27 de abril de 2014

Domingo II da Páscoa ou da Divina Misericórdia


Disse o Senhor a Tomé:

Porque Me viste, acreditaste; 
felizes os que acreditam sem terem visto.


A liturgia deste domingo apresenta-nos essa comunidade de Homens Novos que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a Igreja. A sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição.
                Na primeira leitura temos, na “fotografia” da comunidade cristã de Jerusalém, os traços da comunidade ideal: é uma comunidade fraterna, preocupada em conhecer Jesus e a sua proposta de salvação, que se reúne para louvar o seu Senhor na oração e na Eucaristia, que vive na partilha, na doação e no serviço e que testemunha – com gestos concretos – a salvação que Jesus veio propor aos homens e ao mundo.
A comunidade cristã é uma família de irmãos, reunida à volta de Cristo, animada pelo Espírito e que tem por missão testemunhar na história a salvação, que mostra aos homens como o amor, a partilha, a doação, o serviço, a simplicidade e a alegria são geradores de vida e não de morte. A comunidade cristã é, ainda, uma comunidade que celebra liturgicamente a sua fé. A celebração da fé comunitária dá-nos a dimensão de um povo peregrino, que caminha unido, voltado para o seu Senhor e tendo Deus como a sua referência. Da celebração comunitária da fé, sai uma comunidade mais fortalecida, mais consciente da vida que une todos os seus membros, mais adulta e com mais força para ser testemunha da salvação.
A segunda leitura recorda aos membros da comunidade que a identificação de cada crente com Cristo – nomeadamente com a sua entrega por amor ao Pai e aos homens – conduzirá à ressurreição. Por isso, os crentes são convidados a percorrer a vida com esperança, de olhos postos nesse horizonte onde se desenha a salvação definitiva.
                No Evangelho sobressai a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo. A comunidade cristã gira em torno de Jesus, constrói-se à volta de Jesus e é d’Ele que recebe vida, amor e paz. A comunidade tem de ser o lugar onde fazemos verdadeiramente a experiência do encontro com Jesus ressuscitado.
É nos gestos de amor, de partilha, de serviço, de encontro, de fraternidade, que encontramos Jesus vivo, a transformar e a renovar o mundo.   


Liturgia da Palavra do Domingo II da Páscoa ou da Divina Misericórdia


I Leitura                 Actos 2, 42-47

 «Todos os que haviam abraçado a fé
viviam unidos e tinham tudo em comum»

No Tempo Pascal a primeira leitura é sempre tirada dos Actos dos Apóstolos, o livro da história dos primeiros dias da Igreja. A passagem que hoje se lê conta precisamente o ambiente em que vivia a primeira comunidade cristã de Jerusalém. Essa comunidade ficará para sempre o tipo exemplar de todas as comunidades cristãs, mesmo que as circunstâncias venham a ser muito diferentes: eles eram unidos na fé, na vida de caridade até à comunhão de bens e nas celebrações, em que, ao lado da Palavra, tinha lugar a “fracção do pão”, isto é, a Eucaristia.
               
Salmo     117 (118)

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.

II Leitura:             1 Pedro 1, 3-9

«Fez-nos renascer para uma esperança viva
pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos»

A vida que outrora foi vivida pela comunidade de Jerusalém é vivida pelas nossas comunidades de hoje: anima-as a mesma fé e a mesma esperança, e estas fazem-nas viver na mesma alegria e na mesma paz, apesar das provações que sempre as hão-de acompanhar. Como aconteceu com o Senhor, também para nós da morte surgirá a vida.

Aclamação ao Evangelho                   Jo 20, 29

Disse o Senhor a Tomé:
«Porque Me viste, acreditaste;
felizes os que acreditam sem terem visto.

Evangelho:            Jo 20, 19-31

«Oito dias depois, veio Jesus...»

É de novo Domingo. Jesus volta a aparecer no meio dos seus. Como na aparição de que hoje fala o Evangelho, em cada Missa de domingo Jesus está no meio dos seus discípulos e leva-os à fé n’Ele, ressuscitado. Para isto, mostra-lhes as mãos, os pés e o lado. São os sinais da sua Paixão, e agora da Ressurreição. E tudo isto se passa “oito dias depois”, como para nós acontece em cada oitavo dia, na assembleia de cada domingo. Por isso, o Domingo é o Dia da Ressurreição, primeiro e oitavo ao mesmo tempo, princípio dos dias e já o dia que está para além do tempo, o dia que nos faz participar na vida da eternidade.

