Sede a rocha do meu
refúgio, Senhor,
e a fortaleza da
minha salvação.
Para glória do vosso
nome,
guiai-me e
conduzi-me.
A liturgia do 6º Domingo do
Tempo Comum apresenta-nos um Deus cheio de amor, de bondade e de ternura, que
convida todos os homens e todas as mulheres a integrar a comunidade dos filhos
amados de Deus. Ele não exclui ninguém nem aceita que, em seu nome, se inventem
sistemas de discriminação ou de marginalização dos irmãos.
A primeira leitura
apresenta-nos a legislação que definia a forma de tratar com os leprosos. Para
a mentalidade tradicional do povo bíblico, Deus distribuía as suas recompensas
e os seus castigos de acordo com o comportamento do homem. A doença era sempre
um castigo de Deus para os pecados e infidelidades do homem. Impressiona como,
a partir de uma imagem deturpada de Deus, os homens são capazes de inventar
mecanismos de discriminação e de rejeição em nome de Deus.
A segunda leitura convida
os cristãos a terem como prioridade a glória de Deus e o serviço dos irmãos. O
exemplo supremo deve ser o de Cristo, que viveu na obediência incondicional aos
projetos do Pai e fez da sua vida um dom de amor, ao serviço da libertação dos
homens.
A lei do amor deve
sobrepor-se a tudo o resto, inclusive aos “direitos” de cada um; e o amor pode
exigir que não sejamos, em nenhum caso, um obstáculo nem para a glória de Deus,
nem para a salvação dos irmãos. Paulo imita Cristo, que não procurou cumprir a sua
vontade, mas a vontade do Pai e que morreu na cruz por amor aos homens, a fim
de lhes apontar um caminho de salvação.
O Evangelho diz-nos que, em
Jesus, Deus desce ao encontro dos seus filhos vítimas da rejeição e da
exclusão, compadece-Se da sua miséria, estende-lhes a mão com amor, liberta-os
dos seus sofrimentos, convida-os a integrar a comunidade do “Reino”. Deus não
pactua com a discriminação e denuncia como contrários aos seus projetos todos
os mecanismos de opressão dos irmãos. A
purificação do leproso significa que o “Reino de Deus” chegou ao meio dos
homens e anuncia a irrupção desse mundo novo do qual Deus quer banir o
sofrimento, a marginalização, a exclusão. A misericórdia, a bondade, a ternura
de Deus derramam-se sobre o leproso no gesto salvador de Jesus e dizem-lhe:
“Deus ama-te e quer salvar-te”.
A purificação do leproso
significa, finalmente, que o Reino de
Deus não pactua com racismos de qualquer espécie: não há bons e maus, doentes e
sãos, filhos e enjeitados, incluídos e excluídos; há apenas pessoas com
dignidade e que não devem, em caso algum, ser privados dos seus direitos mais
elementares, muito menos em nome de Deus.
Liturgia da Palavra do Domingo VI do Tempo Comum
I Leitura Lev 13, 1-2.44-46
«O
leproso deverá morar à parte, fora do acampamento»
Esta
leitura prepara-nos para melhor compreendermos a do Evangelho. Ali Jesus vai
curar um doente de lepra. Nesta leitura, são recordadas as prescrições da Lei
do Antigo Testamento a respeito dos leprosos. A situação destes doentes era
verdadeiramente infeliz. Tanto mais se poderá ver na cura que o Senhor fez um
sinal do seu poder e da sua misericórdia.
Salmo 31
(32)
Sois o meu refúgio, Senhor;
dai-me a alegria da vossa salvação.
II Leitura: 1 Cor 10, 31 – 11, 1
«Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo»
Paulo propõe-se a si mesmo como modelo aos cristãos, porque
ele tem por modelo o próprio Cristo. O que ele pretende é que ninguém seja
ocasião de pecado para os outros, mas antes de edificação e de salvação.
Aclamação ao Evangelho Lc 7, 16
Apareceu entre nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo.
Evangelho Mc
1, 40-45
«A
lepra deixou-o e ele ficou limpo»
Uma
vez mais, Jesus Se mostra Senhor da vida. Por outro lado, mostra-Se livre em
relação à Lei e superior a ela: toca no doente, o que era contrário à Lei, mas
manda que o homem curado se vá mostrar aos sacerdotes, o que era exigência da
Lei. Jesus é realmente a fonte da vida nova; Ele é hoje o Ressuscitado.
O nosso texto
fala-nos de um Deus cheio de amor, de bondade e de ternura, que Se faz pessoa e
que desce ao encontro dos seus filhos, que lhes apresenta propostas de vida
nova e que os convida a viver em comunhão com Ele e a integrar a sua família. É
um Deus que não exclui ninguém e que não aceita que, em seu nome, se inventem
sistemas de discriminação ou de marginalização dos irmãos.
