22 de fevereiro de 2015

Pagela Domingo I Quaresma

“Abre a tua porta à alegria do Evangelho”

Caminhada para uma Quaresma com Páscoa

1ª Semana - Arrepende-te

V/ Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.       R/Ámen.

1. Convite à oração: “Quando não rezamos, fechamos as portas ao Senhor para que Ele não possa fazer nada. Pelo contrário, diante de um problema, de uma situação difícil, de uma calamidade, a oração abre as portas ao Senhor, para que Ele venha. Ele refaz as coisas, Ele sabe arranjar as coisas, colocá-las no lugar. Rezar é isso: abrir as portas ao Senhor. Se as fecharmos, Ele não pode fazer nada” (Papa Francisco).

2. Leitura do Evangelho:Jesus partiu para a Galileia e começar a pregar o evangelho, dizendo: “Cumpriu-se o tempo e está próximo o Reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no evangelho” (Mc.1,12-15)

3. Breve diálogo sobre este evangelho:

a) Acolher a alegria, que o evangelho nos traz, exige um coração aberto à mudança, à conversão. Por isso Jesus nos diz: “Arrependei-vos”. É o desafio à mudança da nossa forma de pensar, de sentir, de agir.

b) Pensemos nos aspetos da nossa vida, que gostaríamos de mudar, a começar pelo nosso ambiente familiar, para que possamos abrir, na nossa casa, a porta da alegria.

4. Gesto: Escrever na 1ª porta o nome de três pessoas, com quem devo mudar a minha atitude. Durante a Quaresma, não deixar de ter para com essas três pessoas uma atitude que aproxime, reconcilie, ajude, e que proporcione uma verdadeira alegria…

5. Pai-Nosso

6. Oração conclusiva:  Senhor, abri a porta do nosso coração, ao arrependimento, à mudança da mente e da vida. Soprai nela, outra vez, o vosso alento. Dai-nos a vossa força, dai-nos nova coragem e veremos nela impressa a Vossa imagem.            R: Ámen.

Domingo I da Quaresma

 
“Cumpriu-se o tempo
e está próximo o reino de Deus. 
Arrependei-vos

e acreditai no Evangelho”. 

No primeiro Domingo do Tempo da Quaresma, a liturgia garante-nos que Deus está interessado em destruir o velho mundo do egoísmo e do pecado e em oferecer aos homens um mundo novo de vida plena e de felicidade sem fim.
A primeira leitura é um extracto da história do dilúvio. Diz-nos que Deus, depois de eliminar o pecado que escraviza o homem e que corrompe o mundo, depõe o seu “arco de guerra”, vem ao encontro do homem, faz com ele uma Aliança incondicional de paz. A Aliança que Deus faz com Noé aparece, assim, como um puro dom de Deus, um fruto do seu amor e da sua misericórdia. É uma Aliança incondicional e sem contrapartidas, que resulta exclusivamente da bondade e da generosidade de Deus. A acção de Deus destina-se a fazer nascer uma nova humanidade, que percorra os caminhos do amor, da justiça, da vida verdadeira.
A morte e a ressurreição de Cristo tiveram uma dimensão salvadora que atingiu toda a humanidade, mesmo essa humanidade pecadora que conheceu o dilúvio, no tempo de Noé. No dilúvio, o pecado foi afogado e da água ressurgiu uma nova humanidade. A água do dilúvio pode, assim, ser para os crentes uma figura do Baptismo. O autor da primeira Carta de Pedro recorda que, pelo Baptismo, os cristãos aderiram a Cristo e à salvação que Ele veio oferecer. Comprometeram-se, portanto, a seguir Jesus no caminho do amor, do serviço, do dom da vida; e, envolvidos nesse dinamismo de vida e de salvação que brota de Jesus, tornaram-se o princípio de uma nova humanidade.
No Evangelho, Jesus mostra-nos como a renúncia a caminhos de egoísmo e de pecado e a aceitação dos projectos de Deus está na origem do nascimento desse mundo novo que Deus quer oferecer a todos os homens (o “Reino de Deus”). Aos seus discípulos Jesus pede – para que possam fazer parte da comunidade do “Reino” – a conversão e a adesão à Boa Nova que Ele próprio veio propor.
“Converter-se” significa transformar a mentalidade e os comportamentos, reformular os valores que orientam a própria vida, de modo a que Deus passe a estar no centro da existência do homem e ocupe sempre o primeiro lugar.
“Acreditar” é aderir à pessoa de Jesus, escutar a sua proposta, acolhê-la no coração, fazer dela o guia da própria vida. “Acreditar” é escutar essa “Boa Notícia” de salvação e de libertação (“evangelho”) que Jesus propõe e fazer dela o centro à volta do qual se constrói toda a existência.


