todos os
povos,
diz o
Senhor:
Eu estou
sempre convosco
até ao
fim dos tempos.
A Solenidade da Ascensão de Jesus que hoje celebramos
sugere que, no final do caminho percorrido no amor e na doação, está a vida
definitiva, a comunhão com Deus. Sugere também que Jesus nos deixou o
testemunho e que somos nós, seus seguidores, que devemos continuar a realizar o
projeto libertador de Deus para os homens e para o mundo.
Na primeira leitura, repete-se a mensagem essencial
desta festa: Jesus, depois de ter apresentado ao mundo o projeto do Pai, entrou
na vida definitiva da comunhão com Deus - a mesma vida que espera todos os que
percorrem o mesmo "caminho" que Jesus percorreu. Quanto aos
discípulos: eles não podem ficar a olhar para o céu, mas têm de ir para o meio
dos homens continuar o projeto de Jesus.
A segunda leitura convida os discípulos a terem
consciência da esperança a que foram chamados (a vida plena de comunhão com
Deus). Devem caminhar ao encontro dessa "esperança" de mãos dadas com
os irmãos - membros do mesmo "corpo" - e em comunhão com Cristo, a
"cabeça" desse "corpo". Cristo reside no seu
"corpo" que é a Igreja; e é nela que se torna hoje presente no meio
dos homens.
No Evangelho, Jesus ressuscitado aparece aos
discípulos, ajuda-os a vencer a desilusão e o comodismo e envia-os em missão,
como testemunhas do projeto de salvação de Deus. De junto do Pai, Jesus
continuará a acompanhar os discípulos e, através deles, a oferecer aos homens a
vida nova e definitiva.
O anúncio do Evangelho que os discípulos são chamados
a fazer vai atingir não só os homens, mas "toda a criatura". Muitas vezes
o homem, guiado por critérios de egoísmo, de cobiça e de lucro, explora a
criação, destrói esse mundo "bom" e harmonioso que Deus criou. Mas a
proposta de salvação que Deus apresenta destina-se a transformar o coração do
homem, eliminando o egoísmo e a maldade. Ao transformar o coração do homem, o
"Evangelho" apresentado por Jesus e anunciado pelos discípulos vai
propor uma nova relação do homem com todas as outras criaturas - uma relação
não mais marcada pelo egoísmo e pela exploração, mas pelo respeito e pelo amor.
Dessa forma, nascerá uma nova humanidade e uma nova natureza.
Liturgia da Palavra do Domingo VII de Páscoa
I Leitura Actos 1, 1-11
«Elevou-Se
à vista deles»
A
Ascensão de Jesus é a última aparição do Ressuscitado que não só dá testemunho
da verdade da Ressurreição, como faz compreender que Jesus vive agora na glória
do Pai. A Ascensão manifesta assim o sentido pleno da Páscoa: depois de
destruir o pecado e a morte com a sua Morte e Ressurreição, Jesus Cristo
introduz o homem, que tinha assumido na Encarnação, na glória de seu Pai. O
livro dos Actos dos Apóstolos, que apresenta a vida dos primeiros dias da
Igreja, começa pela Ascensão do Senhor; assim nos é dado a compreender que a
Igreja continua agora a presença de Jesus entre os homens, até que Ele venha,
de novo, no fim dos tempos, para pôr o termo à história e nos sentar consigo à
direita do Pai.
Salmo 46
(47)
Ergue-Se Deus, o Senhor,
em júbilo e ao som da trombeta.
II Leitura: Ef
1, 17-23
«Colocou-O à sua direita nos Céus»
Sentando-se à direita do Pai, Jesus introduz a humanidade na
comunhão definitiva com Deus. É este o fruto do seu sacrifício na Cruz, a comunhão
com o Pai, e é a esperança de todos os que n’Ele crêem.
Aclamação ao Evangelho Mt 28, 19a.20b
Ide e ensinai todos os povos, diz o Senhor:
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.
