O
Senhor está perto de quantos O invocam
Salmo
144 (145)
A liturgia do 25º Domingo
do Tempo Comum convida-nos a descobrir um Deus cujos caminhos e cujos
pensamentos estão acima dos caminhos e dos pensamentos dos homens, quanto o céu
está acima da terra. Sugere-nos, em consequência, a renúncia aos esquemas do
mundo e a conversão aos esquemas de Deus.
A primeira leitura pede aos
crentes que voltem para Deus. “Voltar para Deus” é um movimento que exige uma
transformação radical do homem, de forma a que os seus pensamentos e ações
reflitam a lógica, as perspetivas e os valores de Deus. O homem tem sempre
tendência a construir um deus à sua imagem, um deus previsível e domesticado
que funcione de acordo com a lógica e a mentalidade do homem. No entanto, Deus
não pode ser reduzido aos nossos esquemas humanos: os seus pensamentos não são
os pensamentos do homem, as suas reações não são as reações do homem, os seus
caminhos não são os caminhos do homem. “Converter-se” é, a este nível, aprender
que Deus não é redutível às nossas lógicas e esquemas humanos; e é aprender que
Deus tem os seus próprios caminhos, diferentes dos nossos… “Converter-se” é, a
este nível, prescindir das nossas certezas, preconceitos e autossuficiências,
confiar em Deus e na bondade dos caminhos através dos quais ele conduz a história
da salvação.
A segunda leitura
apresenta-nos o exemplo de um cristão (Paulo) que abraçou, de forma exemplar, a
lógica de Deus. Renunciou aos interesses pessoais e aos esquemas de egoísmo e
de comodismo, e colocou no centro da sua existência Cristo, os seus valores, o
seu projeto. Para Paulo, Cristo é que é a autêntica vida. Ele é a razão de ser
e de viver do apóstolo. Na perspetiva de Paulo, a morte seria bem vinda, não
como libertação das dificuldades e das dores que se experimentam na vida
terrena, mas como caminho direto para o encontro definitivo, imediato, sem
intermediários, com Cristo. Paulo não se importaria nada de morrer a curto
prazo, porque isso significaria a comunhão total com Cristo.
O Evangelho diz-nos que Deus chama à salvação todos os
homens, sem considerar a antiguidade na fé, os créditos, as qualidades ou os
comportamentos anteriormente assumidos. A Deus interessa apenas a forma como se
acolhe o seu convite. Pede-nos uma transformação da nossa mentalidade, de forma
a que a nossa relação com Deus não seja marcada pelo interesse, mas pelo amor e
pela gratuidade.
Liturgia da Palavra do Domingo XXV do Tempo Comum
I Leitura Is 55, 6-9
«Os
meus pensamentos não são os vossos»
O
Evangelho vai apresentar-nos uma parábola, na qual se vê a liberdade e o amor
com que Deus trata os homens, mesmo sem eles saberem, por vezes, apreciar essa
bondade. Nesta leitura, o profeta vai-nos já prevenindo de que os caminhos de
Deus não são como os dos homens, que têm dificuldade em compreender que o amor
é mais generoso do que aquilo a que, por vezes, chamamos justiça.
Salmo 144 (145)
O Senhor está perto de quantos O invocam.
II Leitura: Filip 1, 20c-24.27a
«Para mim, viver é Cristo»
S. Paulo escreve estas palavras na prisão. Nelas mostra que
todo o seu ideal é apenas servir a Cristo. Viver ou morrer é para ele coisa
secundária; interessa-lhe, sim, estar sempre unido a Cristo. Ele é a sua vida.
A própria morte o conduzirá ainda à união a Cristo: por isso, ela é para ele um
lucro. Assim ele deseja que todos os cristãos vivam com ideal semelhante ao
seu.
Aclamação ao Evangelho Atos 16, 14b
Abri, Senhor, os nossos corações,
para aceitarmos a palavra do vosso Filho.
Evangelho: Mt 20, 1-16a
«Serão maus os teus olhos porque eu sou bom?»