Liturgia da Palavra do Domingo I da Quaresma


I Leitura                 Gen 9, 8-15

A aliança de Deus com Noé, salvo das águas do dilúvio

A primeira leitura refere-se à história da salvação, mostrando como Deus encaminhou os passos da humanidade, desde os tempos mais antigos até à realização da promessa da nova Aliança em Jesus Cristo. Este ano, começamos com Noé. O dilúvio termina com uma aliança, que anuncia desde logo a aliança estabelecida entre Deus e os homens na Morte e Ressurreição de Cristo. Por outro lado, no próprio dilúvio Deus quis significar a regeneração espiritual do baptismo, pois nele, como no dilúvio, a água se tornou, simbolicamente, “fim de vícios e origem de virtudes” (liturgia baptismal).

 Salmo    24 (25)

Todos os vossos caminhos, Senhor,
são amor e verdade

II Leitura:             1 Pedro 3, 18-22

«O Batismo que agora vos salva»

S. Pedro faz nesta leitura o comentário ao dilúvio, estabelecendo a comparação entre este e o baptismo. O batismo é hoje o verdadeiro dilúvio, que destrói o pecado e faz nascer uma nova humanidade em Cristo. Assim, a história da salvação chega a todas as gerações e todas elas são arrastadas na sua corrente de graça.

Aclamação ao Evangelho                   Mt 4, 4b

Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.

Evangelho             Mc 1, 12-15

«Era tentado por Satanás e os Anjos serviam-n’O»

“O Senhor Jesus Cristo era tentado pelo demónio no deserto. Mas em Cristo também tu eras tentado, porque Ele tomou sobre Si a tua condição humana, para te dar a salvação; para Si tomou as tuas tentações, para te dar a sua vitória” (S. Agostinho). A vitória de Jesus sobre Satanás proclamada neste primeiro Domingo da Quaresma anuncia desde já o triunfo pascal da sua Morte e Ressurreição, e oferece-nos, ao mesmo tempo, a participação nessa sua vitória sobre o pecado e a morte.        

São Marcos inicia o seu Evangelho proclamando a incarnação do Filho de Deus. Jesus é plenamente homem, pois é tentado, e plenamente Deus, ao manifestar a vitória do Amor sobre o Mal, a vitória de Deus sobre o Maligno. Ele faz uma declaração: os tempos cumpriram-se. Dirige-Se a um povo à espera de um Messias que estabelecerá um Reino novo. Ora, este Reino está bem próximo, afirma Jesus, que vem precisamente trazer a esperança a todo o povo. Mas Deus não impõe a sua vinda, Ele faz-Se desejar. Então, duas atitudes do coração são necessárias: a conversão, mudando de vida e voltando a Deus; e a fé, aderindo plenamente com todo o ser à mensagem que Jesus vem anunciar.
A verdadeira conversão…
Quaresma, tempo de penitência, de sacrifícios de toda a espécie, de resistência às tentações, à imitação de Jesus no deserto… Tempo não muito entusiasmante! Porém, na breve passagem do Evangelho, S. Marcos fala duas vezes da Boa Nova. Uma Boa Nova dilata o coração, traz alegria. Então, porque não falar de alegria durante a Quaresma? Será que isso desvirtua o seu sentido? Trata-se de conversão. Mas isso não quer dizer, em primeiro lugar, como pensamos muitas vezes, parar de cometer pecados, voltar a uma vida moralmente pura e recta. A verdadeira conversão é, antes de mais, “acreditar na Boa Nova”. E esta Boa Nova é a manifestação do verdadeiro rosto de Deus em Jesus: um Pai no qual só há amor, porque Ele é Amor em estado puro, a fonte absoluta do Amor. Às vezes, a primeira tentação, a mais terrível, consiste em transpor para Deus as nossas maneiras de amar, de compreender a justiça, o poder. Ora, não é Deus que é à nossa imagem, nós é que somos à sua imagem.
 A verdadeira conversão consiste em mudar todas as nossas concepções de Deus para acolher um Pai que nunca pára de nos amar, que nunca nos rejeita. E quando recusamos o seu amor, Ele só tem um desejo: manifestar-nos ainda mais o seu amor, até nos dar o seu Filho, para que, enfim, nós nos deixemos amar.
A Quaresma não é demasiado tempo para descobrir este Deus!

