Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.
Mt 28, 19a.20b
A Festa da Ascensão de
Jesus, que hoje celebramos, sugere que, no final do caminho percorrido no amor
e na doação, está a vida definitiva, a comunhão com Deus. Sugere também que
Jesus nos deixou o testemunho e que somos nós, seus seguidores, que devemos
continuar a realizar o projeto libertador de Deus para os homens e para o
mundo.
Na primeira leitura,
repete-se a mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao
mundo o projeto do Pai, entrou na vida definitiva da comunhão com Deus – a
mesma vida que espera todos os que percorrem o mesmo “caminho” que Jesus
percorreu. Quanto aos discípulos: eles não podem ficar a olhar para o céu, numa
passividade alienante; mas têm de ir para o meio dos homens, continuar o projeto
de Jesus.
A segunda leitura convida os discípulos a
terem consciência da esperança a que foram chamados (a vida plena de comunhão
com Deus). Devem caminhar ao encontro dessa “esperança” de mãos dadas com os
irmãos – membros do mesmo “corpo” – e em comunhão com Cristo, a “cabeça” desse
“corpo”. Cristo reside no seu “corpo” que é a Igreja; e é nela que Se torna,
hoje, presente no meio dos homens.
Dizer que fazemos parte do
“corpo de Cristo” significa que devemos viver numa comunhão total com Ele e que
nessa comunhão recebemos, a cada instante, a vida que nos alimenta. Significa,
também, viver em comunhão, em solidariedade total com todos os nossos irmãos,
membros do mesmo “corpo”, alimentados pela mesma vida.
O Evangelho apresenta o
encontro final de Jesus ressuscitado com os seus discípulos, num monte da
Galileia. A comunidade dos discípulos, reunida à volta de Jesus ressuscitado,
reconhece-O como o seu Senhor, adora-O e recebe d’Ele a missão de continuar no
mundo o testemunho do “Reino”.
Jesus foi ao encontro do
Pai, depois de uma vida gasta ao serviço do “Reino”; deixou aos seus discípulos
a missão de anunciar o “Reino” e de torná-lo uma proposta capaz de renovar e de
transformar o mundo. Celebrar a ascensão de Jesus significa, antes de mais,
tomar consciência da missão que foi confiada aos discípulos e sentir-se
responsável pela presença do “Reino” na vida dos homens.
A missão que Jesus confiou aos discípulos é uma missão
universal: as fronteiras, as raças, a diversidade de culturas, não podem ser
obstáculos para a presença da proposta libertadora de Jesus no mundo.
Liturgia da Palavra do Domingo VII da Páscoa
I Leitura Atos 1, 1-11
«Elevou-Se
à vista deles»
A
Ascensão de Jesus é a última aparição do Ressuscitado que não só dá testemunho
da verdade da Ressurreição, como faz compreender que Jesus vive agora na glória
do Pai. A Ascensão manifesta assim o sentido pleno da Páscoa: depois de
destruir o pecado e a morte com a sua Morte e Ressurreição, Jesus Cristo
introduz o homem, que tinha assumido na Encarnação, na glória de seu Pai. O
livro dos Actos dos Apóstolos, que apresenta a vida dos primeiros dias da
Igreja, começa pela Ascensão do Senhor; assim nos é dado a compreender que a
Igreja continua agora a presença de Jesus entre os homens, até que Ele venha,
de novo, no fim dos tempos, para pôr o termo à história e nos sentar consigo à
direita do Pai.
Salmo 46
(47)
Ergue-Se Deus, o Senhor, em júbilo e ao som da trombeta.
II Leitura: Ef 1, 17-23
«Colocou-O à sua direita nos Céus»
Sentando-se à direita do Pai, Jesus introduz a humanidade na
comunhão definitiva com Deus. É este o fruto do seu sacrifício na Cruz, a
comunhão com o Pai, e é a esperança de todos os que n’Ele crêem.
Aclamação ao Evangelho Mt 28,
19a.20b
Ide e ensinai todos os povos, diz o Senhor:
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.
