03 de Janeiro de 2016
«Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor.» Mt 2, 2
A liturgia deste domingo celebra a
manifestação de Jesus a todos os homens… Ele é uma “luz” que se acende na noite
do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Cumprindo o projeto libertador
que o Pai nos queria oferecer, essa “luz” incarnou na nossa história, iluminou
os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida
definitiva.
A primeira leitura anuncia a chegada
da luz salvadora de Deus, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à cidade de
Deus povos de todo o mundo. Sejam quais forem as voltas que a história dá, Deus
está lá, vivo e presente, acompanhando a caminhada do seu Povo e oferecendo-lhe
a vida definitiva. Esta “fidelidade” de Deus aquece-nos o coração e renova-nos
a esperança… Caminhamos pela vida de cabeça levantada, confiando no amor
infinito de Deus e na sua vontade de salvar e libertar o homem.
No Evangelho, vemos a concretização
dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “magos” do oriente, representantes
de todos os povos da terra… Atentos aos sinais da chegada do Messias,
procuram-n’O com esperança até O encontrar, reconhecem n’Ele a “salvação de
Deus” e aceitam-n’O como “o Senhor”. A salvação rejeitada pelos habitantes de
Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem exceção.
A segunda leitura apresenta o projeto
salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando
judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos – a comunidade de Jesus. A perspetiva
de que Deus tem um projeto de salvação para oferecer ao seu Povo – já enunciada
na primeira leitura – tem aqui novos desenvolvimentos. A primeira novidade é
que Cristo é a revelação e a realização plena desse projeto. A segunda novidade
é que esse projeto não se destina apenas “a Jerusalém” (ao mundo judaico), mas
é para ser oferecido a todos os povos, sem exceção.
A Igreja, “corpo de Cristo”, é a
comunidade daqueles que acolheram “o mistério”. Nela, brancos e negros, pobres
e ricos, ucranianos ou moldavos – beneficiários todos da ação salvadora e
libertadora de Deus – têm lugar em igualdade de circunstâncias.
Liturgia da Palavra do Domingo da Solenidade
da Epifania do Senhor
I Leitura Is
60, 1-6
«Brilha sobre ti
a glória do Senhor»
Como uma cidade, construída sobre um monte, atrai o olhar de
todos, ao ser iluminada pelo sol nascente, assim Jerusalém, iluminada pelo
Nascimento de Jesus, atrai a si todos os povos, mergulhados na noite do pecado.
Será, porém, na Igreja, nova Jerusalém, que Deus reunirá todos os homens, para
lhes dar a salvação. Será n’Ela que se constituirá, definitivamente, a
comunidade dos povos. «A luz dos povos é Cristo – Mas a Sua luz resplandece no
rosto da Sua Igreja». Ela é, na verdade, o sinal e o instrumento de união com
Deus e de unidade de todo o género humano.
Salmo 71
(72)
Virão
adorar-Vos, Senhor, todos os povos da terra.
II Leitura Ef 3, 2-3a.5-6
Os
gentios recebem a mesma herança prometida.
O universalismo de Isaías era um pouco limitado;
os estrangeiros não estavam em posição de igualdade com os filhos de Israel. S.
Paulo, descrevendo o plano salvífico de Deus, proclama que todos os homens são
chamados, igualmente, a ser herdeiros da Promessa. Como consequência deste
chamamento universal para a Fé, toda a separação, toda a discriminação,
introduzidas na humanidade por culturas e civilizações, desaparecem. Todos são
chamados a formar o verdadeiro Israel e a constituir um só Corpo – o Corpo Místico
de Cristo – restabelecendo-se assim o plano primitivo de Deus acerca da
humanidade, que era um projeto de unidade e amor.
Aclamação ao Evangelho Mt
2, 2
Vimos
a sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor.
Evangelho Mt
2, 1-12
«Viemos
do Oriente adorar o Rei»
Frente ao mistério do Nascimento de Jesus, S.
Mateus procura, sobretudo, contemplá-Lo à Luz do primeiro encontro do mundo
pagão com o Salvador, de que os magos são as primícias e os representantes.
Sublinhando, de modo expressivo, a universalidade da Mensagem cristã, dirigida
a todos os homens, mesmo àqueles que, segundo as conceções estreitas do
Judaísmo, viviam fora da Geografia e da História da Salvação, o evangelista
mostra como na visita dos Magos, se realizam as profecias do A. T.
Não deixa também de o impressionar, em
contraste com o orgulho e cegueira de Herodes e dos sábios de Israel, a boa
vontade dos Magos, que, atentos aos sinais dos Tempos, se dispõem a correr a
aventura da Fé.
Preparando a Liturgia para o Domingo da Festa do Batismo do Senhor
Is 42, 1-4.6-7
«Eis
o meu servo, enlevo da minha alma»
Salmo 28 (29)
O Senhor abençoará o seu povo na paz.
Atos 10, 34-38
«Deus ungiu-O com o Espírito Santo»
Lc 3, 15-16.21-22
«Jesus
foi batizado e, enquanto orava, abriu-se o céu»
Palavra de Deus para a semana de 4 a 9 de Janeiro
4 Segunda-feira
1 Jo 3, 22 – 4, 6 - Salmo 2 - Mt 4, 12-17.
23-25
Jesus
proclamava o Evangelho do reino e curava todas as doenças entre o povo.
5 Terça-feira
1 Jo 4, 7-10 - Salmo 71 (72) - Mc 6, 34-44
O
Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
a
proclamar aos cativos a redenção.
