Domingo IV da Quaresma
10 de
março de 2013
Saboreai e vede
como o Senhor é bom
Salmo 33
A primeira
leitura, a propósito da circuncisão dos israelitas, convida-nos à conversão,
princípio de vida nova na terra da felicidade, da liberdade e da paz. Essa vida
nova do homem renovado é um dom do Deus que nos ama e que nos convoca para a
felicidade. A liturgia de hoje convida-nos à descoberta do Deus do amor,
empenhado em conduzir-nos a uma vida de comunhão com Ele.
A
segunda leitura convida-nos a acolher a oferta de amor que Deus nos faz através
de Jesus. Só reconciliados com Deus e com os irmãos podemos ser criaturas
novas, em quem se manifesta o homem Novo.
O Evangelho
apresenta-nos o Deus/Pai que ama de forma gratuita, com um amor fiel e eterno,
apesar das escolhas erradas e da irresponsabilidade do filho rebelde. E esse
amor lá está, sempre à espera, sem condições, para acolher e abraçar o filho
que decide voltar. É um amor entendido na linha da misericórdia e não na linha
da justiça dos homens.
O amor do
Pai: um amor que respeita absolutamente as decisões – mesmo absurdas – desse
filho que abandona a casa paterna; um amor que está sempre lá, fiel e
inquebrável, preparado para abraçar o filho que volta. Mesmo antes de o filho
falar e mostrar o seu arrependimento, o Pai manifesta-lhe o seu amor; é um amor
que precede a conversão e que se manifesta antes da conversão. É num Deus que
nos ama desta forma que somos chamados a confiar neste tempo de “metanoia”. Esta
parábola alerta-nos também para o sem sentido e a frustração de uma vida vivida
longe do amor do “Pai”, no egoísmo, no materialismo, na auto-suficiência.
Convida-nos a reconhecer que não é nos bens deste mundo, mas é na comunhão com
o “Pai” que encontramos a felicidade, a serenidade e a paz. Convida-nos a não
nos deixarmos dominar pela lógica do que é “justo” aos olhos do mundo, mas pela
“justiça de Deus”, que é misericórdia, compreensão, tolerância, amor.
Dehonianos
LITURGIA
DA PALAVRA DO DOMINGO IV DA QUARESMA
I Leitura: Jos 5, 9a.10-12
Tendo entrado na terra prometida,
o povo de Deus celebra a Páscoa
Mais um passo na história da salvação nos é
apresentado na primeira leitura deste Quarto Domingo: depois da travessia do
deserto, guiado por Moisés (domingo anterior), o povo de Deus entra na Terra
Prometida e celebra a Páscoa. É também esta a perspectiva do tempo litúrgico em
que nós entrámos: depois dos 40 dias do deserto quaresmal, celebraremos o
mistério da Páscoa, na Terra Santa da Igreja de Cristo. O maná, a comida do
deserto, cessou de cair, quando o povo de Deus chegou à Terra Prometida, e lá
pôde, finalmente, alimentar-se dos frutos daquela nova Terra. Também a Igreja,
depois do jejum da Quaresma, comerá da Ceia do Senhor, na Eucaristia da Páscoa.
Não se trata apenas de uma comparação, mas de um mistério que todos os anos se
renova no meio de nós.
Salmo
33
Saboreai e vede como o Senhor é bom
II
Leitura: 2 Cor 5, 17-21
«Por Cristo, Deus reconciliou-nos consigo»
A Páscoa celebra o mistério da aliança
que Deus fez com os homens, e, porque o homem é pecador, esse mistério é também
de reconciliação. Pelo sacrifício de Jesus Cristo, todos os homens são tornados
nova criação, uma vez que são reconciliados com Deus, que é o Criador de todas
as coisas. Este mistério de reconciliação, realizado, de uma vez para sempre,
por Cristo, é-nos agora acessível através da Igreja. A nós pertence, pois,
aceitá-lo e deixar-nos reconciliar, cada um de nós, com Deus, por Cristo, por
meio da Igreja. O Sacramento da Penitência é o sinal sagrado desta reconciliação.