Evangelho: Mt 28,
16-20
«Todo
o poder Me foi dado no Céu e na terra»
A
Ascensão não é uma ausência, mas uma plenitude. O Senhor não abandona os seus
na terra. Ele é, pela Ressurreição, o “Senhor” que domina o Céu e a terra. E continua
presente e ativo no meio de nós pelo seu Espírito que está na Igreja: na
palavra de Deus, na ação dos Sacramentos, no amor da comunidade dos crentes
vindos de todas as nações e em cada batizado. E para que a sua presença possa
chegar a todos os homens, a todos o Senhor envia agora os seus Apóstolos.
VII
Domingo da Páscoa - Ascensão do Senhor:
FORTALECER para SER FORTE e PACIENTE
Leitura
Bíblica (Mt 28, 16-20): Jesus envia os discípulos para a missão
«Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o
monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando o viram, adoraram-no; alguns, no
entanto, ainda duvidavam. Aproximando-se deles, Jesus disse-lhes: “Foi-me dado
todo o poder no Céu e na Terra. Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos,
batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a
cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco
até ao fim dos tempos”».
Breve
reflexão
Jesus enquanto Mestre e Pastor caminha sempre à frente
daqueles que guia e os protege. O texto descreve o encontro final entre Jesus e
os discípulos, encontro no qual Jesus envia os discípulos em missão, para
batizar e ensinar, e promete permanecer até ao fim dos tempos. Como cristão sou
chamado a testemunhar. Como me comporto na minha vida? A minha vida tem sido
coerente com esse compromisso? Preocupo-me em conhecer bem os ensinamentos de
Jesus e em aplicá-los à vida de todos os dias? (…).
Oração
Senhor Jesus, Tu que enviaste os discípulos e envias
tantos homens para a missão, suscita em mim o dom da FORTALEZA, para que pela
ação iluminadora do Espírito Santo, eu persevere no caminho da fé e da minha
entrega firme e fiel à Tua vontade, ao Teu projeto. Acredito, Senhor, que Tu,
pelo amor que me tens, me dás a FORTALEZA e a PACIÊNCIA constantes para eu não
vacilar diante das agruras da vida e me levas até à bem-aventurança dos “que
têm sede e fome de justiça porque serão saciados”.
Proposta
de atividade: Elabora o teu livro dos dons e das virtudes e frutos
do Espírito.
Procura por palavras tuas escrever o que é para ti a
Fortaleza e a Paciência.
Dom
do Espírito Santo: FORTALEZA
Fruto
do Espírito Santo ou Virtude: FORTALEZA
e PACIÊNCIA
Palavra de Deus para a semana de 2 a 7 de junho
2
Seg
S. Marcelino e S. Pedro, mártires – MF
Act 19,
1-8 - Salmo 67 (68) - Jo 16, 29-33
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do
alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus
3
Ter
SS. Carlos Lwanga e Companheiros, mártires – MO
Act 20,
17-27 - Salmo 67 (68) - Jo 17, 1-11a
Eu pedirei ao Pai, que vos dará o Espírito Santo,
para estar convosco para sempre.
4
Qua
Act 20, 28-38 - Salmo 67 (68) -
Jo 17, 11b-19
A vossa palavra, Senhor, é a verdade: santificai-nos
na verdade
5
Qui
S. Bonifácio, bispo e mártir – MO
Act 22,
30: 23, 6-11 - Salmo 15 (16) - Jo 17, 20-26
Todos sejam um, ó Pai, como Tu em Mim e Eu em Ti,
para que o mundo acredite que Tu Me enviaste
6
Sex
S. Norberto, bispo – MF
Act 25, 13b-21
- Salmo 102 (103) - Jo 21, 15-19
O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas
e vos recordará tudo o que Eu vos disse.
7
Sáb
Act 28,
16-20. 30-31 - Salmo 10 (11) - Jo 21, 20-25
Eu vos enviarei o Espírito da verdade, diz o Senhor;
Ele vos ensinará toda a verdade.