Palavra de Deus para a semana de 23 a 28 de fevereiro


23
Seg
Lev 19, 1-2. 11-18 - Salmo 18 B (19) - Mt 25, 31-46
Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.
24
Ter
Is 55, 10-11 - Salmo 33 (34) - Mt 6, 7-15
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
25
Qua
Jonas 3, 1-10 - Salmo 50 (51) - Lc 11, 29-32
Convertei-vos a Mim de todo o coração, diz o Senhor;
porque sou benigno e misericordioso.
26
Qui
Est 4, 17. n. p-r. aa-bb. gg-hh - Salno 137 (138) - Mt 7, 7-12
Criai em mim, Senhor, um coração puro,
dai-me de novo a alegria da salvação.
27
Sex
Ez 18, 21-28 - Salmo 129 (130) - Mt 5, 20-26
Deixai todos os vossos pecados, diz o Senhor;
criai um coração novo e um espírito novo.
28
Sáb
Deut 26, 16-19 - Salmo 118 (119) - Mt 5, 43-48
Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.

PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO II DA QUARESMA


Gen 22, 1-2.9a.10-13.15-18            O sacrifício do nosso Patriarca Abraão

Salmo  115 (116)                                Caminharei na terra dos vivos na presença do Senhor.

Rom 8, 31b-34                                    «Deus não poupou o seu próprio Filho»

Mc 9, 2-10                                            «Este é o meu Filho muito amado»

Intenções para a Eucaristia de 22 de fevereiro (10:00h)



Manuel da Silva Pinto e seus familiares; Manuel Pinto da Costa; António Pereira de Freitas e esposa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; 2.º Aniversário falecimento de Manuel Vieira Ribeiro; Manuel Alfredo da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido; José Pinto da Silva; Alexandre Joaquim Soares; Fernando Pinto Melo; José Gomes de Araújo; Maria da Conceição Moreira, de Vila; Emídio Ribeiro

Intenções para a Eucaristia de 1 de março (10:00h)



João de Jesus Pinto, de Requim, mãe e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Maria Rosa Leal Pinheiro; Maria da Graça da Glória, marido e filho; Aniversário natalício de Manuel Vieira Ribeiro; Aniversário falecimento de Maria Pereira

Agenda



22 fev
    • Adoração ao Santíssimo Sacramento, igreja, 15:00h
1 mar
    • Domingo II Quaresma - Eucaristia, Igreja, 10:00h                      
   
