1 de junho de 2014

Domingo VII da Páscoa - Ascensão do Senhor



Ide e ensinai todos os povosdiz o Senhor:
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.
Mt 28, 19a.20b

A Festa da Ascensão de Jesus, que hoje celebramos, sugere que, no final do caminho percorrido no amor e na doação, está a vida definitiva, a comunhão com Deus. Sugere também que Jesus nos deixou o testemunho e que somos nós, seus seguidores, que devemos continuar a realizar o projeto libertador de Deus para os homens e para o mundo.
Na primeira leitura, repete-se a mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projeto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus – a mesma vida que espera todos os que percorrem o mesmo “caminho” que Jesus percorreu. Quanto aos discípulos: eles não podem ficar a olhar para o céu, numa passividade alienante; mas têm de ir para o meio dos homens, continuar o projeto de Jesus.
 A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da esperança a que foram chamados (a vida plena de comunhão com Deus). Devem caminhar ao encontro dessa “esperança” de mãos dadas com os irmãos – membros do mesmo “corpo” – e em comunhão com Cristo, a “cabeça” desse “corpo”. Cristo reside no seu “corpo” que é a Igreja; e é nela que Se torna, hoje, presente no meio dos homens.
Dizer que fazemos parte do “corpo de Cristo” significa que devemos viver numa comunhão total com Ele e que nessa comunhão recebemos, a cada instante, a vida que nos alimenta. Significa, também, viver em comunhão, em solidariedade total com todos os nossos irmãos, membros do mesmo “corpo”, alimentados pela mesma vida.
O Evangelho apresenta o encontro final de Jesus ressuscitado com os seus discípulos, num monte da Galileia. A comunidade dos discípulos, reunida à volta de Jesus ressuscitado, reconhece-O como o seu Senhor, adora-O e recebe d’Ele a missão de continuar no mundo o testemunho do “Reino”.
Jesus foi ao encontro do Pai, depois de uma vida gasta ao serviço do “Reino”; deixou aos seus discípulos a missão de anunciar o “Reino” e de torná-lo uma proposta capaz de renovar e de transformar o mundo. Celebrar a ascensão de Jesus significa, antes de mais, tomar consciência da missão que foi confiada aos discípulos e sentir-se responsável pela presença do “Reino” na vida dos homens.
A missão que Jesus confiou aos discípulos é uma missão universal: as fronteiras, as raças, a diversidade de culturas, não podem ser obstáculos para a presença da proposta libertadora de Jesus no mundo.

Liturgia da Palavra do Domingo VII da Páscoa 

I Leitura                 Atos 1, 1-11
«Elevou-Se à vista deles»

A Ascensão de Jesus é a última aparição do Ressuscitado que não só dá testemunho da verdade da Ressurreição, como faz compreender que Jesus vive agora na glória do Pai. A Ascensão manifesta assim o sentido pleno da Páscoa: depois de destruir o pecado e a morte com a sua Morte e Ressurreição, Jesus Cristo introduz o homem, que tinha assumido na Encarnação, na glória de seu Pai. O livro dos Actos dos Apóstolos, que apresenta a vida dos primeiros dias da Igreja, começa pela Ascensão do Senhor; assim nos é dado a compreender que a Igreja continua agora a presença de Jesus entre os homens, até que Ele venha, de novo, no fim dos tempos, para pôr o termo à história e nos sentar consigo à direita do Pai.
               
Salmo     46 (47)  
Ergue-Se Deus, o Senhor, em júbilo e ao som da trombeta.

II Leitura:                             Ef 1, 17-23

«Colocou-O à sua direita nos Céus»

Sentando-se à direita do Pai, Jesus introduz a humanidade na comunhão definitiva com Deus. É este o fruto do seu sacrifício na Cruz, a comunhão com o Pai, e é a esperança de todos os que n’Ele crêem.

Aclamação ao Evangelho                   Mt 28, 19a.20b

Ide e ensinai todos os povos, diz o Senhor:
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.

Evangelho:            Mt 28, 16-20

«Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra»

A Ascensão não é uma ausência, mas uma plenitude. O Senhor não abandona os seus na terra. Ele é, pela Ressurreição, o “Senhor” que domina o Céu e a terra. E continua presente e ativo no meio de nós pelo seu Espírito que está na Igreja: na palavra de Deus, na ação dos Sacramentos, no amor da comunidade dos crentes vindos de todas as nações e em cada batizado. E para que a sua presença possa chegar a todos os homens, a todos o Senhor envia agora os seus Apóstolos.

VII Domingo da Páscoa - Ascensão do Senhor:   FORTALECER para SER FORTE e PACIENTE

Leitura Bíblica (Mt 28, 16-20):      Jesus envia os discípulos para a missão
«Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando o viram, adoraram-no; alguns, no entanto, ainda duvidavam. Aproximando-se deles, Jesus disse-lhes: “Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos”».

