“Abre a tua
porta à alegria do Evangelho”
Caminhada para
uma Quaresma com Páscoa
II Semana da Páscoa – ACREDITAI
V/
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. R/Ámen.
1. Convite à oração: Celebrámos, há oito dias, com grande alegria, o primeiro domingo de
Páscoa. E, agora, em cada domingo, páscoa semanal, fazemos a memória viva deste
mistério pascal da morte e ressurreição do Senhor por nós. Depois do entusiasmo
do domingo de páscoa, voltam as nossas dificuldades, os nossos medos, as nossas
«portas fechadas» à novidade. Sentimos, muitas vezes, que a nossa fé se
desvanece, quase desaparece, perante as «chagas» deste mundo, marcado pela dor.
Somos convidados a «acreditar», a confiar, a ter a certeza de que o Senhor está
na nossa vida e vem até nós. Comecemos a nossa oração, dizendo como os
apóstolos: “Senhor, aumentai a nossa fé”
2. Leitura do evangelho: “Oito dias depois, veio Jesus, estando as portas
fechadas, apresentou-Se no meio dos discípulos e disse: «A paz esteja
convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste
acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto»”
3.
Breve diálogo sobre este evangelho:
a) Diz-nos o
Papa Francisco: “A ressurreição de Jesus não é algo do passado; contém uma
força de vida que penetrou o mundo. Onde parecia que tudo morreu, voltam a
aparecer por todo o lado os rebentos da ressurreição. É uma força sem igual. É
verdade que muitas vezes parece que Deus não existe: vemos injustiças,
maldades, indiferenças e crueldades que não cedem. Mas também é certo que, no
meio da obscuridade, sempre começa a desabrochar algo de novo que, mais cedo ou
mais tarde, produz fruto” (EG 276).
b) “Como nem
sempre vemos estes rebentos, precisamos de uma certeza interior, ou seja, da
convicção de que Deus pode atuar em qualquer circunstância, mesmo no meio de
aparentes fracassos, porque «trazemos este tesouro em vasos de barro» (2 Cor 4,
7). É a certeza da fé, que nos dá “uma secreta mas firme confiança mesmo no
meio das piores angústias” (EG 6): “A pessoa sabe com certeza que a sua vida
dará frutos, mas sem pretender conhecer como, onde ou quando” (EG 279).
4. Gesto:
Partilhar a fé, como uma verdadeira chave, que abre no coração a porta da
alegria. Procuremos levar esta chave a alguém, que se encontre no desânimo, no
desespero. Façamo-lo não apenas com uma palavra, mas também com um gesto que
desperte a alegria (oferta de um doce, de uma flor… de uma música…, de um
livro…de uma notícia, de uma carícia) naqueles a quem testemunhamos a nossa fé.
5.
Pai-Nosso
6.
Oração conclusiva
V/Senhor, se a nossa religiosidade
está sobrecarrega das nossas certezas,
levai parte dessa “grande fé”
para bem longe de nós!
R/“Senhor, aumentai a nossa fé” (Lc.17,5).
V/ Senhor, se for essa a vossa vontade,
dai-nos um pouco de fé,
uma fé tão pequena,
como um grão de mostarda,
pequena, mas cheia do teu poder!
R/ “Senhor,
aumentai a nossa fé” (Lc.17,5).
V/ Senhor, no meio das dúvidas,
tornai-nos humildes e próximos
de quem não vê, nem crê,
para que a alegria da fé
brote nos caminhos diversos,
pelos quais Vos procuramos.
R/ “Senhor, aumentai a nossa fé” (Lc.17,5).