O Deus que somos
convidados a descobrir, a amar, a testemunhar no mundo, é o Deus de Jesus
Cristo – isto é, esse Deus que vem ao encontro de cada homem, que Se compadece
do seu sofrimento, que lhe estende a mão com ternura, que o purifica, que lhe
oferece uma nova vida e que o integra na comunidade do “Reino” (nessa família
onde todos têm lugar e onde todos são filhos amados de Deus).
A atitude de Jesus em
relação ao leproso (bem como aos outros excluídos da sociedade do seu tempo) é
uma atitude de proximidade, de solidariedade, de aceitação. Jesus não está
preocupado com o que é política ou religiosamente correcto, ou com a
indignidade da pessoa, ou com o perigo que ela representa para uma certa ordem
social… Ele apenas vê em cada pessoa um irmão que Deus ama e a quem é preciso
estender a mão e amar, também. Como é que lidamos com os excluídos da sociedade
ou da Igreja? Procuramos integrar e acolher (os estrangeiros, os marginais, os
pecadores, os “diferentes”) ou ajudamos a perpetuar os mecanismos de exclusão e
de discriminação?
O leproso, apesar da proibição de Jesus, “começou a
apregoar e a divulgar o que acontecera”. Marcos sugere, desta forma, que o
encontro com Jesus transforma de tal forma a vida do homem que ele não pode
calar a alegria pela novidade que Cristo introduziu na sua vida e tem de dar
testemunho. Somos capazes de testemunhar, no meio dos nossos irmãos, a
libertação que Cristo nos trouxe?
Palavra de Deus para a semana de 16 a 21 de fevereiro
16
Seg
Gen 4,
1-15. 25 - Salmo 49 (50) - Mc 8, 11-13
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor.
Ninguém vai ao Pai senão por Mim
17
Ter
SS. Sete Fundadores da Ordem dos Servitas de Nossa
Senhora - MF
Gen 6, 5-8
– 7, 1-5. 10 - Salmo 28 (29) - Mc 8, 14-21
«Tende cuidado com o fermento dos fariseus e o
fermento de Herodes»
18
Qua
Joel 2,
12-18 - Salmo 50 (51) - 2 Cor 5, 20 – 6, 2 - Mt 6, 1-6. 16-18
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os
vossos corações.
19
Qui
Deut 30,
15-20 - Salmo 1 - Lc 9, 22-25
Arrependei-vos, diz o Senhor; está próximo o reino dos
Céus.
20
Sex
Bb. Francisco e Jacinta Marto – FESTA
Is 58,
1-9a - Salmo 50 (51) - Mt 9, 14-15
Buscai o bem e não o mal, para que vivais, e o Senhor
estará convosco
21
Sáb
S. Pedro Damião, bispo e doutor da Igreja
Is 58,
9b-14 - Salmo 85 (86) - Lc 5, 27-32
Eu não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que
se converta e viva.
16
Seg
|
Gen 4,
1-15. 25 - Salmo 49 (50) - Mc 8, 11-13
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor.
Ninguém vai ao Pai senão por Mim |
17
Ter |
SS. Sete Fundadores da Ordem dos Servitas de Nossa
Senhora - MF
Gen 6, 5-8
– 7, 1-5. 10 - Salmo 28 (29) - Mc 8, 14-21
«Tende cuidado com o fermento dos fariseus e o
fermento de Herodes»
|
18
Qua
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Joel 2,
12-18 - Salmo 50 (51) - 2 Cor 5, 20 – 6, 2 - Mt 6, 1-6. 16-18
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os
vossos corações.
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19
Qui
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Deut 30,
15-20 - Salmo 1 - Lc 9, 22-25
Arrependei-vos, diz o Senhor; está próximo o reino dos
Céus.
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20
Sex
|
Bb. Francisco e Jacinta Marto – FESTA
Is 58,
1-9a - Salmo 50 (51) - Mt 9, 14-15
Buscai o bem e não o mal, para que vivais, e o Senhor
estará convosco
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21
Sáb
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S. Pedro Damião, bispo e doutor da Igreja
Is 58,
9b-14 - Salmo 85 (86) - Lc 5, 27-32
Eu não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que
se converta e viva.