Breve reflexão
Jesus enquanto Mestre e Pastor caminha sempre à frente daqueles que guia e os protege. O texto descreve o encontro final entre Jesus e os discípulos, encontro no qual Jesus envia os discípulos em missão, para batizar e ensinar, e promete permanecer até ao fim dos tempos. Como cristão sou chamado a testemunhar. Como me comporto na minha vida? A minha vida tem sido coerente com esse compromisso? Preocupo-me em conhecer bem os ensinamentos de Jesus e em aplicá-los à vida de todos os dias? (…).

Oração
Senhor Jesus, Tu que enviaste os discípulos e envias tantos homens para a missão, suscita em mim o dom da FORTALEZA, para que pela ação iluminadora do Espírito Santo, eu persevere no caminho da fé e da minha entrega firme e fiel à Tua vontade, ao Teu projeto. Acredito, Senhor, que Tu, pelo amor que me tens, me dás a FORTALEZA e a PACIÊNCIA constantes para eu não vacilar diante das agruras da vida e me levas até à bem-aventurança dos “que têm sede e fome de justiça porque serão saciados”.

Proposta de atividade:  Elabora o teu livro dos dons e das virtudes e frutos do Espírito.
                     Procura por palavras tuas escrever o que é para ti a Fortaleza e a Paciência.

Dom do Espírito Santo:  FORTALEZA

Fruto do Espírito Santo ou Virtude:  FORTALEZA e PACIÊNCIA

Palavra de Deus para a semana de 2 a 7 de junho  


2
Seg
S. Marcelino e S. Pedro, mártires – MF
Act 19, 1-8 - Salmo 67 (68) - Jo 16, 29-33
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus
3
Ter
 SS. Carlos Lwanga e Companheiros, mártires – MO
Act 20, 17-27 - Salmo 67 (68) - Jo 17, 1-11a
Eu pedirei ao Pai, que vos dará o Espírito Santo,
para estar convosco para sempre.
4
Qua
                Act 20, 28-38 - Salmo 67 (68) - Jo 17, 11b-19
A vossa palavra, Senhor, é a verdade: santificai-nos na verdade
5
Qui
S. Bonifácio, bispo e mártir – MO
Act 22, 30: 23, 6-11 - Salmo 15 (16) - Jo 17, 20-26
Todos sejam um, ó Pai, como Tu em Mim e Eu em Ti,
para que o mundo acredite que Tu Me enviaste
6
Sex
S. Norberto, bispo – MF
Act 25, 13b-21 - Salmo 102 (103) - Jo 21, 15-19
O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas
e vos recordará tudo o que Eu vos disse.
7
Sáb
Act 28, 16-20. 30-31 - Salmo 10 (11) - Jo 21, 20-25
Eu vos enviarei o Espírito da verdade, diz o Senhor;
Ele vos ensinará toda a verdade.


PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO VIII DA PÁSCOA


Atos 2, 1-11  

       «Todos  ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar»

103 (104)          

    Mandai, Senhor o vosso Espírito, e renovai a terra.

1 Cor 12, 3b-7.12-13       

  «Todos nós fomos batizados num só Espírito,
para formarmos um só Corpo» 

Jo 20, 19-23         

«Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós:
Recebei o Espírito Santo»

Intenções para a Eucaristia de 1 de junho (11:00h)

António Araújo, das Lapas; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Antero Pinto; Maria Rosa Leal Pinheiro; José Ferreira Aguiar; Manuel da Silva Pinto; 7º Dia por Maria  Emília da Silva Moreira.


Intenções para a Eucaristia de 8 de junho (09:30h)

Maria da Graça da Glória, marido e filho; Emídio Luís e Maria da Conceição Alves; António Pinto Melo; Alexandre da Silva Azeredo; António da Silva Luís, do Lameu; António Soares Pinheiro; Familiares de Madalena Teixeira de Almeida e de António Casimiro Almeida; Manuel Vieira Ribeiro; João de Jesus Pinto, de Requim, mãe e sogros; Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim

Agenda


7 jun
    • Oração Comunitária de Vésperas 1º Sábado - igreja, 19:00h

8 jun 
    • Eucaristia, Festa dos Adolescentes - igreja, 09:30h

No dia em que fui batizado, comprometi-me com Jesus e vinculei-me com a comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É um tremendo desafio testemunhar, hoje, no mundo os valores do “Reino” (esses valores que, muitas vezes, estão em contradição com aquilo que o mundo defende e que o mundo considera serem as prioridades da vida). Com frequência, os discípulos de Jesus são objecto da irrisão e do escárnio dos homens, porque insistem em testemunhar que a felicidade está no amor e no dom da vida; com frequência, os discípulos de Jesus são apresentados como vítimas de uma máquina de escravidão, que produz escravos, alienados, vítimas do obscurantismo, porque insistem em testemunhar que a vida plena está no perdão, no serviço, na entrega da vida. O confronto com o mundo gera muitas vezes, nos discípulos, desilusão, sofrimento, frustração…Nos momentos de deceção e de desilusão convém, no entanto, recordar as palavras de Jesus: “Eu estarei convosco até ao fim dos tempos”. Esta certeza deve alimentar a coragem com que testemunhamos aquilo em que acreditamos.