25 de maio de 2014

Domingo VI da Páscoa

Se Me amardes,
guardareis
os meus mandamentos
                                Jo 14, 15



A liturgia do 6º Domingo da Páscoa convida-nos a descobrir a presença – discreta, mas eficaz e tranquilizadora – de Deus na caminhada histórica da Igreja. A promessa de Jesus – “não vos deixarei órfãos” – pode ser uma boa síntese do tema.
A primeira leitura mostra a comunidade cristã a dar testemunho da Boa Nova de Jesus e a ser uma presença libertadora e salvadora na vida dos homens. Avisa, no entanto, que o Espírito só se manifestará e só atuará quando a comunidade aceitar viver a sua fé integrada numa família universal de irmãos, reunidos à volta do Pai e de Jesus.
Cada crente precisa de desenvolver a consciência de que não é um caso isolado, independente, autónomo: afirmações como “eu cá tenho a minha fé” não fazem sentido, se traduzem a vontade de percorrer um caminho à margem da comunidade, sem aceitar confrontar-se com os irmãos… Cada comunidade precisa de desenvolver a consciência de que não é um grupo autónomo e sem ligações, mas uma parcela de uma Igreja universal, chamada a viver na comunhão, na partilha, na solidariedade com todos irmãos que, em qualquer canto do mundo, partilham a mesma fé.
 A segunda leitura exorta os crentes, confrontados com a hostilidade do mundo, a terem confiança, a darem um testemunho sereno da sua fé, a mostrarem o seu amor a todos os homens, mesmo aos perseguidores. Cristo, que fez da sua vida um dom de amor a todos, deve ser o modelo que os cristãos têm sempre diante dos olhos.
O Evangelho apresenta-nos parte do “testamento” de Jesus, na ceia de despedida, em Quinta-feira Santa. Aos discípulos, inquietos e assustados, Jesus promete o “Paráclito”: Ele conduzirá a comunidade cristã em direção à verdade; e levá-la-á a uma comunhão cada vez mais íntima com Jesus e com o Pai. Dessa forma, a comunidade será a “morada de Deus” no mundo e dará testemunho da salvação que Deus quer oferecer aos homens.
O “caminho” que Jesus propõe aos seus discípulos (o “caminho” do amor, do serviço, do dom da vida) parece, à luz dos critérios com que a maior parte dos homens do nosso tempo avaliam estas coisas, um caminho de fracasso, que não conduz nem à riqueza, nem ao poder, nem ao êxito social, nem ao bem estar material – afinal, tudo o que parece dar verdadeiro sabor à vida dos homens do nosso tempo. No entanto, Jesus garantiu-nos que era no caminho do amor e da entrega que encontraríamos a vida nova e definitiva.

Liturgia da Palavra do Domingo VI da Páscoa 


I Leitura                 Actos 8, 5-8.14-17

«Impunham as mãos sobre eles e eles recebiam o Espírito Santo»

A partir de Jerusalém, a Igreja vai dilatar-se pelo mundo ou, de maneira diferente, os homens começam a entrar na Igreja, à medida que escutam a Palavra de Deus e a ela se convertem. Isto será fruto da pregação dos mensageiros da Palavra e da acção do Espírito Santo, que atua nesta Palavra. Continua a ser o livro dos “Atos dos Apóstolos” que nos dá testemunho desta acção do Espírito de Deus.
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Salmo     65 (66)

A terra inteira aclame o Senhor..

II Leitura:             1 Pedro 3, 15-18

«Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito»

Também a palavra de S. Pedro continua a fazer como que uma catequese mistagógica, isto é, a introduzir-nos no mistério da vida cristã, que é o mistério da vida de Cristo na vida dos batizados. Cristo morreu, depois de ter assumido a nossa situação de mortais; mas ressuscitou, e, vencendo assim a morte, deu-nos a sua vida imortal. Ele é a nossa esperança.

Aclamação ao Evangelho                                   Jo 14, 23

Se alguém Me ama, guardará a minha palavra.
Meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada.

Evangelho:            Jo 14, 15-21

«Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor»

Jesus promete aos Apóstolos enviar-lhes o Espírito Santo, que será neles, ao mesmo tempo, o seu auxiliar e advogado no meio das dificuldades que hão-de suportar para se manterem fiéis, e o consolador e intercessor nas lutas que hão-de sofrer para vencerem os obstáculos que lhes advirão da parte do mundo. Será o Espírito Santo que lhes fará reconhecer o Senhor vivo para além da morte, na glória da ressurreição.

VI Domingo da Páscoa:      Ter PIEDADE para SER BOM e BENIGNO

Leitura Bíblica (Jo 14, 15-17):          Jesus promete o Espírito Santo
«Se me tendes amor, cumprireis os meus mandamentos, e Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; vós é que o conheceis, porque permanece junto de vós, e está em vós».

