A liturgia deste domingo
convida-nos a refletir nas nossas prioridades, nos valores sobre os quais
fundamentamos a nossa existência. Sugere, especialmente, que o cristão deve
construir a sua vida sobre os valores propostos por Jesus.
A primeira leitura
apresenta-nos o exemplo de Salomão, rei de Israel. Salomão tinha consciência de
que a autoridade é um serviço que deve ser exercido com “sabedoria” e que o
objetivo final desse serviço é a realização do bem comum. Ele não pede riqueza
nem glória, mas pede as aptidões necessárias e a capacidade para cumprir bem a
missão que Deus lhe confiou. Salomão aparece aqui como o modelo do homem “sábio”
que sabe escolher as coisas importantes e que não se deixa distrair por valores
efémeros.
A segunda leitura
convida-nos a seguir o caminho e a proposta de Jesus. Esse é o valor mais alto,
que deve sobrepor-se a todos os outros valores e propostas. O projeto salvador de Deus
está aberto a todos aqueles que querem acolhê-l’O. Paulo sublinha que se trata
de um dom gratuito de Deus e que esse dom está previsto desde toda a
eternidade.
No Evangelho, recorrendo à
linguagem das parábolas, Jesus recomenda aos seus seguidores que façam do Reino
de Deus a sua prioridade fundamental. Todos os outros valores e interesses
devem passar para segundo plano, face a esse “tesouro” supremo que é o Reino. O
Reino proposto por Jesus (esse mundo de paz, de amor, de fraternidade, de
serviço, de reconciliação que Jesus veio anunciar e oferecer) é um “tesouro”
precioso, que os seguidores de Jesus devem abraçar, antes de qualquer outro
valor ou proposta. Os cristãos são, antes de mais, aqueles que encontraram algo
de único, de fundamental, de decisivo: o Reino. Ora, quando alguém encontra um
“tesouro” como esse, deve elegê-lo como a riqueza mais preciosa, o valor
fundamental pelo qual se renuncia a tudo o resto e pelo qual se está disposto a
pagar qualquer preço. O Reino não é um condomínio fechado, onde só há gente
escolhida e santa, mas é uma realidade onde o mal e o bem crescem
simultaneamente. Deus não tem pressa de condenar e destruir. Ele não quer a
morte do pecador; por isso, dá ao homem o tempo necessário e suficiente para amadurecer
as suas opções e para fazer as suas escolhas.
O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que
“compreende”. Ora, “compreender”, em Mateus, significa “prestar atenção” e
comprometer-se com o ensinamento proposto. Os cristãos são, pois, convidados a
descobrir a realidade do Reino, a entender as suas exigências, a
comprometerem-se com os seus valores.
Liturgia da Palavra do Domingo XVII do Tempo Comum
I Leitura 1
Reis 3, 5.7-12
«Pediste
a sabedoria»
O
maior tesouro é a sabedoria. A sabedoria é o dom de saber orientar a vida
segundo os critérios de Deus. Mas quem tem a peito pedi-la ao Senhor, antes de
todos os outros bens como fez Salomão? De tal modo agradou ao Senhor esta
primeira preocupação de Salomão que, juntamente com a sabedoria, a única coisa
que ele pedira, o Senhor lhe deu tudo o mais.
Salmo 118
(119)
Quanto amo, Senhor, a vossa lei!
II Leitura: Rom 8, 28-30
«Predestinou-nos para sermos conformes à imagem do seu Filho»
Deus chamou-nos para nos integrarmos em Cristo. É esse o
desígnio que Deus tem sobre nós e que se vai realizando, progressivamente, até
chegar à plenitude, a qual só se encontrará na glória celeste. É o que esta
leitura quer significar com a sucessiva acção de Deus em nós, pela qual Ele
pretende levar-nos a participar plenamente na glória de Cristo
Aclamação ao Evangelho Mt 11, 25
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino.
Evangelho: Mt 13, 44-52
«Vendeu tudo quanto possuía para comprar aquele campo»
Palavra de Deus para a semana de 28 de julho a 2 de agosto
28
Seg
Jer 13,
1-11 - Salmo Deut 32, 18-19. 20. 21 - Mt 13, 31-35
Deus Pai nos gerou pela palavra da verdade,
para sermos as primícias das suas criaturas.
29
Ter
S. Marta – MO
Jer 14,
17-22 - Salmo 78 (79) - Jo 11, 19-27
A semente é a palavra de Deus e o semeador é Cristo:
quem O encontra permanece para sempre.
30
Qua
S. Pedro Crisólogo, bispo e doutor da Igreja – MF
Jer 15,
10. 16-21 - Salmo 58 (59) - Mt 13, 44-46
Eu chamo-vos amigos, diz o Senhor,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.
31
Qui
S. Inácio de Loiola, presbítero – MO
Jer 18,
1-6 - Salmo 145 (146) - Mt 13, 47-53
Abri, Senhor, o nosso coração, para recebermos a
palavra do vosso Filho.
