4 de maio de 2014

Domingo III da Páscoa

Os discípulos reconheceram
o Senhor Jesus ao partir o pão. Aleluia.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO     Lc 24, 35


A liturgia deste domingo convida-nos a descobrir esse Cristo vivo que acompanha os homens pelos caminhos do mundo, que com a sua Palavra anima os corações magoados e desolados, que se revela sempre que a comunidade dos discípulos se reúne para “partir o pão”; apela, ainda, a que os discípulos sejam as testemunhas da ressurreição diante dos homens.
A primeira leitura mostra como do amor brota sempre ressurreição e vida nova; e convida a comunidade de Jesus a testemunhar essa realidade diante dos homens. A ressurreição de Cristo prova que uma vida gasta ao serviço do plano do Pai, na entrega aos homens, não conduz ao fracasso, mas à ressurreição, à exaltação, à vida plena. A Igreja – da qual fazemos parte – é hoje, no mundo, a testemunha da proposta de salvação que Cristo fez; ela deve dizer a todos os homens o que aconteceu com Cristo e como Ele mostrou que a vida plena resulta do amor e do dom da vida.
A segunda leitura convida a contemplar com olhos de ver o projeto salvador de Deus, o amor de Deus pelos homens. Os homens do nosso tempo vivem, de forma geral, voltados para si mesmos, para os seus pequenos interesses pessoais e para a realização imediata dos seus sonhos, desejos e prioridades. Nós, os crentes, no entanto, somos convidados a viver e a anunciar a lógica de Deus, que é a lógica do amor e da entrega da vida até às últimas consequências.
O Evangelho põe Cristo, vivo e ressuscitado, a caminhar ao lado dos discípulos, a explicar-lhes as Escrituras, a encher-lhes o coração de esperança e a sentar-Se com eles à mesa para “partir o pão”. É aí que os discípulos O reconhecem. Na nossa caminhada pela vida, fazemos, frequentemente, a experiência do desencanto, do desalento, do desânimo. As crises, os fracassos, o desmoronamento daquilo que julgávamos seguro e em que apostámos tudo, a falência dos nossos sonhos deixam-nos frustrados, perdidos, sem perspetivas. Então, parece que nada faz sentido e que Deus desapareceu do nosso horizonte… No entanto, Jesus, vivo e ressuscitado, caminha ao nosso lado. Ele é esse companheiro de viagem que encontra formas de vir ao nosso encontro – mesmo se nem sempre somos capazes de O reconhecer – e de encher o nosso coração de esperança. É através da Palavra de Deus, escutada, meditada, partilhada, acolhida no coração, que Jesus nos indica caminhos, nos aponta perspetivas novas, nos dá a coragem de continuar, depois de cada fracasso, a construir uma cidade ainda mais bonita. 
Sempre que nos juntamos com os irmãos à volta da mesa de Deus, celebrando na alegria e na festa o amor, a partilha e o serviço, encontramos o Ressuscitado a encher a nossa vida de sentido, de plenitude, de vida autêntica.             


Liturgia da Palavra do Domingo III da Páscoa 


I Leitura                 Actos 2, 14.22-33

«Não era possível que Ele ficasse sob o domínio da morte»

Esta leitura é uma passagem da primeira pregação de S. Pedro. Na longa citação do salmo 15 o Apóstolo entrevê o anúncio da Ressurreição do Senhor. De facto, é à luz da Ressurreição que toda a palavra da Sagrada Escritura encontra a sua completa significação, particularmente a do Antigo Testamento. A palavra dos Salmos foi diretamente referida pelo Senhor, no próprio dia da Ressurreição, ao aparecer aos discípulos no Cenáculo, como estando escrita a seu respeito (Lc 24, 44).

               
Salmo     15 (16)

Mostrai-me, Senhor, o caminho da vida.

II Leitura:             1 Pedro 1, 17-21

«Fostes resgatados pelo sangue precioso
de Cristo, Cordeiro sem mancha»

O que S. Pedro pregou logo no dia de Pentecostes foi o mesmo que ele escreveu depois às Igrejas. Nós somos hoje essas Igrejas de Cristo, espalhadas por todo o mundo, mas todas radicadas na mesma fé em Cristo Jesus, o nosso Cordeiro pascal. A nós, pois, se dirige hoje a pregação do Apóstolo.
               

Aclamação ao Evangelho                   Lc 24, 32

Senhor Jesus, abri-nos as Escrituras,
falai-nos e inflamai o nosso coração.

Evangelho:            Lc 24, 13-35

«Conheceram-n’O ao partir o pão»

Tal como na aparição aos discípulos de Emaús, em cada celebração eucarística Jesus está connosco, explica-nos as Escrituras e faz-nos ver o que nelas se refere a Ele, preside à fracção do pão, que é a Eucaristia, e nela Se nos dá a conhecer e nos enche de alegria pascal. Na verdade, a viagem de Jesus com os dois discípulos, estrada abaixo a caminho de Emaús, é como uma verdadeira Missa ambulante, modelo de todas as celebrações eucarísticas.