Breve reflexão
A Linguagem do Amor é a linguagem que Cristo nos ensina e nos convida a cultivar, pois quem ama, conhece e permanece junto dos que vivem à nossa volta e connosco crescem. Quem ama vê-se inundado da presença do Espírito, do Espírito da Verdade, desse amor eterno e ardente. Será que cultivo esse amor que me permite ser sinal da presença de Cristo para os outros? Procuro fortalecer a comunhão? (…).

Oração
Senhor Jesus, Tu que prometeste que não nos deixarias sós, suscita em mim o dom da PIEDADE, para que pela ação iluminadora do Espírito Santo, eu encontre a disponibilidade de coração para solidificar a relação confidente e de confiança Contigo e fraterna com os irmãos. Toca-me o interior e faz de mim um sinal da tua BONDADE e BENIGNIDADE no meio deste mundo tantas vezes ferido pela maldade. Conduz-me, Senhor, à bem-aventurança dos “mansos de coração, porque possuirão a terra”.

Proposta de actividade: Elabora o teu livro dos dons e das virtudes e frutos do Espírito. Procura por palavras tuas escrever o que é para ti a Piedade, a Bondade e a Benignidade.

Dom do Espírito Santo: PIEDADE

Fruto do Espírito Santo ou Virtude: BONDADE e BENIGNIDADE

Palavra de Deus para a semana de 16 a 21 de junho  


26
Seg
S. Filipe Néri, presbítero – MO
Act 16, 11-15 - Salmo 149 - Jo 15, 26 – 16, 4ª
O Espírito da verdade dará testemunho de Mim, diz o Senhor,
e vós também dareis testemunho.
27
Ter
 S. Agostinho de Cantuária, bispo – MF
Act 16, 22-34 - Salmo 137 (138) - Jo 16, 5-11
Eu vos enviarei o Espírito da verdade, diz o Senhor;
Ele vos ensinará toda a verdade.
28
Qua
Act 17, 15. 22 – 18, 1- Salmo 148 - Jo 16, 12-15
Eu pedirei ao Pai, que vos dará o Espírito Santo,
para estar convosco para sempre.
29
Qui
Act 18, 1-8 - Salmo 97 (98) - Jo 16, 16-20
Não vos deixarei órfãos, diz o Senhor;
voltarei para junto de vós e exultareis de alegria.
30
Sex
Act 18, 9-18 - Salmo 46 (47) - Jo 16, 20-23a
Cristo tinha de sofrer e ressuscitar dos mortos
para entrar na sua glória
31
Sáb
Visitação de Nossa Senhora – FESTA
Sof 3, 14-18 ou Rom 12, 9-16b - Salmo Is 12, 2. 3-4bcd. 5-6 - Lc 1, 39-56
Bendita sejais, ó Virgem Santa Maria,
que acreditastes na palavra do Senhor.


PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO VII DA PÁSCOA


Actos 1, 1-11     

   «Elevou-Se à vista deles»

Salmo 46 (47)      

Ergue-Se Deus, o Senhor, em júbilo e ao som da trombeta.

Ef 1, 17-23           

«Colocou-O à sua direita nos Céus»

Mt 28, 16-20      

  Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra»

Intenções para a Eucaristia de 25 de maio (10:00h)

António Pereira de Freitas e esposa; António Carneiro Silva e sogro; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; 30.º dia por José da Silva Pinto; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Manuel Vieira Ribeiro; Manuel Alfredo da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido; Emídio Ribeiro; Maria de Lourdes de Jesus, marido e filho.

Intenções para a Eucaristia de 1 de junho (11:00h)

João de Jesus Pinto, de Requim, mãe e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Antero Pinto; Maria Rosa Leal Pinheiro.


Agenda

1 a 31 maio
    • Meditação do Rosário, Igreja, 20:30h

1 jun
    • Eucaristia, Festa da Eucaristia - 1ª Comunhão - igreja, 11:00h
    • Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2014, Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro





“Deus escreve direito por linhas tortas”: de uma situação má (perseguição aos crentes), nasce a possibilidade de levar a Boa Nova da libertação a outras comunidades.
Às vezes, Deus tem que usar métodos drásticos para nos obrigar a sair do nosso cantinho cómodo e levar-nos ao compromisso. Muitas vezes, os aparentes dramas da nossa vida fazem parte dos projetos de Deus. É necessário aprender a olhar para os acontecimentos da vida com os olhos da fé e aprender a confiar nesse Deus que, do mal, tira o bem.
A paixão de Jesus continua a acontecer, todos os dias, na vida de cada um de nós e na vida de tantos irmãos nossos. Sentimo-nos impotentes face à guerra e ao terrorismo; não conseguimos prever e evitar as catástrofes naturais; sofremos por causa da injustiça e da opressão; vemos o mundo construir-se de acordo com critérios de egoísmo e de materialismo; não podemos evitar a doença e a morte… Acreditamos no “Reino de Deus”, mas ele parece nunca mais chegar, e caminhamos, desanimados e frustrados, para um futuro que não sabemos aonde conduzirá a humanidade.
No entanto, nós os crentes temos razões para ter esperança: Jesus garantiu-nos que não nos deixaria órfãos e que estaria sempre a nosso lado.