18 de fevereiro de 2013

Domingo I da Quaresma


Domingo I da Quaresma


“… a Quaresma, com as indicações que dá tradicionalmente para a vida cristã, convida-nos precisamente a alimentar a fé, com uma escuta mais atenta e prolongada da Palavra de Deus e a participação nos Sacramentos e, ao mesmo tempo, a crescer na caridade, no amor a Deus e ao próximo, nomeadamente através do jejum, da penitência e da esmola

(Bento XVI, Mensagem para a Quaresma, 2013).


Toda a Quaresma, que se inicia, a partir das «cinzas», quer levar-nos a «reacender» a chama da nossa fé, que simbolicamente exprimimos, na Liturgia, com o acender e reacender das velas, a partir da grande coluna de fogo, que é o círio pascal. Com esse gesto, queremos firmar e afirmar, avivar e renovar a nossa profissão da nossa fé e as nossas promessas batismais.
Portanto, falamos aqui de “içar as velas”, tendo em vista esse gesto litúrgico, que marca precisamente a liturgia da luz e a liturgia batismal na noite de Páscoa, para a qual tende, aliás, todo o caminho quaresmal. E falamos de “içar as velas”, pensando nas «velas» da grande “barca” da Igreja, que, avança, pelo mar da história, graças ao sopro e ao fogo do Espírito Santo, que a impele. Isso mesmo nos é sugerido no logotipo do ano da fé, cuja riqueza simbólica importa explorar.
O lema e o tema, de cada semana, são inspirados na liturgia da palavra de cada domingo e apresentados em linguagem “de marinheiro”.
Estamos, na prática, a apontar para dois grandes símbolos, a trabalhar neste Ano da Fé: a barca e o círio pascal.
Proporemos que se redescubram algumas fórmulas de orações comuns, que propiciem “aquele encontro com Deus, em Cristo, que suscita em nós o seu amor e nos abre o íntimo aos outros”
A Mensagem do Santo Padre para a Quaresma de 2013, articula, sob muitíssimos aspetos, a relação entre fé e caridade, na convicção expressa de que “crer no amor suscita caridade”. Por isso mesmo, esta “caridade” não se esgota na prática da “esmola” ou da “partilha”. Esta também se manifesta, por exemplo, no anúncio do evangelho, no serviço da Palavra no cultivo e na vivência da amizade com Cristo, no esforço por caminhar na verdade, na prática do perdão acolhido na fé e oferecido aos outros.
Da Quaresma à Páscoa, queremos construir a barca e introduzir o círio pascal familiar, que dentro dela, funciona como uma espécie de mastro. Este círio deverá ser decorado, semana a semana, gravando (pintando) nele os diversos componentes do logotipo do ano da fé: o quadrado que serve de moldura, a barca, o mastro, o trigrama, o círculo solar que sugere a eucaristia. Estará pronto, para ser aceso, como  vela içada, na Vigília pascal, e/ou colocado em casa, como grande luzeiro, na receção à Visita Pascal.

LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO I DA QUARESMA

I Leitura:               Deut 26, 4-10
A profissão de fé do povo eleito

Através da oferta dos primeiros frutos da terra, o Povo eleito reconhece que tudo vem de Deus: a terra que cultiva, assim como a energia para a cultivar. Com este gesto, o homem vencia a tentação de se encerrar no mundo material, afirmando o primado do espiritual: «nem só de pão vive o homem».
Mas este gesto tem uma dimensão religiosa mais profunda. Na verdade, a oferta das primícias a Deus, por intermédio do sacerdote, era acompanhada duma autêntica profissão de fé, em que se recapitulavam os acontecimentos mais importantes da História da Salvação.

Salmo  90
Estai comigo, Senhor, no meio da adversidade

II Leitura:             Rom 10, 8-13
Profissão de fé dos que crêem em Cristo

 A fé do Povo Eleito baseava-se em factos concretos, pelos quais Deus manifestava o Seu amor e a Sua fidelidade.
A fé cristã consiste na adesão a uma pessoa, Jesus Cristo, Ressuscitado, e, por isso, Senhor. Com efeito, todas as maravilhosas intervenções salvíficas de Deus têm o seu ponto culminante no Mistério Pascal de Cristo. A fé é crer em Alguém e não em alguma coisa.
Só esta fé em Cristo Ressuscitado, proclamada com alegria e vivida até às últimas consequências, nos dá a salvação.             