Por meio dele seremos, na Páscoa, novas criaturas.
Aclamação
antes do Evangelho Lc 15, 18
Vou partir, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei
contra o Céu e contra ti.
Evangelho Lc
15, 1-3.11-32
«Este teu irmão estava morto e voltou à vida»
PALAVRA DE
DEUS PARA A SEMANA DE 11 A 16 DE MARÇO
Is 65, 17-21 - Salmo 29 - Jo 4,
43-54
«Vai,
que o teu filho vive»
Ez 47, 1-9. 12 - Salmo 45 - Jo 5, 1-3a. 5-16
«No
mesmo instante o homem ficou são»
Quar 13
Is 49, 8-15 - Salmo 144 - Jo 5, 17-30
«Assim
como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida,
assim
o Filho dá vida a quem Ele quer»
Ex 32, 7-14 - Salmo 105 - Jo 5, 31-47
«Outro
vos acusará: Moisés,
em
quem pusestes a vossa esperança»
Sex 15
Sab 2, 1a. 12-22 – Salmo 33 - Jo 7, 1-2. 10. 25-30
«Procuravam prender Jesus, mas ainda não chegara a sua hora»
Sáb 16
Jer 11, 18-20 - Salmo 7 - Jo 7, 40-53
«Poderá o Messias vir da Galileia»
PREPARANDO A LITURGIA PARA O DOMINGO V DA QUARESMA
Is 43, 16-21
«Vou realizar uma coisa nova:
matarei a sede ao meu povo»
Salmo 125
Grandes maravilhas fez por nós o Senhor
Filip 3, 8-14
«Por Cristo, considerei todas as coisas como prejuízo,
configurando-me à sua morte»
Jo 8, 1-11
«Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira
pedra
INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA DE 10 DE MARÇO (09:30h)
·
da Associação por
Manuel Vieira Ribeiro; Alexandre Vieira Medon e filhos; Aniversário natalício
de Manuel Paulo Mesquita da Silva; Alexandre da Silva Azeredo; Albino Teixeira
Pinto e esposa, de Requim; Manuel Joaquim Teixeira; Albano Ferraz, do Carreiro;
Helena de Jesus Martins, marido e filho; Luísa Pereira e marido, do Alto; 30.º
dia por João Ferreira
INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA DE 17 DE MARÇO (09:30h)
·
aniversário
natalício por António da Silva Luís, do Lameu; Carlos André; Rosa Pereira de
Jesus; José de Azeredo e Silva; António Monteiro Teixeira; José Ferreira Aguiar
e Joaquim Ferreira; Associados da Mensagem de Fátima
10
MAR - Jornadas Vicariais da Fé,Fornos, Pav Bernardino Coutinho, 15:00h
17 MAR -
Hora de Adoração ao Santíssimo Sacramento, Igreja, 15:00h
IÇAR AS VELAS DA NOSSA FÉ…NA BARCA DA IGREJA…
(DA QUARESMA À PÁSCOA)
SEMANA
|
TEMÁTICA
|
ATIVIDADE
|
ORAÇÃO
|
ATITUDE
|
4ª
parábola do pai misericor
dioso e dos filhos perdidos
CHEGAR
A
BOM
PORTO
|
Na quarta
semana, experimentamos já a alegria do Povo de Deus, que celebra a Páscoa «em
terra», e a alegria do Pai por causa do «filho que estava morto e voltou à
vida», mas sentimos ainda como é difícil fazer entrar na mesma “barca” do
amor divino, «o filho mais velho». A parábola do pai misericordioso
sugere-nos o regresso a casa e ao coração do Pai como experiência de quem
chega ao bom «porto da misericórdia e da paz»
|
Desenhar no círio,
dentro do quadrado,
o
trigrama
|
Responder ao amor do Pai, com amor de Filho:
Rezar todos os dias o Pai-Nosso
|
Reconciliar-se,
aproximar-se,
voltar à paz,
regressar
ao diálogo
|