Esta parábola quer fazer-nos compreender que Deus é
bom, e que a todos os homens que se disponham a servi-l’O Ele oferece a entrada
no seu reino. Segundo o primeiro sentido da parábola, os operários da primeira
hora foram os judeus; os outros, são os que, ao longo dos tempos, vão entrando
na Igreja de Deus. A todos o Senhor abre as portas da salvação, porque, se para
uns Se mostrou bondoso desde a primeira hora, para todos os outros Ele reserva
os mesmos dons. Não há, pois, lugar para invejas, onde tudo é puro dom gratuito
de Deus.
O Reino de Deus (esse mundo novo de salvação e de vida
plena) é para todos sem exceção. Para Deus não há marginalizados, excluídos,
indignos, desclassificados… Para Deus, há homens e mulheres – todos seus
filhos, independentemente da cor da pele, da nacionalidade, da classe social –
a quem Ele ama, a quem Ele quer oferecer a salvação e a quem Ele convida para
trabalhar na sua vinha. A única coisa verdadeiramente decisiva é se os
interpelados aceitam ou não trabalhar na vinha de Deus. Fazer parte da Igreja
de Jesus é fazer uma experiência radical de comunhão universal.
Todos têm lugar na Igreja de Jesus… Mas todos terão a
mesma dignidade e importância? Jesus garante que sim. Não há trabalhadores mais
importantes do que os outros, não há trabalhadores de primeira e de segunda
classe. O que há é homens e mulheres que aceitaram o convite do Senhor – tarde
ou cedo, não interessa – e foram trabalhar para a sua vinha.
Deus não faz negócio com os homens: Ele não precisa da
mercadoria que temos para Lhe oferecer. O Deus que Jesus anuncia é o Pai que
quer ver os seus filhos livres e felizes e que, por isso, derrama o seu amor,
de forma gratuita e incondicional, sobre todos eles. Entender que Deus não é um negociante, mas um Pai
cheio de amor pelos seus filhos, significa também renunciar a uma lógica
interesseira no nosso relacionamento com ele. O cristão não faz as coisas por
interesse, ou de olhos postos numa recompensa (o céu, a “sorte” na vida, a
eliminação da doença, o adivinhar a chave da lotaria), mas porque está convicto
de que esse comportamento que Deus lhe propõe é o caminho para a verdadeira
vida. Quem segue o caminho certo, é feliz, encontra a paz e a serenidade e
colhe, logo aí, a sua recompensa.
O nosso Deus é o Deus que oferece gratuitamente a
salvação a todos os seus filhos, independentemente da sua antiguidade,
créditos, qualidades, ou comportamentos. Os membros da comunidade do Reino não
devem, por isso, fazer o bem em vista de uma determinada recompensa, mas para
encontrarem a felicidade, a vida verdadeira e eterna.
Palavra de Deus para a semana de 22 a 27 de setembro
22
Seg
Prov 3,
27-34 - Salmo 14 (15) - Lc 8, 16-18
Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam
as vossas boas obras
e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus.
23
Ter
S. Pio de Pietrelcina, presbítero – MF
Prov 21,
1-6. 10-13 - Salmo 118 (119) - Lc 8, 19-21
Felizes os que ouvem a palavra de Deus e a põem em
prática.
24
Qua
Prov 30,
5-9 - Salmo 118 (119) - Lc 9, 1-6
Está próximo o reino de Deus: arrependei-vos e
acreditai no Evangelho.
25
Qui
Co 1, 2-11
- Salmo 89 (90) - Lc 9, 7-9
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor;
ninguém vai ao Pai senão por Mim.
26
Sex
S. Cosme e S. Damião, mártires – MF
Co 3, 1-11
- Salmo 14- Lc 9, 18-22
O Filho do homem veio para servir e dar a vida pela
redenção dos homens.
27
Sáb
S. Vicente de Paulo, presbítero – MO
Co 11, 9 –
12, 8 - Salmo 89 (90) - Lc 9, 43b-45
Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho.
