22 de Novembro
No 34º Domingo do
Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo.
A Palavra de Deus que nos é proposta neste último domingo do ano litúrgico
convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus; deixa claro, no entanto,
que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma
realeza que se concretiza de acordo com uma lógica própria, a lógica de Deus. O
Evangelho, especialmente, explica qual é a lógica da realeza de Jesus.
A primeira leitura
anuncia que Deus vai intervir no mundo, a fim de eliminar a crueza, a ambição,
a violência, a opressão que marcam a história dos reinos humanos. O anúncio de
um “filho de homem” que virá “sobre as nuvens” para instaurar um reino que “não
será destruído” leva-nos a Jesus. Ele veio ao encontro dos homens para lhes
propor uma nova ordem, em que os pobres, os débeis, os fracos, os
marginalizados, aqueles que não podem fazer ouvir a sua voz nos grandes
areópagos internacionais não mais serão humilhados e espezinhados. Jesus
introduziu na história uma nova lógica, substituindo a lógica do orgulho e do
egoísmo, por uma lógica de amor, de serviço, de doação.
Na segunda leitura, o
autor do Livro do Apocalipse apresenta Jesus como o Senhor do Tempo e da
História, o princípio e o fim de todas as coisas, o “príncipe dos reis da
terra”, Aquele que há de vir “por entre as nuvens” cheio de poder, de glória e
de majestade para instaurar um reino definitivo de felicidade, de vida e de
paz. É, precisamente, a interpretação cristã dessa figura de “filho de homem”
de que falava a primeira leitura.
O Evangelho
apresenta-nos, num quadro dramático, Jesus a assumir a sua condição de rei
diante de Pontius Pilatus. A cena revela, contudo, que a realeza reivindicada
por Jesus não assenta em esquemas de ambição, de poder, de autoridade, de
violência, como acontece com os reis da terra. A missão “real” de Jesus é dar
“testemunho da verdade”; e concretiza-se no amor, no serviço, no perdão, na
partilha, no dom da vida.
A “realeza” de Jesus
concretiza-se, por um lado, na luta contra o egoísmo e o pecado que escravizam
o homem e que o impedem de ser livre e feliz; por outro lado, a realeza de
Jesus consuma-se na proposição de uma vida feita amor e entrega a Deus e aos
irmãos. Esta meta não se alcança através de uma lógica de poder e de força (que
só multiplicam as cadeia de mentira, de injustiça, de violência); mas
alcança-se através do amor, da partilha, do serviço simples e humilde em favor
dos irmãos. É esse “reino” que Jesus veio propor; é a esse “reino” que Ele
preside.
Liturgia da Palavra da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
I Leitura Dan 7, 13-14
«O seu poder é eterno»
O “Filho de homem” de que fala o
profeta é a maneira de falar que Jesus depois adotou, aplicando-a a Si mesmo.
Este “Filho de homem” que recebe de Deus um reino eterno é Jesus, que, pela
oblação de Si mesmo ao Pai na Cruz, mereceu a glória da ressurreição, e assim
Se tornou o “Primogénito de entre os mortos”, Cabeça de toda a humanidade por
Ele remida, Senhor de todo o Universo, sentado à direita do Pai.
Salmo 92 (93)
O Senhor é rei num trono de luz..
II Leitura Ap 1, 5-8
«O Príncipe dos reis da terra
fez de nós um reino de sacerdotes
para Deus»
O Apocalipse de S. João, escrito em
tempo de perseguição, proclama, para além da opressão e da morte infligida à
Igreja, o triunfo pascal de Jesus, o Crucificado, mas agora Ressuscitado. Ele é
Rei e Sacerdote diante de Deus. E os membros do seu povo, que é o seu Corpo
místico, são, com Ele e n’Ele, reis e sacerdotes; são um povo real e
sacerdotal; assim os fez o Batismo.
Aclamação ao Evangelho
Mc 11, 9.10
Bendito o que vem em nome do Senhor,
bendito o reino do nosso pai David.
Evangelho
Jo 18, 33b-37
«É como dizes: sou Rei»
No tribunal judaico do Sinédrio,
Jesus tinha aplicado a Si o título de “Filho do homem”, referido pelo profeta
Daniel na primeira leitura. Agora, no tribunal romano diante de Pilatos,
confirma o título de Rei, que os seus inimigos citam contra Ele como motivo de
condenação. Mas, só os que são da verdade podem compreender o que diz a sua
voz.
Preparando a liturgia para o domingo I do Advento
Jer 33, 14-16
«Farei germinar para David um rebento
de justiça»
Salmo 24 (25)
Para Vós, Senhor, elevo a minha alma.
1 Tes 3, 12 – 4, 2
«O Senhor confirme os vossos corações
no dia de Cristo»
Lc 21, 25-28.34-36
«A vossa libertação está próxima»
Palavra de Deus para a semana de 23 a 28 de Novembro
23 Segunda
Dan 1, 1-6. 8-20 - Salmo Dan
3, 52. 53 e 54. 55 e 56 - Lc 21, 1-4
Vigiai e estai preparados,
para vos apresentardes sem temor
diante do Filho do homem.
24 Terça
Dan 2, 31-45 - Salmo Dan 3,
57. 58. 59. 60. 61 - Lc 21, 5-11
Sê fiel até à morte, diz o Senhor, e
dar-te-ei a coroa da vida.
25 Quarta
Dan 5, 1-6. 13-14. 16-17.
23-28 - Salmo Dan 3,62-67- Lc 21, 12-19
Sê fiel até à morte, diz o Senhor, e dar-te-ei
a coroa da vida.
