29 de janeiro de 2013

Domingo III do Tempo Comum


Domingo III do Tempo Comum



O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque Ele me ungiu
para anunciar a boa nova aos pobres.
Ele me enviou a proclamar a redenção aos cativos
e a vista aos cegos,
a restituir a liberdade aos oprimidos
e a proclamar o ano da graça do Senhor.

                                                                                          Lc 4, 18-19

           



           A liturgia  deste domingo coloca  no centro da  nossa  reflexão a  Palavra de Deus: ela é,verdadeiramente, o centro à volta do qual se constrói a experiência cristã. Essa Palavra não é uma doutrina abstracta, para deleite dos intelectuais; mas é, primordialmente, um anúncio libertador que Deus dirige a todos os homens e que incarna em Jesus e nos cristãos.
Na primeira leitura, exemplifica-se como a Palavra deve estar no centro da vida comunitária e como ela, uma vez proclamada, é geradora de alegria e de festa.
No Evangelho, apresenta-se Cristo como a Palavra que se faz pessoa no meio dos homens, a fim de levar a libertação e a esperança às vítimas da opressão, do sofrimento e da miséria. Sugere-se, também, que a comunidade de Jesus é a comunidade que anuncia ao mundo essa Palavra libertadora.
A segunda leitura apresenta a comunidade gerada e alimentada pela Palavra libertadora de Deus: é uma família de irmãos, onde os dons de Deus são repartidos e postos ao serviço do bem comum, numa verdadeira comunhão e solidariedade.
                                                                                                                                                                                                                                                     Dehonianos    
     





LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO III DO TEMPO COMUM
I Leitura:                              Ne 8, 2-4a.5-6.8-10
«Liam o Livro da Lei e explicavam o seu sentido»
O Livro de Neemias  pertence ao período que se segue ao regresso dos exilados judeus da Babilónia. Estamos nos séculos V/IV a.C.; para os habitantes de Jerusalém, é ainda um tempo de miséria e desolação, com a cidade sem muralhas e sem portas, uma sombra negra da cidade bela que tinha sido. Neemias vai começar a sua actividade com a reconstrução da muralha e com o combate às injustiças cometidas pelos ricos contra os pobres.Depois, procura restaurar o culto. Neemias reúne todo o Povo “na praça que fica diante da Porta das Águas”, a fim de escutar a leitura da Lei. Trata-se de recordar ao Povo o compromisso fundamental que Israel assumiu com o seu Deus: só assim será possível preparar esse futuro novo que Neemias sonha para Jerusalém e para o Povo de Deus.
Salmo  18 B          As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida
II Leitura:                             1 Cor 12, 12-30
«Vós sois corpo de Cristo e seus membros, cada um na sua parte»
A segunda leitura vem na sequência da que lemos no domingo passado. Paulo está preocupado porque, na Igreja de Corinto, os “carismas” (dons de Deus para benefício de toda a comunidade), utilizados em benefício próprio, geravam individualismo, divisão, luta pelo poder, desprezo pelos que aparentemente não possuíam dons especiais. É uma situação intolerável: aquilo que devia beneficiar todos é usurpado por alguns e está a pôr em causa a unidade e a comunhão desta Igreja.              
ALELUIA                                               Lc 4, 18
O Senhor enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres,
a proclamar aos cativos a redenção
 
Evangelho                             Lc 1, 1-4; 4, 14-21
«Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura»
O Evangelho de hoje é constituído por dois textos diferentes. No primeiro ,trata-se de uma investigação cuidada dos “factos que se realizaram entre nós”, a fim de que os crentes verifiquem “a solidez da doutrina em que foram instruídos”. Estamos na década de 80 quando, desaparecidas já as “testemunhas oculares” de Cristo, o cristianismo começa a defrontar-se com uma série de heresias e de desvios doutrinais, que põem em causa a identidade cristã. Era, pois, necessário, recordar aos crentes as suas raízes e a solidez dessa doutrina recebida de Jesus, através do testemunho legítimo que é a tradição transmitida pelos apóstolos.. Na segunda parte, apresenta-se o início da pregação de Jesus,. O cenário de fundo é o do culto sinagogal, no sábado. O serviço litúrgico celebrado na sinagoga consistia em orações e leituras da Lei e dos Profetas, com o respectivo comentário. Os leitores eram membros instruídos da comunidade ou, como no caso de Jesus, visitantes conhecidos pelo seu saber na explicação da Palavra de Deus..
  
PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 28 DE JANEIRO A 02 DE  FEVEREIRO
28  SEG
S. Tomás de Aquino, presbítero e doutor  (Memória)
Hebr 9, 15.24-28 – Salmo 97 – Mc 3, 22-30
«Cristo ofereceu-Se uma só vez para tomar sobre Si os pecados da multidão e aparecerá segunda vez para a salvação dos que O esperam»
29 TER
Hebr 10, 1-10 – Salmo 39 – Mc 3, 31-35
«Quem fizer a vontade de Deus
esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe»
PREPARANDO A LITURGIA PARA FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR:
Mal 3, 1-4
«Entrará no seu templo o Senhor a quem buscais»
Salmo 23
 O Senhor do Universo é o Rei da glória
Hebr 2, 14-18
«Devia tornar-Se semelhante em tudo aos seus irmãos»
Lc 2, 22-40
«Os meus olhos viram a vossa salvação»
30 QUA
Hebr 10, 11-18 – Salmo 109 – Mc 4, 1-20
«O semeador saiu a semear»
31 QUI
S. João Bosco, prersbítero   (Memória
Hebr 10, 19-25 – Salmo 23 – Mc 4, 21-25
«Traz-se a lâmpada para ser posta no candelabro.
Com a medida com que medirdes vos será medido»
01 SEX
Hebr 10, 32-39 – Salmo 36 – Mc 4, 26-34
«O homem lança a semente e dorme,
enquanto ela cresce, sem ele saber como»
02 SAB
Apresentação do Senhor   (Festa)
Mal 3, 1-4 – Salmo 23 – Hebr 2, 14-18 – Lc 2, 22-40
«Os meus olhos viram a vossa salvação»
INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 27 DE JANEIRO   (09:30h)
·         Mãe de Maria Cândida da Silva; da Associação por Manuel Paulo Mesquita da Silva; Pai e familiares de Fernando Moura; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; José Carlos e seus familiares; Maria Adelaide, de Vila;
INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 02 DE FEVEREIRO   (18:30h)
·         João de Jesus Pinto, sua mãe e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós; Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Maria Rosa Leal Pinheiro; Emídio Luís; António Pinto Melo; Helena de Jesus Martins, marido e filho.
31 JAN    - Conferência: Como é que o Sínodo refletiu sobre o Ano da Fé? Associação Católica do Porto, R Passos Manuel, 54, 21:30h
01 FEV    - Reunião Conselho Paroquial de Pastoral, resid. paroq, 21:00h
02 FEV    - Oração de Vésperas do 1º sábado, Igreja, 18:00h
                - Celebração da Eucaristia: Apresentação do Senhor, 18:30h
No Evangelho de Lucas e neste texto em particular, Jesus manifesta de forma bem nítida a consciência de que foi investido do Espírito de Deus e enviado para pôr cobro a tudo o que rouba a vida e a dignidade do homem. A nossa civilização, há vinte e um séculos que conhece Cristo e a essência da sua proposta. No entanto, o nosso mundo continua a multiplicar e a refinar as cadeias opressoras. Porque é que a proposta libertadora de Jesus ainda não chegou a todos? Que situações hoje, à minha volta, me parecem mais dramáticas e exigem uma acção imediata (a situação de tantos imigrantes; a situação de tantos idosos, sem amor e sem cuidados, que sobrevivem com pensões de miséria; as crianças de rua e os sem abrigo que dormem nos recantos das nossas cidades; a situação de tantas famílias devastadas pelo desemprego, destruídas pela droga e pelo álcool…)?
  A fidelidade ao “caminho” percorrido por Cristo é a exigência fundamental do ser cristão. Ao longo dos séculos, tem sido a defesa da dignidade do homem a preocupação fundamental da Igreja de Jesus? Preocupa-nos a libertação dos nossos irmãos escravizados? Que posso eu fazer, em concreto, para continuar no meio deles a missão libertadora de Cristo?
 Repare-se, neste texto, como Jesus “actualiza” a Palavra de Deus proclamada e a torna um anúncio de libertação que toca de muito perto a vida dos homens. Os que proclamam a Palavra, que a explicam nas homilias, têm esta preocupação de a tornar uma realidade “tocante” e um anúncio verdadeiramente transformador e libertador, que atinge a vida daqueles que os escutam?
Dehonianos