Evangelho Mc 16,
15-20
«Foi
elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus»
Pela
sua Encarnação o Filho de Deus desceu do Céu, fez-se homem, assumindo assim a
condição de servo, e humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de
cruz; mas por isso Deus O exaltou, ressuscitando-O de entre os mortos e fazendo-O
participar da sua glória, sentando-O à sua direita e dando-Lhe o nome que está
acima de todos os nomes, o nome divino de Senhor: à humilhação na sua vida
mortal corresponde agora a exaltação, que na Ascensão claramente se manifesta e
nos milagres que se lhe hão-de seguir na vida da Igreja.
Jesus foi ao encontro
do Pai, depois de uma vida gasta ao serviço do "Reino"; deixou aos
seus discípulos a missão de anunciar o "Reino" e de torná-lo uma
proposta capaz de renovar e de transformar o mundo.
Celebrar a ascensão
de Jesus significa, antes de mais, tomar consciência da missão que foi confiada
aos discípulos e sentir-se responsável pela presença do "Reino" na
vida dos homens.
A missão que Jesus
confiou aos discípulos é uma missão universal: as fronteiras, as raças, a
diversidade de culturas não podem ser obstáculos para a presença da proposta
libertadora de Jesus no mundo. Tornar-se discípulo é, em primeiro lugar,
aprender os ensinamentos de Jesus - a partir das suas palavras, dos seus
gestos, da sua vida oferecida por amor. É claro que o mundo do século XXI
apresenta, todos os dias, desafios novos; mas os discípulos, formados na escola
de Jesus, são convidados a ler os desafios que hoje o mundo coloca, à luz dos
ensinamentos de Jesus.
Com o convite do
Ressuscitado a irem pelo mundo inteiro pregar a Boa Nova, com a pergunta dos
anjos, eles têm que partir, deixar os seus hábitos, o seu cantinho de terra.
Que transformação! Não poderão mais parar. Devem ir até aos confins da terra.
No seguimento dos Apóstolos, os cristãos não podem instalar-se. A Igreja não
pode parar nem fixar-se num momento do tempo, muito menos andar para trás. Não
basta olhar para o céu para encontrar solução para os problemas. Os cristãos
devem ser homens do seu tempo, sem medo das novidades. Jesus lança-nos para lá
das nossas rotinas, para que inventemos hoje os meios de tornar compreensível a
Boa Nova
A festa da Ascensão
de Jesus é, sobretudo, o momento em que os discípulos tomam consciência da sua
missão e do seu papel no mundo. A Igreja (a comunidade dos discípulos, reunida
à volta de Jesus, animada pelo Espírito) é, essencialmente, uma comunidade missionária,
cuja missão é testemunhar no mundo a proposta de salvação e de libertação que
Jesus veio trazer aos homens, levada pelo grande sopro do Espírito.
Palavra de Deus para a semana de 18 a 23 de maio
18
Seg
S. João I, papa e mártir – MF
Act 19,
1-8 - Salmo 67 (68) - Jo 16, 29-33
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do
alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus
19
Ter
Act 20,
17-27 - Salmo 67 (68) - Jo 17, 1-11a
Eu pedirei ao Pai, que vos dará o Espírito Santo,
para estar convosco para sempre.
20
Qua
S. Bernardino de Sena, presbítero – MF
Act 20, 28-38
- Salmo 67 (68) - Jo 17, 11b-19
A vossa palavra, Senhor, é a verdade: santificai-nos
na verdade.
21
Qui
Act 22,
30: 23, 6-11 - Salmo 15 (16) - Jo 17, 20-26
Todos sejam um, ó Pai, como Tu em Mim e Eu em Ti,
para que o mundo acredite que Tu Me enviaste
22
Sex
Act 22,
30: 23, 6-11 - Salmo 15 (16) - Jo 17, 20-26
Todos sejam um, ó Pai, como Tu em Mim e Eu em Ti,
para que o mundo acredite que Tu Me enviaste
23
Sáb
Act 28,
16-20. 30-31 - Salmo 10 (11) - Jo 21, 20-25
Eu vos enviarei o Espírito da verdade, diz o Senhor;
Ele vos ensinará toda a verdade
18
Seg
|
S. João I, papa e mártir – MF
Act 19,
1-8 - Salmo 67 (68) - Jo 16, 29-33
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do
alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus |
19
Ter |
Act 20,
17-27 - Salmo 67 (68) - Jo 17, 1-11a
Eu pedirei ao Pai, que vos dará o Espírito Santo,
para estar convosco para sempre.
|
20
Qua
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S. Bernardino de Sena, presbítero – MF
Act 20, 28-38
- Salmo 67 (68) - Jo 17, 11b-19
A vossa palavra, Senhor, é a verdade: santificai-nos
na verdade.