26 Quinta
Dan 6, 12-28 – Sal - Dan 3,
68.69. 70. 71. 72. 73. 74 - Lc 21, 20-28
Erguei-vos e levantai a cabeça,
porque a vossa libertação está próxima.
27 Sexta
Dan 7, 2-14 - Salmo Dan 3, 75.
76. 77. 78. 79. 80. 81- Lc 21, 29-33
«Quando virdes acontecer estas
coisas,
sabei que está próximo o reino de Deus»
28 Sábado
Dan 7, 15-27 - Salmo Dan 3,
82. 83. 84. 85. 86. 87 - Lc 21, 34-36
«Vigiai e orai em todo o tempo,
para vos apresentardes sem temor diante do Filho do homem,»
22 novembro
O culto de S. Cecília, que deu o nome
a uma basílica construída em Roma no século V, difundiu-se amplamente a partir
da narração do seu martírio em que ela é exaltada como exemplo perfeitíssimo de
mulher cristã, que abraçou a virgindade e sofreu o martírio por amor de Cristo.
23
novembro
Clemente foi o terceiro sucessor de
Pedro no governo da Igreja de Roma, no final do século I. Escreveu uma
importante carta aos Coríntios para restabelecer entre eles a paz e a
concórdia.
Nasceu na Irlanda na primeira metade
do século VI e estudou ciências sagradas e profanas. Tendo abraçado a vida
monástica, partiu para França, onde fundou muitos mosteiros que governou com
austera disciplina. Obrigado a exilar-se, foi para Itália, onde fundou o
mosteiro de Bobbio. Depois de ter dedicado tão intensa atividade para promover
a vida cristã e religiosa do seu tempo, morreu no ano 615.
24 novembro
SS. André Dung-Lac, presbítero, e Companheiros,
mártires
Nas regiões do Extremo Oriente,
antigamente chamadas Tonquim, Annam e Cochinchina, agora integradas na
república do Vietnam, foi anunciado o Evangelho desde o séc. XVI, por
intermédio de numerosos missionários, que ali fizeram florescer uma fervorosa
cristandade. Entre os séculos XVII e XIX, frequentes perseguições se levantaram
contra os cristãos, apenas intercaladas por breves períodos de paz e
tolerância, e uma incalculável multidão de mártires deu o supremo testemunho da
fé com o derramamento do seu sangue com os mais diversos géneros de suplícios.
Entre eles contam se os 117 mártires
– 21 missionários europeus e 96 vietnamitas (37 sacerdotes e 59 leigos) – que
foram canonizados por João Paulo II a 19 de Julho de 1988.
Intenções para a Eucaristia de 29 de Novembro (10h)
António José Lino;
Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros;
Manuel Alfredo da Fonseca Soares;
Alexandre Joaquim Soares;
Fernando Pinto Melo;
Fernando Moreira Caetano;
Joaquim Moreira e esposa, do Alto;
Maria Luísa de Sousa e marido, de
Vila Nova;
Joaquim Vieira e esposa, das Regadas;
Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova;
Maria Emília Leal Teixeira;
Maria da Conceição Aguiar Pinto e
marido;
Alexandre Luís Barros Ferraz
Caminhada de Advento – Natal – 2015/2016
Há mais alegria em dar (-se)! (At
20,35)
Felizes os misericordiosos! (Mt 5,7)
29 NOV – DOMINGO I ADVENTO
Eucaristia - Festa do Acolhimento (1º
ano), igreja, 10h
Ao celebrarmos a
Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, somos convidados,
antes de mais, a descobrir e interiorizar esta realidade: Jesus, o nosso rei, é
princípio e fim da história humana, está presente em cada passo da caminhada
dos homens e conduz a humanidade ao encontro da verdadeira vida. Os inícios do
séc. XXI estão marcados por uma profunda crise de liderança a nível mundial. Os
líderes das nações são, frequentemente, homens com uma visão muito limitada do
mundo, que não se preocupam com o bem da humanidade e que conduzem as suas
políticas de acordo com lógicas de ambição pessoal ou de interesses
particulares. Esta constatação não deve, no entanto, lançar-nos no desânimo:
nós sabemos que Cristo é o nosso rei, que Ele preside à história e que, apesar
das falhas dos homens, continua a caminhar connosco e a apontar-nos os caminhos
da salvação e da vida.
Jesus, o nosso rei,
apresenta-Se aos homens sem qualquer ambição de poder ou de riqueza. Diante dos
homens, Ele apresenta-se só, indefeso, prisioneiro, armado apenas com a força
do amor e da verdade. Não impõe nada; só propõe aos homens que acolham no seu
coração uma lógica de amor, de serviço, de obediência a Deus e aos seus
projetos, de dom da vida, de solidariedade com os pobres e marginalizados, de
perdão e tolerância. É com estas “armas” que Ele vai combater o egoísmo, a
autossuficiência, a injustiça, a exploração, tudo o que gera sofrimento e
morte. É uma lógica desconcertante e incompreensível, à luz dos critérios que o
mundo avaliza e enaltece.
Como Jesus, a nossa
vida, as nossas opções, a forma de nos relacionarmos com aqueles com quem todos
os dias nos cruzamos, devem ser marcados por uma contínua atitude de serviço
humilde, de dom gratuito, de respeito, de partilha, de amor. Como Jesus, também
nós temos a missão de lutar – não com a força do ódio e das armas, mas com a
força do amor – contra todas as formas de exploração, de injustiça, de
alienação e de morte… O reconhecimento da realeza de Cristo convida-nos a
colaborar na construção de um mundo novo, do Reino de Deus.