Evidentemente, não foi Deus que enviou o dilúvio para castigar os homens. Esta catequese recorda-nos, no início da nossa caminhada quaresmal, que o pecado é algo incompatível com Deus e com os projectos de Deus para o homem e para o mundo; por isso, quando o ódio, a violência, o egoísmo, o orgulho, a prepotência enchem o mundo e trazem infelicidade aos homens, Deus tem de intervir para corrigir o rumo da humanidade. O pecado destrói a vida e assassina a felicidade do homem; por isso, tem de ser eliminado da nossa existência.
A Aliança que Deus faz com Noé e com toda a humanidade é uma Aliança totalmente gratuita e incondicional, que não depende do arrependimento do homem ou das contrapartidas que o homem possa oferecer a Deus… Nos termos desta Aliança revela-se um Deus que Se recusa a fazer guerra ao homem, que abençoa e abraça o homem, que ama o homem mesmo quando ele continua a trilhar caminhos de pecado e de infidelidade.
Mais uma vez, põe-se-nos o problema do sentido de uma vida feita dom e entrega aos outros, até à morte. É possível “dar o braço a torcer” e triunfar? O amor e o dom da vida não serão esquemas de fragilidade, que não conduzem senão ao fracasso? Esta história de o amor ser o caminho para a felicidade e para a vida plena não será uma desculpa dos fracos? Não – responde a Palavra de Deus que nos é proposta. Reparemos no exemplo de Cristo: Ele deu a vida pelos pecadores e pelos injustos e encontrou, no final do caminho, a ressurreição, a vida plena.

Nesta Quaresma, somos convidados a fazer esta experiência de um Deus que nos ama apesar das nossas infidelidades; e somos convidados, também, a deixar que o amor de Deus nos transforme e nos faça renascer para a vida nova.

15 de fevereiro de 2015

Domingo VI do Tempo Comum

Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome,

guiai-me e conduzi-me.

A liturgia do 6º Domingo do Tempo Comum apresenta-nos um Deus cheio de amor, de bondade e de ternura, que convida todos os homens e todas as mulheres a integrar a comunidade dos filhos amados de Deus. Ele não exclui ninguém nem aceita que, em seu nome, se inventem sistemas de discriminação ou de marginalização dos irmãos.
A primeira leitura apresenta-nos a legislação que definia a forma de tratar com os leprosos. Para a mentalidade tradicional do povo bíblico, Deus distribuía as suas recompensas e os seus castigos de acordo com o comportamento do homem. A doença era sempre um castigo de Deus para os pecados e infidelidades do homem. Impressiona como, a partir de uma imagem deturpada de Deus, os homens são capazes de inventar mecanismos de discriminação e de rejeição em nome de Deus.
A segunda leitura convida os cristãos a terem como prioridade a glória de Deus e o serviço dos irmãos. O exemplo supremo deve ser o de Cristo, que viveu na obediência incondicional aos projetos do Pai e fez da sua vida um dom de amor, ao serviço da libertação dos homens.
A lei do amor deve sobrepor-se a tudo o resto, inclusive aos “direitos” de cada um; e o amor pode exigir que não sejamos, em nenhum caso, um obstáculo nem para a glória de Deus, nem para a salvação dos irmãos. Paulo imita Cristo, que não procurou cumprir a sua vontade, mas a vontade do Pai e que morreu na cruz por amor aos homens, a fim de lhes apontar um caminho de salvação.
O Evangelho diz-nos que, em Jesus, Deus desce ao encontro dos seus filhos vítimas da rejeição e da exclusão, compadece-Se da sua miséria, estende-lhes a mão com amor, liberta-os dos seus sofrimentos, convida-os a integrar a comunidade do “Reino”. Deus não pactua com a discriminação e denuncia como contrários aos seus projetos todos os mecanismos de opressão dos irmãos. A purificação do leproso significa que o “Reino de Deus” chegou ao meio dos homens e anuncia a irrupção desse mundo novo do qual Deus quer banir o sofrimento, a marginalização, a exclusão. A misericórdia, a bondade, a ternura de Deus derramam-se sobre o leproso no gesto salvador de Jesus e dizem-lhe: “Deus ama-te e quer salvar-te”.
A purificação do leproso significa, finalmente,  que o Reino de Deus não pactua com racismos de qualquer espécie: não há bons e maus, doentes e sãos, filhos e enjeitados, incluídos e excluídos; há apenas pessoas com dignidade e que não devem, em caso algum, ser privados dos seus direitos mais elementares, muito menos em nome de Deus.