21 de janeiro de 2013

Domingo II do Tempo Comum


Domingo II do Tempo Comum
20 de janeiro de 2013

“Fazei tudo o que Ele vos disser”   

Jo 2, 5




            A liturgia de hoje apresenta a imagem do casamento como imagem que exprime de forma privilegiada a relação de amor que Deus estabeleceu com o seu Povo. A questão fundamental é, portanto, a revelação do amor de Deus.

             A primeira leitura define o amor de Deus como um amor inquebrável e eterno, que continuamente renova a relação e transforma a esposa. Nesse amor nunca desmentido, reside a alegria de Deus.

             O Evangelho apresenta, no contexto de um casamento, um “sinal” que aponta para o essencial do “programa” de Jesus: apresentar aos homens o Pai que os ama e com o seu amor os convoca para a alegria e a felicidade plenas.

            A segunda leitura fala dos “carismas” – dons, através dos quais continua a manifestar-se o amor de Deus. Como sinais do amor de Deus, eles destinam-se ao bem de todos; não podem servir para uso exclusivo de alguns, mas têm de ser postos ao serviço de todos com simplicidade. É essencial que na comunidade cristã se manifeste, apesar da diversidade de membros e de carismas, o amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
            Para São João, os “milagres” são sempre “sinais” que nos reenviam para além da materialidade dos factos. A água é um elemento vital. Mas é, antes de mais, um elemento ordinário e bruto. A água encontra-se na natureza, não precisa de ser fabricada. O vinho é fruto da vinha, mas também do trabalho do homem, como dizemos na Eucaristia. Jesus manda encher as talhas de água, a água que é símbolo da nossa vida ordinária, de todos os dias. Jesus toma esta água ordinária para a transformar com a força do amor. Por este “sinal”, Jesus quer vir ter connosco na nossa vida ordinária, para aí colocar a sua presença de amor, o amor do Pai, o Espírito Santo. Toma a nossa vida, com as nossas alegrias, os nossos amores, as nossas conquistas humanas, importantes mas tantas vezes efémeras, com os nossos tédios, os nossos dias sem gosto e sem cor, os nossos fracassos e mesmo os nossos pecados, também eles ordinários. E aí, Ele “trabalha-nos” pelo seu amor, no segredo, para fazer brotar em nós a vida que tem o sabor do vinho do Reino. Isto, Ele cumpre-o em particular cada vez que participamos na Eucaristia.                                                                                     Dehonianos

LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO II DO TEMPO COMUM


I Leitura:               Is. 62, 1-5


«A esposa é a alegria do marido»


O amor entre Deus e o seu povo é frequentemente comparado, na Sagrada Escritura, ao amor dos esposos. Jerusalém é a imagem de todo o povo de Deus, é a imagem antecipada da própria Igreja. Pelo amor que lhe tem, o Senhor fará dela sua esposa; será essa a glória de Jerusalém, da Igreja, a Esposa de Cristo. Com esta leitura prepara-se a compreensão da leitura do Evangelho deste dia, onde se lê o “sinal” das Bodas de Caná.


Salmo  95

Anunciai em todos os povos as maravilhas do Senhor


II Leitura:             1 Cor 12, 4-11


«Um só e o mesmo Espírito, distribuindo a cada um conforme Lhe agrada»


Começamos hoje a leitura da terceira parte desta epístola, de que se leu o ano passado a segunda parte. Por ser bastante longa, é assim distribuída por mais de um ano. Ao dirigir-se a uma comunidade onde eram frequentes as divisões, o Apóstolo apela para a unidade, fruto da acção do Espírito de Deus, que é a fonte comum de todos os dons que existem na Igreja. Assim, a unidade na Igreja não provém de qualquer motivo humano, mas do facto de todos os dons que nela existem procederem do mesmo e único Espírito.


