35-41
Deus amou
tanto o mundo que lhe deu o seu Filho unigénito;
Quem acredita n’Ele tem a vida
eterna.
24 Janeiro
S. Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja
Nasceu na Sabóia no ano 1567.
Ordenado sacerdote, trabalhou muito pela restauração da fé católica na sua
pátria. Eleito bispo de Genebra, mostrou-se verdadeiro pastor do clero e dos
fiéis, instruindo-os com os seus escritos e obras, feito modelo para todos.
Morreu em Lião a 28 de Dezembro de 1622, mas foi sepultado definitivamente em
Annecy a 24 de Janeiro do ano seguinte.
25 Janeiro
Conversão de S. Paulo, Apóstolo - FESTA
Aguerrido perseguidor dos
discípulos de Jesus, Paulo dirigia-se para Damasco, quando, inesperadamente, o
Senhor Ressuscitado lhe aparece e Se lhe revela. Vencido pela graça,
entrega-se, incondicionalmente a Cristo, que o escolhe para Seu apóstolo e o
encarrega de anunciar o Evangelho, em pé de igualdade com os Doze. Este
encontro marcou profundamente a vida, o pensamento e a acção deste Apóstolo.
Paulo descobriu, nesse momento, o poder extraordinário da graça, capaz de
transformar um perseguidor em Apóstolo. Descobriu, igualmente, que Jesus
Ressuscitado Se identifica com os cristãos («Porque Me persegues?»). Mas este
acontecimento foi também de importância decisiva para o desenvolvimento da
Igreja. O convertido de Damasco, na verdade, será o Apóstolo que mais virá a
contribuir para a expansão missionária da Igreja entre os povos pagãos.
26 Janeiro
S. Timóteo e S. Tito, bispos - MO
Timóteo e Tito, discípulos e colaboradores do apóstolo
Paulo, presidiram às Igrejas de Éfeso e de Creta, respetivamente. A eles foram
dirigidos as Epístolas chamadas «Pastorais», que contêm admiráveis
recomendações para a formação dos pastores e dos fiéis.
27 Janeiro
S. Ângela Merici, virgem - MF
Nasceu cerca do ano 1470 em
Desenzano del Garda (Veneza). Tomou o hábito da Ordem Terceira de S. Francisco
e reuniu um grupo de jovens que orientava na prática da caridade. Em 1531
fundou em Bréscia um instituto feminino sob a invocação de S. Úrsula, destinado
à formação cristã das meninas pobres. Morreu em 1540.
28 Janeiro
S. Tomás de Aquino, presbítero e doutor da Igreja - MO
Nasceu cerca do ano 1225, na
família dos Condes de Aquino. Estudou primeiramente no mosteiro do Monte
Cassino e depois em Nápoles. Entrou na Ordem dos Pregadores e completou os seus
estudos em Paris e em Colónia, tendo tido como professor S. Alberto Magno.
Escreveu muitas obras de grande erudição e exerceu o professorado, contribuindo
notavelmente para o progresso da Filosofia e da Teologia. Morreu perto de
Terracina no dia 7 de Março de 1274. A sua memória celebra-se a 28 de Janeiro,
dia em que o seu corpo foi trasladado para Tolosa, no ano 1369.
Intenções para a Eucaristia de 24 de Janeiro (10h)
António Pereira de Freitas e
esposa;
Aniversário natalício de Fernando
Pinto Melo;
Aniversário de falecimento José
Marques;
Emídio Ribeiro;
Maria da Conceição Moreira, de
Vila;
Manuel da Silva Pinto e seus
familiares;
Manuel Pinto da Costa;
Maria Emília Ferreira, da
Senhora da Piedade;
Manuel Vieira Ribeiro, pais e
sogros;
Manuel Alfredo da Fonseca
Soares;
José Bento;
Aniversário natalício de Maria
Emília Leal Teixeira
Intenções para a Eucaristia de 31 de Janeiro (10h)
Alexandre
Joaquim Soares;
Fernando
Moreira Caetano;
Joaquim
Moreira e esposa, do Alto;
Maria
Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova;
Joaquim
Vieira e esposa, das Regadas;
Gualter
Ferraz Pinto, de Vila Nova;
Maria
da Conceição Aguiar Pinto e marido;
Alexandre
Luís Barros Ferraz e seu pai;
António
Soares Pinheiro;
Missa
de Ação de Graças.
“O Espírito
do Senhor está sobre mim… Enviou-me a levar a Boa Nova aos pobres…”
Jesus fala-nos sempre no
presente para nos dizer que, hoje, o Espírito do Senhor nos é dado para que a
nossa maneira de agir mude concretamente, para que ela tome uma cor mais
evangélica.
É por nós que Jesus age para
cumprir a promessa divina. Dá-nos o seu Espírito para que o nosso coração se
liberte dos seus egoísmos, para que os outros não se sintam mal no nosso
coração, para que levemos aos pobres o apoio da nossa ajuda e da nossa
partilha, aos cegos a luz da nossa amizade, para que hoje seja um dia de felicidade
para aqueles e aquelas que encontrarmos.
É a nossa missão de cristãos: que a Boa Nova tome corpo na
nossa vida, para que a Palavra de Deus seja viva hoje!