13 de Dezembro
“Irmãos: alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo: alegrai-vos. O Senhor está próximo”.
O tema deste 3º Domingo do Advento Domingo
pode girar à volta da pergunta: “e nós, que devemos fazer?” Preparar o
“caminho” por onde o Senhor vem significa questionar os nossos limites, o nosso
egoísmo e comodismo e operar uma verdadeira transformação da nossa vida no
sentido de Deus.
O
Evangelho sugere três aspetos onde essa transformação é necessária: é preciso
sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; é preciso quebrar os esquemas de
exploração e de imoralidade e proceder com justiça; é preciso renunciar à
violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade dos nossos
irmãos. O Evangelho avisa-nos, ainda, que o cristão é “batizado no Espírito”,
recebe de Deus vida nova e tem de viver de acordo com essa dinâmica.
A primeira
leitura sugere que, no início, no meio e no fim desse “caminho de conversão”,
espera-nos o Deus que nos ama. O seu amor não só perdoa as nossas faltas, mas
provoca a conversão, transforma-nos e renova-nos. Daí o convite à alegria: Deus
está no meio de nós, ama-nos e, apesar de tudo, insiste em fazer caminho
connosco.
A segunda
leitura insiste nas atitudes corretas que devem marcar a vida de todos os que
querem acolher o Senhor: alegria, bondade, oração.
O amor é a
essência de Deus. Deus nos ama, muito para além das nossas falhas e fraquezas,
e seu amor nos transforma, nos torna menos egoístas e mais humanos.
O que
renova o mundo e o transforma não é o medo, mas o amor. O medo provoca
insegurança, pessimismo, angústia, sofrimento, bloqueamento; o amor é que faz
crescer, é que cria dinamismos de superação, é que nos torna mais humanos, é
que nos faz confiar, é que potencia o encontro e a comunhão…
Deus não desiste de vir ao
nosso encontro e de residir no meio de nós. Ele tem uma proposta de salvação
que quer, a todo o custo, apresentar-nos. A constatação de que Deus nos ama e
que reside no meio de nós com uma proposta de salvação e de felicidade para
todos os que O acolhem não pode provocar senão uma imensa alegria no coração
dos crentes. Damos sempre testemunho dessa alegria?
Liturgia da Palavra do Domingo III do Advento
I
Leitura Sof 3, 14-18a
«O
Senhor exulta de alegria por tua causa»
O convite
à alegria, dirigido pelo profeta a Jerusalém, está fundamentado nesta certeza
consoladora: Deus, o Rei de Israel e o Salvador, está presente no meio do Seu
Povo, apesar das desordens e pecados passados.
Esta
presença amorosa de Deus traz consigo o perdão, suspendendo o castigo,
afastando o medo e o desalento e dando origem a uma renovação tão maravilhosa
que o próprio Deus Se alegrará perante esta nova criação.
Salmo
Is 12, 2-3.4bcd.5-6
Povo
do Senhor, exulta e canta de alegria.
II
Leitura: Filip 4, 4-7
«O
Senhor está próximo»
A Religião
cristã é uma religião de alegria. É certo que alguns cristãos ficam apenas na
Quaresma, esquecidos de que ela é apenas uma etapa na obra redentora, e de que,
para além da Paixão e da Ressurreição, Cristo continua a viver no meio de nós,
pondo-nos em comunhão com Deus e com os irmãos.
A alegria
é uma consequência da nossa fé, um imperativo do Senhor, que S. Paulo reforça.
O cristão deve vivê-la, mesmo nas horas más, deve transmiti-la, dando assim
testemunho da presença de Deus no mundo.
Aclamação
ao Evangelho Is 61, 1 (cf. Lc 4, 18)
O
Espírito do Senhor está sobre mim: enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres.
Evangelho
Lc 3, 10-18
«Que
devemos fazer?»
João
Baptista inserindo-se na linha dos profetas do A. T., para os quais a conversão
consistia em voltar a viver o amor de Deus e do próximo, indica aos homens das
mais diversas classes sociais qual a penitência agradável a Deus – o
cumprimento dos seus deveres, em função do amor do próximo.
Mas a conversão, com o abandono
do pecado, é também receção do Espírito, ou Amor de Deus, princípio duma vida
nova, que se comunica mediante um sinal de conversão – o Batismo. Ninguém é
excluído desta conversão, pois todas as situações humanas se podem viver no
amor.
Preparando a Liturgia para o Domingo IV do Advento
Miq
5, 1-4a
«De ti sairá Aquele que há de reinar
sobre Israel»
Salmo
79 (80)
Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar,
mostrai-nos
o vosso rosto e seremos salvos.
Hebr
10, 5-10
«Eu venho para fazer a vossa vontade»
Lc 1, 39-45
«Donde
me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»
Palavra de Deus para a Semana 14 A 19 de
Dezembro
14 Segunda
Num 24, 2-7. 15-17a - Salmo 24 (25) - Mt
21, 23-27
Mostrai-nos, Senhor, a vossa
misericórdia e dai-nos a vossa salvação.