2
Seg
|
S. Marcelino e S. Pedro, mártires – MF
Act 19,
1-8 - Salmo 67 (68) - Jo 16, 29-33
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do
alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus
|
3
Ter |
SS. Carlos Lwanga e Companheiros, mártires – MO
Act 20,
17-27 - Salmo 67 (68) - Jo 17, 1-11a
Eu pedirei ao Pai, que vos dará o Espírito Santo,
para estar convosco para sempre.
|
4
Qua
|
Act 20, 28-38 - Salmo 67 (68) -
Jo 17, 11b-19
A vossa palavra, Senhor, é a verdade: santificai-nos
na verdade
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5
Qui
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S. Bonifácio, bispo e mártir – MO
Act 22,
30: 23, 6-11 - Salmo 15 (16) - Jo 17, 20-26
Todos sejam um, ó Pai, como Tu em Mim e Eu em Ti,
para que o mundo acredite que Tu Me enviaste |
6
Sex
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S. Norberto, bispo – MF
Act 25, 13b-21
- Salmo 102 (103) - Jo 21, 15-19
O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas
e vos recordará tudo o que Eu vos disse.
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7
Sáb
|
Act 28,
16-20. 30-31 - Salmo 10 (11) - Jo 21, 20-25
Eu vos enviarei o Espírito da verdade, diz o Senhor;
Ele vos ensinará toda a verdade.
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PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO VIII DA PÁSCOA
Atos
2, 1-11
«Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a
falar»
103
(104)
Mandai,
Senhor o vosso Espírito, e renovai a terra.
1
Cor 12, 3b-7.12-13
«Todos nós
fomos batizados num só Espírito,
para
formarmos um só Corpo»
Jo
20, 19-23
«Assim como o
Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós:
Recebei o
Espírito Santo»
Intenções para a Eucaristia de 1 de junho (11:00h)
António Araújo, das Lapas; Natália Fernanda da Silva
Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Antero Pinto;
Maria Rosa Leal Pinheiro; José Ferreira Aguiar; Manuel da Silva Pinto; 7º Dia
por Maria Emília da Silva Moreira.
Intenções para a Eucaristia de 8 de junho (09:30h)
Maria da Graça da Glória, marido e filho; Emídio Luís
e Maria da Conceição Alves; António Pinto Melo; Alexandre da Silva Azeredo;
António da Silva Luís, do Lameu; António Soares Pinheiro; Familiares de
Madalena Teixeira de Almeida e de António Casimiro Almeida; Manuel Vieira
Ribeiro; João de Jesus Pinto, de Requim, mãe e sogros; Albino Teixeira Pinto e
esposa, de Requim
Agenda
7 jun
- Oração Comunitária de Vésperas 1º Sábado - igreja, 19:00h
8 jun
- Eucaristia, Festa dos Adolescentes - igreja, 09:30h
No dia em que fui batizado, comprometi-me com Jesus e vinculei-me com a comunidade
do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É um tremendo desafio testemunhar, hoje, no mundo os
valores do “Reino” (esses valores que, muitas vezes, estão em contradição com
aquilo que o mundo defende e que o mundo considera serem as prioridades da
vida). Com frequência, os discípulos de Jesus são objecto da
irrisão e do escárnio dos homens, porque insistem em testemunhar que a
felicidade está no amor e no dom da vida; com frequência, os discípulos de
Jesus são apresentados como vítimas de uma máquina de escravidão, que produz
escravos, alienados, vítimas do obscurantismo, porque insistem em testemunhar
que a vida plena está no perdão, no serviço, na entrega da vida. O confronto
com o mundo gera muitas vezes, nos discípulos, desilusão, sofrimento, frustração…Nos
momentos de deceção e de desilusão convém, no entanto, recordar as palavras de
Jesus: “Eu estarei convosco até ao fim dos tempos”. Esta certeza deve alimentar
a coragem com que testemunhamos aquilo em que acreditamos.