Liturgia da Palavra do Domingo VI do Tempo Comum

I Leitura                 Lev 13, 1-2.44-46

«O leproso deverá morar à parte, fora do acampamento»

Esta leitura prepara-nos para melhor compreendermos a do Evangelho. Ali Jesus vai curar um doente de lepra. Nesta leitura, são recordadas as prescrições da Lei do Antigo Testamento a respeito dos leprosos. A situação destes doentes era verdadeiramente infeliz. Tanto mais se poderá ver na cura que o Senhor fez um sinal do seu poder e da sua misericórdia.

Salmo     31 (32)

Sois o meu refúgio, Senhor;
dai-me a alegria da vossa salvação.

II Leitura:             1 Cor 10, 31 – 11, 1

«Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo»

Paulo propõe-se a si mesmo como modelo aos cristãos, porque ele tem por modelo o próprio Cristo. O que ele pretende é que ninguém seja ocasião de pecado para os outros, mas antes de edificação e de salvação.

Aclamação ao Evangelho                   Lc 7, 16

Apareceu entre nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo.

Evangelho                             Mc 1, 40-45

«A lepra deixou-o e ele ficou limpo»

Uma vez mais, Jesus Se mostra Senhor da vida. Por outro lado, mostra-Se livre em relação à Lei e superior a ela: toca no doente, o que era contrário à Lei, mas manda que o homem curado se vá mostrar aos sacerdotes, o que era exigência da Lei. Jesus é realmente a fonte da vida nova; Ele é hoje o Ressuscitado.         
                               

O nosso texto fala-nos de um Deus cheio de amor, de bondade e de ternura, que Se faz pessoa e que desce ao encontro dos seus filhos, que lhes apresenta propostas de vida nova e que os convida a viver em comunhão com Ele e a integrar a sua família. É um Deus que não exclui ninguém e que não aceita que, em seu nome, se inventem sistemas de discriminação ou de marginalização dos irmãos.
O Deus que somos convidados a descobrir, a amar, a testemunhar no mundo, é o Deus de Jesus Cristo – isto é, esse Deus que vem ao encontro de cada homem, que Se compadece do seu sofrimento, que lhe estende a mão com ternura, que o purifica, que lhe oferece uma nova vida e que o integra na comunidade do “Reino” (nessa família onde todos têm lugar e onde todos são filhos amados de Deus).
A atitude de Jesus em relação ao leproso (bem como aos outros excluídos da sociedade do seu tempo) é uma atitude de proximidade, de solidariedade, de aceitação. Jesus não está preocupado com o que é política ou religiosamente correcto, ou com a indignidade da pessoa, ou com o perigo que ela representa para uma certa ordem social… Ele apenas vê em cada pessoa um irmão que Deus ama e a quem é preciso estender a mão e amar, também. Como é que lidamos com os excluídos da sociedade ou da Igreja? Procuramos integrar e acolher (os estrangeiros, os marginais, os pecadores, os “diferentes”) ou ajudamos a perpetuar os mecanismos de exclusão e de discriminação?
O leproso, apesar da proibição de Jesus, “começou a apregoar e a divulgar o que acontecera”. Marcos sugere, desta forma, que o encontro com Jesus transforma de tal forma a vida do homem que ele não pode calar a alegria pela novidade que Cristo introduziu na sua vida e tem de dar testemunho. Somos capazes de testemunhar, no meio dos nossos irmãos, a libertação que Cristo nos trouxe?