ALELUIA                2 Tes 2, 14


«Deus chamou-nos, por meio do Evangelho,
a tomar parte na glória de Nosso Senhor Jesus Cristo
»


Evangelho             Jo 2, 1-11


O primeiro milagre de Jesus


O milagre que Jesus fez nas Bodas de Caná pertence ainda ao ciclo da Epifania. De facto, por meio dele o Senhor Se manifestou. A transformação da água em vinho e o facto de tal ter acontecido num banquete de núpcias e ainda o chamar-lhe o Evangelho um “sinal” leva-nos a perscrutar o mistério desta epifania ou manifestação do Senhor. Aquela não era ainda a hora de Jesus, que havia de chegar na hora da Cruz; mas aquele “sinal” apontava já para lá, para a hora das núpcias do Cordeiro, a hora do sacrifício que sela a Aliança, nova e definitiva, entre Deus e os homens, pelo Sangue de Jesus.

PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 21  A 26 DE  JANEIRO

Seg 21
S. Inês, virgem e mártir

Hebr 5, 1-10 – Salmo 109 - Mc 2, 18-22
«O Noivo está com eles»

Ter 22
S. Vicente, diácono e mártir

Hebr 6, 10-20 - Salmo 110 - Mc 2, 23-28
«O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado»

Qua 23
Hebr 7, 1-3.15-17 – Salmo 109 - Mc 3, 1-6
«Será permitido ao sábado salvar a vida ou tirá-la?»

Qui 24
S. Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja

Hebr 7, 25 – 8, 6 – Salmo 39 - Mc 3, 7-12
«Os espíritos impuros gritavam: ‘Tu és o Filho de Deus’.
Jesus proibia-os severamente que o dessem a conhecer»

Sex 25
Conversão de S. Paulo, Apóstolo

Act 22, 3-16 ou Act 9, 1-22 - Salmo 116 - Mc 16, 15-18

«Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho»

Sáb 26
Hebr 9, 2-3.11-14 – Salmo 46 - Mc 3, 20-21
«Os seus parentes diziam: ‘Está fora de Si’»

PREPARANDO A LITURGIA PARA O PRÓXIMO DOMINGO:

Ne 8, 2-4a.5-6.8-10
«Liam o Livro da Lei e explicavam o seu sentido»

Salmo 18 B

As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida

1 Cor 12, 12-30
«Vós sois corpo de Cristo
e seus membros, cada um na sua parte»



Lc 1, 1-4; 4, 14-21

«Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura»

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 20 DE JANEIRO   (09:30h)

·         António Pereira de Freitas e esposa; Associados da Mensagem de Fátima; José de Araújo; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro; Manuel Barbosa Araújo; Manuel da Silva Pinto; Martinho da Silva Pereira; Emídio Ribeiro; António José Lino


INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 27 DE JANEIRO   (09:30h)

·         Mãe de Maria Cândida da Silva; da Associação por Manuel Paulo Mesquita da Silva; Pai e familiares de Fernando Moura; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; José Carlos e seus familiares

18 a 25 JAN – Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos: “O que exige Deus de nós?” (Miqueias 6,6-8)

24 JAN – Missa de Ação de Graças pelos 48 anos do Sr. Pe. Vales ao        serviço desta paróquia , 19:00h
              – Adoração ao Santíssimo Sacramento, Igreja
É espantoso que o primeiro sinal da vida de Jesus seja numa festa, distante dos lugares religiosos, sem ressuscitar ninguém nem curar cegos ou paralíticos.

 Acontece numa festa que estava prestes a ser um fiasco. De um modo tão discreto que nem os noivos nem o chefe de mesa se dão conta. A palavra da mãe de Jesus grava-se no nosso coração: “Fazei o que Ele vos disser”. É o que Maria está sempre a dizer-nos. E da água que é vida, mas aqui significava mais purificação religiosa, ritualismo infindável que gerava escrúpulos e preconceitos, distinções e méritos, Jesus faz vinho, festa gratuita e abundante, subversão e inconformismo que inverte os esquemas arrumados e aprisionados do amor: “guardaste o vinho bom até agora”. Ah, que graça e que espírito tem este vinho bom tocado por Cristo, e nós, tantas vezes, a beber e a servir “zurrapas” de uma fé acomodada, de uma esperança passiva, de uma caridade “quanto baste”. A hora de Jesus começada na Páscoa é um hoje contínuo, em que a alegria e a festa não são para adiar, em que o que partilhamos é que nos faz felizes.