Domingo II da Páscoa                        ENTENDER para CRER e SER FIEL

Leitura Bíblica (Jo 20, 26-29): Tomé professa a sua fé
«Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: “A paz seja convosco”! Depois, disse a Tomé: “Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel”. Tomé respondeu-lhe: “Meu Senhor e meu Deus”! Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto»!

Breve reflexão
Tomé crê, todavia faz caminho para que assim aconteça. Crê quando vê Cristo e lhe toca. A experiência de Tomé não é exclusiva das primeiras testemunhas, pois todos os cristãos de todos os tempos podem fazer esta mesma experiência. No entanto, “Felizes os que creem sem terem visto”. Será que sou capaz disto? Será que Cristo é verdadeiramente o centro? Será que tudo na minha vida parte de Cristo e para Cristo tende? Quem procura Cristo, encontra-O em mim? Sou sinal da presença de Cristo? (…).

Oração
Senhor Jesus, Tu que apareceste aos discípulos, suscita em mim o dom do ENTENDIMENTO, para que pela ação iluminadora do Espírito Santo, eu possa descobrir-Te e contemplar-Te. E assim crescer na FÉ e na FIDELIDADE todos os dias da minha vida até à bem-aventurança dos “puros de coração, que verão a Deus”. Que eu possa como Tomé dizer sempre “Meu Senhor e Meu Deus”

 Proposta de atividade
Elabora o teu livro dos dons e das virtudes e frutos do Espírito. Procura por palavras tuas escrever o que é para ti o Entendimento, a Fé e a Fidelidade.

Dom do Espírito Santo: ENTENDIMENTO
Fruto do Espírito Santo ou Virtude: FÉ E FIDELIDADE

Palavra de Deus para a semana de 28 de abril a 3 de maio  



28
Seg
S. Pedro Chanel, presbítero e mártir – MF
S. Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero – MF
                Act 4, 23-31 - Salmo 2 - Jo 3, 1-8
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus.

29
Ter
  S. Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja,
Padroeira da Europa – FESTA
1 Jo 1, 5 – 2, 2 - Salmo 102 (103) - Mt 11, 25-30
Escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes
e as revelaste aos pequeninos
30
Qua
S. Pio V, papa – MF
Act 5, 17-26 - Salmo 33 (34) - Jo 3, 16-21
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito;
quem acredita n’Ele tem a vida eterna

1
Qui
S. José Operário – MF
Act 5, 27-33 - Salmo 33 (34) - Jo 3, 31-36
Disse o Senhor a Tomé:
«Porque Me viste, acreditaste; felizes os que acreditam sem terem visto
2
Sex
S. Atanásio, bispo e doutor da Igreja – MO
Act 5, 34-42 - Salmo 26 (27) - Jo 6, 1-15
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
3
Sáb
S. Filipe e S. Tiago, Apóstolos – FESTA
1 Cor 15, 1-8 - Salmo 18 A (19) - Jo 14, 6-14
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor.
Filipe, quem Me vê, vê o Pai.

PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO III DA PÁSCOA



Actos 2, 14.22-33


«Não era possível que Ele ficasse sob o domínio da morte»

Salmo 15 (16)

Mostrai-me, Senhor, o caminho da vida.

1 Pedro 1, 17-21

«Fostes resgatados pelo sangue precioso
de Cristo, Cordeiro sem mancha»

Lc 24, 13-35

«Conheceram-n’O ao partir o pão»

Intenções para a Eucaristia de 27 de abril (10:00h)

Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Pereira de Freitas e esposa; Associados da Mensagem de Fátima; António Carneiro Silva e sogro; Manuel de Araújo Barbosa; Manuel da Silva Pinto; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo da Fonseca Soares, Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido; Emídio Ribeiro; António Basílio Sousa e Silva; 7º dia por José Pinto Silva

Intenções para a Eucaristia de 4 de maio (10:00h)

 João de Jesus Pinto, de Requim, pais e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Antero Pinto; Maria Rosa Leal Pinheiro; Maria da Graça da Glória, marido e filho; Emídio Luís e Maria da Conceição Alves; António Pinto Melo; Maria da Conceição Leal Pinto; Ação de Graças.


Agenda

27 abr:
    • Eucaristia - Igreja, 10:00h
3 mai: 
    • Oração Comunitária de Vésperas, Igreja, 19:00h
    • Reinício Catequese Infantil (14:30 h) e Juvenil (16:00h)
4 mai:
    •   Eucaristia, Festa do Credo – 5º ano Catequese,  igreja, 10:00h