Palavra de Deus para a semana de 16 a 21 de fevereiro


16
Seg
Gen 4, 1-15. 25 - Salmo 49 (50) - Mc 8, 11-13
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor.
Ninguém vai ao Pai senão por Mim
17
Ter
SS. Sete Fundadores da Ordem dos Servitas de Nossa Senhora - MF
Gen 6, 5-8 – 7, 1-5. 10 - Salmo 28 (29) - Mc 8, 14-21
«Tende cuidado com o fermento dos fariseus e o fermento de Herodes»
18
Qua
Joel 2, 12-18 - Salmo 50 (51) - 2 Cor 5, 20 – 6, 2 - Mt 6, 1-6. 16-18
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações.
19
Qui
Deut 30, 15-20 - Salmo 1 - Lc 9, 22-25
Arrependei-vos, diz o Senhor; está próximo o reino dos Céus.
20
Sex
Bb. Francisco e Jacinta Marto – FESTA
Is 58, 1-9a - Salmo 50 (51) - Mt 9, 14-15
Buscai o bem e não o mal, para que vivais, e o Senhor estará convosco
21
Sáb
S. Pedro Damião, bispo e doutor da Igreja
Is 58, 9b-14 - Salmo 85 (86) - Lc 5, 27-32
Eu não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que se converta e viva.

PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO I DA QUARESMA


Gen 9, 8-15                          A aliança de Deus com Noé, salvo das águas do dilúvio


Salmo    24 (25)                   Todos os vossos caminhos, Senhor, são amor e verdade


1 Pedro 3, 18-22                 «O Batismo que agora vos salva»


Mc 1, 12-15                          «Era tentado por Satanás e os Anjos serviam-n’O»

Intenções para a Eucaristia de 15 de fevereiro (10:00h)



Luísa Pereira e marido, do Alto; Menino Carlos André; Maria da Conceição Soares; José de Azeredo e Silva; Associados da Mensagem de Fátima; José Araújo, das Lapas; da Associação por Manuel Madureira VieiraAniversário falecimento de João Ferreira

Intenções para a Eucaristia de 22 de fevereiro (10:00h)

Manuel da Silva Pinto e seus familiares; Manuel Pinto da Costa; António Pereira de Freitas e esposa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; 2.º Aniversário falecimento de Manuel Vieira Ribeiro; Manuel Alfredo da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido; José Pinto da Silva; Alexandre Joaquim Soares; Fernando Pinto Melo; José Gomes de Araújo

Agenda

18 fev
    •  4ª Feira de Cinzas - Imposição das Cinzas, Igreja, 19:00h
22 fev
    • Domingo I Quaresma - Eucaristia, Igreja, 10:00h
    • Adoração ao Santíssimo Sacramento, Igreja, 15:00h         
O texto do Livro do Levítico denuncia a atitude daqueles que, instalados nas suas certezas e seguranças, constroem um Deus à medida do homem e que actua segundo uma lógica humana, injusta, prepotente, criadora de exclusão e de marginalização. Não temos que criar um Deus que actue de acordo com os nossos esquemas mentais, com as nossas lógicas e preconceitos; o que temos é de tentar perceber e acolher a lógica de Deus. O texto convida-nos a repensar as nossas atitudes e comportamentos face aos nossos irmãos e prepara-nos para entender a novidade de Jesus, essa novidade que o Evangelho de hoje nos apresenta: Jesus virá demonstrar que Deus não marginaliza nem exclui ninguém e que todos os homens são chamados a integrar a família dos filhos de Deus.
A liberdade é um valor absoluto?
Devemos defender e afirmar intransigentemente os nossos direitos em todas as circunstâncias? A realização dos nossos projectos pessoais deve ser a nossa principal prioridade?
Paulo deixa claro que, para o cristão, o valor absoluto e ao qual tudo o resto se deve subordinar é o amor. O cristão sabe que, em certas circunstâncias, pode ser convidado a renunciar aos próprios direitos, à própria liberdade, aos próprios projectos porque a caridade ou o bem dos irmãos assim o exigem.
Cristo colocou sempre como prioridade absoluta os planos de Deus e, apesar de ser “mestre” e “Senhor”, multiplicou os gestos de serviço e fez da sua vida uma entrega total aos homens, até à morte. É este mesmo caminho que nos é proposto…
Cada cristão deve ser capaz de prescindir dos seus interesses e esquemas pessoais, a fim de dar prioridade aos projectos de Deus; cada cristão deve ser capaz de ultrapassar o egoísmo e o comodismo, a fim de fazer da sua própria vida um serviço e um dom de amor aos irmãos.