15 Terça
Sof 3, 1-2. 9-13 - Salmo 33 (34) - Mt
21, 28-32
Vinde, Senhor, e não tardeis, perdoai
os pecados do vosso povo.
16 Quarta
Is 45, 6b-8. 18. 21b-25 - Salmo 84 (85)
- Lc 7, 19-23
Clama com voz forte, arauto da boa
nova:
O Senhor vem com poder e majestade.
17 Quinta
Gen 49, 2. 8-10 - Salmo 71 (72) - Mt 1,
1-17
Ó Sabedoria do Altíssimo, que tudo
governais com firmeza e suavidade:
vinde ensinar-nos o caminho da
salvação.
18 Sexta
Jer 23, 5-8 - Salmo 71 (72) - Mt 1,
18-25
Ó Chefe da casa de Israel, que no
Sinai destes a Lei a Moisés:
vinde resgatar-nos com o poder do
vosso braço.
19 Sábado
Jz 13, 2-7. 24-25a - Salmo 70 (71) - Lc
1, 5-25
Ó rebento da raiz de Jessé, sinal
erguido diante dos povos:
vinde libertar-nos, não tardeis mais.
13 Dezembro
S. Luzia, virgem e mártir
Morreu provavelmente em Siracusa,
durante a perseguição de Diocleciano. O seu culto estendeu-se, desde a
antiguidade, quase a toda a Igreja, e o seu nome foi introduzido no Cânon
Romano.
14 Dezembro
S. João da Cruz, presbítero e doutor da Igreja
Nasceu em Fontiveros, província de Ávila
(Espanha) pelo ano de 1542. Depois de ter passado algum tempo na Ordem dos
Carmelitas, foi o primeiro entre os seus irmãos de Religião que, a partir de
1568, persuadido por Santa Teresa de Jesus, se declarou a favor da reforma da
sua Ordem, e suportou, por isso, inumeráveis sofrimentos e trabalhos. Morreu em
Úbeda no ano 1591, com grande fama de santidade e sabedoria, de que dão
testemunho os seus escritos espirituais.
Caminhada de Advento – Natal – 2015-2016
Há mais alegria em dar (-se)! (At 20,35)
Felizes os misericordiosos! (Mt 5,7)
3.ª Semana do Advento
“Seja de todos conhecida a vossa
bondade” (Fl 4,5)!
Bondade
- Esvaziar o cabaz familiar ou de grupo para
o cabaz paroquial.
- Continuar a encher o cabaz paroquial
com os “rolos” (“palhinhas”).
Sê bom!
- Disponibilizar-se para ajudar alguém.
- Visitar, sozinho ou em família, um
amigo, um vizinho, um doente, uma pessoa só.
Intenções
para a Eucaristia de 20 de Dezembro (10h)
José Gomes de Araújo e
familiares; Associados da Mensagem de Fátima; Emídio Ribeiro; António Pereira
de Freitas e esposa; Maria da Conceição Moreira, de Vila; Manuel da Silva Pinto
e seus familiares; Joaquina da Silva Madureira (falecida na Fundação Sto.
António) e marido; Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros
“E nós, que devemos fazer?”
Os bens que temos à
nossa disposição são sempre um dom de Deus e, portanto, pertencem a todos:
ninguém tem o direito de se apropriar deles em seu benefício exclusivo. As
desigualdades chocantes, a indiferença que nos leva a fechar o coração aos
gritos de quem vive abaixo do limiar da dignidade humana, o egoísmo que nos
impede de partilhar com quem nada tem, são obstáculos intransponíveis que
impedem o Senhor de nascer no meio de nós. As nossas comunidades e nós próprios
damos testemunho desta partilha que é sinal do Reino proposto por Jesus?
Os publicanos eram
aqueles que extorquíam dinheiro de modo duvidoso, despojando os mais pobres e enriquecendo de forma ilícita. Que dizer dos modernos esquemas imorais (às
vezes lícitos, mas imorais) de enriquecimento rápido? Que dizer da corrupção,
do branqueamento de dinheiro sujo, da fuga aos impostos, das taxas exageradas
cobradas por certos serviços, das falcatruas? Será possível prejudicar
conscientemente um irmão ou a comunidade inteira e acolher “o Senhor que vem”?
“Não exerçais
violência sobre ninguém”… E os atos de violência, que tantas vezes atingem
inocentes e derramam sangue ou, ao menos, provocam sofrimento e injustiça? E os
atos gratuitos de terrorismo, ainda que sejam mascarados de luta pela
libertação? E a exploração de quem trabalha, a recusa de um salário justo, ou a
exploração de imigrantes estrangeiros? Neste quadro, é possível acolher Jesus?
Ser cristão é ser
batizado no Espírito, quer dizer, é ser portador dessa vida de Deus que nos
permite testemunhar Jesus e a sua proposta. O que é que conduz a nossa
caminhada e motiva as nossas opções – o Espírito, ou o nosso egoísmo e
comodismo?