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PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO I DA QUARESMA
Gen
9, 8-15 A aliança de
Deus com Noé, salvo das águas do dilúvio
Salmo
24 (25) Todos os
vossos caminhos, Senhor, são amor e verdade
1
Pedro 3, 18-22 «O Batismo
que agora vos salva»
Mc
1, 12-15 «Era tentado
por Satanás e os Anjos serviam-n’O»
Intenções para a Eucaristia de 15 de fevereiro (10:00h)
Luísa Pereira e marido, do Alto; Menino Carlos André; Maria da Conceição Soares; José de Azeredo e Silva; Associados da Mensagem de Fátima; José Araújo, das Lapas; da Associação por Manuel Madureira Vieira; Aniversário falecimento
de João Ferreira
Intenções para a Eucaristia de 22 de fevereiro (10:00h)
Manuel da Silva
Pinto e seus familiares; Manuel Pinto da Costa; António Pereira de Freitas e
esposa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; 2.º Aniversário falecimento
de Manuel Vieira Ribeiro; Manuel Alfredo da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e
esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e
esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal
Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido; José Pinto da Silva;
Alexandre Joaquim Soares; Fernando Pinto Melo; José Gomes de Araújo
Agenda
18 fev
-
4ª Feira de Cinzas - Imposição das Cinzas, Igreja, 19:00h
22 fev
-
Domingo I Quaresma - Eucaristia, Igreja,
10:00h
- Adoração ao Santíssimo
Sacramento, Igreja, 15:00h
O texto do Livro do Levítico denuncia a atitude daqueles que,
instalados nas suas certezas e seguranças, constroem um Deus à medida do homem
e que actua segundo uma lógica humana, injusta, prepotente, criadora de
exclusão e de marginalização. Não temos que criar um Deus que actue de acordo
com os nossos esquemas mentais, com as nossas lógicas e preconceitos; o que
temos é de tentar perceber e acolher a lógica de Deus. O texto convida-nos a repensar
as nossas atitudes e comportamentos face aos nossos irmãos e prepara-nos para
entender a novidade de Jesus, essa novidade que o Evangelho de hoje nos
apresenta: Jesus virá demonstrar que Deus não marginaliza nem exclui ninguém e
que todos os homens são chamados a integrar a família dos filhos de Deus.
A liberdade é um valor absoluto?
Devemos defender e afirmar intransigentemente os nossos
direitos em todas as circunstâncias? A realização dos nossos projectos pessoais
deve ser a nossa principal prioridade?
Paulo deixa claro que, para o cristão, o valor absoluto e ao
qual tudo o resto se deve subordinar é o amor. O cristão sabe que, em certas
circunstâncias, pode ser convidado a renunciar aos próprios direitos, à própria
liberdade, aos próprios projectos porque a caridade ou o bem dos irmãos assim o
exigem.
Cristo colocou sempre como prioridade absoluta os planos de
Deus e, apesar de ser “mestre” e “Senhor”, multiplicou os gestos de serviço e
fez da sua vida uma entrega total aos homens, até à morte. É este mesmo caminho
que nos é proposto…
Cada cristão deve ser capaz de prescindir dos seus interesses
e esquemas pessoais, a fim de dar prioridade aos projectos de Deus; cada
cristão deve ser capaz de ultrapassar o egoísmo e o comodismo, a fim de fazer da
sua própria vida um serviço e um dom de amor aos irmãos.
18 fev
- 4ª Feira de Cinzas - Imposição das Cinzas, Igreja, 19:00h
22 fev
- Domingo I Quaresma - Eucaristia, Igreja, 10:00h
- Adoração ao Santíssimo Sacramento, Igreja, 15:00h
O texto do Livro do Levítico denuncia a atitude daqueles que,
instalados nas suas certezas e seguranças, constroem um Deus à medida do homem
e que actua segundo uma lógica humana, injusta, prepotente, criadora de
exclusão e de marginalização. Não temos que criar um Deus que actue de acordo
com os nossos esquemas mentais, com as nossas lógicas e preconceitos; o que
temos é de tentar perceber e acolher a lógica de Deus. O texto convida-nos a repensar
as nossas atitudes e comportamentos face aos nossos irmãos e prepara-nos para
entender a novidade de Jesus, essa novidade que o Evangelho de hoje nos
apresenta: Jesus virá demonstrar que Deus não marginaliza nem exclui ninguém e
que todos os homens são chamados a integrar a família dos filhos de Deus.
A liberdade é um valor absoluto?
Devemos defender e afirmar intransigentemente os nossos
direitos em todas as circunstâncias? A realização dos nossos projectos pessoais
deve ser a nossa principal prioridade?
Paulo deixa claro que, para o cristão, o valor absoluto e ao
qual tudo o resto se deve subordinar é o amor. O cristão sabe que, em certas
circunstâncias, pode ser convidado a renunciar aos próprios direitos, à própria
liberdade, aos próprios projectos porque a caridade ou o bem dos irmãos assim o
exigem.
Cristo colocou sempre como prioridade absoluta os planos de
Deus e, apesar de ser “mestre” e “Senhor”, multiplicou os gestos de serviço e
fez da sua vida uma entrega total aos homens, até à morte. É este mesmo caminho
que nos é proposto…
Cada cristão deve ser capaz de prescindir dos seus interesses
e esquemas pessoais, a fim de dar prioridade aos projectos de Deus; cada
cristão deve ser capaz de ultrapassar o egoísmo e o comodismo, a fim de fazer da
sua própria vida um serviço e um dom de amor aos irmãos.