1
Sex
S. Afonso Maria de Ligório, bispo e doutor da Igreja –
MO
Jer 26,
1-9 - Salmo 68 (69) - Mt 13, 54-58
A palavra do Senhor permanece eternamente.
Esta é a palavra que vos foi anunciada.
2
Sáb
S. Eusébio de Vercelas, bispo – MF
S. Pedro Juliano Eymard, presbítero – MF
Jer 26, 11-16. 24 - Salmo 68 (69) - Mt 14, 1-12
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da
justiça,
porque deles é o reino dos Céus.
28
Seg
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Jer 13,
1-11 - Salmo Deut 32, 18-19. 20. 21 - Mt 13, 31-35
Deus Pai nos gerou pela palavra da verdade,
para sermos as primícias das suas criaturas.
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29
Ter |
S. Marta – MO
Jer 14,
17-22 - Salmo 78 (79) - Jo 11, 19-27
A semente é a palavra de Deus e o semeador é Cristo:
quem O encontra permanece para sempre.
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30
Qua
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S. Pedro Crisólogo, bispo e doutor da Igreja – MF
Jer 15,
10. 16-21 - Salmo 58 (59) - Mt 13, 44-46
Eu chamo-vos amigos, diz o Senhor,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.
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31
Qui
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S. Inácio de Loiola, presbítero – MO
Jer 18,
1-6 - Salmo 145 (146) - Mt 13, 47-53
Abri, Senhor, o nosso coração, para recebermos a
palavra do vosso Filho.
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1
Sex
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S. Afonso Maria de Ligório, bispo e doutor da Igreja –
MO
Jer 26,
1-9 - Salmo 68 (69) - Mt 13, 54-58
A palavra do Senhor permanece eternamente.
Esta é a palavra que vos foi anunciada.
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2
Sáb
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S. Eusébio de Vercelas, bispo – MF
S. Pedro Juliano Eymard, presbítero – MF
Jer 26, 11-16. 24 - Salmo 68 (69) - Mt 14, 1-12
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da
justiça,
porque deles é o reino dos Céus.
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PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XVIII DO TEMPO COMUM
Is
55, 1-3 «Vinde e
comei»
Salmo
144 (145 Abris, Senhor, as vossas mãos e saciais a nossa fome.
Rom
8, 35.37-39 «Nenhuma
criatura poderá separar-nos do amor de Deus,
que se
manifestou em Jesus Cristo»
Mt
14, 13-21 «Todos comeram e ficaram saciados»
Intenções para a Eucaristia de 27 de julho (11:00h)
Maria Emília Ferreira, da
Sra. da Piedade; Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo da
Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e
marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz
Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar
Pinto e marido; José Ferreira Aguiar; Ricardo Luís e filha; Missa Aniv.
Natalício de José Araújo.
Intenções para a Eucaristia de 3 de agosto (10:00h)
João de
Jesus Pinto, mãe e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós;
Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Antero Pinto; Maria Rosa Leal
Pinheiro; Maria da Graça da Glória, marido e filho; Emídio Luís, esposa e
filho; António Pinto Melo.
Agenda
27 jul a 8 ago
- Visita da Nossa Senhora da Natividade do Castelinho
3 ago
- Eucaristia, igreja, 10:00h
O cristão vive no meio do mundo e é todos os dias
desafiado pelos esquemas e valores do mundo; mas não pode deixar que a procura
dos bens seja o objetivo número um da sua vida, pois o Reino é partilha. O
cristão está permanentemente mergulhado num ambiente em que a força e o poder
aparecem como o grande ideal; mas ele não pode deixar que o poder seja o seu
objetivo fundamental, porque o Reino é serviço. O cristão é todos os dias
convencido de que o êxito profissional, a fama a qualquer preço são condições
essenciais para triunfar e para deixar a sua marca na história; mas ele não
pode deixar-se seduzir por esses esquemas, pois a realidade do Reino vive-se na
humildade e na simplicidade. O cristão faz a sua caminhada num mundo que exalta
o orgulho, a independência; mas ele já aprendeu, com Jesus, que o Reino é perdão,
tolerância, encontro, fraternidade… O que é que comanda a minha vida? Quais são
os valores pelos quais eu sou capaz de deixar tudo? Que significado têm as
propostas de Jesus na minha escala de valores?
Quando a tristeza nos tolda a vista e nos impede de sorrir,
quando apresentamos semblantes carrancudos e preocupados, quando deixamos
transparecer em gestos e em palavras a agitação e o desassossego, quando
olhamos para o mundo com os óculos do pessimismo e do desespero, quando só nos
deixamos impressionar pelo mal que acontece à nossa volta, já teremos
descoberto esse valor fundamental – o Reino – que é paz, esperança, serenidade,
alegria, harmonia?