22
Seg
|
Prov 3,
27-34 - Salmo 14 (15) - Lc 8, 16-18
Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam
as vossas boas obras
e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus.
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23
Ter |
S. Pio de Pietrelcina, presbítero – MF
Prov 21,
1-6. 10-13 - Salmo 118 (119) - Lc 8, 19-21
Felizes os que ouvem a palavra de Deus e a põem em
prática.
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24
Qua
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Prov 30,
5-9 - Salmo 118 (119) - Lc 9, 1-6
Está próximo o reino de Deus: arrependei-vos e
acreditai no Evangelho.
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25
Qui
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Co 1, 2-11
- Salmo 89 (90) - Lc 9, 7-9
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor;
ninguém vai ao Pai senão por Mim.
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26
Sex
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S. Cosme e S. Damião, mártires – MF
Co 3, 1-11
- Salmo 14- Lc 9, 18-22
O Filho do homem veio para servir e dar a vida pela
redenção dos homens.
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27
Sáb
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S. Vicente de Paulo, presbítero – MO
Co 11, 9 –
12, 8 - Salmo 89 (90) - Lc 9, 43b-45
Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho.
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PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM
Ez
18, 25-28 «Quando o
pecador se afastar do mal, salvará a sua vida»
Salmo
24 (25) Lembrai-Vos, Senhor, da vossa misericórdia.
Filip
2, 1-11 «Tende os
mesmos sentimentos de Cristo Jesus»
Mt
21, 28-32 «Arrependeu-se
e foi. Os publicanos e as mulheres de má vida
irão adiante
de vós para o reino de Deus»
Intenções para a Eucaristia de 21 de setembro (10:00h)
Maria da Conceição Moreira, de Vila; Manuel da Silva Pinto; Manuel Pinto da Costa; José da Silva Pinto; António Pereira de Freitas e esposa; António Carneiro Silva e sogro; Associados da Mensagem de Fátima; José Gomes Araújo; Emídio Ribeiro; Associados da Mensagem de Fátima
Intenções para a Eucaristia de 28 de setembro (10:00h)
Maria Emília
Ferreira, da Sra. da Piedade; Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel
Alfredo da Fonseca Soares; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de
Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter
Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição
Aguiar Pinto
Agenda
28 set
- Eucaristia, igreja, 10:00h
O homem só poderá converter-se a Deus e abraçar os
seus esquemas e valores, se se mantiver em comunhão com Ele. É na escuta e na
reflexão da Palavra de Deus, na oração frequente, na atitude de disponibilidade
para acolher a vida de Deus, na entrega confiada nas mãos de Deus, que o crente
descobrirá os valores de Deus e os assumirá. Aos poucos, a ação de Deus irá
transformando a mentalidade desse crente, de forma a que ele viva e testemunhe
Deus e as suas propostas para os homens.
A conversão é um processo nunca acabado. Todos os dias
o crente terá de optar entre os valores de Deus e os valores do mundo, entre
conduzir a sua vida de acordo com a lógica de Deus ou de acordo com a lógica
dos homens. Por isso, o verdadeiro crente nunca cruza os braços, instalado em
certezas definitivas ou em conquistas absolutas, mas esforça-se por viver cada
instante em fidelidade dinâmica a Deus e às suas propostas.
Diante de Cristo, todos os interesses pessoais e
materiais de Paulo passam a um plano absolutamente secundário. O apóstolo vive
de Cristo e para Cristo; nada mais lhe interessa. Paulo aparece, neste aspeto,
como o perfeito modelo do cristão: para os batizados, Cristo deveria ser o
centro de todas as referências e interesses, a “pedra angular” à volta da qual
se constrói a existência cristã.
Que
significa Cristo para mim? Ele é a referência fundamental à volta da qual tudo
se articula, ou é apenas mais um entre muitos interesses a partir dos quais eu
vou construindo a minha vida? Quando tenho de optar, para que lado cai a minha
escolha: para o lado de Cristo, ou para o lado dos meus interesses pessoais?