14 de dezembro de 2014

Domingo III do Advento


ACOMPANHAR  
“Veio como testemunha
para dar testemunho
da luz”.

As leituras do 3º Domingo do Advento garantem-nos que Deus tem um projeto de salvação e de vida plena para propor aos homens e para os fazer passar das “trevas” à “luz”.
Na primeira leitura, um profeta pós-exílico apresenta-se aos habitantes de Jerusalém com uma “boa nova” de Deus. A missão deste “profeta”, ungido pelo Espírito, é anunciar um tempo novo, de vida plena e de felicidade sem fim, um tempo de salvação que Deus vai oferecer aos “pobres”.
Deus tem um projeto de salvação para oferecer ao seu Povo, especialmente aos pobres – isto é, a todos aqueles que vivem numa situação intolerável de carência de bens, de dignidade, de liberdade, de justiça, de vida. O profeta garante-lhes que Deus os ama, que não os abandona à sua miséria e sofrimento e que tem um projeto de vida, de alegria, de felicidade para propor a cada homem ou a cada mulher que a vida magoou. O Deus em quem acreditamos é um Deus que ama cada “pobre” explorado e injustiçado, que está ao lado dos que sofrem e que dá aos pequenos, aos marginalizados, aos excluídos a força para vencer o desânimo, a miséria, as forças da opressão e da morte.
O Evangelho apresenta-nos João Baptista, a “voz” que prepara os homens para acolher Jesus, a “luz” do mundo. O objetivo de João não é centrar sobre si próprio o foco da atenção pública; ele está apenas interessado em levar os seus interlocutores a acolher e a “conhecer” Jesus, “aquele” que o Pai enviou com uma proposta de vida definitiva e de liberdade plena para os homens. Esse é que é “a luz” que vai libertar o homem da escuridão, da cegueira, da mentira, do egoísmo, do pecado. É o batismo do Messias (o batismo no Espírito) que transformará totalmente os corações dos homens, os fará livres e lhes dará a vida definitiva. Esse que vem batizar no Espírito já está presente, a fim de iniciar a sua obra libertadora. Procurai conhecê-lo – isto é, escutá-lo e acolher a sua proposta de vida e de libertação”.
Na segunda leitura Paulo explica aos cristãos da comunidade de Tessalónica a atitude que é preciso assumir enquanto se espera o Senhor que vem… Paulo pede-lhes que sejam uma comunidade “santa” e irrepreensível, isto é, que vivam alegres, em atitude de louvor e de adoração, abertos aos dons do Espírito e aos desafios de Deus.

Liturgia da Palavra do Domingo III do Advento


I Leitura                 Is 61,1-2a.10-11
Exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no meu Deus

Deus tem para oferecer ao seu Povo, especialmente aos pobres – isto é, a todos aqueles que vivem numa situação intolerável de carência de bens, de dignidade, de liberdade, de justiça, de vida –  um projeto de salvação. O profeta garante-lhes que Deus os ama, que não os abandona à sua miséria e sofrimento e que tem um projeto de vida, de alegria, de felicidade para propor a cada homem ou a cada mulher que a vida magoou. O Deus em quem acreditamos ama cada “pobre” explorado e injustiçado, que está ao lado dos que sofrem e que dá aos pequenos, aos marginalizados, aos excluídos a força para vencer o desânimo, a miséria, as forças da opressão e da morte.

Salmo     Lc 1, 46-48.49-50.53-54                  
Exulto de alegria no Senhor.

II Leitura:             1 Tes 5,16-24
Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as circunstâncias.

Paulo recomenda aos cristãos de Tessalónica que saibam tudo analisar com cuidado e discernimento, sem preconceitos, de coração aberto à novidade de Deus, guardando “o que é bom” e afastando-se de “toda a espécie de mal”.
Uma comunidade construída de acordo com estes princípios – que vive a sua existência histórica com alegria e serenidade, que louva o seu Senhor e que está permanentemente atenta para discernir e aceitar os dons do Espírito – é uma comunidade “santa” e irrepreensível, preparada para acolher, em qualquer momento, o Senhor que vem.
                                              
Aclamação ao Evangelho                   Is 61,1 (cf. Lc 4,18)
O Espírito do Senhor está sobre mim: enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres.
               

Evangelho:            Jo 1,6-8.19-28
Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor

João é “um homem” que foi “enviado por Deus”. Deus chama homens, confia-lhes uma missão e, através deles, intervém no mundo. A missão de João é “dar testemunho da luz”. A “luz”representa essa realidade que vem de Deus e com a qual Deus se propõe construir para os homens um mundo novo de vida definitiva e de felicidade total.
João é uma “voz” através da qual Deus passa aos homens uma mensagem:
 “endireitai o caminho do Senhor”.

A “voz”, através da qual Deus fala, convida-nos a endireitar “o caminho do Senhor”. É, na linguagem do Evangelho segundo João, um convite a deixar “as trevas” e a nascer para “a luz”. Implica abandonar a mentira, os comportamentos egoístas, as atitudes injustas, os gestos de violência, os preconceitos, a instalação, o comodismo, a autossuficiência, tudo o que desfeia a nossa vida, nos torna escravos e nos impede de chegar à verdadeira felicidade.
A “voz”, através da qual Deus fala, convida-nos a olhar para Jesus, pois só Ele é “a luz” e só Ele tem uma proposta de vida verdadeira para apresentar aos homens. À nossa volta abundam os “vendedores de sonhos”, com propostas de felicidade “absolutamente garantida”. Atraem-nos, seduzem-nos, manipulam-nos, escravizam-nos e, quase sempre, deixam-nos dececionados e infelizes, mais angustiados, mais perdidos, mais frustrados. João garante-nos: só Jesus é “a luz” que liberta os homens da escravidão e das trevas e lhes oferece a vida verdadeira e definitiva.
O “homem chamado João”, enviado por Deus “para dar testemunho da luz”, convida-nos a pensar sobre a forma de Deus atuar na história humana e sobre as responsabilidades que Deus nos atribui na recriação do mundo… Deus não utiliza métodos espetaculares e assombrosos para intervir na nossa história e para recriar o mundo; mas Ele vem ao encontro dos homens e do mundo para os envolver no seu amor através de pessoas concretas, com um nome e uma história, pessoas “normais” a quem Deus chama e a quem confia determinada missão. A todos nós, seus filhos, Deus confia uma missão no mundo – a missão de dar testemunho da “luz” e de tornar presente, para os nossos irmãos, a proposta libertadora de Jesus.

