20 de abril de 2014

Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor


Este é o dia 

que o Senhor fez:

exultemos e cantemos de alegria               Salmo 117(118)

    A liturgia deste domingo celebra a ressurreição e garante-nos que a vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto.
    A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, Se deu até à morte; por isso, Deus ressuscitou-O. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este “caminho” a todos os homens.
    O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida nunca podem ser geradores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta (a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira).
    A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo batismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova até à transformação plena (que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última barreira da nossa finitude).
    A ressurreição de Jesus é a consequência de uma vida gasta a “fazer o bem e a libertar os oprimidos”. Isso significa que, sempre que alguém – na linha de Jesus – se esforça por vencer o egoísmo, a mentira, a injustiça e por fazer triunfar o amor, está a ressuscitar; significa que, sempre que alguém – na linha de Jesus – se dá aos outros e manifesta, em gestos concretos, a sua entrega aos irmãos, está a construir vida nova e plena.
    A ressurreição de Jesus significa, também, que o medo, a morte, o sofrimento, a injustiça, deixam de ter poder sobre o homem que ama, que se dá, que partilha a vida. Ele tem assegurada a vida plena, essa vida que os poderes do mundo não podem destruir, atingir ou restringir. Ele pode, assim, enfrentar o mundo com a serenidade que lhe vem da fé.
    A ressurreição de Jesus prova, precisamente, que a vida plena, a vida total, a transfiguração total da nossa realidade finita e das nossas capacidades limitadas passa pelo amor que se dá, com radicalidade, até às últimas consequências.
    Pela fé, pela esperança, pelo seguimento de Cristo e pelos sacramentos, a semente da ressurreição (o próprio Jesus) é depositada na realidade do homem/corpo. Revestidos de Cristo, somos nova criatura: estamos, portanto, a ressuscitar, até atingirmos a plenitude, a maturação plena, a vida total (quando ultrapassarmos a barreira da morte física). Aqui começa, pois, a nova humanidade.                  


Liturgia da Palavra do Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor


I Leitura                 Act. 10, 34a, 37-43

Diante de pagãos, em casa do centurião Cornélio, Pedro anuncia o que já lhes havia chegado aos ouvidos: Cristo ressuscitou! E, completando aquela «boa notícia», garantindo, com o seu testemunho pessoal, a verdade dos acontecimentos daqueles dias, o Apóstolo explica-lhes o que eles querem dizer:
– Jesus de Nazaré, homem que viveu como eles e com Quem Pedro convivera, não é um simples homem. Ungido do Espírito de Deus, tem a plenitude de Deus em Si. Ele é o Messias, o Filho de Deus, como o demonstrou pelos milagres por ele mesmo presenciados e, sobretudo pelo milagre definitivo – a Ressurreição.
Pela Ressurreição, de que Pedro é testemunha, Jesus de Nazaré é o Juiz dos vivos e dos mortos, é o Salvador de todos os homens, judeus ou pagãos.              
               
Salmo     117(118)

Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria.

II Leitura:             Col. 3, 1-4

Pelo seu Batismo, o cristão morreu para o pecado e ressuscitou com Cristo para uma vida nova. Desde esse momento, recebeu a missão de, à semelhança de Cristo, conduzir os homens e todas as coisas para o Pai.
Inserido nas realidades divinas, não pode alhear-se do mundo, nem ficar indiferente aos esforços dos homens relativamente à construção dum mundo de felicidade, justiça e paz.
Inserido nas realidades da terra, não pode encerrar-se no mundo, trabalhando só para fins terrenos, esquecido do destino final do homem e do mundo.
Feito nova criatura pela Ressurreição de Cristo, o cristão viverá a vida de cada dia, sem perder de vista o fim superior, para que foi criado.

Aclamação ao Evangelho                   I Cor 5, 7b-8a

Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi imolado:
celebremos a festa do Senhor.

Evangelho:            Jo 20, 1-9

Pedro e João, juntamente com Madalena, são as primeiras testemunhas do túmulo vazio, naquela manhã de Páscoa. Não foi, porém, muito facilmente que eles chegaram à conclusão de que Jesus estava vivo. A sua fé será progressiva, caminhará entre incredulidade e dúvidas. Só perante as ligaduras e o lençol, cuidadosamente dobrados, o que excluía a hipótese de roubo, se lhes começam a abrir os olhos para a realidade.
No seu amor intuitivo, João é o primeiro a compreender os sinais da Ressurreição. Mas bem depressa Pedro, que, não por acaso mas intencionalmente, ocupa o primeiro lugar e nos aparece já nesta manhã como Chefe do Colégio Apostólico, descobre a verdade, anunciada tão claramente pela Escritura e pelo mesmo Jesus. Depois, em contacto pessoal com o Ressuscitado, a sua fé tornar-se-á firme como «rocha» inabalável.

Palavra de Deus para a semana de 21 a 26 de abril

      
    21
    Seg
    S. ANSELMO, bispo e doutor da Igreja
    Act 2, 14. 22-33 - Salmo 15 (16) - Mt 28, 8-15
    Este é o dia que o Senhor fez:
    exultemos e cantemos de alegria.
    22
    Ter
          Act 2, 36-41 - Salmo 32 (33) - Jo 20, 11-18
    Este é o dia que o Senhor fez:
    exultemos e cantemos de alegria.
    23
    Qua
    S. JORGE, mártir - S. Adalberto, bispo e mártir
    Act 3, 1-10 - Salmo 104 (105) - Lc 24, 13-35
    Este é o dia que o Senhor fez:
    exultemos e cantemos de alegria.
    24
    Qui
    S. FIEL DE SIGMARINGA, presbítero e mártir
    Act 3, 11-26 - Salmo 8 - Lc 24, 35-48
    Este é o dia que o Senhor fez:
    exultemos e cantemos de alegria.

    25
    Sex
    S. MARCOS, Evangelista
    Act 4, 1-12 - Salmo 117 (118) - Jo 21, 1-14
    Este é o dia que o Senhor fez:
    exultemos e cantemos de alegria.
    26
    Sáb
    Act 4, 13-21 - Salmo 117 (118) - Mc 16, 9-15
    Este é o dia que o Senhor fez:
    exultemos e cantemos de alegria.

    PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO II DA PÁSCOA ou da DIVINA MISERICÓRDIA


    Actos 2, 42-47
    «Todos os que haviam abraçado a fé
    viviam unidos e tinham tudo em comum»

    Salmo 117 (118)
    Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
    porque é eterna a sua misericórdia.

    1 Pedro 1, 3-9
    «Fez-nos renascer para uma esperança viva
    pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos»

    Jo 20, 19-31
    «Oito dias depois, veio Jesus...»


    Intenções para a Eucaristia de 27 de abril (10:00h)


    ·         Maria da Conceição Moreira, de Vila; António Pereira de Freitas e esposa; Associados da Mensagem de Fátima; António Carneiro Silva e sogro; Manuel de Araújo Barbosa; Manuel da Silva Pinto; António Araújo, das Lapas; Manuel Pinto da Costa; Maria Emília Ferreira, da Sra. da Piedade; Manuel Vieira Ribeiro, pais e sogros; Manuel Alfredo da Fonseca Soares, Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; Maria da Conceição Aguiar Pinto e marido; Emídio Ribeiro; António Basílio Silva e Sousa

    Agenda


    25 abr: 
      • Passeio paroquial - principal destino: Viana do Castelo (saída ás 8:00h)
    27 abr:
      • Eucaristia - Igreja, 10:00h