 Se o vinho que Jesus oferece é a graça e o amor abundante de Deus, podemos encontrá-los na riqueza dos dons que cada um de nós tem e faz crescer na vida que frutifica apesar da crise. E a unidade dos cristãos, pela qual rezamos nestes dias, é tanto maior quanto mais somos como Jesus, a salvar em festa a vida que estava quase a ser desgraça.

Pe. Vítor Gonçalves

15 de janeiro de 2013

Domingo do Baptismo do Senhor


Domingo do Baptismo do Senhor
13 de janeiro de 2013

Abriram-se os céus e ouviu-se a voz do Pai:

“Este é o meu Filho muito amado:

escutai-O”

A liturgia deste domingo tem como cenário de fundo o projecto salvador de Deus. No Baptismo de Jesus nas margens do Jordão, revela-se o Filho amado de Deus, que veio ao mundo enviado pelo Pai, com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projecto do Pai, Jesus fez-Se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade, libertou-nos do egoísmo e do pecado, empenhou-Se em promover-nos para que pudéssemos chegar à vida plena.

A primeira leitura anuncia um misterioso “Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar um mundo de justiça e de paz sem fim… Animado pelo Espírito de Deus, Ele concretizará essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência, pois esses esquemas não são os de Deus.

No Evangelho, aparece-nos a concretização da promessa profética veiculada pela primeira leitura: Jesus é o Filho/”Servo” enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito, e cuja missão é realizar a libertação dos homens. Obedecendo ao Pai, Ele tornou-se pessoa, identificou-Se com as fragilidades dos homens, caminhou ao lado deles, a fim de os promover e de os levar à reconciliação com Deus, à vida em plenitude.

A segunda leitura reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projecto de salvação; por isso, Ele “passou pelo mundo fazendo o bem” e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.

Dehonianos

LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO DO BAPTISMO DO SENHOR


Depois do Baptismo do Senhor, abriram-se os Céus. Sobre Ele desceu o Espírito Santo em figura de pomba e fez-se ouvir a voz do Pai: “Este é o meu Filho muito amado, no qual pus as minhas complacências”.



I Leitura:               Is 42, 1-4.6-7

«Eis o meu servo, enlevo da minha alma»


No Baptismo que recebeu das mãos de João, Jesus manifesta-Se como sendo Aquele que o profeta anunciara: o Servo de Deus, que desce à água no meio dos pecadores para inaugurar a obra da redenção que o Pai Lhe confiara, e, ao mesmo tempo, o Filho bem amado, sobre quem repousa o Espírito de Deus, para que Ele seja portador da Boa Nova da salvação a toda a Terra.       

Salmo  28

O Senhor abençoará o seu povo na paz

II Leitura:             Actos 10, 34-38

«Deus ungiu-O com o Espírito Santo»

 O Espírito Santo desceu sobre Jesus na hora do Baptismo e ungiu-O para que Ele pudesse começar o seu ministério e, por Ele, os homens fossem também baptizados não só na água, mas na água e no Espírito. A unção que o Espírito Santo confere a Jesus na hora do seu baptismo marca-O como “Messias”, isto é, “Ungido”, ou seja “Cristo”, e, faz d’Ele a fonte da unção com que o mesmo Espírito marcará os “cristãos”, os “ungidos”, membros de Cristo, sua Cabeça.

ALELUIA                 Mc 9, 6

Abriram-se os céus e ouviu-se a voz do Pai: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O»
Evangelho             Lc 3, 15-16.21-22

«Jesus foi baptizado e, enquanto orava, abriu-se o céu»
 
No livro do Génesis (Gn 3 23-24) diz-se que depois do pecado dos nossos primeiros pais, Adão e Eva, eles foram expulsos do paraíso terrestre, que se fechou atrás deles. Agora, na hora do baptismo de Jesus, o Céu abriu-se para franquear a entrada ao homem novo, que é Jesus, que a voz do Pai declara ser o seu Filho. N’Ele e por Ele a todos os que n’Ele crêem, santificados pela graça do Espírito Santo, está agora patente a porta do paraíso.  
PALAVRA DE DEUS PARA A SEMANA DE 14  A 19 DE  JANEIRO
Seg 14
Hebr 1, 1-6 – Salmo 96 - Mc 1, 14-20
Está próximo o reino de Deus;  arrependei-vos e acreditai no Evangelho”