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21
Qui
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Act 22,
30: 23, 6-11 - Salmo 15 (16) - Jo 17, 20-26
Todos sejam um, ó Pai, como Tu em Mim e Eu em Ti,
para que o mundo acredite que Tu Me enviaste
|
22
Sex
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Act 22,
30: 23, 6-11 - Salmo 15 (16) - Jo 17, 20-26
Todos sejam um, ó Pai, como Tu em Mim e Eu em Ti,
para que o mundo acredite que Tu Me enviaste
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23
Sáb
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Act 28,
16-20. 30-31 - Salmo 10 (11) - Jo 21, 20-25
Eu vos enviarei o Espírito da verdade, diz o Senhor;
Ele vos ensinará toda a verdade
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PREPARANDO A LITURGIA PARA A SOLENIDADE DO DOMINGO DE PENTECOSTES
Actos
2, 1-11 «Todos
ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar»
Salmo 103
(104) Mandai,
Senhor o vosso Espírito, e renovai a terra.
Cor
12, 3b-7.12-13 «Todos nós
fomos batizados num só Espírito,
para
formarmos um só Corpo»
Jo
20, 19-23 «Assim como o
Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós:
Recebei o
Espírito Santo»
Intenções para a Eucaristia de 17 de maio (9:30h)
Associados da Mensagem de Fátima; 50.º aniversário falecimento de Américo Alves Luís, pais e sogros; Menino Carlos André; Maria da Conceição Soares; José de Azeredo e Silva; Joaquim Ferreira Aguiar e filho
Intenções para a Eucaristia de 24 de maio (9:30h)
Maria da Conceição Moreira, de Vila; Manuel da Silva Pinto e seus familiares; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo da Fonseca Soares; António Pereira de Freitas e esposa; Joaquina da Silva Madureira (falecida na Fundação Sto. António) e marido
Agenda
10
a 17 mai
- Semana da Vida - VIDA COM DIGNIDADE - Opção pelos mais fracos
17 mai
- Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social
- Adoração Santíssimo Sacramento, igreja, 15:00h
24 mai
- Solenidade de Pentecostes – Eucaristia, igreja, 09:30h
A ressurreição/ascensão de Jesus garante-nos, antes de mais,
que uma vida vivida na fidelidade aos projetos do Pai é uma vida destinada à
glorificação, à comunhão definitiva com Deus. Quem percorre o mesmo
"caminho" de Jesus subirá, como Ele, à vida plena.
A ascensão de Jesus recorda-nos, sobretudo, que Ele foi
elevado para junto do Pai e nos encarregou de continuar a tornar realidade o
seu projeto libertador no meio dos homens nossos irmãos.
Dizer que fazemos parte do "corpo de Cristo"
significa que devemos viver numa comunhão total com Ele e que nessa comunhão
recebemos, a cada instante, a vida que nos alimenta. Significa também viver em
comunhão, em solidariedade total com todos os nossos irmãos, membros do mesmo
"corpo", alimentados pela mesma vida. Dizer que a Igreja é a "plenitude" de Cristo significa que
temos a obrigação de testemunhar Cristo, de torná-l'O presente no mundo, de
levar à plenitude o projeto de libertação que Ele começou em favor dos homens.
O sentido fundamental da ascensão não é que fiquemos a
admirar a elevação de Jesus; mas é convidar-nos a seguir o "caminho"
de Jesus, olhando para o futuro e entregando-nos à realização do seu projeto de
salvação no meio do mundo.
Na nossa peregrinação pelo mundo, convém termos sempre
presente "a esperança a que fomos chamados". A
ressurreição/ascensão/glorificação de Jesus é a garantia da nossa própria
ressurreição/glorificação. Formamos com Ele um "corpo" destinado à
vida plena. Esta perspetiva tem de dar-nos a força de enfrentar a história e de
avançar - apesar das dificuldades - nesse "caminho" do amor e da
entrega total que Cristo percorreu.