Palavra de Deus para a semana de 15 a 20 de dezembro

15
Seg
Num 24, 2-7. 15-17a; Salmo 24 (25)  Mt 21, 23-27
Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia  e dai-nos a vossa salvação.
16
Ter
Sof 3, 1-2. 9-13 - Salmo 33 (34) - Mt 21, 28-32
Vinde, Senhor, e não tardeis, perdoai os pecados do vosso povo.

17
Qua
Gen 49, 2. 8-10 - Salmo 71 (72) - Mt 1, 1-17
Ó Sabedoria do Altíssimo, que tudo governais com firmeza e suavidade:
vinde ensinar-nos o caminho da salvação.
18
Qui
Jer 23, 5-8 - Salmo 71 (72) - Mt 1, 18-25
Ó Chefe da casa de Israel, que no Sinai destes a Lei a Moisés:
vinde resgatar-nos com o poder do vosso braço.
19
Sex
Jz 13, 2-7. 24-25a - Salmo 70 (71) - Lc 1, 5-25
Ó rebento da raiz de Jessé, sinal erguido diante dos povos:
vinde libertar-nos, não tardeis mais.
20
Sáb
Is 7, 10-14 - Salmo 23 (24) - Lc 1, 26-38
Ó Chave da casa de David, que abris e ninguém pode fechar,
fechais e ninguém pode abrir:
vinde libertar os que vivem no cativeiro das trevas e nas sombras da morte.

PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO IV DO ADVENTO


2 Sam 7,1-5.8b-12.14a.16                 «Faz o que te pede o teu coração, porque o Senhor está contigo

Salmo   88 (89)                    Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor.  

Rom 16,25-27                      A Deus, o único sábio, por Jesus Cristo, seja dada glória pelos séculos dos séculos. Amen.

Lc 1,26-38                            Eis a escrava do Senhor: faça-se em mim segundo a vossa palavra.

Intenções para a Eucaristia de 8 de dezembro (10:00h)

Madalena Carneiro Pinto, pais e sogros; Familiares de Madalena Teixeira de Almeida e de António Casimiro Almeida; Aniversário falecimento de Albano de Sousa e esposa

Intenções para a Eucaristia de 14 de dezembro (10:00h)


  Luís Vieira Azevedo; António Pereira da Silva Guimarães; Rosa de Jesus Carneiro e Martinho Pinto, de Carvalho de Vila; Luísa Pereira e marido, do Alto; Menino Carlos André; Maria da Conceição Soares; José de Azeredo e Silva; Manuel Duarte Moreira; Aniversário falecimento de Joaquim Pinto de Oliveira e seus familiares; António da Silva Cabral, esposa e filho; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira

Intenções para a Eucaristia de 21 de dezembro (10:00h)

António da Silva Luís, do Lameu; António Pereira de Freitas e esposa; Associados da Mensagem de Fátima; Emídio Ribeiro; António Carneiro Silva e sogro; Maria da Conceição Moreira, de Vila; Manuel da Silva Pinto e seus familiares; Manuel Pinto da Costa; José Pinto da Silva

Agenda


21 dez
  • Eucaristia, igreja, 10:00h
  • Adoração ao Santíssimo Sacramento, igreja, 15:00h

Como é que Deus atua no mundo?
Não é, normalmente, através de manifestações estrondosas e espetaculares, que deixam a humanidade abismada e assustada; mas é através dos gestos “banais” desses profetas a quem Ele confia a missão de lutar contra as forças da opressão e da morte e a quem Ele chama a testemunhar, no meio dos “pobres”, o amor, a liberdade, a justiça, a verdade, a vida. Cada crente é um profeta, chamado a ser testemunha de Deus e sinal vivo do seu amor, da sua justiça e da sua paz.
A existência cristã é uma caminhada ao encontro do Senhor que vem. Na sua peregrinação pela história, mergulhados na alegria e na tristeza, no sofrimento e na esperança, os crentes não podem perder de vista essa meta final que dá sentido a toda a caminhada. O caminho cristão deve ser percorrido na atenção e na vigilância, procurando viver com coerência os compromissos assumidos no dia do Batismo e na fidelidade às propostas de Deus.
De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, esse caminho deve ser percorrido na alegria… O cristão é alegre, porque sabe para onde caminha e está certo de que no final da caminhada encontra os braços amorosos de Deus que o acolhem e o conduzem para a felicidade plena, para a vida definitiva. Nem os sofrimentos, nem as dificuldades, nem as incompreensões, nem as perseguições podem eliminar essa alegria serena de quem confia no encontro com o Senhor. De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, esse caminho deve ser percorrido também num diálogo nunca acabado com Deus. O crente é alguém que “ora sem cessar” e “dá graças em todas as circunstâncias” pelos dons de Deus, pela sua presença amorosa, pela salvação que Deus não cessa de oferecer em cada passo da caminhada.