6 Quarta-feira
1 Jo 4, 11-18 - Salmo 71 (72) - Mc 6, 45-52
Glória
a Vós, Jesus Cristo, anunciado aos gentios;
glória
a Vós, Jesus Cristo, acreditado no mundo.
7 Quinta-feira
1 Jo 4, 19 – 5, 4 - Salmo 71 (72) - Ev Lc 4,
14-22a
O
Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
a
proclamar aos cativos a redenção.
8 Sexta-feira
1 Jo 5, 5-13 - Salmo 147 - Lc 5, 12-16
Jesus
proclamava o Evangelho do reino e curava todas as doenças entre o povo.
9 Sábado
1 Jo 5, 14-21 - Salmo 149 - Jo 3, 22-30
O
povo que vivia nas trevas viu uma grande luz;
para
aqueles que habitavam na sombria região da morte uma luz se levantou.
Caminhada de Advento – Natal – 2015-2016
Há
mais alegria em dar (-se)! (At
20,35)
Felizes os misericordiosos! (Mt
5,7)
Epifania
“Entraram na casa, viram o Menino com Maria, Sua Mãe, e, prostrando-se diante d’Ele, adoraram-n’O” (Mt 2,11)!
Presença
Dar o Menino Jesus a beijar.
Cuida!
- Ir ao encontro de alguém
com quem nunca se teve coragem de dialogar.
- Sair da “zona de conforto” e tornar-se presente daquele que, aparentemente, é mais frágil.
- Rezar pelos irmãos perseguidos, refugiados, impedidos de adorar o Deus Menino em paz.
… A
Luz nova que no céu desponta e o Rebento tenro que entre nós germina apontam e
são figura do Messias. Esta estrela que arde nos olhos e no coração dos Magos
está, portanto, longe de ser uma história infantil. Orienta os passos dos Magos
e, neles, os de toda humanidade para a verdadeira ESTRELA que desponta e para o
REBENTO que germina, que é o MENINO. E os Magos e, com eles, a inteira
humanidade orientam para aquele MENINO toda a sua vida, que é o que significa o
verbo «ADORAR». Esta «adoração» pessoal é o verdadeiro presente a oferecer ao
MENINO. …
D. António Couto
7
janeiro
S. Raimundo de Penhaforte, presbítero
Nasceu pelo ano 1175 perto de Barcelona. Foi
cónego da Igreja de Barcelona, entrou depois na Ordem dos Pregadores e
colaborou com S. Pedro Nolasco na fundação da Ordem de Nossa Senhora das Mercês
para a Redenção dos Cativos. Por ordem do Papa Gregório IX, editou a coleção
das «Decretais». Eleito Geral da Ordem, governou-a com sabedoria e prudência.
Entre os seus escritos, destaca-se a «Summa Casuum» para a administração reta e
proveitosa do sacramento da Penitência. Morreu em 1275.
Intenções para a Eucaristia de 3 de Janeiro (10h)
Belmiro da Silva e Sousa, pais, sogros e
neto;
João de Jesus Pinto, de Requim, mãe e
sogros;
Natália Fernanda da Silva Alves e seus
avós;
Margarida Teixeira de Jesus, marido e
filho;
Maria Rosa Leal Pinheiro;
Antero Pinto e filho;
António Antunes, esposa e filho;
Joaquina da Silva Madureira (falecida na
Fundação Sto. António) e marido.
Intenções para a Eucaristia de 10 de Janeiro (10h)
António Pereira, pais e
sogros;
Aniversário falecimento de
Deolinda de Sousa Vieira e marido;
Aniversário falecimento José
Araújo;
Emídio Luís, esposa e
filho;
António Pinto Melo;
Ricardo Luís, Palmira Pereira
de Jesus e filha;
Alexandre da Silva Azeredo;
António da Silva Luís, do
Lameu;
Rosa de Jesus Carneiro e
Martinho Pinto, de Carvalho de Vila;
Manuel Madureira Vieira e
pai;
Familiares de Madalena
Teixeira de Almeida e de António Casimiro Almeida;
Albino Teixeira Pinto e
esposa, de Requim;
Maria da Conceição Leal
Pinto.
Diante de Jesus, o libertador
enviado por Deus, os “magos”, Herodes, os príncipes dos sacerdotes e os escribas
do povo assumem atitudes diversas, que vão desde a adoração (os “magos”), até à
rejeição total (Herodes), passando pela indiferença (os sacerdotes e os
escribas: nenhum deles se preocupou em ir ao encontro desse Messias que eles
conheciam bem dos textos sagrados). Identificamo-nos com algum destes
grupos?
Os “magos” são apresentados como
os “homens dos sinais”, que sabem ver na “estrela” o sinal da chegada da
libertação…
Somos pessoas atentas aos
“sinais” – isto é, somos capazes de ler os acontecimentos da nossa história e
da nossa vida à luz de Deus?
Procuramos perceber nos “sinais”
que aparecem no nosso caminho a vontade de Deus?
Os “magos”: viram a “estrela”,
deixaram tudo, arriscaram tudo e vieram procurar Jesus.
Somos capazes da mesma atitude de
desinstalação, ou estamos demasiado agarrados ao nosso sofá, ao nosso colchão
especial, à nossa televisão, à nossa aparelhagem, ao nosso computador?
Somos capazes de deixar tudo para
responder aos apelos que Jesus nos faz através dos irmãos?
Os “magos” representam os homens
de todo o mundo que vão ao encontro de Cristo, que acolhem a proposta
libertadora que Ele traz e que se prostram diante d’Ele. É a imagem da Igreja –
essa família de irmãos, constituída por gente de muitas cores e raças, que
aderem a Jesus e que O reconhecem como o seu Senhor.