Sagrada Família de Jesus, Maria e José
30 de
dezembro de 2012
Porque Me
procuráveis?
Não sabíeis que
Eu devia estar na casa de meu Pai? Lc 2, 49
O Natal do Senhor põe
diante do nosso olhar contemplativo uma família humilde e bela: Jesus, Maria e
José, mas traz também consigo uma forte sensibilidade familiar, tornando-se o
tempo forte da reunião festiva das nossas famílias. Estes dois acertos são
importantes para se compreender a razão pela qual, no Domingo dentro da Oitava
do Natal, a Igreja celebra a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José.
O Evangelho põe no nosso
coração o último episódio do Evangelho da Infância de S. Lucas, conhecido por
“Encontro de Jesus no Templo”. Na verdade, o texto refere, logo a abrir, que os
pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém pela Festa da Páscoa, certamente
envoltos na intensa alegria com que os Judeus piedosos acorriam ao Templo do
Senhor nas três Festas de Peregrinação: Páscoa, Semanas e Tendas, cantando:
“Que alegria quando me disseram: vamos para a Casa do Senhor”. Eram oito dias
de alegria filial e fraternal, uma vez que, na Casa do Senhor, todos eram
filhos e irmãos.
O Antigo Testamento
traz-nos hoje um extracto sapiencial retirado do Livro de Bem-Sirá e que nos
convida ao amor dedicado aos nossos pais sempre, para que o Senhor ponha sobre
nós o Seu olhar de bondade.
O Salmo 128 é a música
suave que canta uma família feliz e nos mostra a fonte dessa felicidade: a
bênção paternal do Senhor.
O Apóstolo Paulo, na Carta
aos Colossenses, exorta esposos, pais e filhos ao amor mútuo, mostrando ainda
de que sentimentos nos devemos vestir por dentro e de que música devemos encher
o nosso coração. Salta à vista que a humildade, a mansidão, a longanimidade, o
amor, o perdão são vestidos importantes para a festa, mas não se compram nem
vendem por aí em nenhum pronto-a-vestir. Nesta época de bastante consumismo,
convém que nunca nos esqueçamos de Deus, pois é Ele que veste carinhosamente o
coração dos Seus filhos.
D. António Couto, Estação de Natal
LITURGIA DA PALAVRA DO DOMINGO DA
SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ
I Leitura: Sir 3,
3-7.14-17a (gr. 2-6.12-14)
«Aquele
que teme a Deus honra os seus pais»
A palavra de Deus faz o elogio da vida familiar. O Filho de Deus, ao fazer-Se
homem, quis nascer e viver numa família humana. Foi ela a primeira família cristã,
modelo, a seu modo, de todas as demais. O amor de Deus em todos os membros de
uma família é condição fundamental para o crescimento, em paz, de todos os que
nela nascem e vivem, como no quadro que o sábio nos apresenta nesta leitura.
Salmo 127
Ditosos
os que temem o Senhor, ditosos os que seguem os seus caminhos
II Leitura: Col 3, 12-21
A
vida doméstica no Senhor.
Desde o princípio que os cristãos compreenderam que a sua fé se deve manifestar
em toda a sua vida e muito particularmente na vida de família; esta pode ter
sempre diante dos olhos a Sagrada Família de Nazaré, que constituiu a melhor
experiência do que devem ser as nossas famílias.ALELUIA Col 3, 15a.16a
Reine
em vossos corações a paz de Cristo, habite
em vós a sua palavra
Evangelho Lc 2, 41-52
Jesus é encontrado por seus pais no meio dos doutores
PALAVRA DE
DEUS PARA A SEMANA DE 31 DEZ A 5 JAN
Seg 31
São Silvestre I, Papa (MF)
1Jo 2, 18-21 – Salmo 95 – Jo 1, 1-18“O Verbo fez-se carne”
Nm 6, 22-27 – Salmo 66 – Gl 4, 4-7 – Lc 2, 16-21
“Encontraram Maria, José e o Menino. E, depois de oito dias, deram-Lhe o nome de Jesus”.