Aclamação antes do Evangelho                        Mt 4, 4b

Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai.
Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus
Evangelho             Lc 4, 1-13
Esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado

 A tentação no Deserto não foi um acontecimento isolado. Foi o começo duma luta contra o «príncipe deste mundo», que se prolongará por toda a vida, atingindo o auge com a Morte em Jerusalém.
Como a de Jesus, a vida do cristão conhece também a prova da tentação. O Baptismo, que nos faz filhos de Deus, não nos introduz num estado de segurança. É antes o começo de dura caminhada, no decorrer da qual a nossa fidelidade a Deus é, muitas vezes, posta à prova.
Em todas as circunstâncias, porém, o cristão poderá ser invencível. Cristo Ressuscitado, que venceu, definitivamente, o mal, ficou na Eucaristia, para nos comunicar esse poder.


PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 18 A 23 DE FEVEREIRO
SEG 18
São Teotónio, presbítero  (MF)
Lev 19, 1-2. 11-18 -  Salmo 18 B - Mt 25, 31-46
«O que fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a     Mim o fizestes»
TER 19
Is 55, 10-11; Salmo 33 - Mt 6, 7-15
«Orai assim»
QUA 20
Beatos Franciso e Jacinta Marto  (M)
Jonas 3, 1-10; Sal 50  - Lc 11, 29-32
«Nenhum sinal será dado a esta geração, senão o sinal de Jonas»

QUI 21 
São Pedro Damião, bispo e doutor da Igreja  (M)
Est 4, 17. – Salmo 137 - Mt 7, 7-12
«Quem pede recebe»

SEX 22 
Cadeira de S. Pedro, Apóstolo  (F)
1 Pedro 5, 1-4 – Salmo 22 - Mt 16, 13-19
«Quem pede recebe»

SAB 23 
São Policarpo, bispo e mártir  (M)
Deut 26, 16-19 - Salmo 118 -  Ev Mt 5, 43-48
«Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito»


PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO II DA QUARESMA

Gen 15, 5-12.17-18
Deus estabelece a aliança com Abraão

Salmo 26
O Senhor é a minha luz e a minha salvação

 Filip 3, 17 – 4,1
Cristo nos transformará à imagem do seu corpo glorioso

 Lc 9, 28b-36
Enquanto orava, alterou-se o aspecto do seu rosto


INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 17 DE FEVEREIRO   (09:30h)

António José Lino; Maria da Conceição da Silva, da Quinta; da Associação por Maria Júlia; Rosa Pereira de Jesus; Carlos André; José de Azeredo e Silva; António Monteiro Teixeira; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; António da Silva Luís, do Lameu; Associados  Mensagem de Fátima; José Maria Gomes de Araújo; Manuel Luís e Zilai da Conceição Araújo; António Moreira e Júlia da Conceição; José Araújo; 7.º dia por João Ferreira; 7.º dia por Maria Luísa Cunha


INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 24 DE FEVEREIRO   (09:30h)

Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro; Manuel Barbosa Araújo; Manuel da Silva Pinto; Martinho da Silva Pereira; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; António Pereira de Freitas e esposa; Emídio Ribeiro; da Associação por João Ferreira


17  FEV  -  Via Sacra, Igreja, 15:00h                               

                - Adoração ao Santíssimo Sacramento, no fim da Via Sacra

                - Quaresma: “um tempo precioso, para reavivar a fé em Jesus Cristo”
                                                                                                (Bento XVI, Mensagem para a Quaresma 2013)



IÇAR AS VELAS DA NOSSA FÉ…NA BARCA DA IGREJA…

(DA QUARESMA À PÁSCOA)


SEMANA

TEMÁTICA

ATIVIDADE

ORAÇÃO

ATITUDE




tentações


 ponto

de partida:



DIZER


ADEUS


AO


CAIS

A primeira semana coloca-nos no ponto de partida. Iniciámos uma viagem, “impelidos pelo sopro do Espírito Santo” (cf. Evº). A 1ª leitura lembra-nos que “o Senhor nos fez sair do Egipto”, que nos “fez atravessar o Mar”. E o próprio Jesus, também “se retirou das margens” para mergulhar no oceano infinito do amor do Pai. O desafio desta semana é “dizer adeus ao cais”, para iniciar a grande viagem da fé.






CONSTRUIR


O


BARCO


Na 1ª leitura temos o credo histórico de Israel. São Paulo fala-nos em professar a fé com o coração e com a boca:


 Rezar diariamente

o Credo

Quem vai para o mar, avia-se em terra. Criar condições para partir.


Que coisas tenho de largar?


Renúncia ao pecado


Renúncia aos bens