Ter 15
Hebr 2, 5-12 – Salmo 8 - 21-28
“Ensinava-os como quem tem autoridade”

Qua 16
Hebr 2, 14-18 – Salmo - Mc 1, 29-39
“Curou muitas pessoas, atormentadas por várias doenças”

Qui 17
Santo Antão, abade  (MO)
Hebr 3, 7-14 – Salmo 94 - Mc 1, 40-45
 “A lepra deixou-o e ele ficou limpo”

Sex 18
Hebr 4, 1-5.11 – Salmo 77 - Mc 2, 1-12
“O Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados”

Sáb 19
Hebr 4, 12-16 – Salmo 18 B - Mc 2, 13-17
“Não vim chamar os justos, mas os pecadores”



PREPARANDO A LITURGIA PARA O PRÓXIMO DOMINGO:

                Is. 62, 1-5
«A esposa é a alegria do marido»

Salmo 95
Anunciai em todos os povos  as maravilhas do Senhor

 1 Cor 12, 4-11
«Um só e o mesmo Espírito, distribuindo a cada um conforme Lhe agrada»

 Jo 2, 1-11
O primeiro milagre de Jesus

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 13 DE JANEIRO   (09:30h)

·         Manuel Joaquim Teixeira; Albano Ferraz, do Carreiro; Helena de Jesus Martins, marido e filho; Luísa Pereira e marido, do Alto; Carlos André; Rosa Pereira de Jesus; José de Azeredo e Silva; António Monteiro Teixeira; Manuel Duarte Moreira; Ronaldo Silva Teodoro, António Teodoro, Clodemir Silva Teodoro e Maria Adelina Carvalho; Abílio Bernardo da Cruz e esposa

INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA  DE 20 DE JANEIRO   (09:30h)

·         António Pereira de Freitas e esposa; Associados da Mensagem de Fátima; José de Araújo; José Ferreira Aguiar e Joaquim Ferreira; Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Carneiro Silva e sogro; Manuel Barbosa Araújo; Manuel da Silva Pinto; Martinho da Silva Pereira; Emídio Ribeiro; António da Silva Luís, do Lameu

18 Janeiro, 18:00h Celebração da Eucaristia com intenção de 7º dia por Manuel Paulo Mesquita de Cortes
20 JAN – Reunião do Grupo de Acólitos, no fim da Missa

              – Adoração ao Santíssimo Sacramento, Igreja, 15:00h                   
A celebração do Baptismo do Senhor leva-nos até um Jesus que assume plenamente a sua condição de “Filho” e que Se faz obediente ao Pai, cumprindo integralmente o projecto do Pai de dar vida ao homem. É esta mesma atitude de obediência radical, de entrega incondicional, de confiança absoluta que eu assumo na minha relação com Deus? O projecto de Deus é, para mim, mais importante de que os meus projectos pessoais ou do que os desafios que o mundo me faz?
O episódio do Baptismo de Jesus coloca-nos frente a frente com um Deus que aceitou identificar-Se com o homem, partilhar a sua humanidade e fragilidade, a fim de oferecer ao homem um caminho de liberdade e de vida plena. Eu, filho deste Deus, aceito ir ao encontro dos meus irmãos mais desfavorecidos e estender-lhes a mão? Partilho a sorte dos pobres, dos sofredores, dos injustiçados, sofro na alma as suas dores, aceito identificar-me com eles e participar dos seus sofrimentos, a fim de melhor os ajudar a conquistar a liberdade e a vida plena? Não tenho medo de me sujar ao lado dos pecadores, dos marginalizados, se isso contribuir para os promover e para lhes dar mais dignidade e mais esperança?
No Baptismo, Jesus tomou consciência da sua missão (essa missão que o Pai Lhe confiou), recebeu o Espírito e partiu em viagem pelos caminhos poeirentos da Palestina, a testemunhar o projecto libertador do Pai. Eu, que no Baptismo aderi a Jesus e recebi o Espírito que me capacitou para a missão, tenho sido uma testemunha séria e comprometida desse programa em que Jesus Se empenhou e pelo qual Ele deu a vida?
Dehonianos