Qua 2
São Basílio magno e São Gregório
Nazianzeno, bispos e doutores da Igreja
(MO)
1 Jo 2, 22-28 – Salmo 97 – Jo 1, 19-28“Ele vem depois de mim”
Qui 3
Santíssimo Nome de Jesus (MF)
1Jo 2, 29-3,6 – Salmo 97 – Jo 1, 29-34“Eis o Cordeiro de Deus”
Sex 4
1Jo 3, 7-10 – Salmo 97 – Jo 1, 35-42
“Encontrámos
o Messias”
Sáb 5
1Jo 3, 11-21 – Salmo 99 – Jo 1, 43-51
“Tu
és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel”
PREPARANDO A LITURGIA PARA O PRÓXIMO
DOMINGO:
Is 60, 1-6
«Brilha sobre ti a glória do Senhor»
Salmo 71
«Virão
adorar-Vos, Senhor, todos os povos da terra»
Ef 3,
2-3a.5-6
«Os gentios recebem a mesma herança
prometida»
Mt 2, 1-12
«Viemos do Oriente adorar o Rei»
INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA DE 30 DE DEZEMBRO (10:00h)
·
António Pinto, da
Sra. da Piedade; Joaquim Moreira e esposa, do Alto; Maria Luísa de Sousa e
marido, de Vila Nova; Joaquim Vieira e esposa, das Regadas; Gualter Ferraz
Pinto, de Vila Nova; Maria Emília Leal Teixeira; António da Silva Luís, do
Lameu
INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA DE 01 DE JANEIRO (10:00h)
·
Desidério Luís;
INTENÇÕES PARA A EUCARISTIA DE 06 DE JANEIRO (10:00h)
·
Maria da
Conceição Leal Pinto; Manuel Luís Moreira, de Lage do Monte; João de Jesus
Pinto, de Requim, mãe e sogros; Natália Fernanda da Silva Alves e seus avós,
Margarida Teixeira de Jesus, marido e filho; Maria Rosa Leal Pinheiro, Emídio
Luís; António Pinto Melo; Alexandre da Silva Azeredo; António da Silva Pinto e
seus pais; António da Silva Luís, do Lameu
5
JAN – Oração de Vésperas 1º sábado, Igreja,
20:00h
- Reunião das Vicentinas, Residência Paroquial, 20:30h
7
a 10 JAN - Jornadas de Teologia: O Ano da Fé nos 50
Anos do Concílio, Universidade Católica Portuguesa, Porto
A paz não é um sonho, nem
uma utopia; a paz é possível. Os nossos olhos devem ver em profundidade, sob a
superfície das aparências e dos fenómenos, para vislumbrar uma realidade
positiva que existe nos corações, pois cada homem é criado à imagem de Deus e
chamado a crescer contribuindo para a edificação dum mundo novo. Na realidade,
através da encarnação do Filho e da redenção por Ele operada, o próprio Deus
entrou na história e fez surgir uma nova criação e uma nova aliança entre Deus
e o homem oferecendo-nos a possibilidade de ter um coração novo e um espírito
novo.
Por isso mesmo, a Igreja
está convencida de que urge um novo anúncio de Jesus Cristo, primeiro e
principal fator do desenvolvimento integral dos povos e também da paz. Na
realidade, Jesus é a nossa paz, a nossa justiça, a nossa reconciliação O
obreiro da paz, segundo a bem-aventurança de Jesus, é aquele que procura o bem do
outro, o bem pleno da alma e do corpo, no tempo presente e na eternidade.
A partir deste ensinamento,
pode-se deduzir que cada pessoa e cada comunidade religiosa, civil, educativa e
cultural é chamada a trabalhar pela paz. Esta consiste, principalmente, na
realização do bem comum das várias sociedades, primárias e intermédias,
nacionais, internacionais e a mundial. Por isso mesmo, pode-se supor que os
caminhos para a implementação do bem comum sejam também os caminhos que temos
de seguir para se obter a paz.