III Domingo da Páscoa                       CONHECER para ter ESPERARANÇA e SER ALEGRE
                                              

Leitura Bíblica (Lc 24, 28-32): Os Discípulos de Emaús
«Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante. Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: “Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso”. Entrou para ficar com eles. E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram, então, um ao outro: “Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras”?»

Breve reflexão: Os discípulos de Emaús experimentando o desânimo sentem-se como que sozinhos pois a esperança, que depositavam em Jesus, se vê desmoronada. No entanto, Jesus cruza-se no seu caminho, fala-lhes e fica com eles. A presença de Jesus, mais tarde reconhecida depois de tomar o pão, dissipa o desânimo e dá lugar à consolação, ao ardor do coração. Que lugar é que a Palavra de Deus desempenha na minha vida? Tenho consciência de que Jesus me fala e me aponta caminhos de esperança através da sua Palavra? Quando encontras Jesus, o que produz em ti? (…).

Oração: Senhor Jesus, Tu que Te colocaste a caminho de Emaús, suscita em mim o dom da CIÊNCIA, para que pela ação iluminadora do Espírito Santo, eu cultive a capacidade de usar retamente e santamente os bens deste mundo, sem me apegar a eles. Aperfeiçoa em mim, ó Senhor, a virtude da ESPERANÇA e o fruto da ALEGRIA, e a certeza de que bem-aventurados são os “que choram, porque serão consolados”. Tu, Senhor, tornas em mim o meu coração ardente e inflamado do teu amor.

Proposta de atividade: Elabora o teu livro dos dons e das virtudes frutos do Espírito. Procura por palavras tuas escrever o que é para ti a Ciência, a Esperança e a Alegria.

Dom do Espírito Santo: CIÊNCIA

Fruto do Espírito Santo ou Virtude: ESPERANÇA e ALEGRIA

Palavra de Deus para a semana de 5 a 10 de maio  


5
Seg
Act 6, 8-15 - Salmo 118 (119) - Jo 6, 22-29
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus
6
Ter
Act 7, 51 – 8, 1ª - Salmo 30 (31) - Jo 6, 30-35
Eu sou o pão da vida, diz o Senhor;
quem vem a Mim nunca mais terá fome.
7
Qua
Act 8, 1b-8 - Salmo 65 (66) - Jo 6, 35-40
Quem acredita no Filho de Deus tem a vida eterna:
Eu o ressuscitarei no último dia, diz o Senhor.
8
Qui
Act 8, 26-40 - Salmo 65 (66) - Jo 6, 44-51
Eu sou o pão vivo descido do Céu, diz o Senhor.
Quem comer deste pão viverá eternamente.
9
Sex
Act 9, 1-20 - Salmo 116 (117) - Jo 6, 52-59
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
permanece em mim e Eu nele, diz o Senhor.
10
Sáb
Act 9, 31-42 - Salmo 115 (116) - Jo 6, 60-69
As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida:
Vós tendes palavras de vida eterna.

PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO IV DA PÁSCOA


Actos 2, 14a.36-41

«Deus fê-l’O Senhor e Messias»

Salmo 22 (23)

O Senhor é meu pastor: nada me faltará. 

1 Pedro 2, 20b-25

«Voltastes para o pastor e guarda das vossas almas»

Jo 10, 1-10

«Eu sou a porta das ovelhas»

Intenções para a Eucaristia de 4 de maio (10:00h)

 João de Jesus Pinto, de Requim, pais e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Antero Pinto; Maria Rosa Leal Pinheiro; Maria da Graça da Glória, marido e filho; Emídio Luís e Maria da Conceição Alves; António Pinto Melo; Maria da Conceição Leal Pinto; Missa de Ação de Graças; Maria da Conceição da Silva e Albano de Sousa, da Quinta; Manuel Vieira Ribeiro; António Antunes, esposa e filho; 7.º dia por António Bessa de Almeida 


Intenções para a Eucaristia de 11 de maio (10:00h)

Alexandre da Silva Azeredo; António da Silva Luís, do Lameu; António Pereira da Silva Guimarães; Missa da Associação por José Pinto da Silva; familiares de Madalena Teixeira de Almeida e António Casimiro Almeida; Luísa Pereira e marido, do Alto; António Soares Pinheiro; Maria da Conceição Soares; Albino Teixeira Pinto e esposa, de Requim; Carlos André

Agenda


1 a 31 mai:
    • Meditação do Rosário, Igreja, 20:30h

4 a 11 mai: 
    •  51ª Semana das Vocações : "Vocações, testemunho da verdade"

11 mai:
    • Eucaristia, igreja, 10:00h